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Será esta uma sociedade de descartáveis?

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    Será esta uma sociedade de descartáveis?

    Os vínculos laborais cada vez mais “simbólicos”, a palavra dada cada vez é mais palavra morta, as carreiras são cada vez mais efémeras... Estará esta sociedade a caminhar para tornar descartáveis as pessoas, aproveitando-as quando elas têm para dar alguma coisa, mas dispensando-as, num click, quando se acha que já não servem?

    Qual a parte da nossa humanidade que está incluída nisto?...

    Será a “descartabilidade” do nosso semelhante dignificante para nós próprios?
    Editado pela última vez por PeLeve; 11 July 2010, 15:15.

    #2
    Para responder a isso vou usar uma frase que usei no outro teu tópico da velhice :

    Acho que a sociedade de hoje em dia apenas olha para nós, seres humanos, como robots que estão cá para sustentar o sistema capitalista.
    As pessoas vêm sempre em segundo lugar, são apenas o meio, que outras pessoas usam, para chegar a algum lado...

    Comentário


      #3
      Mas também os patrões e os colegas não merecem ficar com todos os trambolhos que lhes aparece à frente, se uma pessoa depois de agarrar o lugar, alcançar a "senioridade" e deixar de pensar a pontos de ter que ter um gajo atrás dela 24 horas por dia porque ela não pensa e se recusa determinantemente a aprender, paciência vai para a rua e o gajo fica com o lugar dela.
      As coisas mudaram alguém não consegue acompanhar e começam só a fazer porcaria, porque é que o patrão não há-de despedir caso não haja outro lugar para ela? e dar o lugar a alguém que saiba da coisa?
      A empresa está com dificuldades, porque é que não se há-de despedir uma ou duas pessoas, é preferível do que esperar que a empresa abra falência e ir todos para a rua e ficarem fornecedores e clientes em dificuldades.
      Deve-se resolver as dificuldades pensando em todos e não só do pobre coitado do trabalhador que vai ser despedido, mais trágico que um despedimento são uma palete deles porque não se fez o que se devia no tempo certo.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
        Os vínculos laborais cada vez mais “simbólicos”, a palavra dada cada vez é mais palavra morta, as carreiras são cada vez mais efémeras... Estará esta sociedade a caminhar para tornar descartáveis as pessoas, aproveitando-as quando elas têm para dar alguma coisa, mas dispensando-as, num click, quando se acha que já não servem?

        Qual a parte da nossa humanidade que está incluída nisto?...

        Será a “descartabilidade” do nosso semelhante dignificante para nós próprios?
        Eu digo antes uma sociedade em que a palavra de ordem é mudança, multitasking, capacidade de adaptação, etc.

        Quem quiser ficar a olhar para o passado pode fazê-lo, mas também pode ter a certeza do que lhe espera.

        Comentário


          #5
          Ou seja, caminhamos para uma sociedade plástica...

          Comentário


            #6
            E onde está a humanidade das pessoas quando trocam o emprego actual por outro com melhores condições?
            Ou só existe humanidade quando são as empresas a dispensar pessoal?

            Não vejo qualquer descartabilidade na nossa sociedade, vejo antes, pessoas e empresas que tentam alcançar objectivos, sejam eles pessoais, financeiros, etc.
            Editado pela última vez por vsfce; 11 July 2010, 21:05.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
              Ou seja, caminhamos para uma sociedade plástica...
              Caminhamos para uma sociedade mais dinâmica e com melhores capacidades de se adaptar a novos desafios.

              Comentário


                #8
                Apesar de tudo ainda falta uma coisa muito importante.

                Ainda só se pensa em rentabilidade, falta a sustentabilidade!

                Comentário


                  #9
                  É como os electrodomésticos, as vezes sai mais barato ter um novo do que arranjar um avariado.

                  Há bons e maus patrões mas também há bons e maus empregados. Os bons empregados não são facilmente descartados.

                  Comentário


                    #10
                    E ainda querem aumentar a idade da reforma...

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                      Apesar de tudo ainda falta uma coisa muito importante.

