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Renault Clio III 1.5 dCi 85cv / VW Polo 1.6l TDI 90cv

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    [Comparativo] Renault Clio III 1.5 dCi 85cv / VW Polo 1.6l TDI 90cv

    Existe muita expectativa em redor da novidade Volkswagen, e, ao longo do primeiro dia de ensaio, começámos mesmo a apontar, no bloco, o número de vezes que ouvimos dizer “é um mini Golf!”. A estética não engana (tal como o algodão) e visto de frente o “pequeno” Polo é de facto uma espécie de “gémeo encolhido” do maior protagonista da casa germânica. Mas… será que isso é mau? Não! O Golf VI é um dos melhores automóveis do mercado e, nem que as parecenças sejam apenas físicas, existem já alguns pontos (psicológicos) marcados.

    Esta quinta geração do Polo usa a nova plataforma do segmento “B” da casa, que já havia sido estreada pelo Skoda Fabia, e que serve também já o Seat Ibiza, mas, sob o capot, existe a estreia do novo bloco da família TDI, trata-se de um motor “common-rail” de 1,6 litros. Na gama Polo, existe com 75 cv, 90 cv ou 105 cv. No centro é que está a virtude e foi justamente o patamar de potência intermédio que ensaiámos hoje, logo aproveitando para marcar um encontro com o mais consensual de todos os utilitários da era que vivemos: o Clio.

    O famoso utilitário Renault foi, de resto, também renovado, há um par de meses. Aceitou de bom grado um facelift expressivo (especialmente na secção dianteira) e agora, nesta versão Dynamique S (que nem é a mais cara), traz de série um sistema de navegação integrado na consola. A tal persuasão, junta o sempre pertinente, e virtuoso, motor 1.5 dCi de 85 cv.

    O Clio tem vivido como o melhor da classe mas… agora chegou o tal “mini Golf”. Analisemos ponto por ponto os prós e contras!
    Enumerando os dispositivos de segurança, o Polo agrada por trazer, sempre de série, controlo da pressão dos pneus e controlo de estabilidade, mas surpreende-nos ao pedir 697 euros pela inclusão das cortinas insufláveis. Já no Clio é ao contrário. Tais cortinas são tidas como “de série” e o ESP é que implica mais 300 euros. Existe, portanto, algum equilíbrio na oferta proposta. Empate nas garantias, montagem e pintura e ainda no volume das bagageiras. O Clio tem 288 litros e o Polo 280 litros, contando o germânico com a benesse de um fundo falso que permite acondicionar melhor a maioria dos objectos pequenos.

    Passando ao habitáculo, a dizer que o Polo está maior, face ao passado, e é mais espaçoso que o Clio. A única crítica a apontar iria, talvez, para o facto de em altura estar mais baixo (tanto à frente como atrás) o que pode não ser bom para pessoas de estatura elevada. Já em termos de decoração, agrada muito. Evoca o Golf e convence pelo desenho e elevada robustez. Tem materiais bons e só peca pelo facto da parte superior das portas vir revestida num plástico humilde, em oposição ao material macio ao toque que o Clio apresenta.

    Em solidez, “soou-nos” ser imune a ruídos. Também na posição de condução, o irmão Golf é relembrado. É que as amplitudes são quase idênticas e todos os ajustes permitem agradar a gregos e troianos. O volante merece também nota elevada. No Clio, falta maior amplitude à regulação do banco (está sempre muito alto) e a possibilidade de se poder ajustar o volante em profundidade (já que tal é opcional).

    Passando aos testes dinâmicos, e começando logo por percurso de montanha, rasgados elogios terão que ser entregues ao Clio. É que, não obstante a direcção ser um pouco vaga e requerer hábito, a aderência do eixo dianteiro é surpreendente. Para sermos perfeitamente justos temos que dizer que acima do Clio, perante plataformas deste tamanho, só talvez… o Mini. É que a forma como permite inscrever (com enorme rigor), os nossos desejos, à entrada de cada curva, permite um entusiasmo muito raro de encontrar num utilitário. A corroborar todo este desempenho, está também um dos melhores controlos de estabilidade da classe, senão mesmo o melhor. Permissivo e sempre pronto a amparar na medida certa.

