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Politicamente Correcto

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    [Política] Politicamente Correcto

    Muitos de nós fazemos uma ideia do que é o politicamente correcto (PC), pela repetição de informações transmitidas pelos mídia.
    O PC não teve origem recente; remonta a sua utilização como instrumento ideológico, ao tempo da I Guerra Mundial. Quando Karl Marx escreveu o “Manifesto Comunista” (séc. 19), ficou bem claro que ideologia que nascia assentava em duas vertentes básicas: O Marxismo Económico, que defende a ideia de que a História é determinada pela propriedade dos meios de produção, e o Marxismo Cultural, que defende a ideia de que a História é determinada pelo Poder através do qual, grupos sociais (para além das classes sociais) definidos pela raça, sexo, etc., assumem o poder sobre outros grupos. Até à I Guerra Mundial, o Marxismo Cultural não mereceu muita atenção, que se concentrou praticamente toda no Marxismo Económico, que deu origem à revolução bolchevista (URSS).

    O Marxismo Cultural é uma sub-ideologia do Marxismo (a “outra face da moeda” é o marxismo económico), e como todas as ideologias, tende inexoravelmente para a implantação de uma ditadura, isto é, para o totalitarismo.

    À semelhança do Marxismo Económico, o Marxismo Cultural (ou Politicamente Correcto) considera que os trabalhadores e os camponeses são, à partida, “bons”, e que a burguesia e os capitalistas são, a priori, “maus”. Dentro das classes sociais assim definidas, os marxistas culturais entendem que existem grupos sociais “bons” (como as mulheres feministas — porque as mulheres não-feministas são “más” ou “ignorantes”), os negros e os homossexuais – para além dos muçulmanos, dos animistas, dos índios, dos primatas superiores, etc.. Estes “grupos sociais” (que incluem os primatas superiores — chimpanzés, gorilas, etc.) são classificados pelos marxistas culturais como sendo “vítimas” e por isso, são considerados como “bons”, independentemente do que os seus membros façam ou deixem de fazer. Um crime de sangue perpetrado por um homossexual é visto como “uma atitude de revolta contra a sociedade opressora”; o mesmo crime perpetrado por um heterossexual de raça branca é classificado como um “acto hediondo de um opressor”. Segundo o Marxismo Cultural, o “macho branco” é o equivalente ideológico da “burguesia” no Marxismo Económico.

    Enquanto que o Marxismo Económico baseia a sua acção no acto de expropriação (retirada de direitos à propriedade), o Marxismo Cultural (ou PC) expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade.

    Enquanto que o método de análise utilizado pelo Marxismo Económico é baseado no Das Kapital de Marx (economia colectivista marxista), o Marxismo Cultural utiliza o desconstrucionismo filosófico e epistemológico explanado por ideólogos marxistas como Jacques Derrida, que seguiu Martin Heidegger, que bebeu muita coisa em Friederich Nietzsche.
    O Desconstrucionismo, em termos que toda a gente entenda, é um método através do qual se retira o significado de um texto para se colocar a seguir o sentido que se pretende para esse texto. Este método é aplicado não só em textos, mas também na retórica política e ideológica em geral. A desconstrução de um texto (ou de uma realidade histórica) permite que se elimine o seu significado, substituindo-o por aquilo que se pretende. Por exemplo, a análise desconstrucionista da Bíblia pode levar um marxista cultural a inferir que se trata de um livro dedicado à superioridade de uma raça e de um sexo sobre o outro sexo; ou a análise desconstrucionista das obras de Shakespeare, por parte de um marxista cultural, pode concluir que se tratam de obras misóginas que defendem a supressão da mulher; ou a análise politicamente correcta dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, levaria à conclusão de que se trata de uma obra colonialista, supremacista, machista e imperialista. Para o marxista cultural, a análise histórica resume-se tão só à análise da relação de poder entre grupos sociais.
    O Desconstrucionismo é a chave do politicamente correcto (ou marxismo cultural), porque é através dele que surge o relativismo moral como teoria filosófica, que defende a supressão da hierarquia de valores, constituindo-se assim, a antítese da Ética civilizacional europeia.



