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Bad day at the office: Porque é que o pessoal da France Telecom se anda a matar?

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    Sociedade Bad day at the office: Porque é que o pessoal da France Telecom se anda a matar?

    É muito estranho aquilo. 24 suicídios em poucos meses. O que se passa? Os patrões são assim tão maus?
    Editado pela última vez por Icedevice; 30 September 2009, 10:25.

    #2
    Na Renault tb aconteceu isso.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Zix Ver Post
      Na Renault tb aconteceu isso.
      Se estás a falar dos proprietários dos carros... compreende-se

      (just kidding: eu até tenho um)

      Comentário


        #4
        auch

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Icedevice Ver Post
          É muito estranho aquilo. 24 suicídios em poucos meses. O que se passa? Os patrões são assim tão maus?
          Reestruturação da empresa, despedimentos, despromoções e não há aumentos julgo eu.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por eu Ver Post
            Se estás a falar dos proprietários dos carros... compreende-se

            (just kidding: eu até tenho um)
            Mordaz


            Abraços
            XO

            Comentário


              #7
              Já li acerca disso (não me lembro onde).
              A conclusão a que se chegou é que a France Telecom tem tantos funcionários que, estatisticamente, a média de suicidios é perfeitamente normal a qualquer outra empresa.
              Mas como os funcionários são muitos, em absoluto até parece algo de extraordinário...

              Comentário


                #8
                Mas quem no seu perfeito juízo, se vai matar, por perder o emprego?

                Por muitas dívidas que tenha, por a mulher/homem o/a ter deixado/a, por o patrão ser mau, só têm uma solução: MUDA DE VIDA, SIM.

                Enquanto houver pão e água (e uma ponte), hã esperança .

                Já agora, alguém sabe dados concretos?

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post
                  Mas quem no seu perfeito juízo, se vai matar, por perder o emprego?

                  Por muitas dívidas que tenha, por a mulher/homem o/a ter deixado/a, por o patrão ser mau, só têm uma solução: MUDA DE VIDA, SIM.

                  Enquanto houver pão e água (e uma ponte), hã esperança .

                  Já agora, alguém sabe dados concretos?
                  Dados concretos são essas 24 mortes desde o início do ano.

                  Essa notícia já tinha sido dada, aqui há uns tempos, mas como agora foi o 24º suicídio, trouxeram o assunto à baila outra vez.

                  Nas notícias anteriores, houve referência a um trabalhador que se cortou na barriga com uma faca, numa reunião, após saber da mudança de local de trabalho(isto, se não estou em erro).

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por ZylmhuinVII Ver Post
                    Dados concretos são essas 24 mortes desde o início do ano.

                    Essa notícia já tinha sido dada, aqui há uns tempos, mas como agora foi o 24º suicídio, trouxeram o assunto à baila outra vez.

                    Nas notícias anteriores, houve referência a um trabalhador que se cortou na barriga com uma faca, numa reunião, após saber da mudança de local de trabalho(isto, se não estou em erro).


                    A droga é legal por aqueles lados?

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post


                      A droga é legal por aqueles lados?
                      França
                      22 suicídios em 18 meses na France Telecom

                      por Lusa11 Setembro 2009

                      Vinte e dois suicídios em 18 meses é o cenário trágico que se vive na France Telecom, monopolista francesa de telefones que se tornou líder mundial nas tecnologias, que anunciou quinta-feira medidas contra o 'stress' do trabalho e suspendeu reestruturações.

                      Estes anúncios surgem depois de os trabalhadores terem assistido a uma acção dos sindicatos do sector que imputam esta série de suicídios aos métodos de gestão do grupo que emprega mais de cem mil pessoas em França.

                      A direcção anunciou a suspensão até 31 de Outubro das "mobilidades de pessoas afectadas pelos projectos de reorganização" para "reexaminar as condições para implementar essa medida".

                      A empresa prevê ainda iniciar conversações sobre o 'stress' a partir de 18 de Setembro, bem como recrutar cerca de cem responsáveis de recursos humanos de proximidade e médicos do trabalho suplementares.

                      Mais de 16 por cento dos funcionários da France Telecom estiveram quinta-feira em greve, segundo uma contagem feita pela empresa ao final da tarde.

                      Na quarta-feira, um técnico de 49 anos tentou o suicido em plena reunião de grupo, em Troyes (Centro-Este francês), espetando uma faca no abdómen ao saber que ia ser mobilizado para um posto de menor qualificação.

                      O suicídio de um outro funcionário da empresa em Lannion (Oeste de França) tinha inflacionado para 22 o número de suicídios de trabalhadores da France Telecom ao longo dos últimos 18 meses, segundo os sindicatos.
                      in: 22 suicídios em 18 meses na France Telecom - Globo - DN

                      Comentário


                        #12
                        é um tema muito debatido em frança, e acontece por algumas razões bem identificadas.

                        Primeiro que tudo, aquando da privatização, transformaram engenheiros com dezenas de anos de casa em comerciais.

