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Será o despedimento de Funcionários Públicos a ...

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    Será o despedimento de Funcionários Públicos a ...

    Solução?


    Argumentando que é indispensável alterar a Constituição para permitir os despedimentos na Função Pública, e assim viabilizar o equilíbrio das contas públicas, o engenheiro Belmiro de Azevedo mostrou-se menos engenhoso que o habitual. Já que, ao abordar o problema desta forma, está a pedir mais défice público e mais conflito social.
    Argumentando que é indispensável alterar a Constituição para permitir os despedimentos na Função Pública, e assim viabilizar o equilíbrio das contas públicas, o engenheiro Belmiro de Azevedo mostrou-se menos engenhoso que o habitual. Já que, ao abordar o problema desta forma, está a pedir mais défice público e mais conflito social.

    Mas aceitemos a hipótese de Belmiro e imaginemos, por instantes, que a Constituição já permite que todo e qualquer funcionário público possa ser despedido sem justa causa, ao critério e sabor dos governos e da situação das Finanças Públicas.

    Se assim fosse, então os governos passariam a elaborar um plano anual de rescisões. Por exemplo, estipulando o despedimento de 50 mil funcionários de uma assentada.

    Vejamos, portanto, as seis consequências negativas associadas à decisão:

    1 – Forte aumento instantâneo da despesa pública causado pelo montante de indemnizações a pagar (regra de um mês de salário por cada ano de serviço).

    2 – Aumento automático da despesa em subsídios de desemprego, perdurável por vários anos, que consumirá grande parte da redução da despesa em remunerações.

    3 – Quebra das receitas de IRS, de IVA, de ADSE provocada pela diminuição do rendimento disponível das famílias dos funcionários despedidos.

    4 – Redução do consumo com impacto negativo nas vendas das empresas e consequente geração de mais desemprego, menores receitas de impostos e aumento de despesa em assistência social.

    5 – Provável perturbação do funcionamento de serviços pela redução de funcionários e, simultaneamente, aumento da conflitualidade social.

    6 – Provável permanência de ex-funcionários públicos no desemprego, além do período de cobertura do subsídio.

    Face as estes impactos, a única vantagem real dos despedimentos será a diminuição real da despesa pública a partir do quinto ano após a decisão. Quinto ano? Sim, porque além dos subsídios de desemprego irem cobrir, quase sempre, períodos de três anos, há ainda que adicionar o valor das indemnizações que facilmente andarão por volta dos 24 meses.

    Quer isto dizer que a hipótese de Belmiro terá efeito positivo daqui a demasiado tempo e comporta custos financeiros, políticos e sociais imediatos que são indesejáveis.

    Em especial, ninguém garante que o mercado das empresas privadas tenha, entretanto, criado emprego não só para os 50 mil desempregados da Função Pública como para os desempregados originados pelo mercado empresarial. O Estado chutou o problema para o canto mas não o resolveu.

    Portanto, a proposta de Belmiro de Azevedo é um mau negócio, tem o mérito de agravar o problema no curto e médio prazos e, em consequência, a questão da Constituição não é relevante para a solução.

    O desafio que se coloca ao País não é portanto apenas de natureza financeira ou contabilística. Muito menos se resume a um problema do Governo. Empresários e sindicatos, Governo e Presidência da República, economistas e gestores têm a obrigação de descobrir uma solução global.

    De facto, a questão central é que reduzir o número de funcionários públicos terá de passar por garantir que o sector privado os venha a absorver de forma mais ou menos imediata. Ou seja, o Estado despede e o sector privado da economia contrata.

    Esta é que é a questão de fundo e a solução que encontrarmos para ela revelará a nossa superioridade ou mediocridade enquanto nação.

    Para que o princípio da absorção dos ex-funcionários públicos pelas empresas privadas se concretize, é necessário que, além da transferência de funcionários, o Estado transfira também serviços para a iniciativa privada, mantendo-se como financiador desses serviços mas a um preço inferior ao que actualmente despende.

    Ou seja, em linguagem vulgar, é necessário que o Estado trespasse actividades para a iniciativa privada. Com o trespasse, transferem--se a função, os funcionários, as instalações e os equipamentos. E, ponto decisivo, transferem-se os clientes.