    Em 1930, passou a dirigir a Escola de Frankfurt um tal Max Horkheimer, outro marxista ideologicamente desalinhado com Moscovo e com o partido comunista alemão. Horkheimer teve a ideia de se aproveitar das ideias de Freud, introduzindo-as na agenda ideológica da Escola de Frankfurt; Horkheimer coloca assim a tradicional estrutura socio-económica marxista em segundo plano, e elege a estrutura cultural como instrumento privilegiado de luta política. E foi aqui que se consolidou o Politicamente Correcto, tal como o conhecemos hoje, com pequenas variações de adaptação aos tempos que se seguiram. Surgiu a Teoria Crítica.

    O que é a Teoria Crítica? As associações financiadas pelo nosso Estado e com o nosso dinheiro, em apoio ao activismo gay, em apoio a organizações feministas camufladas de “protecção à mulher”, e por aí fora – tudo isso faz parte da Teoria Crítica do marxismo cultural, surgida da Escola de Frankfurt do tempo de Max Horkheimer. A Teoria Crítica faz o sincretismo entre Marx e Freud, tenta a síntese entre os dois (“a repressão de uma sociedade capitalista cria uma condição freudiana generalizada de repressão individual”, e coisas do género).
    No fundo, o que faz a Teoria Crítica? Critica. Só. Faz críticas. Critica a cultura europeia; critica a religião; critica o homem; critica tudo. Só não fazem auto-crítica (nem convém). Não se tratam de críticas construtivas; destroem tudo, criticam de forma a demolir tudo e todos.

    O que se está a passar hoje na sociedade ocidental, não é muito diferente do que se passou na União Soviética e na China, num passado recente. Assistimos ao policiamento do pensamento, à censura das ideias, rumo a uma sociedade totalitária.
    Muitos assuntos fracturantes da sociedade,ou até mesmo do forúm, onde muitas vezes leva ao politicamente correcto.
    Será um bom caminho?
    É o mais correcto simplesmente porque não fere susceptibilidades?

    Essas entre outras questões são abordadas neste texto.
    Fica para quem tiver a pachorra de ler, e talvez discutir sobre o assunto de forma saudável.


    Fonte:http://espectivas.wordpress.com/o-qu...ente-correcto/

    #2
    O politicamente correcto é uma evolução da nossa forma de socialização. O homem, como animal gregário que é não pode andar a dizer aquilo tudo que sente pricipalmente quando pode ofender as outras pessoas. Não há nenhuma pessoa que nos agrade a 100% e se houver é porque não a conhecemos suficientemente bem. E começar a disparatar a torto e a direito é meio caminho andado para acabarmos numa gruta no meio de um ermo a vociferar frases que ninguém percebe.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Karma Ver Post
      O politicamente correcto é uma evolução da nossa forma de socialização. O homem, como animal gregário que é não pode andar a dizer aquilo tudo que sente pricipalmente quando pode ofender as outras pessoas. Não há nenhuma pessoa que nos agrade a 100% e se houver é porque não a conhecemos suficientemente bem. E começar a disparatar a torto e a direito é meio caminho andado para acabarmos numa gruta no meio de um ermo a vociferar frases que ninguém percebe.
      Discordo completamente. O pensamento é livre e a expressão do mesmo também o deve ser. Para dizer só aquilo que os outros gostam de ouvir mais vale ficar calado.

      Se há coisa que não suporto é o politicamente correcto, que frequentemente cai no ridículo como por exemplo o Santana Lopes (e outros) que quando fazia discursos à nação começava sempre por "Portuguesas e Portugueses", um óbvio atestado de menoridade ao sexo feminino só para ser politicamente correcto. O mesmo sucede com "pessoas de cor", o politicamente correcto acaba por ser ele próprio uma forma de discriminação.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Raistaparta Ver Post
        Discordo completamente. O pensamento é livre e a expressão do mesmo também o deve ser. Para dizer só aquilo que os outros gostam de ouvir mais vale ficar calado.