                        Segundo, existe a prática (condenável) de empurar o trabalhador para fora, sem o despedir, para isso existem muitas técnicas bem documentadas, passa por encostar o trabalhador a uma secretária meses a fio sem fazer nada, passa por mandá-lo para muito longe para uma frunção que nunca teve ou para as quais não tem competência, passa por estabelecer metas completamente irrealistas, etc...

                        Tudo isto tem sido debatido, tudo isto tem sido destemunhado e tudo isto tem sido documentado.

                        Ao levar os trabalhadores ao limite, pode acontecer uma de duas coisas, ou se vai embora com uma depressão, ou suicida-se, em todo o caso, antes de tecerem juizos de valor, seria importante conhecer a política da empresa pós-privatização.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por ZylmhuinVII Ver Post

                          Nas notícias anteriores, houve referência a um trabalhador que se cortou na barriga com uma faca, numa reunião, após saber da mudança de local de trabalho(isto, se não estou em erro).
                          O homem devia ser japonês e fez Harakiri

                          Comentário


                            #14
                            Mais rapidamente dava um tiro nos gajos que tentassem essas coisas comigo.

                            Comentário


                              #15
                              Que meninos que são esses franceses.

                              O pessoal dos call-centers aqui em pt é que tem muita paciência e amor ao estrondoso salário de 550 euros com idas ao wc descontadas no tempo das pausas.

                              Comentário


                                #16
                                também tinha a impressão que as condições de trabalho eram draconianas.

                                é interessante que também por cá em instituições onde os objectivos são sagrados como os bancos, seguradoras e outros, os trabalhadores se desgastam muito rapidamente e sempre que podem saem para empregos mais tranquilos.

                                estaremos a atingir os limites de resistência psicológica do mesmo modo que já anteriormente se atingiram os limtes da resistência física [escravidão, revolução industrial.etc] ?

                                Comentário


                                  #17
                                  Acho que não estão a entender... Uma coisa é a empresa exigir muito do trabalhador, outra bem diferente é contratar "especialistas" de modo a quebrar o espírito de determinados trabalhadores de modo a leva-os a demitirem-se.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Sabem onde posso fazer download da notícia que deu ontem na rtp1 (acho que foi na rtp) sobre este assunto?
                                    Precisava de analisar melhor a entrevista e alguns comentários lá inseridos.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                                      é um tema muito debatido em frança, e acontece por algumas razões bem identificadas.

                                      Primeiro que tudo, aquando da privatização, transformaram engenheiros com dezenas de anos de casa em comerciais.

                                      Segundo, existe a prática (condenável) de empurar o trabalhador para fora, sem o despedir, para isso existem muitas técnicas bem documentadas, passa por encostar o trabalhador a uma secretária meses a fio sem fazer nada, passa por mandá-lo para muito longe para uma frunção que nunca teve ou para as quais não tem competência, passa por estabelecer metas completamente irrealistas, etc...

                                      Tudo isto tem sido debatido, tudo isto tem sido destemunhado e tudo isto tem sido documentado.

                                      Ao levar os trabalhadores ao limite, pode acontecer uma de duas coisas, ou se vai embora com uma depressão, ou suicida-se, em todo o caso, antes de tecerem juizos de valor, seria importante conhecer a política da empresa pós-privatização.
                                      Actos de Mobbing...

                                      Número de suicídios na GNR quadruplicou nos últimos dois anos


                                      O número de suicídios na GNR, que até 2006 era de dois por ano, é agora quatro vezes superior, de acordo com dados fornecidos hoje em Gaia pelo chefe do Gabinete de Psicologia daquela força policial.



                                      «Em 2008 estamos com 10 e até 2006 tínhamos uma média anual de pouco mais de dois», referiu o major Ilídio Canas, que falava nas I Jornadas de Prevenção do Suicídio, uma iniciativa da associação Escutar.

                                      O oficial revelou também os esforços para travar estes casos e explicou que 100 militares da GNR já recorreram a uma linha SOS que a corporação criou em Outubro do ano passado para prevenção de suicídios.

                                      Contrariando os dados genéricos sobre o suicídio em Portugal, que apontam para uma maior prevalência na região Sul, a GNR regista situações um pouco por todo o país.

                                      Também ao arrepio dos dados genéricos, que indicam uma prevalência dos suicídios entre os 15 e os 24 anos e a partir dos 45/50, a média etária dos casos na GNR ronda os 33 anos de idade.

                                      Só um caso envolveu um militar do sexo feminino.

                                      Além de criar uma linha SOS para estes casos, a GNR está a reforçar a avaliação de traços de personalidade das pessoas que concorrem aos quadros da corporação.


                                      «Não é fácil encontrar testes ou de avaliação.
                                      No entanto, estamos a desenvolver alguns estudos com institutos e universidades, no sentido de encontrarmos instrumentos para a fazer esta avaliação», disse.

                                      Por decisão de junta médica, apoiada em recomendação do Gabinete de Psicologia, a GNR está igualmente a retirar a arma e a remeter temporariamente para funções administrativas militares sujeitos a acompanhamento psiquiátrico.