    Dir-se-á que, na maior parte dos casos, os clientes se resumem apenas a um: o próprio Estado. É verdade mas não é um obstáculo efectivo, já que o Estado pode manter-se como cliente e, nessa verdadeira qualidade, negociar preços garantindo uma redução face aos custos actuais.

    Nesta perspectiva, a maneira mais interessante de resolver o problema das Finanças Públicas e nesse acto não gerar conflitos sociais e não degradar a situação económica, contribuindo aliás de forma multiplicadora para a dinamização do investimento, para a modernização, para o aumento da produtividade, é a redefinição das funções do Estado.

    Este, sim, é o «ovo de Colombo» de que Portugal precisa e sobre o qual se esperaria que Belmiro de Azevedo, Marques Mendes, José Sócrates, empresários, economistas e gestores defendessem, já que, sem dúvida, é o modelo que deu francos resultados em todos os países que o aplicaram e que Portugal, digamos assim, inveja.

    De resto, Belmiro de Azevedo tem razão quando argumenta que o País beneficia actualmente de um equilíbrio político raro que permite medidas únicas. A maioria socialista não encontrará oposição por parte do PSD na redefinição das funções do Estado e contará com o apoio dinâmico do Presidente da República.

    http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=276987

    #2
    Mais um tópico para exageros ideológicos...

    Desde que o Belmiro de Azevedo nos chamou, a todos nós (...) invertebrados, há uns anos, que deixei de dar crédito às coisas que ele diz...

    Pela lógica dele também seria admissível, das duas uma, ou "eliminar fisicamente" todos os reformados ou, em alternativa, deixar imediatamente, de lhes pagar as reformas, certamente qualquer uma das duas "medidas" resolveria as contas publicas...[8]

    Comentário


      #3
      Eu acho que o Belmiro já se esqueceu que foi patrão.

      Repara ele enaltece a gestão de Granadeiro certo?

      Eu penso que num ano que os lucros da PT foram recorde a administração foi aumentada em 37% e os empregados? -> 0%

      Isso é uma gestao orientada a q? Infelizmente as pessoas precisam de sobreviver e sujeitam-se

      Comentário


        #4
        "Infelizmente as pessoas precisam de sobreviver e sujeitam-se"...

        Essa é a grande verdade!...

        Comentário


          #5
          Ora vamos a numeros.

          Comparem isto:

          PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA (Dados de 2004)
          Suécia - 33,3%
          Dinamarca - 30,4%
          Bélgica - 28,8%
          Reino Unido - 27,4%
          Finlândia - 26,4%
          Holanda - 25,9%
          França - 24,6%
          Alemanha - 24%
          Hungria - 22%
          Eslováquia - 21,4%
          Áustria - 20,9%
          Grécia - 20,6%
          Irlanda - 20,6%
          Polónia - 19,8%
          Itália - 19,2%
          República Checa - 19,2%
          PORTUGAL - 17,9%
          Espanha - 17,2%
          Luxemburgo - 16%
          ( numeros tirados do tópico da mobilidade, como ninguem pos em causa, vou considerar certos.) - A negrito estão os paises que tambem estão na proxima tabela

          Agora comparem com os gastos com pessoal em % do pib:


          Retirado de um relatório da OCDE, de 2002, mas de 2002 a 2004 não deve ter mudado muito.

          Deixo as comparações ao vosso gosto, de tão obvias que são.

          Não sei como há pessoas que dizem não há pessoas a mais, para o que o país produz, há pessoas a mais, e não são poucas.

          Até o secretário geral do PCP já disse que havia pessoas a mais, até fiquei parvo com tal declaração, mas para até o pcp ter chegado a essa brilhante conclusão, é porque algo está mesmo muito mal.

          Comentário


            #6
            Mas se as empresas absorverem os fp a mais, então quantos anos se vai ter de esperar para passar a haver emprego para os jovens que acabam a escola?

            E uma vez que os privados não podem dar emprego a todos haverá tb muitos ex-fp no desemprego de longa duração (depois de andarem a descontar durante 20/25/30 anos e a quem a segurança social não tem condições de sustentar), o que se faz a essa gente que estará já com 40/50 anos e para quem já não há trabalho?



            Comentário


              #7
              A questão é que as empresas não vão absorver os FP a mais, simplesmente, porque são mais velhos, tem reduzidos conhecimentos (a "formação" que tiveram ao longo da carreira -:D- resume-se à burocracia estatal) e como tal estão desjustados ao mercado para desempenharem funções (administrativas) semelhantes no privado.

