Frequentemente gosto de fazer test-drive a carros que de algum modo se evidenciem no mercado, quer pela novidade, quer pelo volume de vendas, ou por reviews favoráveis ou que me despertem a curiosidade.
Para isso recorro a empresas de rent-a-car, e conforme a disponibilidade de tempo ou de veiculos, escolho o que mais me agrada.
Já aluguei desde segmento A ao D, gasolina ou diesel, e desde 1 a 5 dias.
Desta feita escolhi um segmento B diesel por 5 dias, estando disponivel o clio, colt, ou o punto. Como ja conhecia o clio e não gosto do colt escolhi o grande punto, até porque tinha uma grande curiosidade em testar a qualidade dos actuais fiat, bem como perceber porque de não se verem muitos nas estradas.
O carro é o GP de maio de 2009, antes do EVO, 1.2 multijet diesel, 75cv com 45000 Km.
Começando por fora, a estética é bastante agradável, e para mim seguramente no top 3 dos mais bonitos do segmento. Preto com JLL é a combinação que mais aprecio e que me "calhou na rifa"
Por dentro da para perceber o porque de lhe chamarem GRANDE punto! O carro é mesmo muito espaçoso, para pernas, cabeça, lateralmente, inclusive atrás. A mala é comparativamente pequena, mas normal para utilitário. Ao entrar no punto, quem vem de um segmento D não se sente claustrofóbico ou acanhado, é mesmo exemplar nesta sensação de espaço.
O painel de instrumentos é sóbrio mas moderno, ergonómico e completo, com os comandos bem distribuídos e intuitivos. Os bancos e o volante reguláveis em altura e profundidade permitem ter uma boa posição de condução, com os pedais bem alinhados e com poisa pé esquerdo de boas dimensões e confortável. Gostei do computador de bordo, bastante completo, e das configurações do display. Os comandos dos limpa vidros podiam ter a função de regular a velocidade da intermitência, mas fora isto tudo muito completo.
A consola central está equipada com radio integrado de boa qualidade para o segmento, boas colunas e comandos completos, ar condicionado manual. Nota positiva para o AC do qual falarei mais á frente.
Passando para a condução, aqui veio a maior mas esperada desilusão. O carro é grande, talvez dos maiores e mais pesados do segmento, e o motor de baixa cilindrada e pouca potencia aliado a uma caixa de 5 velocidades não augurava grande capacidade de locomoção, o que se veio a confirmar.
Resumindo o carro é sub-motorizado. O chassis merece e necessita de mais potencia para poder usufruir da qualidade do espaço e do carro em si.
Em baixas rotações é amorfo, e nas altas está em esforço. O turbo ajuda mas não faz milagres, e para uma condução urbana em que seja necessário dinamismo, recuperações, arranques, o motor não está á altura, bem como a caixa, que dadas as limitações do motor talvez fosse melhor equipar com uma caixa de 6 velocidades, e com relações mais curtas.. isto somente comigo a bordo, para utilização familiar este motor não é de todo recomendado, e não sei como o vendem em carros como o astra SW. Simplesmente deve arrastar-se.
Em condução de autoestrada consegue manter o ritmo uma vez atingido (mas demora). Tem uma faixa de conforto de utilização entre os 80-130 Km/h. Mais do que isso nota-se o esforço, e em rotações abaixo das 2500 é amorfo.
Face a este esforço de motor nota positiva para os consumos: 6.2 em autoestrada a 120, 6.4 em para arranque puro e dinâmico em cidade e em estradas de montanha até ao cimo da serra da estrela, 5,4 consumo misto médio, e 4,4 em condução a pastar nas calmas. todos estes consumos considerando o ar condicionado 90% do tempo ligado, o qual se mostrou sempre eficaz, silencioso, e praticamente imperceptível nas performances do motor.
Quanto a ruídos parasitas, apresentava alguns, sobretudo na mala e na porta do condutor, mas nada de excessivo, ou nada que outros modelos considerados referenciais não apresentem. Em estradas com mau piso a suspensão é eficaz, o carro não adorna, permite boa aderência, um conforto bom apesar de não estar ao nivel do clio, e tem um comportamento tipicamente subvirador. Tem limites de aderência altos mas não avisa do limite e rapidade se pode perder o controlo, mas é preciso abusar. Considero-o bastante seguro e neutro em condução normal ou dinâmica.