                                      No âmbito desta estratégia de prevenção dos suicídios, a GNR criou uma rede de apoio psicológico e psiquiátrico aos seus 26 mil efectivos e incrementou em 2007 o despiste de álcool e substâncias psicotrópicas.
                                      Um estudo sobre o suicídio nas forças de segurança, realizado no ano passado e envolvendo nove situações concretas permitiu concluir que estes casos ocorrem sobretudo em agentes de autoridade que em 90% dos casos têm apenas com a escolaridade obrigatória.


                                      Em 56% das situações, os agentes de autoridade que se suicidaram eram pessoas reservadas, tinham mau relacionamento familiar e abusavam do álcool.

                                      Verificou-se também historial de violência familiar em 88% dos casos e tentativas de suicídio próprias (22%) ou de familiares (33%).

                                      O estudo mostrou que 78% tinham mudado de estilo de vida nos últimos seis meses, 57 tinham perdido familiares, 56% tinham-se endividado ou enfrentavam processos disciplinas e 77% tinham mudado a sua actividade profissional recentemente.

                                      Dos casos estudados, 45% tinham solicitado ajuda.
                                      Diário Digital / Lusa
                                      E porque não nos questionarmos sobre o que acontece por cá e nas nossas forças policiais?

                                      Comentário


                                        #20



                                        .


                                        PREFÁCIO
                                        O suicídio é um fenómeno complexo que, através dos
                                        séculos, tem atraído a atenção de filósofos, teólogos, médicos,
                                        sociólogos e artistas; de acordo com o filósofo francês Albert
                                        Camus, no ensaio
                                        O Mito de Sísifo, é o único problema filosófico
                                        sério.
                                        Como um problema grave de saúde pública, requer a
                                        nossa atenção, mas, infelizmente, a sua prevenção e controle não
                                        são tarefas fáceis. Investigação actual indica que a prevenção do
                                        suicídio, embora possível, envolve toda uma série de actividades,
                                        que vão desde o proporcionar as melhores condições possíveis
                                        para criar as nossas crianças e adolescentes, passando pelo
                                        tratamento eficaz de perturbações mentais, até ao controle
                                        ambiental de factores de risco. A apropriada disseminação de
                                        informação e a consciencialização são elementos essenciais para
                                        o sucesso dos programas de prevenção do suicídio.
                                        Em 1999, a OMS lançou o SUPRE, a sua iniciativa a nível
                                        mundial para a prevenção do suicídio. Este guia faz parte de uma
                                        série de recursos preparados como parte do SUPRE e dirigidos a
                                        grupos sociais e profissionais específicos, que são de particular
                                        relevância para a prevenção do suicídio. O guia representa um
                                        elo numa longa e diversificada cadeia que envolve uma variedade
                                        de pessoas e grupos, incluindo profissionais de saúde,
                                        educadores, serviços sociais, governos, legisladores, membros
                                        da comunicação social, magistrados, famílias e comunidades.
                                        Estamos particularmente gratos ao Doutor Scott Hinkle,
                                        Coordenador da Formação Clínica, NBCC-Internacional,
                                        Greensboro, EUA, que produziu uma versão anterior deste guia.
                                        O texto foi posteriormente revisto pelos seguintes membros da
                                        Rede Internacional da OMS para a Prevenção do Suicídio, aos
                                        quais estamos agradecidos:
                                        Dra. Annette Beautrais, Escola de Medicina Christchurch,
                                        Christchurch, Nova Zelândia
                                        Professor Jean Pierre Soubrier, Presidente da Secção de
                                        Suicidologia da Associação Mundial de Psiquiatria, Paris, França
                                        Dra. Lakshmi Vijayakumar, SNEHA, Chennai, Índia
                                        Professora Danuta Wasserman, Centro Nacional Sueco para a
                                        Investigação do Suicídio & Prevenção da Doença Mental e
                                        Departamento de Saúde Pública, Estocolmo, Suécia.
                                        Os recursos estão agora a ser amplamente distribuídos,
                                        na esperança de que serão traduzidos e adaptados às condições
                                        locais – um pré-requisito para a sua eficácia. Comentários e
                                        pedidos de autorização para tradução e adaptação serão bemvindos.
                                        Dr. J. M. Bertolote
                                        Coordenador, Gestão de Perturbações Mentais e de Doenças do
                                        Sistema Nervoso