              Obviamente que a única solução são as pré-reformas...

              Comentário


                #8
                Não era preciso despedimentos colectivos ou sem justa causa!!!
                Bastava despedimentos justificados, que as contas levavam logo um enorme balão de oxigénio!

                Eu defendo que devia haver avaliações anuais (semestrais, numa fase mais avançada) que seriam feitas por empresas externas e totalmente privadas! Com uma avaliação abaixo de mediana o trabalhador não era aumentado, dois anos consecutivos com mau desempenho e só podia era ser despedido com justa causa: INCOMPETÊNCIA[8]

                Não me venham com as tretas que já há avaliações ou que vai haver, bla bla bla... enquanto continuar tudo nas mãos de amigos/padrinhos/sobrinhos /afilhados/etc, nunca a FP em Portugal vai mudar.

                Comentário


                  #9
                  citação:Originalmente colocada por André

                  A questão é que as empresas não vão absorver os FP a mais, simplesmente, porque são mais velhos, tem reduzidos conhecimentos (a "formação" que tiveram ao longo da carreira -:D- resume-se à burocracia estatal)
                  Tb os haverá, mas a maioria foge bastante a esse esteriotipo de funcionario publico e na generalidade tem formação superior e mais actual (devido as "razoavelmente" constantes acções de formação) do que os trabalhadores do privado.


                  citação:Originalmente colocada por André

                  e como tal estão desjustados ao mercado para desempenharem funções (administrativas) semelhantes no privado.

                  Obviamente que a única solução são as pré-reformas...
                  A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.

                  Obviamente nos casos de elevada idade ou dos que por qql razão não frequentaram as acções de formação e estão desactualizados terá de se encontrar uma solução que pode ser a pré-reforma.



                  Comentário


                    #10
                    1º muitos dos FP nao trazem valor acrescentado nenhum, esses iam co ******.
                    2º dinamizar a FP para serem precisos menos fp, despediam-se mais...

                    Como o Mr anderson mostra no 2o grafico somos o pais que gasta mais na FP e o unico com um tendencia para subir...peloi menos até 2001
                    nossa Funçao publica nao só sai cara como é completamente ineficiente...

                    Comentário


                      #11
                      citação:Originalmente colocada por Nthor

                      A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.
                      Não achas que essa afirmação é brutalmente exagerada????

                      Compreendo que se queira defender a camisola, mas não exagerem!

                      Comentário


                        #12
                        citação:Originalmente colocada por joao

                        citação:Originalmente colocada por Nthor

                        A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.
                        Não achas que essa afirmação é brutalmente exagerada????

                        Compreendo que se queira defender a camisola, mas não exagerem!
                        A frase, acho, pode ler-se de forma polivalente, ou seja, muitos funcionários públicos têm um excelente nível de preparação face ao seu possível equivalente no privado, mas outros têm, precisamente, um déficit nesse campo e não serão nenhuma mais valia nas empresas!

                        No entanto, e na verdade, os funcionários públicos são obrigados a ter formação frequente e periódica, coisa que raras são as empresas que impõem essa obrigação aos seus funcionários!

                        Comentário


                          #13
                          citação:Originalmente colocada por joao

                          citação:Originalmente colocada por Nthor

                          A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.
                          Não achas que essa afirmação é brutalmente exagerada????

                          Compreendo que se queira defender a camisola, mas não exagerem!
                          Até pode ser um pouco, mas repara que para entrar para o estado (exepção as cunhas que tb há nos privados) é preciso rigorosos testes de conhecimentos que só uns poucos conseguem superar, há tb de ter em conta as reciclagens constantes de conhecimentos e formação da fp que no privado são escassas ou só para quadros de topo.

                          Haverá naturalmente exepções, mas que nem vale a pena referir.

                          Um exemplo um pouco deslocado, mas que posso referir como comparação será talvez os 1ºs testes (os mais simples) que se fazem para a FAP e que na epoca em que os fiz de 4500 candidatos para 60 vagas só passaram 500, acabando por os restantes por ser excluidos em testes posteriores, tendo o curso começado com 30 elementos.

                          ;)



                          Comentário


                            #14
                            Na minha área não tenho qq dúvida que a maioria das vezes os fúncionários públicos estão muito, mas mesmo muito mais bem preparados do que os da privada!