O Abs está presente e intervém com alguma frequência pois o curso do pedal de travões é reduzido, dificultando o doseamento confortável da potencia de travagem. Por seu lado o pedal da embraiagem tem curso longo e vago, de demasiado leve não possibilitando o controlo do ponto de forma mais definida. O acelerador tem um curso longo e suave, mas devido á pouca potencia do carro era levado com frequência ao fundo.
A direcção eléctrica é vaga, pouco comunicativa, demasiado leve mesmo com a função city desactivada. Aliás, a assistência da função ciry desactivada é que deveria ser a da função city, de tão leve que é. Com a função city activada a direcção parece estar partida, desligada das rodas, em que quase basta soprar par virar o volante.
Estas características não estão presentes por exemplo no susuky swift que com o mesmo motor, e afinações diferentes, tem melhor posição de condução, pedais e volante, permitindo uma condução muito mais agradável, divertida e dinâmica, mas a troco de consumos ligeiramente mais elevados ( +0,3 L ).
Resumindo:
O carro é bom. Está ao nível médio dos concorrentes do segmento, é excelente em espaço, bom na qualidade geral, robusto ( não padece dos males dos FIAT de tempos idos), bem equipado, eficaz e confortável apesar de haver melhor neste aspecto, e bons consumos aliado a um design na minha opinião do melhor do segmento a todos os níveis.
O pior: O motor é insuficiente para o carro, sobretudo quando para utilização familiar, que é o destino de muitos deles, no entanto é económico.
Porque razão então não se vem muitos na estrada?
Na minha opinião, se fosse equipado com um motor mais potente e mantivesse o preço, estaríamos na presença do utilitário com mais capacidade para uso familiar do mercado, dado espaço ao nível de um segmento de á 10 anos, bom equipamento e comportamento, no entanto pelo preço, o motor é curto, servido somente para uso com 1 ou 2 pessoas a bordo, pelo que o carro é um desperdício para esse efeito.
Preço elevado, estigma FIAT ( não justificado na minha opinião), motor curto.
É carro a mais, motor a menos, e preço a mais, sendo que para utilização familiar há segmentos C mais recomendados e para utilização urbana há segmentos B melhores.
De 0 a 5 dou 3,5.
Para isso recorro a empresas de rent-a-car, e conforme a disponibilidade de tempo ou de veiculos, escolho o que mais me agrada.
Já aluguei desde segmento A ao D, gasolina ou diesel, e desde 1 a 5 dias.
Desta feita escolhi um segmento B diesel por 5 dias, estando disponivel o clio, colt, ou o punto. Como ja conhecia o clio e não gosto do colt escolhi o grande punto, até porque tinha uma grande curiosidade em testar a qualidade dos actuais fiat, bem como perceber porque de não se verem muitos nas estradas.
O carro é o GP de maio de 2009, antes do EVO, 1.2 multijet diesel, 75cv com 45000 Km.
Começando por fora, a estética é bastante agradável, e para mim seguramente no top 3 dos mais bonitos do segmento. Preto com JLL é a combinação que mais aprecio e que me "calhou na rifa"
Por dentro da para perceber o porque de lhe chamarem GRANDE punto! O carro é mesmo muito espaçoso, para pernas, cabeça, lateralmente, inclusive atrás. A mala é comparativamente pequena, mas normal para utilitário. Ao entrar no punto, quem vem de um segmento D não se sente claustrofóbico ou acanhado, é mesmo exemplar nesta sensação de espaço.
O painel de instrumentos é sóbrio mas moderno, ergonómico e completo, com os comandos bem distribuídos e intuitivos. Os bancos e o volante reguláveis em altura e profundidade permitem ter uma boa posição de condução, com os pedais bem alinhados e com poisa pé esquerdo de boas dimensões e confortável. Gostei do computador de bordo, bastante completo, e das configurações do display. Os comandos dos limpa vidros podiam ter a função de regular a velocidade da intermitência, mas fora isto tudo muito completo.
A consola central está equipada com radio integrado de boa qualidade para o segmento, boas colunas e comandos completos, ar condicionado manual. Nota positiva para o AC do qual falarei mais á frente.