                                        PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
                                        UM RECURSO PARA CONSELHEIROS
                                        Um maior número de pessoas comete suicídio anualmente
                                        do que as que morrem em todos os conflitos mundiais
                                        combinados. A assistência de conselheiros profissionais na
                                        prevenção do suicídio, a uma escala mundial, é importantíssima e
                                        claramente necessária.
                                        Os suicídios resultam de uma complexa interacção de
                                        factores biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos,
                                        culturais, e ambientais. Uma melhor detecção na comunidade, o
                                        encaminhamento para especialistas e a gestão do
                                        comportamento suicida são passos importantes na prevenção do
                                        suicídio. O desafio chave de tal prevenção consiste em identificar
                                        as pessoas que estão em risco e que a ele são vulneráveis;
                                        entender as circunstâncias que influenciam o seu comportamento
                                        auto-destrutivo; e estruturar intervenções eficazes.
                                        Consequentemente, os conselheiros necessitam de desenvolver,
                                        na comunidade, iniciativas para prevenir, assim como para lidar
                                        com o comportamento suicida.
                                        1
                                        A prática do
                                        aconselhamento profissional é definida como
                                        a aplicação de princípios de saúde mental, psicológicos, ou do
                                        desenvolvimento humano, através de estratégias cognitivas,
                                        afectivas, comportamentais ou de intervenção sistémica. Usando
                                        estas estratégias, os conselheiros profissionais lidam com
                                        questões de bem-estar, de crescimento pessoal e de
                                        desenvolvimento da carreira, assim como com a patologia da
                                        saúde mental. Os conselheiros têm formação e educação ao nível
                                        superior e, frequentemente, trabalham em escolas, institutos
                                        superiores e universidades, serviços de orientação da carreira,
                                        centros de tratamento da toxicodependência, e clínicas e
                                        hospitais.
                                        Por conseguinte, a prevenção do suicídio envolve uma
                                        variedade de actividades, incluindo a boa educação das crianças,
                                        aconselhamento familiar, tratamento das perturbações mentais,
                                        controle ambiental de factores de risco, e educação da
                                        comunidade. A educação eficaz da comunidade, uma intervenção
                                        vital e básica, inclui o entendimento das causas do suicídio, assim
                                        como a sua prevenção e tratamento.
                                        Os conselheiros podem ajudar os indivíduos a entender
                                        melhor a relação entre abuso de substâncias e as perturbações
                                        do humor, e pensamentos e comportamentos suicidas. Os
                                        conselheiros também podem ajudar com o planeamento da
                                        prevenção da recaída, a construção da rede de apoio social e,
                                        quando necessário, com o encaminhamento para centros de
                                        tratamento intensivo psiquiátrico ou do álcool e das drogas.
                                        É evidente a necessidade de um conjunto claro de
                                        parâmetros que sejam práticos, acessíveis e informativos para os
                                        conselheiros que lidam com crises de suicídio, especialmente nos
                                        países em vias de desenvolvimento.
                                        2
                                        Infelizmente, formação
                                        abrangente a respeito da gestão do suicídio raramente faz parte
                                        dos programas de formação em saúde mental.
                                        3
                                        O suicídio de um cliente é considerado “um risco
                                        profissional” para os conselheiros. Estima-se que cerca de 25%
                                        dos conselheiros já tenha tido um cliente que cometeu suicídio.
                                        4
                                        O suicídio pode ter um efeito potencialmente negativo quer nos
                                        conselheiros já profissionalizados quer nos que ainda estão em
                                        formação. Os conselheiros que passam por tal experiência
                                        referem sentir perda de auto-estima, experimentar pensamentos
                                        intrusivos e sonhos vívidos, e sentir, ao mesmo tempo, raiva e
                                        culpa em resposta à morte do seu cliente.
                                        Esta brochura foi preparada como um guia informativo
                                        para a educação de conselheiros a respeito do risco e da
                                        prevenção do suicídio.
                                        O PESO DO SUICÍDIO
                                        Estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas
                                        tenha cometido suicídio em 2000, colocando o suicídio entre as
                                        dez causas de morte mais frequentes em muitos países do
                                        mundo. Dez a vinte milhões de pessoas terão tentado suicidar-se.
                                        Mas presume-se que os números reais sejam ainda mais
                                        elevados. Embora as taxas de suicídio variem de acordo com
                                        categorias demográficas, elas aumentaram aproximadamente
                                        60% nos últimos 50 anos. A redução da perda de vidas devida a
                                        suicídios tornou-se um objectivo internacional essencial em saúde
                                        mental. Os conselheiros podem ter um papel chave na prevenção
                                        do suicídio.
                                        FACTORES DE PROTECÇÃO
                                        Os factores de protecção reduzem o risco de suicídio; são
                                        considerados isoladores contra o suicídio e incluem:

                                        Apoio da família, de amigos e de outros relacionamentos
                                        significativos;

                                        Crenças religiosas, culturais, e étnicas;

                                        Envolvimento na comunidade;

                                        Uma vida social satisfatória;

                                        Integração social como, por exemplo, através do trabalho
                                        e do uso construtivo do tempo de lazer;
                                        Acesso a serviços e cuidados de saúde mental.
                                        Embora tais factores de protecção não eliminem o risco de
                                        suicídio, podem contrabalançar o peso imposto por circunstâncias
                                        difíceis da vida.
                                        FACTORES DE RISCO E SITUAÇÕES DE RISCO
                                        Os comportamentos suicidas são mais comuns em certas
                                        circunstâncias devido a factores culturais, genéticos,
                                        psicossociais e ambientais. Os factores de risco gerais incluem:

                                        Estatuto sócio-económico e nível de educação baixos;
                                        perda de emprego;

                                        Stress social;

                                        Problemas com o funcionamento da família, relações
                                        sociais, e sistemas de apoio;

                                        Trauma, tal como abuso físico e sexual;

                                        Perdas pessoais;