                            Quanto a despedimentos, já estive a fazer aqui umas contas e ...... estou aberto a propostas!

                            Comentário


                              #15
                              Vocês não sejam "tolos" (desculpem-me o exagero da expressão) ainda vêm bater palmas ao Home Xoné !!
                              Ainda irão chorar ...

                              Preocupem-se é na realidade com este tipo de noticias - abaixo - e deixem os FP em paz, mas vocês gostam de apontar as miras para este alvo e depois ... isto passa-vos ao lado e isto DE CERTEZA QUE VOS AFECTARÁ MAIS.



                              IEFP - crescimento de 17 por cento face a 2005
                              Sobe o desemprego entre licenciados

                              O número de licenciados à procura de emprego aumentou 17 por cento em Maio, face ao mesmo período do ano anterior, para um total de 38 057 indivíduos, indicou ontem o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Do número total de licenciados inscritos nos Centros de Emprego, 67 por cento são mulheres.

                              Estavam inscritos, no final do mês de Maio, nos Centros de Emprego do continente e Regiões Autónomas mais 5535 indivíduos com nível de habilitação superior que no mesmo mês de 2005.

                              Trata-se de um problema a que as associações académicas começam a estar mais atentas. Ainda ontem, o presidente da Associação Académica de Coimbra admitia que esse seria o combate do futuro.

                              #8220;O emprego vai ser uma causa fundamental nos próximos anos. Se outrora os estudantes portugueses lutavam pela liberdade e pela democracia, agora o drama da juventude é o desemprego#8221;, sublinhou Fernando Gonçalves.

                              Com excepção do nível de habilitação superior, todos os restantes níveis de instrução apresentaram uma diminuição nos números do desemprego, tanto homóloga como mensal.

                              No entanto, é no nível do Ensino Básico do 1.º ciclo que se concentra o maior número de desempregados (152 948), seguido do Ensino Básico do 2.º ciclo (93.877).

                              INSCRITOS BAIXAM

                              O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego diminuiu 2,8 por cento em Maio, face ao mesmo período do ano anterior, o que acontece pelo terceiro mês consecutivo.

                              No final de Maio, encontravam-se à procura de emprego 457 009 indivíduos, menos 13 265 pessoas que no mesmo mês do ano passado.

                              Em termos mensais, o desemprego registado desceu 2,6 por cento, menos 12 244 pessoas inscritas que no mês de Abril.

                              Todas as regiões do País registaram uma quebra homóloga no número de desempregados, à excepção da Região Autónoma dos Açores em que subiu 0,1 por cento.

                              A região Norte, que concentra 45,8 por cento dos desempregados, registou uma diminuição de 2 por cento em Abril, face ao mesmo período do ano passado, e de 1,1 por cento, face ao mês anterior.

                              OS MAIS ATINGIDOS

                              O relatório do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostra também que são os trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio que registam maior desemprego (56 156). Em segundo lugar nesta lista, aparecem os empregados de escritório (56 156), seguidos pelo pessoal dos serviços de protecção e segurança (44 957) e pelos trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras (41 339). Estes quatros grupos de desempregados, no seu conjunto, representam 43,8 por cento de todos os desempregados inscritos nos Centros de Emprego, concluiu o relatório do IEFP.

                              NOTAS

                              HOMENS

                              A redução anual do desemprego ocorreu tanto nos homens como nas mulheres, porém com maior incidência no sexo masculino, que registou uma redução de 4,4 por cento.

                              JOVENS

                              O desemprego nos jovens com menos de 25 anos diminuiu 10,5 por cento, em termos homólogos, e 6,1 por cento, em termos mensais, de acordo com os resultados do INE.

                              LIMPEZA

                              O Governo anunciou recentemente que vai obrigar 2500 desempregados que estejam inscritos nos centros de emprego a trabalhar na limpeza de matas e manutenção de infra-estruturas.
                              Raquel Oliveira com Lusa


                              Ahh pois é !!!! [8)]


                              Ficaram os meus 5 cents.

                              Comentário


                                #16
                                citação:Originalmente colocada por Omega

                                Na minha área não tenho qq dúvida que a maioria das vezes os fúncionários públicos estão muito, mas mesmo muito mais bem preparados do que os da privada!

