Primeiro o Egipto e a Argélia, agora também em Itália se ouvem gritos de revolta contra o governo, em especial, contra Berlusconi, a exigir a sua demissão imediata. O que se passa com o mundo? Estará finalmente o povo a abrir os olhos? Chegará algum dia esta onda de choque a Portugal? Teremos nós também força e coragem para sair à rua e fazer uma nova revolução?
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Originalmente Colocado por Lagarto Ver PostPrimeiro o Egipto e a Argélia, agora também em Itália se ouvem gritos de revolta contra o governo, em especial, contra Berlusconi, a exigir a sua demissão imediata. O que se passa com o mundo? Estará finalmente o povo a abrir os olhos? Chegará algum dia esta onda de choque a Portugal? Teremos nós também força e coragem para sair à rua e fazer uma nova revolução?
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http://forum.autohoje.com/off-topic/...ra-jovens.html
Claro que não podemos comparar os protestos dos países árabes - com populações muito jovens - com os da Europa. E com Portugal, onde o Estado nos quer dar tudo.
Temos uma altíssima taxa de desemprego, nomeadamente entre os jovens, e por isso o primeiro-ministro anuncia mais estágios no debate quinzenal no parlamento. E mais apoio às exportações, porque precisamos de encontrar lá fora o mercado que não temos - para mais com a austeridade decretada - cá dentro.
Diz, nesta edição do i, a social- -democrata Paula Teixeira da Cruz, que ninguém aguentará mais medidas de austeridade em Portugal, que se chegou a um limite.
Os patrões querem tornar mais baratos os custos do trabalho - que não são só salários - e por isso há propostas para baixar as indemnizações por despedimento que estão a ser discutidas na Concertação Social. É uma outra forma de austeridade, é uma outra forma de equilibrar um pouco o contrato social entre as gerações, se for aplicada a novos contratos de trabalho e também aos existentes.
O país tem um problema fundamental: o desemprego. E esse deve ser atacado a fundo,
Em Portugal temos uma população envelhecida, e por isso não podemos fazer comparações com o que se passa nessa rua árabe que subitamente descobriu ditadores no poder há décadas e a preparar sucessões dinásticas.
Boa parte dos protestos que temos visto - e o regime do Egipto pode estar a cair - têm que ver com a demografia:
63% da população egípcia tem menos de 30 anos (no Iémen chega aos 77%). Com a internet, conhecem muito mais coisas, não aceitam regimes fechados que tudo impõem. Se se conseguirem evitar as tentações radicais, podem estar a construir regimes novos e quase inéditos na região. Os regimes comunistas também caíram por razões demográficas e porque a televisão mostrou ao povo que havia outra vida. Os árabes podem estar a perceber o mesmo.
Na Europa também a população muçulmana está a aumentar, mas esta Europa não é para jovens. Os jovens são qualificados mas não têm empregos, nem têm muitas perspectivas de o terem nos tempos mais próximos. É justo que pensemos nos mais velhos, que estes tenham uma velhice o mais feliz possível, mas por cá a austeridade não poupa a maior parte dos jovens nem a maior parte dos mais velhos. Cabem todos naquilo que alguma esquerda já chama o "regime austeritário".
O Estado não tem dinheiro e impõe mais impostos e mais cortes, abafa a sociedade e até diz que as escolas privadas que fazem ensino público andam a roubar os outros. Como o Estado nos dá, em muitos casos, excelentes escolas, como as que todos conhecemos, com grande organização, o Estado e o nosso Ministério da Educação podem, de facto, fazer uso desse populismo. O nosso Estado magnânimo quer que nos conformemos com as suas escolas e nada mais. Os outros andam a sacar dinheiro. É essa a mensagem que o governo transmite aos jovens que se estão a formar e aos pais que tentam educá-los.
Os estágios que Sócrates propõe são apenas uma forma de tentar disfarçar os problemas para os quais não tem solução neste momento. Faz sentido o que o PSD propôs ontem, que se possa acumular parte do subsídio de desemprego com um salário. Já temos demasiado subemprego e desemprego prolongado. E sim, provavelmente vai ser preciso mudar a Constituição para alterar este estado de coisas - aliás, o governo há muito que anda nos limites disso, com cortes nos salários e impostos retroactivos. É que estamos mesmo no limite e já não é possível esconder mais.
Editado pela última vez por Omega; 13 February 2011, 21:37.
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Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver PostItalia?
Ele foi eleito. Não é nenhum ditador.
Tem tanta razão como nós se o quiséssemos fazer ao Sócrates.
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