        Se há coisa que não suporto é o politicamente correcto, que frequentemente cai no ridículo como por exemplo o Santana Lopes (e outros) que quando fazia discursos à nação começava sempre por "Portuguesas e Portugueses", um óbvio atestado de menoridade ao sexo feminino só para ser politicamente correcto. O mesmo sucede com "pessoas de cor", o politicamente correcto acaba por ser ele próprio uma forma de discriminação.
        Se a tua namorada te pergunta se achas que ela está gorda vais responder que sim?

        Como este há outros inúmeros exemplos de pequenas mentiras que vamos dizendo para não ferir as susceptibilidades dos outros. Será isto ser politicamente correcto?

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Karma Ver Post
          Se a tua namorada te pergunta se achas que ela está gorda vais responder que sim?

          Como este há outros inúmeros exemplos de pequenas mentiras que vamos dizendo para não ferir as susceptibilidades dos outros. Será isto ser politicamente correcto?
          Se achar que está mesmo gorda claro que digo que sim e ela faz-me o mesmo a mim. Há é maneiras de o dizer: "estás a ficar um pouco gordita, toma cuidado" em vez de "pára de comer, sua vaca gorda" Mas nunca mentiria "ah e tal, estás óptima", ou passaria por mentiroso ou acabava por não ajudar nada.

          Mas acho que já estamos a confundir mentiras com PC.

          Outro exemplo:

          Todos sabemos que em certos bairros sociais vive alguma gente muito pouco recomendável, então quando fazem porcaria tens duas facções: a população em geral que diz que devem ser punidos severamente e mandados de volta para a terra deles e os comentadores televisivos que dizem "temos de combater as causas, o desemprego e a exclusão". Ora, isto é deixar tudo na mesma em nome do PC pois não se está a combater a principal causa (que é há gente que não presta mesmo) e assim a sociedade não anda para a frente, não se defende dos criminosos nem os pune convenientemente.

          Foi só um exemplo e não quero iniciar aqui um debate que já está estafadíssimo, o da insegurança e suas causas.

          Comentário


            #6
            Eu acho que o Karma, no âmago da questão, tem razão. Uma pessoa nunca diz a 100% aquilo que sente a outrem, a mentira e a omissão são ferramentas no xadrez social, como quaisquer outras.

            Lembra-me a minha avózinha a cumprimentar as vizinhas, o discurso é "olá vizinha como vai também vai se andando e os seus ora bem isso é qué preciso" e dizem as duas esta frase ao mesmo tempo, isto é politicamente correcto porque é uma "cassete", provavelmente a minha avó não está interessada na vida da sua vizinha e vice versa. Tanto não há interesse em saber como da contraparte não há uma resposta honesta, há outra cassete.

            Se uma das duas faltar a este ritual, provavelmente vai achar a outra "mal educada", apesar de, no fundo, ser um dialogo impregnado de vazio.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Raistaparta Ver Post
              Todos sabemos que em certos bairros sociais vive alguma gente muito pouco recomendável, então quando fazem porcaria tens duas facções: a população em geral que diz que devem ser punidos severamente e mandados de volta para a terra deles e os comentadores televisivos que dizem "temos de combater as causas, o desemprego e a exclusão". Ora, isto é deixar tudo na mesma em nome do PC pois não se está a combater a principal causa (que é há gente que não presta mesmo) e assim a sociedade não anda para a frente, não se defende dos criminosos nem os pune convenientemente.

              Foi só um exemplo e não quero iniciar aqui um debate que já está estafadíssimo, o da insegurança e suas causas.
              Essa causa que tu dizes é apenas uma opinião tua. Não nos vamos alongar nisso.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por TheMoBsTeR Ver Post
                Eu acho que o Karma, no âmago da questão, tem razão. Uma pessoa nunca diz a 100% aquilo que sente a outrem, a mentira e a omissão são ferramentas no xadrez social, como quaisquer outras.