                                Quanto a despedimentos, já estive a fazer aqui umas contas e ...... estou aberto a propostas!
                                :D Estava aqui mesmo a pensar nisso e tens toda a razão!;)

                                Há muitas carreiras em que a formação não é um termo vão, mas algo levado muito a sério, como na minha carreira em que todos os meses são ministrados cursos de formação em inúmeras áreas específicas aos quais são sujeitos praticamente todos os funcionários das diversas aptências para os quais os mesmos são necessários!

                                E sim, também fiz umas continhas e não me importava nada de rescindir amigavelmente, sobretudo tendo em atenção as indemnizações que são outorgadas aos quadros das empresas por alguns meses de trabalho (...), algo que, no meu caso, e ao fim de quase 21 anos, deveria ser bem atraente em termos numéricos, sendo certo que tenho no privado algumas propostas muito, mas muito aliciantes atendendo ao leque de matérias em que me especializei!...;)

                                Comentário


                                  #17
                                  citação:Originalmente colocada por Nthor

                                  A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.

                                  Obviamente nos casos de elevada idade ou dos que por qql razão não frequentaram as acções de formação e estão desactualizados terá de se encontrar uma solução que pode ser a pré-reforma.
                                  Digamos que a formação na FP é muito pobrezinha...

                                  Mas a grande maioria que está a mais são administrativos, gente do trabalho de papel, dos ministérios e das autarquias.

                                  Ou achas que são enfermeiros, médicos, professores? ;)

                                  Comentário


                                    #18
                                    citação:Originalmente colocada por André

                                    citação:Originalmente colocada por Nthor

                                    A fp não é só administrativos ;) e como disse estão melhor preparados do que os seus colegas do privado.

                                    Obviamente nos casos de elevada idade ou dos que por qql razão não frequentaram as acções de formação e estão desactualizados terá de se encontrar uma solução que pode ser a pré-reforma.
                                    Digamos que a formação na FP é muito pobrezinha...

                                    Mas a grande maioria que está a mais são administrativos, gente do trabalho de papel, dos ministérios e das autarquias.

                                    Ou achas que são enfermeiros, médicos, professores? ;)
                                    Mais uma generalização incorrecta e não fundamentada, desculpa lá!;)

                                    De facto conheço, bem de perto (familiares e amigos), a realidade das autarquias e devo dizer-te que, para além das "colocações políticas", os restantes funcionários têm formação que até irrita, muita dela quase parecendo que servirá para alguma tese de doutoramento!

                                    Na verdade os funcionários das autarquias têm uma carreira dita vertical e cada vez que querem progredir, quando há concursos abertos, sujeitam-se a provas de uma complexidade muito acentuada, bastante desproporcional àquilo que, depois, vão auferir...

                                    Comentário


                                      #19
                                      ...Nos Ministérios conheço relativamente bem a vida que levam, por exemplo, os funcionários do Ministério da Justiça, pricipalmente os dos Tribunais (...), que trabalham "no papel", que levam uma vida de arrancar os cabelos com pilhas de processos que até metem medo...

                                      Comentário


                                        #20
                                        "Na verdade os funcionários das autarquias têm uma carreira dita vertical e cada vez que querem progredir, quando há concursos abertos, sujeitam-se a provas de uma complexidade muito acentuada, bastante desproporcional àquilo que, depois, vão auferir..."

                                        Também não exageremos na complexidade das provas...geralmente são matérias relacionadas com regime juridico da FP, regime disciplinar, regime de carreiras e legislação sobre organismos...

                                        Comentário


                                          #21
                                          E isso é formação? ;)

                                          Não :D

                                          Para além das colocações políticas...familiares e "amigais"? [:P]
                                          (que giro dizer que são só políticas ;) ai ai...)

                                          Boa formação não dá canudos, boa formação não é fazer um relatório todo bonitinho e xpto dessa formação, boa formação é estar melhor preparado para desempenhar o cargo, com eficácia, rapidez e destresa.

                                          E como o Estado nunca esteve nem continua a estar muito interessado em dar boa formação (até parece...o Estado nem sabe quantos funcionários tem, nem sabe para que servem a maioria dos seus serviços, tem lá capacidade para organizar e estruturar formação digna desse nome :D) nem tão pouco os funcionários terem melhor formação os faz progredir mais na carreira graças às maravilhosas leis da igualdade que tanta gente defende [:P] é óbvio que se sabe o resultado final :D

                                          E o resultado final é gastarmos uma enormidade com o sector público face aos serviços prestados.