                                        Perturbações mentais tais como depressão, perturbações
                                        da personalidade, esquizofrenia, e abuso de álcool e de
                                        substâncias;

                                        Sentimentos de baixa auto-estima ou de desesperança;

                                        Questões de orientação sexual (tais como
                                        homossexualidade);

                                        Comportamentos idiossincráticos (tais como estilo
                                        cognitivo e estrutura de personalidade);

                                        Pouco discernimento, falta de controle da impulsividade, e
                                        comportamentos auto-destrutivos;

                                        Poucas competências para enfrentar problemas;

                                        Doença física e dor crónica;

                                        Exposição ao suicídio de outras pessoas;

                                        Acesso a meios para conseguir fazer-se mal;

                                        Acontecimentos destrutivos e violentos (tais como guerra
                                        ou desastres catastróficos).
                                        Estima-se que cerca de 90% dos indivíduos que puseram
                                        fim às suas vidas cometendo suicídio tinham alguma perturbação
                                        mental e que, na altura, 60% deles estavam deprimidos. Na
                                        verdade, todos os tipos de perturbações do humor têm sido
                                        claramente associados aos comportamentos suicidas. A
                                        depressão e os seus sintomas (como, por exemplo, tristeza,
                                        letargia, ansiedade, irritabilidade, perturbações do sono e da
                                        alimentação) devem alertar todos os conselheiros para o
                                        potencial risco de suicídio.
                                        O risco elevado de suicídio também tem sido associado
                                        com esquizofrenia, abuso de substâncias, perturbações da
                                        personalidade, perturbações da ansiedade, incluindo perturbação
                                        de
                                        stress pós-traumático, e co-morbilidade destes diagnosticos.
                                        6
                                        Aproximadamente 10 a 15% dos indivíduos com esquizofrenia
                                        cometem suicídio, que assim é consistentemente a causa de
                                        morte mais comum entre os indivíduos que sofrem de psicose.
                                        Uma maior compreensão pessoal sobre a própria perturbação
                                        mental, poucos anos em tratamento, e sintomas severos de
                                        depressão estão associados com um risco maior de suicídio em
                                        indivíduos da população psicótica. Os efeitos do uso do álcool na
                                        presença de desafios significativos e de situações
                                        stressantes da
                                        vida podem levar a uma visão mais estreita da realidade e
                                        potencialmente a infligir-se mal. O alcoolismo, particularmente na
                                        presença da depressão e de perturbações da personalidade,
                                        também pode aumentar o risco de suicídio.
                                        Em 90% dos casos de morte de crianças e adolescentes
                                        por suicídio, foi identificado como causa algum tipo de
                                        perturbação mental,
                                        7
                                        sendo os diagnósticos mais comuns as
                                        perturbações do humor, perturbações da ansiedade, abuso de
                                        substâncias, e perturbações comportamentais do funcionamento
                                        social.
                                        Os indivíduos suicidas sofrem frequentemente com
                                        maiores problemas ambientais do que os seus colegas não
                                        suicidas, incluindo histórias de abuso, problemas familiares,
                                        questões culturais, dificuldades de relação interpessoal, e
                                        exposição a
                                        stress extremo ou crónico. Em conjunto com o humor
                                        depressivo, esta carga ambiental aumenta a probabilidade de
                                        suicídio. Na verdade, o sentimento de desesperança decorrente
                                        de circunstâncias difíceis da vida constitui um indicador ainda
                                        mais potente do risco de suicídio do que a depressão por si
                                        mesma.
                                        Tentativas de suicídio anteriores aumentam o risco de suicídio.
                                        Além disso, os factores de risco mais importantes incluem a
                                        ideação persistente sobre fazer-se mal e planos definidos e
                                        preparações para cometer suicídio. Portanto, os maiores riscos
                                        apresentam-se quando um indivíduo tem os meios, a
                                        oportunidade, um plano específico para consumar o suicídio, e a
                                        falta de algo ou alguém que o detenha.
                                        Identificar os factores de risco associados com o
                                        comportamento suicida é um passo indispensável para a tomada
                                        de decisão clínica pelo conselheiro. O conhecimento de tais
                                        factores de risco pode orientar a prevenção bem como a
                                        intervenção, ao ajudar os conselheiros a identificar os indivíduos
                                        em maior risco. Assim, a formação de conselheiros para que
                                        possam avaliar os riscos é de suprema importância para a
                                        redução dos suicídios.
                                        Embora não haja um “estilo geral” para comunicar
                                        intenções suicidas, os sinais de alerta do comportamento suicida
                                        incluem: falta de interesse pelo próprio bem-estar; mudanças em
                                        padrões de comportamento social, declínio da produtividade no
                                        trabalho ou do sucesso escolar; alterações nos padrões de sono
                                        e de alimentação; tentativas de pôr os assuntos pessoais em
                                        ordem ou de fazer as pazes com outros; interesse fora do comum
                                        em como os outros se sentem; preocupação com temas de morte
                                        e violência; súbita melhoria no humor depois de um período de
                                        depressão; e promiscuidade súbita ou aumentada.

                                        Texto I

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                                          #21
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                                          Editado pela última vez por nunomplopes; 02 October 2009, 04:32.