                Lembra-me a minha avózinha a cumprimentar as vizinhas, o discurso é "olá vizinha como vai também vai se andando e os seus ora bem isso é qué preciso" e dizem as duas esta frase ao mesmo tempo, isto é politicamente correcto porque é uma "cassete", provavelmente a minha avó não está interessada na vida da sua vizinha e vice versa. Tanto não há interesse em saber como da contraparte não há uma resposta honesta, há outra cassete.

                Se uma das duas faltar a este ritual, provavelmente vai achar a outra "mal educada", apesar de, no fundo, ser um dialogo impregnado de vazio.
                Mas o PC nesse âmbito não chateia ninguém e só faz bem, tem a ver com relações pessoais, mas a nível de política é que já tem os seus defeitos e pouco se ganha com isso.

                Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                Essa causa que tu dizes é apenas uma opinião tua. Não nos vamos alongar nisso.
                Pois não, até porque já estás a formar uma opinião errada acerca do que eu disse.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Raistaparta Ver Post
                  Pois não, até porque já estás a formar uma opinião errada acerca do que eu disse.
                  Lá está, as coisas podem ser interpretadas de várias maneiras se nós propositadamente as tornarmos ambíguas.

                  Comentário


                    #10
                    Raista, não sei se chateia se faz, porque eu até não sou assim e acho mais disparatado um "vazio" de palavras do que um "vazio" de silencio. Mas isso é porque eu não sou propriamente uma pessoa "politicamente correcta" no seu esplendor (aliás, a minha colecção de tarjetas rojas na minha reputação é um bom barómetro )

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por TheMoBsTeR Ver Post
                      Raista, não sei se chateia se faz, porque eu até não sou assim e acho mais disparatado um "vazio" de palavras do que um "vazio" de silencio. Mas isso é porque eu não sou propriamente uma pessoa "politicamente correcta" no seu esplendor (aliás, a minha colecção de tarjetas rojas na minha reputação é um bom barómetro )
                      Somos dois e tenho tido os meus amargos de boca (lá fora no mundo real, que aqui posso eu bem com eles) por dizer o que penso, mas não me sentiria bem na minha pele de outra forma.

                      No entanto, também faço a minha parte PC a que laboralmente sou obrigado, pois desejo a um cliente de que não gosto um "bom fim de semana" apesar de no fundo desejar que ele apanhe uma caganeira ou algo do género

                      Comentário


                        #12
                        No âmbito político não existe politicamente correcto porque eles estão sempre errados.

                        O PC é uma excelente forma de resolver as coisas democraticamente e não criar conflitos desnecessários. Quem não usa o politicamente correcto por norma são os ditadores que fazem e dizem aquilo que bem lhes apetece sem pensar nas consequências, nomeadamente o Hugo Chavez e o Alberto João Jardim por exemplo.

                        Comentário


                          #13
                          O Pc é mais uma forma de alinhamento com a normalidade, uma espécie de censura.
                          Em sociedade todos temos a perder com o afastamento, logo é necessário não ferir susceptibilidades...
                          Não gosto muito do politicamente correcto, mas compreendo que seja muito usado principalmente por quem depende das palavras...

                          Comentário


                            #14
                            Como em tudo na vida, umas vezes faz bem sê-lo outras nem por isso. A virtude está em saber quando devemos/podemos sê-lo.

                            ( Isto fui eu a ser very pc...)

                            Comentário


                              #15
                              Para alguns neste fórum ser politicamente correcto significa que temos opinião contrária à deles


                              O politicamente correcto é uma estupidez, já a ponderação de discurso ou opinião, que poderia parecer a mesma coisa, mas não é, é uma arte e dos melhores aliados que alguém pode ter.
                              "Isso está uma grande m****" é ligeiramente diferente de "Ficava/Era melhor assim", por exemplo.