    No Polo, o ESP também vigia ao longe, mas quando actua faz imenso estrépito, algo que quase assusta a “donzela” que vai à pendura. De resto, o novo VW quase se equipara ao Golf. Muito bem comportado marca pontos por tão intuitivo e fácil de perceber. A direcção é boa aliada e no geral também diverte. Em abono da verdade, apesar do Clio ser tudo aquilo que descrevemos, a realidade é que logo a seguir, na hierarquia dos mais bem comportados do segmento, está o Polo.

    Já pela cidade, o VW é (no mínimo) o melhor! Comandos muito suaves, leves e (uma vez mais) 100% equiparáveis aos do Golf, para dar uma ideia justa da harmonia com que se deixa levar. Traz de série “hill-holder” para não descair em colinas e só a ligeira inércia até às 1500 rpm não o deixa distinguir-se do Clio ainda mais, no item “Condução”. É que o Renault, apesar de agradar pela óptima entrega a baixo regime, e linearidade geral, peca pelo tacto de travagem pouco progressivo e por um comando de caixa impreciso.

    No Clio dCi de 105 cv, a caixa tem seis velocidades e é menos agressiva, sendo mais rigorosa a engrenar, mas nesta variante de 85 cv a caixa é o maior embaraço a bordo. A atenuar esta lamúria, o facto de ser um paradigma de conforto. Bons bancos e amortecimento sempre esforçado e capaz de rejeitar qualquer crítica. O Polo também traz bons bancos mas é sempre mais firme no pisar, especialmente atrás.

    No binómio prestações/consumos, o que anda mais também implica gastos maiores. Apesar de pecar por ser menos redondo e linear, o 1.6 TDI é mais fogoso a acelerar do que o Clio. Porém, e por ter relações de caixa longas, não surpreende pela genica, e até perde em algumas recuperações, para o gaulês. É rápido q.b. para se desenvencilhar sempre bem mas... podia convencer melhor.

    Já o Clio é mais lento mas tem melhor fôlego a baixo regime e ainda a perspectiva optimista de gastar menos em cidade. Aliás, em estrada ou auto-estrada ambos convencem por tão poupados, mas em percurso citadino o Polo revelou-se sempre menos contido. Talvez pela unidade ensaiada estar ainda tão pouco rodada ou talvez pelo facto de até às 1500 rpm demandar sempre o recurso à caixa de velocidades.
    Em suma, o Clio ainda merece um lugar de destaque, mas o Polo revelou-se muito completo e capaz de ser o novo rei no trono do segmento, sendo praticamente bom em tudo. Em momento de dúvida, o VW marca ainda pontos por ser novidade absoluta ao passo que o Clio há de ter sucessor dentro de um par de anos.

    Comparativo Autohoje Texto: João Santos Matos | Foto: Manuel Portugal 09 Novembro 2009 16:47

    A minha duvida é a seguinte analisando todos o parametros a vitória não deveria ser atribuida ao clio ?
    Não estou a duvidar da qualidade do polo mas ao ler o artigo fiquei com a sensação que o clio ganhou nos parametros mais importantes de repente o polo é o rei do segmento

    #2
    Pela análise feita, ficaram bastante equiparados.

    O Clio "perde" na caixa, travagem, nos interiores "que fazem lembrar o Golf", direcção menos certa e motor um pouco menos "explosivo".

    E no fim refere que o Clio continua à frente, mas o factor novidade da carroçaria e motor, dão um empurrãozito ao Polo.
    O Polo "poderá" vir a ser o rei, ainda não é, foi o que ficou da último parágrado.

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      #3
      Apesar de não ter interesse em carros a gasóleo, desses dois optava pelo Polo.

      Razão: como não se distinguem significativamente um do outro em nenhum aspecto e gosto mais do aspecto do Polo, optava por ele.

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