                      Ainda só se pensa em rentabilidade, falta a sustentabilidade!
                      Curiosamente, este comentário parece "OFF Topic", mas talvez seja o que mais sentido faz e deita por terra alguns comentários do costume, dos "Empreendedores cá do sítio" ( = alguém que nunca teve que passar por dificuldades e o vento sempre lhe foi soprando as velas), sobre a evolução, a competividade, o progresso e outras balelas.

                      Mas o que eu realmente vejo - e a prova disso é a recente crise mundial - é que se constroem apenas esplendorosos "castelos de areia à beira mar", em nome do lucro (mas apenas de alguns)...

                      ...onde TUDO, mesmo TUDO é descartável !

                      Editado pela última vez por PAZ; 12 July 2010, 10:51.

                      Comentário


                        #12
                        Duplicado...

                        Comentário


                          #13
                          A sociedade mudou mas as mentalidades continuam no passado.

                          O emprego para a vida é algo que acabou faz tempo e isso tem as suas virtudes, pois só assim se pode recompensar o mérito e não a idade.
                          O facto de alguém saber que tem o emprego seguro e para a vida é só por si um factor que pode causar falta de empenho e de produtividade, o que pode pôr em causa não só a empresa como os demais colegas.

                          O problema é que a sociedade não se adaptou em tempo devido para estas alterações e preferiu continuar a combater a evolução em vez de se adaptar á mudança.

                          Comentário


                            #14
                            Claro q é. A sociedades somos nós com as nossas expectativas e os nossos constrangimentos - a nossa cultura. E nós somos descartáveis para a nossa sociedade.
                            Há aqui uma questão autofágica.

                            Comentário


                              #15
                              A sociedade somos todos nós, gostamos de dizer que a sociedade é isto a sociedade é aquilo, mas depois quando vamos discutir todos nós somos o oposto da sociedade.

                              está aqui algo que não bate certo, a menos que nós aqui no forum não sejamos uma representação equitativa do sociedade.

                              quanto aos contracto a termo, os vínculos precários o trabalho temporário toda a gente já sabe a resposta, quem cria os empregos está farto de pedir que tornem os contractos de trabalho menos rigido.

                              Se alguns politicos acham que está tudo bem assim, as empresas vão continuar a contratar a recibos verdes ficando depois os trabalhadores sem direito a subs. de desemprego quando terminarem o vinculo, sem direito a sub. de férias sem direito a sub. de Natal, etc, etc.

                              Comentário


                                #16
                                Somos apenas e só um número. Se não servirmos somos despachados. Arranjam mil e uma maneiras de não cumprir contractos ou condições acordadas. O sistema de apoio é o que se vê...

                                O capitalismo só é bom para quem tem dinheiro, para é "normal'' é um m€rda pegada.

                                Comentário


                                  #17
                                  Parece ser um facto que ainda ninguém se deu conta, mas a terceira vaga da democracia acabou ou está a dar o ultimo suspiro. Estamos agora a entrar num período de refluxo em que a democracia e os valores humanos mais elevados são colocados de lado.

                                  A questão aqui, não é, se a estabilidade laboral é nociva ou se por outro lado se espera que o desempenho de alguém com 60 e muitos anos e uma vida inteira de trabalho, seja igual ou superior a quem entra de novo no mercado de trabalho. Ou seja, o estimular a competição entre os mais novos e os mais velhos com o argumento do mérito e competência.

                                  Quem entra na flor da idade tem uma dinâmica diferente, mas não tem a sabedoria e experiência de quem está há mais anos numa carreira, isto é, creio eu, elementar.

                                  A terceira vaga de democratizações que segundo Samuel Huntington, terá começado em 1974, está a chegar ao fim e será irónico que acabe precisamente onde começou, na Europa e em Portugal.

                                  Uma Europa onde, lenta mas inexoravelmente, os mais elevados valores morais e humanos, são descartados em troca de uma lógica de lucro crescente, isto apesar de terem já dado provas de que a economia de mercado não é a solução.

                                  Com tais valores, não admira portanto que, a sabedoria acumulada, o mérito e a inovação, sejam descartados tal como as pessoas, numa espiral descendente, em que tudo pode ser transaccionado e descartado.