                              Comentário


                                #16
                                Concordo inteiramente com o Raistaparta.

                                O politicamente correcto, sob a capa de protecção de alguns grupos ou indivíduos, inibe o exercício de direitos fundamentais de outros grupos que consideram opressores quando, na realidade, são é possuidores de outra forma de pensar.

                                É censura, pura e dura, pior ainda na minha opinião por se disfarçar de algo diferente. Pena é que o espírito crítico de muita gente não lhes permita discernir para além do politicamente correcto que lhes vai limitando o pensamento.
                                Editado pela última vez por Mordor; 23 January 2010, 08:29.

                                Comentário


                                  #17
                                  - Mensagem repetida -

                                  Comentário


                                    #18
                                    Cada vez gosto menos e sou menos politicamente correcto.

                                    O facto de a sociedade usar em exagero o politicamente correcto leva a que se entre no caminho da hipocrisia e da falta de opinião individual, chegando ao ponto de a sociedade reprimir e excluir quem exprima a sua verdadeira opinião, caso esta seja contra a opinião imposta pelos demagogos do politicamente correcto.

                                    Hoje em dia e até mesmo aqui no forum se pode constatar isso, quem não for na onda da carneirada e politicamente correcto, é logo considerado um alvo a abater.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                      Cada vez gosto menos e sou menos politicamente correcto.

                                      O facto de a sociedade usar em exagero o politicamente correcto leva a que se entre no caminho da hipocrisia e da falta de opinião individual, chegando ao ponto de a sociedade reprimir e excluir quem exprima a sua verdadeira opinião, caso esta seja contra a opinião imposta pelos demagogos do politicamente correcto.

                                      Hoje em dia e até mesmo aqui no forum se pode constatar isso, quem não for na onda da carneirada e politicamente correcto, é logo considerado um alvo a abater.
                                      Concordo totalmente.
                                      Aliás, acho que o texto que está no post inicial transcreve na integra o que se tem vindo a passar, e mostra as origens desse politicamente correcto.

                                      Não será um mau caminho, o retirar de liberdade a quem não partilha ideias do politicamente correcto?

                                      "...expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade..."

                                      Esta parte em especifico, dá muito que pensar não?

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                                        Concordo totalmente.
                                        Aliás, acho que o texto que está no post inicial transcreve na integra o que se tem vindo a passar, e mostra as origens desse politicamente correcto.

                                        Não será um mau caminho, o retirar de liberdade a quem não partilha ideias do politicamente correcto?

                                        "...expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade..."

                                        Esta parte em especifico, dá muito que pensar não?
                                        Não vejo nenhuma liberdade retirada.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                          Não vejo nenhuma liberdade retirada.
                                          Basta que a sociedade reprima quem exprima opiniões politicamente incorrectas e contra a corrente para limitar a liberdade de opinião individual de cada um.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                            Basta que a sociedade reprima quem exprima opiniões politicamente incorrectas e contra a corrente para limitar a liberdade de opinião individual de cada um.
                                            Se a "sociedade" não pode reprimir estás a tirar liberdade à "sociedade".

                                            Comentário


                                              #23
                                              O politicamente correcto muitas vezes soa a hipocrisia. No entanto, quantas vezes não o fazemos para não destoarmos da maioria ou tão-somente para agradar alguém? Um PC que acaba muitas vezes por ser uma forma de restringir a liberdade, distorcendo-a.

                                              No entanto, defendo a liberdade de expressão desde que a mesma não seja ofensiva. Se alguém tentar que a sua opinião valha mais do que qualquer outra porque se encontra no grupo maioritário perde a razão, da mesma forma que alguém que alegue ter a razão do seu lado por estar num grupo minoritário.
                                              Acaba por ser a tolerância a vitimizar-se tornando-se ela própria intolerante ou a intolerância a vitimizar a tolerância erradicando-a. A liberdade, em nome da liberdade, a limitar a liberdade dos outros.
                                              A razão tem de vir pelas palavras e não pelo senso comum, por tradição ou decreto. Mas ter a mente limpa destes factores condicionantes e pensar livremente não é fácil e acabamo-nos por atropelar uns aos outros em nome da liberdade de manifestar a nossa verdade.

