Depois de ler sobre híbridos durante alguns anos por estas (e outras) bandas, e achando que haveria alguns exageros escritos sobre eles (para ambos os lados), tive a oportunidade ao longo dos últimos meses de experimentar alguns modelos, que me permitiram ter algumas noções mais concretas, e deixo aqui o meu ”testemunho”.
O primeiro híbrido em que andei foi uma forma bastante simpática de abordar o mundo dos híbridos, mais concretamente através do Lexus RX450h.
Apesar dos SUV (ou crossover) não serem (de todo) o meu estilo de carro, fiquei agradavelmente surpreendido com o ambiente a bordo. Tem uma mistura de hi-tech com muita qualidade que se vê e sente, não ficando a dever nada aos alemães do costume.
Na parte do motor, é uma experiência muito interessante ver aquele “bisonte” a andar pela cidade sem se ouvir o motor de combustão, num silêncio quase absoluto, umas vezes porque vai desligado, outras porque vai com muito pouca rotação.
Mas quando se quer andar, ao pisar o acelerador “acorda-se” um V6 de 3500cc, que apesar de filtrado, não deixa de dizer que está algo de interessante debaixo do capôt, e que imprime um andamento que já não é de desprezar.
A avaliar pelo que o dono do carro disse (e pelo que tive oportunidade de ver), este carro faz consumos inferiores a um X5 a diesel (por exemplo),quer em cidade, quer em AE, e tudo isto sem a sonoridade típica associada aos motores diesel, que o X5 não é particularmente bom a esconder.
Dentro daquele conceito (em que o SUV/Crossover não é o meu cup of tea), achei o carro muito bom.
Este seria o Sim.
Com alguma curiosidade originada pelo Lexus, experimentei o seu parente afastado Civic Hibrido. Talvez fizesse algum sentido experimentar o Insight, mas sentei-me dentro dele e a última vez em que me sentei numa coisa com um interior tão mau dentro de um stand de carros novos foi em 1990, e estava dentro de um Citroen AX!
A falta de qualidade interior do Insight é uma vergonha para a marca, a menos que seja pensado na perspectiva da reciclagem, em que os plásticos usados no seu interior se encontram já prontos para a mesma.
Se nas fotos até parece bem, tocar no interior deste carro e sentir o seu ambiente a bordo é terrível.
É o que os ingleses chamam de "cheap".
Voltando então ao Civic, o interior já é bem mais interessante, ainda que sem deslumbrar. Colocando o carro a funcionar e arrancando suavemente, nota-se a calma típica dos carros com caixa automática, ali ajudado pela ausência de passagens de caixa, e até parece que vai ser algo com algum interesse.
Enquanto se anda nas calmas (e reforço o ênfase das calmas), o Civic é um carro agradável, não na perspectiva de conduzir, mas na perspectiva de ser conduzido.
No momento em que se tenta andar depressa vem o desastre! Já se falou em aspirador ou moulinex, mas não é nada disso, é apenas um motorzinho a gasolina esganiçado a tentar andar alguma coisa, enquanto o velocímetro digital vai mostrando um não muito rápido incremento.
Não é que estivesse à espera de um foguete, mas aquela sensação é claramente desagradável.
Depois vem o comportamento em curva, e nem o ESP o salva de ser medíocre, com a carroçaria a adornar, a frente a mergulhar para a curva, os pneus eco a fazerem barulho por todo o lado, e o condutor profundamente aborrecido!
Honestamente, não me parece fácil conceber que alguém tire prazer de condução de um carro destes. Pode tirar prazer de relaxar, mas para isso existem os Spa’s. Se eu comprasse um carro destes iria gastar uma fortuna em psiquiatras e anti-depressivos!
Prefiro (sem pensar duas vezes) uma Megane II 1.5 DCI, que curva, comporta-se e responde de uma forma muito (mas muito) mais interessante, já para não falar na Megane III que é um avião ao pé do Civic a pilhas.
Este é um "não" muito redondo!
Para me salvar de perder a fé por completo nos híbridos Honda, o CR-Z já é um carro engraçado, que não sendo explosivo em termos de motor, já tem uma envolvência global na condução interessante, e capaz de consumos reduzidos.
A diferença entre o modo ECO e Sport é substancial na resposta do carro, embora fique aqui com a dúvida se a diferença que se nota é só da assistência do motor eléctrico, ou se é devido à gestão electrónica do motor de combustão castrar a alimentação no modo ECO (e suspeito que isto também acontece).
Por outro lado, não sei se uma lagoa azul / Malveira da Serra é feita toda com carga ou não.
Em todo o caso, pela filosofia e estilo, este para mim seria um Talvez com fortes possibilidades de Sim em determinados contextos (até pelo preço).
Não acho que fizesse muito sentido um motor diesel no CR-Z, e se esta tecnologia permite ter consumos interessantes sem o risco do condutor apanhar uma crise de nervos pela lentidão, já serviu algum propósito.