                                  Comentário


                                    #18
                                    É de facto uma sociedade de descartáveis.Se formos a ver como exemplo, e há já poucas fábricas onde isso não acontece, é o fluxo crescente de empregados em regime outsourcing que está a empurrar as pessoas mais velhas para a prateleira. Não quer propriamente dizer que essas pessoas tenham menos valor, mas o rendimento que as empresas têm com os jovens "escravos" que entram, dá para colmatar largamente a lacuna de um senior experiente. Quem perde com isto? todos os empregados. Uns porque partilham o local de trabalho com quem tem todas as regalias e os outros que estão para ser chutados fora por causa disso mesmo.O povo é brando e pelos vistos não é só em Portugal. Mas pelos vistos ainda há quem se admire com a falta de pessoas que querem trabalhar..

                                    Comentário


                                      #19
                                      Se usamos fraldas descartáveis, talheres descartáveis, copos descartáveis, sacos descartáveis, etc. Porque raio as pessoas não deveriam ser descartáveis?!?

                                      E quem hoje fala em adaptabilidade, multitasking e afins, esquece-se que só teve possibilidade de estudar, e construir um projecto de vida profissional e pessoal, porque as leis laborais para a geração dos nossos pais foi rigida e permitiu que o tal "emprego para a vida" possibilitasse condições financeiras estáveis para o desenvolvimento das nossas aptidões sociais e académicas.

                                      Eu gostaria de visitar um universo alternativo em que a geração de Abril tivesse que se governar como actualmente: "geração quinhentinhos a recibo verde". E aí digam-me se não estariamos ainda mais próximos do desenvolvimento da África sub-sahariana!

                                      O SMN em 1974 era de 3.300$00 (16,46€)

                                      Por força do coeficiente de desvalorização monetária (32,09) deveria ser de 105.900$00 (528,23€). Ora se o SMN é de 475€, significa que em 30 anos houve perca de cerca de 11% do poder de compra.

                                      Será que o PIB do país também é menor 11% em relação a 1974?!? Ora se não é, significa que alguém andou a absorver os ganhos de produtividade...

                                      É isto o desenvolvimento que foi pensado pelos pseudo-revolucionários de Abril?!?
                                      Editado pela última vez por mablopes; 13 July 2010, 06:47. Razão: correcção do valor do SMN

                                      Comentário


                                        #20
                                        Talvez esta explicação ajude

                                        YouTube - RSA Animate - Crises of Capitalism

                                        Comentário


                                          #21
                                          Até eu próprio sou descartável, depois desta passagem só tenho um caminho...

                                          Comentário


                                            #22
                                            Pelo menos na função pública, ainda vai havendo alguma estabilidade.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                              Pelo menos na função pública, ainda vai havendo alguma estabilidade.
                                              Mas, é mesmo por aí... A descartabilidade, por assim dizer, passa por termos gente que deu tudo o que tinha para dar e ... aquando das remodelações e classificações, fica para trás, sobretudo na função pública, onde tal não se via há uns anos a esta parte!

                                              Naturalmente não posso concretizar, mas tenho visto muito de perto pessoas extremamente dedicadas passarem num ápice nos cargos e colocações e os sabujos, aqueles que levam o tempo a bufar os colegas e a arranjar intrigas, a manterem-se perenes nos seus postos e a serem os melhores, os mais bem classificados!...

                                              Comentário


                                                #24
                                                Não é a sociedade que é descartável são as nossas inseguranças que o são. Só descartamos aquilo que não nos faz falta que não nos acrescenta nada à nossa vida.Que usamos durante um tempo e que depois deixa de ser útil. É uma irresponsabilidade colectiva ´quando não cuidamos dos nossos velhos por exemplo porque deixam de ser productivos, quando vivemos numa sociedade de competição onde ser bom já não chega, onde se quer subir não importa como. Ter poder bens materiais. Uma sociedade é tão mais civilizada quando cuida dos mais desprotegidos.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                                  Mas, é mesmo por aí... A descartabilidade, por assim dizer, passa por termos gente que deu tudo o que tinha para dar e ... aquando das remodelações e classificações, fica para trás, sobretudo na função pública, onde tal não se via há uns anos a esta parte!