                                              Quantos de nós não estamos numa loja e vemos uma criança gritar que quer que lhe comprem algo, chegando mesmo a insultar e agredir os pais, e nós calamo-nos porque é politicamente incorrecto dizermos o que nos passa pela cabeça? Quantas vezes não nos calamos para não irmos contra o que a maioria tem como sendo PC? Em todos os nossos comportamentos estamos condicionados pelo senso comum, que não raramente constitui uma espécie de mordaça à livre expressão.
                                              E neste fórum abunda esse sentimento de que se é «preso por ter cão e preso por não ter», pelo que muitas vezes nos abstemos de comentar e opinar sobre certos temas. É uma condicionante invisível que temos em mente e que nos inibe a liberdade de opinião, sabendo que por vezes se a exibirmos sujeitamo-nos a ter de enfrentar o politicamente correcto apoiado pela maioria.

                                              Porém, acho que a liberdade de expressão não poderá atentar contra a liberdade dos outros. E é aqui que muitas vezes encontramos a tal linha invisível que não deve ser ultrapassada, mas que muitas vezes o é. Todos têm direito à opinião, desde que não seja baseada em atitudes segregativas que limitem a liberdade alheia, a menos que queiramos ter uma liberdade isolada. Para isso, vamos viver para o cimo de um monte onde impomos a nossa própria liberdade sobre todos os outros que são… ninguém.

                                              Por isso, a nossa verdadeira liberdade não pode ser isolada, senão torna-se imposição e ficaremos a falar sozinhos. A nossa real liberdade é colectiva, num espaço solidário onde a minha liberdade é tanto maior quanto maior for a tua. Vivemos todos interligados e, por isso, o respeito pela individualidade que o outro representa é a maior liberdade que poderemos ter para dizermos tudo aquilo que pensamos sem ofender.
                                              Essa é verdadeira liberdade que dispensa claramente essa coisa do politicamente correcto.
                                              Mas isto é tão lindo como utópico, pois temos a mania de que a razão está sempre do nosso lado e por isso temos imensa dificuldade em tolerarmos as ideias dos outros.

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                                                #24
                                                Exacto Blade, o equilíbrio é que é difícil. Não convém ser sempre uma besta quadrada a magoar tudo e todos, mas também aquelas pessoas que só dizem o que é PC mais vale não dizerem nada.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Raistaparta Ver Post
                                                  Exacto Blade, o equilíbrio é que é difícil. Não convém ser sempre uma besta quadrada a magoar tudo e todos, mas também aquelas pessoas que só dizem o que é PC mais vale não dizerem nada.
                                                  Precisamente.
                                                  Um equilíbrio entre a nossa liberdade e a dos outros é algo difícil de encontrar. Por isso, frequentemente nos deparamos com políticos a dizer aquilo que é politicamente correcto, mas sabendo nós de antemão que pensam e fazem precisamente o contrário. Abafa-se assim a opinião de cada um para que o individual se submeta ao colectivamente aceite como politicamente correcto.
                                                  Outras vezes diz-se apenas o que se pensa sem ter em conta a existência dos outros, limitando a liberdade alheia e discriminando e ofendendo grosseiramente quem pensa diferente.

                                                  É na existência destes extremos que navegam os maiores desentendimentos que se conhecem. Desentendimentos de quem não se conhece nem a si nem aos outros. De quem não respeita nem os outros nem a si próprio. Pessoas que não sabem ser pessoas: ou porque, de sua própria vontade, são elas contra o mundo, ou porque, sem vontade própria, estão sempre de acordo com o mundo.

                                                  Esta não é mais do que uma sociedade de falsidade onde não poucas vezes se diz o contrário daquilo que se pensa e outras tantas em que se diz o que se pensa sem se pensar no que se diz.

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