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                                            #22
                                            Elementos úteis do processo terapêutico com indivíduos suicidas
                                            incluem o apoio para enfrentar emoções intensas e confrontar
                                            comportamentos auto-destrutivos, ao mesmo tempo que se
                                            encoraja a autonomia pessoal. Reconhecer e superar
                                            sentimentos de desamparo, de falta de esperança e de
                                            desespero, bem como desenvolver o auto-conhecimento e
                                            construir uma identidade pessoal positiva também são elementos
                                            essenciais para o processo de aconselhamento de indivíduos
                                            suicidas.
                                            A identificação da mensagem que o indivíduo está a tentar
                                            comunicar e/ou do problema que o indivíduo está a tentar resolver
                                            através do comportamento suicida, também é uma intervenção
                                            útil. Dar ao indivíduo suicida a oportunidade de expressar-se pode
                                            ajudar a esvaziar a situação de crise. Os conselheiros devem, no
                                            entanto, ser cautelosos e não depender apenas da comunicação
                                            verbal, pois a falta de referência ou a negação da ideação suicida
                                            podem mascarar a verdadeira intenção suicida. Apoio imparcial,
                                            ouvir atentamente, e perguntar questões relevantes e
                                            reveladoras, podem ajudar a identificar quais as mensagens que
                                            o indivíduo suicida está a tentar transmitir.
                                            necessitará ser contactado, quais os conselheiros disponíveis
                                            para oferecer seguimento, e por quanto tempo.
                                            A ruptura prematura do aconselhamento e uma resposta
                                            inadequada ao tratamento podem constituir um prognóstico
                                            desfavorável de eventual suicídio.
                                            O aconselhamento deverá ser específico para as
                                            necessidades do indivíduo e, frequentemente, inclui o uso de
                                            terapias cognitivo-comportamentais, terapia comportamental
                                            dialéctica, terapia psicodinâmica, e aconselhamento familiar.
                                            Elementos úteis do processo terapêutico com indivíduos suicidas
                                            incluem o apoio para enfrentar emoções intensas e confrontar
                                            comportamentos auto-destrutivos, ao mesmo tempo que se
                                            encoraja a autonomia pessoal. Reconhecer e superar
                                            sentimentos de desamparo, de falta de esperança e de
                                            desespero, bem como desenvolver o auto-conhecimento e
                                            construir uma identidade pessoal positiva também são elementos
                                            essenciais para o processo de aconselhamento de indivíduos
                                            suicidas.
                                            A identificação da mensagem que o indivíduo está a tentar
                                            comunicar e/ou do problema que o indivíduo está a tentar resolver
                                            através do comportamento suicida, também é uma intervenção
                                            útil. Dar ao indivíduo suicida a oportunidade de expressar-se pode
                                            ajudar a esvaziar a situação de crise. Os conselheiros devem, no
                                            entanto, ser cautelosos e não depender apenas da comunicação
                                            verbal, pois a falta de referência ou a negação da ideação suicida
                                            podem mascarar a verdadeira intenção suicida. Apoio imparcial,
                                            ouvir atentamente, e perguntar questões relevantes e
                                            reveladoras, podem ajudar a identificar quais as mensagens que
                                            o indivíduo suicida está a tentar transmitir.
                                            ACONSELHAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
                                            SUICIDAS
                                            O aconselhamento é apropriado para todas as crianças e
                                            adolescentes com comportamentos suicidas e deve focar-se no
                                            tratamento cognitivo comportamental, com ênfase na capacidade
                                            para enfrentar problemas. Os objectivos do aconselhamento
                                            eficaz podem incluir uma melhor compreensão de si mesmo,
                                            identificar sentimentos conflituosos, melhorar a auto-estima,
                                            mudar comportamentos desadaptativos, aprender a resolver
                                            conflitos, e a interagir mais eficazmente com os colegas.
                                            É provável que estudantes peçam ajuda a um amigo
                                            durante os estádios iniciais da ideação suicida. Treinar
                                            estudantes para que identifiquem colegas em risco de tal
                                            comportamento pode contribuir para que os estudantes recebam
                                            o auxílio de que necessitam. Os programas de aconselhamento
                                            por colegas têm-se revelado de grande ajuda para aumentar o
                                            conhecimento que os estudantes têm sobre factores de risco do
                                            suicídio, e de como entrar em contacto com uma linha telefónica
                                            de emergência ou centro de crise, e como encaminhar um amigo
                                            para um conselheiro. Os estudantes necessitam de um foro onde
                                            possam receber informação, fazer perguntas e aprender como
                                            ajudarem os seus amigos e a si mesmos com as suas
                                            preocupações suicidas. Infelizmente, apenas 25% dos estudantes
                                            contarão a um adulto se um amigo tiver ideações suicidas. No
                                            entanto, apresentações cuidadosamente preparadas para a sala
                                            de aula, feitas por conselheiros, podem ajudar a aumentar essa
                                            taxa.
                                            Envolver os pais e colaborar com outros serviços de saúde
                                            e escolas, também são processos de prevenção eficazes. Os
                                            pais de crianças em escolas com programas de prevenção do
                                            suicídio devem estar envolvidos nos esforços da escola para
                                            hospitalização não é uma garantia; adolescentes decididos a
                                            ferirem-se podem mesmo assim encontrar uma forma de realizar
                                            o seu objectivo destrutivo. Depois da hospitalização, a criança ou
                                            adolescente necessita de cuidados de seguimento por
                                            profissionais de saúde adequadamente treinados, incluindo
                                            conselheiros. O aconselhamento durante este período deve focarse
                                            em reduzir fantasias mórbidas acerca da morte, rejeição,
                                            alienação, perda e castigo, assim como em estabilizar a situação
                                            e considerar uma avaliação psico-farmacológica.
                                            1,11
                                            Em termos da
                                            prevenção do suicídio, é importante
                                            considerar níveis de intervenção primária, secundária e terciária.
                                            O nível primário diz respeito a pessoas que ainda não mostram
                                            sinais de tendência suicida, ou em que os transtornos são ainda
                                            muito limitados. A prevenção deve focar-se no apoio e melhoria
                                            do funcionamento em contextos interpessoais e sociais, bem
                                            como em diminuir significativamente as condições de risco
                                            emocionais, físicas e económicas.
                                            Os programas de educação na escola podem ajudar os
                                            professores a aprender como identificar estudantes
                                            potencialmente suicidas, e a treinar os estudantes para a
                                            consciencialização de como podem ser úteis para os seus
                                            colegas com problemas. Os programas comunitários que se
                                            concentram na saúde mental positiva também são úteis para a
                                            prevenção do suicídio. Embora a sua eficácia pareça ser