                                          A formação da FP (e do sector privado infelizmente) neste país faz-se para caçar fundos e subsídios não porque é preciso ou se tem necessidade e vontade de trabalhar melhor. O mal está aqui [}]

                                          Obviamente que há excepções, o mal é serem excepções.

                                          Comentário


                                            #22
                                            citação:Originalmente colocada por ebay

                                            "Na verdade os funcionários das autarquias têm uma carreira dita vertical e cada vez que querem progredir, quando há concursos abertos, sujeitam-se a provas de uma complexidade muito acentuada, bastante desproporcional àquilo que, depois, vão auferir..."

                                            Também não exageremos na complexidade das provas...geralmente são matérias relacionadas com regime juridico da FP, regime disciplinar, regime de carreiras e legislação sobre organismos...
                                            Sim, mas já te apercebeste da quantidade de diplomas que é preciso saber para uma "simples" mudança de escalão?...

                                            Muitas das vezes essa mudança representa meia dúzia de contos (falando em escudos antigos...)![xx(]

                                            Comentário


                                              #23
                                              .. E, penso, na maioria das vezes praticamente não vale o esforço...

                                              Comentário


                                                #24
                                                citação:Originalmente colocada por André

                                                E isso é formação? ;)

                                                Não :D

                                                Para além das colocações políticas...familiares e "amigais"? [:P]
                                                (que giro dizer que são só políticas ;) ai ai...)

                                                Boa formação não dá canudos, boa formação não é fazer um relatório todo bonitinho e xpto dessa formação, boa formação é estar melhor preparado para desempenhar o cargo, com eficácia, rapidez e destresa.

                                                E como o Estado nunca esteve nem continua a estar muito interessado em dar boa formação (até parece...o Estado nem sabe quantos funcionários tem, nem sabe para que servem a maioria dos seus serviços, tem lá capacidade para organizar e estruturar formação digna desse nome :D) nem tão pouco os funcionários terem melhor formação os faz progredir mais na carreira graças às maravilhosas leis da igualdade que tanta gente defende [:P] é óbvio que se sabe o resultado final :D

                                                E o resultado final é gastarmos uma enormidade com o sector público face aos serviços prestados.

                                                A formação da FP (e do sector privado infelizmente) neste país faz-se para caçar fundos e subsídios não porque é preciso ou se tem necessidade e vontade de trabalhar melhor. O mal está aqui [}]

                                                Obviamente que há excepções, o mal é serem excepções.
                                                Tens razão, expliquei-me mal, não é isso que é formação...

                                                O que relatei são duas situações distintas, (1º) as provas para progressão na carreira, que obrigam a estudo, e (2º) os cursos de formação autárquica, nas inúmeras áreas que as autarquias abrangem!

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  citação:Originalmente colocada por André

                                                  E isso é formação? ;)

                                                  Não :D

                                                  Para além das colocações políticas...familiares e "amigais"? [:P]
                                                  (que giro dizer que são só políticas ;) ai ai...)...
                                                  Nas autarquias, do que me tenho apercebido(...), são essencialmente pessoas ligadas ao partido eleito, que são transferidas de outros locais (...) ou são admitidas como avençadas e, depois, entram no quadro...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    As autárquias (nomeadamente as mais pequenas) são grandes empregadores, e admissão não se faz por concursos a sério (são os chamados concursos direccionados :D), faz-se por cunhas políticas, familiares e amigais.

                                                    Porque isso de dizer que são só os políticos que andam na cunhice a no aproveitamento do emprego público é muito giro, até pode encher os ouvidos do senso comum mas a verdade é que a cunhice existe não só para políticos, mas para conhecidos, amigos e familiares, enfim, abrange todos os estratos sociais.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      vao despedir pra que?

                                                      o problema é a eficacia, nao o numero d gente.

                                                      se os actuais trabalhassem como era suposto (muitos nao querem, outros querem mas nao teem condiçoes para tal, outros ainda nao querem nem podem...), acredito que a maior parte dos serviços despachasse o trabalho em atraso em menos de nada e, depois disso, começassem a ter pessoal em excesso.

                                                      ou seja, despedir sem promover a eficacia...so vai piorar o problema.