Passando para a condução, aqui veio a maior mas esperada desilusão. O carro é grande, talvez dos maiores e mais pesados do segmento, e o motor de baixa cilindrada e pouca potencia aliado a uma caixa de 5 velocidades não augurava grande capacidade de locomoção, o que se veio a confirmar.
Resumindo o carro é sub-motorizado. O chassis merece e necessita de mais potencia para poder usufruir da qualidade do espaço e do carro em si.
Em baixas rotações é amorfo, e nas altas está em esforço. O turbo ajuda mas não faz milagres, e para uma condução urbana em que seja necessário dinamismo, recuperações, arranques, o motor não está á altura, bem como a caixa, que dadas as limitações do motor talvez fosse melhor equipar com uma caixa de 6 velocidades, e com relações mais curtas.. isto somente comigo a bordo, para utilização familiar este motor não é de todo recomendado, e não sei como o vendem em carros como o astra SW. Simplesmente deve arrastar-se.
Em condução de autoestrada consegue manter o ritmo uma vez atingido (mas demora). Tem uma faixa de conforto de utilização entre os 80-130 Km/h. Mais do que isso nota-se o esforço, e em rotações abaixo das 2500 é amorfo.
Face a este esforço de motor nota positiva para os consumos: 6.2 em autoestrada a 120, 6.4 em para arranque puro e dinâmico em cidade e em estradas de montanha até ao cimo da serra da estrela, 5,4 consumo misto médio, e 4,4 em condução a pastar nas calmas. todos estes consumos considerando o ar condicionado 90% do tempo ligado, o qual se mostrou sempre eficaz, silencioso, e praticamente imperceptível nas performances do motor.
Quanto a ruídos parasitas, apresentava alguns, sobretudo na mala e na porta do condutor, mas nada de excessivo, ou nada que outros modelos considerados referenciais não apresentem. Em estradas com mau piso a suspensão é eficaz, o carro não adorna, permite boa aderência, um conforto bom apesar de não estar ao nivel do clio, e tem um comportamento tipicamente subvirador. Tem limites de aderência altos mas não avisa do limite e rapidade se pode perder o controlo, mas é preciso abusar. Considero-o bastante seguro e neutro em condução normal ou dinâmica.
O Abs está presente e intervém com alguma frequência pois o curso do pedal de travões é reduzido, dificultando o doseamento confortável da potencia de travagem. Por seu lado o pedal da embraiagem tem curso longo e vago, de demasiado leve não possibilitando o controlo do ponto de forma mais definida. O acelerador tem um curso longo e suave, mas devido á pouca potencia do carro era levado com frequência ao fundo.
A direcção eléctrica é vaga, pouco comunicativa, demasiado leve mesmo com a função city desactivada. Aliás, a assistência da função ciry desactivada é que deveria ser a da função city, de tão leve que é. Com a função city activada a direcção parece estar partida, desligada das rodas, em que quase basta soprar par virar o volante.
Estas características não estão presentes por exemplo no susuky swift que com o mesmo motor, e afinações diferentes, tem melhor posição de condução, pedais e volante, permitindo uma condução muito mais agradável, divertida e dinâmica, mas a troco de consumos ligeiramente mais elevados ( +0,3 L ).
Resumindo:
O carro é bom. Está ao nível médio dos concorrentes do segmento, é excelente em espaço, bom na qualidade geral, robusto ( não padece dos males dos FIAT de tempos idos), bem equipado, eficaz e confortável apesar de haver melhor neste aspecto, e bons consumos aliado a um design na minha opinião do melhor do segmento a todos os níveis.
O pior: O motor é insuficiente para o carro, sobretudo quando para utilização familiar, que é o destino de muitos deles, no entanto é económico.
Porque razão então não se vem muitos na estrada?
Na minha opinião, se fosse equipado com um motor mais potente e mantivesse o preço, estaríamos na presença do utilitário com mais capacidade para uso familiar do mercado, dado espaço ao nível de um segmento de á 10 anos, bom equipamento e comportamento, no entanto pelo preço, o motor é curto, servido somente para uso com 1 ou 2 pessoas a bordo, pelo que o carro é um desperdício para esse efeito.
Preço elevado, estigma FIAT ( não justificado na minha opinião), motor curto.
É carro a mais, motor a menos, e preço a mais, sendo que para utilização familiar há segmentos C mais recomendados e para utilização urbana há segmentos B melhores.
De 0 a 5 dou 3,5.
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