                                            discutível, centros de crise e linhas telefónicas de emergência
                                            para o suicídio são centrais nos esforços de prevenção do
                                            suicídio em muitas comunidades.
                                            CONSELHEIROS QUE LIDAM COM O SUICÍDIO DE UM
                                            CLIENTE
                                            Os comportamentos suicidas estão entre as crises de saúde
                                            mental mais frequentemente encontradas por conselheiros. Falar com colegas e supervisores, aceitar que o suicídio é um resultado
                                            possível no aconselhamento, conduzir uma “autópsia psicológica”
                                            e ir ao funeral, têm sido referidos como estratégias importantes
                                            para os conselheiros que lidam com o suicídio de um cliente. Os
                                            conselheiros também necessitam de estar atentos às suas
                                            próprias dificuldades com o tópico da morte e suicídio, e não
                                            devem permitir que tais dificuldades inibam os seus esforços na
                                            prestação de cuidados ao indivíduo suicida.
                                            A ansiedade face a morte é um elemento central na
                                            capacidade do conselheiro para trabalhar com indivíduos
                                            suicidas. Há uma relação entre as atitudes e valores do
                                            conselheiro a respeito do suicídio e a sua eficácia ao trabalhar
                                            com indivíduos suicidas. Se um suicídio ocorre, o conselheiro
                                            envolvido necessitará de uma oportunidade para falar do que
                                            aconteceu e das suas reacções, incluindo uma reconstrução dos
                                            acontecimentos que culminaram com o suicídio, identificando os
                                            factores que conduziram à morte, avaliando a resposta da equipa
                                            de saúde mental, e retirando consequências para melhorar
                                            futuros esforços de prevenção. Os conselheiros envolvidos num
                                            suicídio consumado podem experimentar sentimentos que vão
                                            desde a raiva e o ressentimento até à culpa, à tristeza, e aos
                                            sintomas pós-traumáticos. O apoio de colegas, e até
                                            aconselhamento, podem ser extremamente benéficos nesta
                                            situação.
                                            FORNECENDO INFORMAÇÃO ÚTIL À COMUNIDADE
                                            Os conselheiros podem prestar esclarecimentos e
                                            educação à comunidade para ajudar a reduzir a incidência de
                                            suicídios. Por exemplo, é importante que os conselheiros
                                            divulguem os sinais de alarme do comportamento suicida. Educar
                                            as pessoas sobre o suicídio pode ajudar a alertar as comunidades
                                            para os sinais de aviso do suicídio, a dissipar os mitos do suicídio,
                                            bem como a oferecer esperança àqueles que são potencialmente
                                            suicidas e que necessitam de repensar as suas opções. As
                                            organizações comunitárias, profissionais de cuidados de saúde
                                            primários e conselheiros podem ser úteis na disseminação de
                                            informação sobre o suicídio, tais como circunstâncias específicas
                                            (como por exemplo, perda do emprego e subsequente efeito na
                                            estabilidade familiar) e factores de risco do suicídio (como, por
                                            exemplo, a depressão, perturbações mentais, a dependência de
                                            droga e de álcool, a história familiar).
                                            Além do mais, é importante que os conselheiros que
                                            trabalham nas escolas ajudem a informar e educar professores e
                                            pais sobre como identificar alunos em risco de suicídio. Os
                                            conselheiros escolares devem preparar os estudantes para
                                            detectarem comportamentos suicidas e aprenderem a obter
                                            ajuda. Por exemplo, estudantes envolvidos em programas de
                                            prevenção precisam de informação e formação em como
                                            demonstrar empatia e como ouvir atentamente, e também como
                                            estender a mão aos amigos que possam estar necessitados de
                                            ajuda. Informação que ajude os estudantes a ultrapassar a crise
                                            emocional de um suicídio ou de uma tentativa de suicídio
                                            tornados públicos, também é importante para evitar suicídios por
                                            imitação. Os Centros Americanos para o Controle de Doenças
                                            desenvolveram recomendações que têm sido amplamente
                                            usadas para reduzir suicídios em grupos.
                                            12
                                            É importante que os conselheiros tenham um plano para
                                            lidar com a comunicação social quando ocorre um suicídio. Esse
                                            plano deve incluir pedir aos meios de comunicação social que não
                                            glorifiquem, embelezem, ou dramatizem a morte, com o objectivo
                                            de prevenir a possibilidade de suicídios por contágio. Para
                                            informação específica, os conselheiros devem consultar:
                                            Prevenindo o Suicídio: um recurso para profissionais da
                                            comunicação social
                                            .
                                            Grupos de auto-ajuda para sobreviventes são um método
                                            construtivo e motivador de oferta de cuidados posteriores ao
                                            suicídio, prestados para que as pessoas se possam ajudar a si
                                            mesmas. Tais grupos de auto-ajuda, organizados por aqueles que
                                            perderam alguém querido, podem fornecer informação útil sobre o
                                            processo do luto, informação sobre suicídio, assim como sobre os
                                            vários papéis dos conselheiros profissionais que ajudam os
                                            sobreviventes.
                                            Os conselheiros que trabalham com grupos de
                                            sobreviventes podem dar grande conforto aos amigos e às
                                            famílias afectadas pelo suicídio. Frequentemente, os
                                            sobreviventes vacilam entre sentimentos de culpa, de raiva e de
                                            profunda tristeza. Em tais casos, os conselheiros podem criar
                                            uma oportunidade para que os sobreviventes processem os seus
                                            sentimentos. Muitas famílias têm relatado a necessidade de
                                            aconselhamento logo após uma tentativa de suicídio. Tal
                                            aconselhamento ajuda as famílias a lidar com o
                                            stress da
                                            tentativa e pode esclarecer o seu papel nos cuidados a prestar ao
                                            suicida, ou a lidar com a perda por suicídio de um amigo ou
                                            membro de família.
                                            Sempre que relevante, os conselheiros também podem
                                            ajudar as famílias e os amigos a entender melhor o papel da
                                            doença mental no comportamento suicida, assim como a reduzir
                                            o risco de suicídios por contágio ou por imitação. O
                                            aconselhamento com grupos necessitados de cuidados
                                            posteriores ao suicídio inclui procedimentos para aliviar o
                                            stress e
                                            o luto associados com um suicídio e promove uma recuperação
                                            saudável para os enlutados.
                                            Os conselheiros podem ajudar as pessoas a aceitar o
                                            suicídio, a seguir em frente com a sua vida de uma maneira
                                            positiva, e a desenvolver um modo de lidar com a sua perda
                                            formando um grupo de sobreviventes. Para informação específica
                                            sobre como começar tal grupo, os conselheiros devem consultar:
                                            Prevenindo o suicídio: como começar um grupo de
                                            sobreviventes.