                                                      estatisticas de quantidade de funcionarios publicos na populaçao? "obrigaçoes" em sermos iguais aos outros nesses aspectos?
                                                      nao é por sermos iguais ou melhores nesses aspectos que os serviços vao melhorar.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        citação:Originalmente colocada por Nthor

                                                        Até pode ser um pouco, mas repara que para entrar para o estado (exepção as cunhas que tb há nos privados) é preciso rigorosos testes de conhecimentos que só uns poucos conseguem superar, há tb de ter em conta as reciclagens constantes de conhecimentos e formação da fp que no privado são escassas ou só para quadros de topo.

                                                        Haverá naturalmente exepções, mas que nem vale a pena referir.
                                                        Não vale a pena referir? E eu não considero excepções!
                                                        Considero sim que existe tanto de um lado como do outro, por isso falar de excepções seja em que caso for é novamente um exagero.

                                                        Quanto a essa história de que um FP recebe formação, isso é muito bonito se não conhecermos a realidade (e eu sei que a conheces).
                                                        A minha namorada é FP e também vai a essas formações. É com cada fantochada de formações a que ela vai, e ela ainda tenta escolher/pedir as que podem dar mais jeito, mas não são poucas as vezes que ela vai para lá e acaba por ensinar o formador[8]


                                                        citação:
                                                        Um exemplo um pouco deslocado, mas que posso referir como comparação será talvez os 1ºs testes (os mais simples) que se fazem para a FAP e que na epoca em que os fiz de 4500 candidatos para 60 vagas só passaram 500, acabando por os restantes por ser excluidos em testes posteriores, tendo o curso começado com 30 elementos.

                                                        ;)
                                                        E que relação tinham esses testes com a função que era suposto os candidatos virem a desempenhar depois de aceites?

                                                        E achas mesmo que cunhas na FP são raras? É que uma coisa é ser indicado, outra coisa é entrar nitidamente porque se conhece alguém e não por causa dos nossos conhecimentos ou capacidades! E isso acontece muito na FP, quase que arriscava a dizer que mais de metade das contratações nas administrações locais são por cunhas[8)]

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          citação:Originalmente colocada por ebay
                                                          Também não exageremos na complexidade das provas...geralmente são matérias relacionadas com regime juridico da FP, regime disciplinar, regime de carreiras e legislação sobre organismos...
                                                          Ou seja faz-se formação nomeadamente sobre matérias internas.

                                                          Lá está, o que se dá mais importância é à corporação, não ao público que se serve.

                                                          No fundo perde-se mais tempo a trabalhar para dentro do que a trabalhar para fora, a dar mais atenção à burocracia interna, aos processos internos do que a servir o cidadão, do que a prestar o serviço à sociedade civil.

                                                          Enfim, já sabe que o Estado funciona fundamentalmente para dentro, não para fora [8)][xx(][}]

                                                          Algo vai mal, muito mal, aliás, sempre "foi indo" mal [}]

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            citação:Originalmente colocada por Excalibur

                                                            Preocupem-se é na realidade com este tipo de noticias - abaixo - e deixem os FP em paz, mas vocês gostam de apontar as miras para este alvo e depois ... isto passa-vos ao lado e isto DE CERTEZA QUE VOS AFECTARÁ MAIS.



                                                            IEFP - crescimento de 17 por cento face a 2005
                                                            Sobe o desemprego entre licenciados

                                                            O número de licenciados à procura de emprego aumentou 17 por cento em Maio, face ao mesmo período do ano anterior, para um total de 38 057 indivíduos, indicou ontem o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Do número total de licenciados inscritos nos Centros de Emprego, 67 por cento são mulheres.
                                                            Esse é outro problema que nada tem a ver com o facto de que em Portugal gasta-se mais dinheiro do que o que se pode gastar com os funcionários públicos, e que a burocracia em Portugal pauta-se pela incompetência e pela laxismo!

                                                            Quem é que já não teve a experiência de ver casos completamente ridículos em termos de burocracia, tal como ter que ir ao guichet ao lado para uma fila enorme para pedir determinado papel que facilmente podia ser tratado internamente????
                                                            Obviamente que quem lá está a trabalhar se está a *****? E sabes porquê? Porque não são avaliados pelo seu desempenho, pela capacidade de iniciativa, etc...

                                                            O que interessa é chegar ao fim do ano sem chatear ninguém e a promoção é "automática".

                                                            Comentário

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