Falta-me experimentar o Prius, que segundo leio será mais evoluído do que o Civic, mas confesso que até agora só o Lexus me conseguiu convencer do conceito híbrido como princípio elementar para locomoção de automóveis.
O primeiro híbrido em que andei foi uma forma bastante simpática de abordar o mundo dos híbridos, mais concretamente através do Lexus RX450h.
Apesar dos SUV (ou crossover) não serem (de todo) o meu estilo de carro, fiquei agradavelmente surpreendido com o ambiente a bordo. Tem uma mistura de hi-tech com muita qualidade que se vê e sente, não ficando a dever nada aos alemães do costume.
Na parte do motor, é uma experiência muito interessante ver aquele “bisonte” a andar pela cidade sem se ouvir o motor de combustão, num silêncio quase absoluto, umas vezes porque vai desligado, outras porque vai com muito pouca rotação.
Mas quando se quer andar, ao pisar o acelerador “acorda-se” um V6 de 3500cc, que apesar de filtrado, não deixa de dizer que está algo de interessante debaixo do capôt, e que imprime um andamento que já não é de desprezar.
A avaliar pelo que o dono do carro disse (e pelo que tive oportunidade de ver), este carro faz consumos inferiores a um X5 a diesel (por exemplo),quer em cidade, quer em AE, e tudo isto sem a sonoridade típica associada aos motores diesel, que o X5 não é particularmente bom a esconder.
Dentro daquele conceito (em que o SUV/Crossover não é o meu cup of tea), achei o carro muito bom.
Este seria o Sim.
Com alguma curiosidade originada pelo Lexus, experimentei o seu parente afastado Civic Hibrido. Talvez fizesse algum sentido experimentar o Insight, mas sentei-me dentro dele e a última vez em que me sentei numa coisa com um interior tão mau dentro de um stand de carros novos foi em 1990, e estava dentro de um Citroen AX!
A falta de qualidade interior do Insight é uma vergonha para a marca, a menos que seja pensado na perspectiva da reciclagem, em que os plásticos usados no seu interior se encontram já prontos para a mesma.
Se nas fotos até parece bem, tocar no interior deste carro e sentir o seu ambiente a bordo é terrível.
É o que os ingleses chamam de "cheap".
Voltando então ao Civic, o interior já é bem mais interessante, ainda que sem deslumbrar. Colocando o carro a funcionar e arrancando suavemente, nota-se a calma típica dos carros com caixa automática, ali ajudado pela ausência de passagens de caixa, e até parece que vai ser algo com algum interesse.
Enquanto se anda nas calmas (e reforço o ênfase das calmas), o Civic é um carro agradável, não na perspectiva de conduzir, mas na perspectiva de ser conduzido.
No momento em que se tenta andar depressa vem o desastre! Já se falou em aspirador ou moulinex, mas não é nada disso, é apenas um motorzinho a gasolina esganiçado a tentar andar alguma coisa, enquanto o velocímetro digital vai mostrando um não muito rápido incremento.
Não é que estivesse à espera de um foguete, mas aquela sensação é claramente desagradável.
Depois vem o comportamento em curva, e nem o ESP o salva de ser medíocre, com a carroçaria a adornar, a frente a mergulhar para a curva, os pneus eco a fazerem barulho por todo o lado, e o condutor profundamente aborrecido!
Honestamente, não me parece fácil conceber que alguém tire prazer de condução de um carro destes. Pode tirar prazer de relaxar, mas para isso existem os Spa’s. Se eu comprasse um carro destes iria gastar uma fortuna em psiquiatras e anti-depressivos!
Prefiro (sem pensar duas vezes) uma Megane II 1.5 DCI, que curva, comporta-se e responde de uma forma muito (mas muito) mais interessante, já para não falar na Megane III que é um avião ao pé do Civic a pilhas.
Este é um "não" muito redondo!
Para me salvar de perder a fé por completo nos híbridos Honda, o CR-Z já é um carro engraçado, que não sendo explosivo em termos de motor, já tem uma envolvência global na condução interessante, e capaz de consumos reduzidos.
A diferença entre o modo ECO e Sport é substancial na resposta do carro, embora fique aqui com a dúvida se a diferença que se nota é só da assistência do motor eléctrico, ou se é devido à gestão electrónica do motor de combustão castrar a alimentação no modo ECO (e suspeito que isto também acontece).
Por outro lado, não sei se uma lagoa azul / Malveira da Serra é feita toda com carga ou não.
Em todo o caso, pela filosofia e estilo, este para mim seria um Talvez com fortes possibilidades de Sim em determinados contextos (até pelo preço).
Não acho que fizesse muito sentido um motor diesel no CR-Z, e se esta tecnologia permite ter consumos interessantes sem o risco do condutor apanhar uma crise de nervos pela lentidão, já serviu algum propósito.
Falta-me experimentar o Prius, que segundo leio será mais evoluído do que o Civic, mas confesso que até agora só o Lexus me conseguiu convencer do conceito híbrido como princípio elementar para locomoção de automóveis.
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