                                                  Naturalmente não posso concretizar, mas tenho visto muito de perto pessoas extremamente dedicadas passarem num ápice nos cargos e colocações e os sabujos, aqueles que levam o tempo a bufar os colegas e a arranjar intrigas, a manterem-se perenes nos seus postos e a serem os melhores, os mais bem classificados!...
                                                  No ultimo ano tenho sido bem entalado á conta desses "sabujos"...

                                                  Mas já diz o ditado, se a vida te dá limões faz limonada, e apesar de não estar sequer perto de contente, lá consegui ultrapassar a situação sem apertar o pescoço a nenhum deles...

                                                  Enquanto não me sai o euromilhões lá tenho de me aguentar, mas como ha muitas maneiras de esfolar um gato...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por not Ver Post
                                                    Não é a sociedade que é descartável são as nossas inseguranças que o são. Só descartamos aquilo que não nos faz falta que não nos acrescenta nada à nossa vida.Que usamos durante um tempo e que depois deixa de ser útil. É uma irresponsabilidade colectiva ´quando não cuidamos dos nossos velhos por exemplo porque deixam de ser productivos, quando vivemos numa sociedade de competição onde ser bom já não chega, onde se quer subir não importa como. Ter poder bens materiais. Uma sociedade é tão mais civilizada quando cuida dos mais desprotegidos.
                                                    Não concordo. Estou, naturalmente, a analisar a questão com base numa situação real, que vi muito recentemente, em que alguém teve determinadas funções para, por assim dizer, "desenrascar" uma situação que mais ninguém conseguia resolver e, num ápice, a pessoa em causa foi "descartada" para outro serviço sem qualquer explicação e sem sequer um obrigado. Mudou-se e pronto! É este tipo de "descartabilidade" que refiro e nada tem a ver com medos, ou receios pessoais mais gerais!

                                                    Antes havia algum cuidado, atenção e até educação na forma como se mudavam as pessoas de função. Agora...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Baiones Ver Post
                                                      No ultimo ano tenho sido bem entalado á conta desses "sabujos"...

                                                      Mas já diz o ditado, se a vida te dá limões faz limonada, e apesar de não estar sequer perto de contente, lá consegui ultrapassar a situação sem apertar o pescoço a nenhum deles...

                                                      Enquanto não me sai o euromilhões lá tenho de me aguentar, mas como ha muitas maneiras de esfolar um gato...
                                                      Felizmente não foi comigo a situação, mas posso bem imaginar como se deve sentir a pessoa a quem sucedeu!...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por AMR Ver Post
                                                        E ainda querem aumentar a idade da reforma...
                                                        Pois...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
                                                          Há bons e maus patrões mas também há bons e maus empregados. Os bons empregados não são facilmente descartados.
                                                          Nop, há mais empresas do que pensas que vão buscar desempregados de determinadas características ao centro de emprego, e quando acaba a xuxa das isenções à segurança social: 6 meses e pontapé no rabinho.

                                                          E o ciclo goes on.

                                                          Os bons empregados, podem esperar sentadinhos para que a justiça e a act façam alguma coisa.

                                                          Os empregadores, contam com a ajuda da desproteção que existe ao meterem um empregado no ralador de carne.

                                                          Muitos empregados seguem com a sua vida porque sai caro, é difícil provar alguma coisa e é quase utópico iniciarem um processo contra o empregador.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por CapitaoIglo Ver Post
                                                            Nop, há mais empresas do que pensas que vão buscar desempregados de determinadas características ao centro de emprego, e quando acaba a xuxa das isenções à segurança social: 6 meses e pontapé no rabinho.

                                                            E o ciclo goes on.

                                                            Os bons empregados, podem esperar sentadinhos para que a justiça e a act façam alguma coisa.

                                                            Os empregadores, contam com a ajuda da desproteção que existe ao meterem um empregado no ralador de carne.

                                                            Muitos empregados seguem com a sua vida porque sai caro, é difícil provar alguma coisa e é quase utópico iniciarem um processo contra o empregador.
                                                            Mas não comentei essa situação, que obviamente condeno.

                                                            Essa situação é típica da chico-expertise da nossa sociedade. O empregadores aproveitam-se disso e quem criou este incentivo não o fez como devia. Os patrões que empreguem nestas circunstâncias deveriam ser obrigado a prolongar o vinculo.

                                                            Comentário

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