                                            PREVENÇÃO DO SUICÍDIO Organização Mundial de Saúde — OMS

                                            A mídia desempenha um papel significativo na sociedade atual, ao proporcionar
                                            uma ampla gama de informações, através dos mais variados recursos. Influencia
                                            fortemente as atitudes, crenças e comportamentos da comunidade e ocupa um lugar
                                            central nas práticas políticas, econômicas e sociais. Devido a esta grande influência, os
                                            meios de comunicação podem também ter um papel ativo na prevenção do suicídio.
                                            O suicídio é talvez a forma mais trágica de alguém terminar a vida. A maioria das
                                            pessoas que consideram a possibilidade de cometer o suicídio são ambivalentes. Elas
                                            não estão certas se querem realmente morrer. Um dos muitos fatores que podem levar
                                            um individuo vulnerável a efetivamente tirar sua vida pode ser a publicidade sobre os
                                            suicídios. A maneira como os meios de comunicação tratam casos públicos de suicídio
                                            pode influenciar a ocorrência de outros suicídios.
                                            Este manual procura enfatizar o impacto que a cobertura midiática pode ter nos
                                            suicídios, indicar fontes de informação confiáveis, sugerir como abordar suicídios tanto em
                                            circunstâncias gerais quanto especificas e apontar as armadilhas a serem evitadas nas
                                            coberturas de suicídios.
                                            PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: UM MANUAL PARA PROFISSIONAIS DA MÍDIA
                                            Editado pela última vez por nunomplopes; 02 October 2009, 04:39.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Sem estar a armar-me em profeta do dia seguinte, acreditem que é 1 tendência cada vez mais real nas empresas.

                                              A pressão a que sujeitam as pessoas, pode levar ao extremo...

                                              Comentário


                                                #24
                                                matam-se a trabalhar?

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