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Eu egoista, me confesso!

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    Eu egoista, me confesso!

    Andava eu aqui a revisitar umas velharias:

    YouTube - Europe - Carrie (HD)

    Ao que comentei:

    Humm é curioso de se ver estes videos, com o passar dos anos, antes viam-se uns isqueiros arder, hoje a imagem real é uns telemóveis. A evolução dos tempos.., ou das espécies!...
    Ainda não compreenderam bem!? Então vou me confessar...

    Realmente quando achava que não era de todo egoista e seria-o pelo contrário, e muitos criticam esta sociedade de hoje compactuar com isto venho aqui pela remissão dos meus pecados fazer a minha oração (), que já estou perturbado com tal coisa. ()

    Ora quando eu vou a um espectáculo, gosto de disfrutar dele e não perder o meu tempo com outras coisas que me distraiem, gosto de gardar esses momentos para mim, e não preocupar com o enquadamento, o som, a luz, se ficou bem gravado ou não. Nunca gravei nada e tão pouco tirei algum foto, o que tenho revisito do meu album de memórias ( e se calhar não o seja de todo que ainda o possa partilhar por palavras).

    Quando refiro essa troca de isqueiros por cameras, que curioso, em qualquer espectaculo tem-se uma visão bastante curiosa (tirando no cinema que, ainda não virou moda de gravar o filme para depois ir logo partilhar, ou então não sei, que já não vou lá algum tempo, e nisto nunca perdoam ), o que vale, no que penso, é que todos querem partilhar o que vêem, mas estarão a disfrutar daquilo no máximo explendor!?

    (Também ao ver isto também me lembrei em criar uma petição, a favor das baladas, que ao que parece já ninguém gosta disso, estar ali bem aconchegado a uma miúda. Hoje tudo está com medo que lhe peguem uma peste, que quanto mais afastado dançar melhor...

    A valsa que se criava em redor de um par para nos envolvermo-nos no seu aconchego.

    Recordando-me de um radiofónico (de Jazz), assim educamente perguntamos:

    E a menina dança?

    Isto sim é que é a sedução no seu máximo esplendor)

    Como nem de todo sou egoista como queira dizer não me importaria de partilhar um pézinho de dança...

    #2
    A mim, incomoda-me muito e distrai bastante ir a um concerto, a sala estar escura e só ver luzinhas de ecrans de telemóveis, de pessoal a filmar as actuações.

    Flashes então, pqp... Estão mais preocupados em ver as fotos e os filmes do que aproveitar o espectáculo.

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      #3
      A sociedade entrou numa fase de mostrar em vez de viver. Não por vaidade, mas apenas entrando num ritual de exibição duma moda colectiva e parva onde o twitter é a mais acentuada expressão disso.

      Twitta-se a dizer que se foi à casa de banho, que está a cheirar mal, que o rolo de papel higiénico acabou e não sei o que fazer, que agora estou a limpar os salões e por aí fora.
      Um relato cerrado em que a história é o quotidiano de cada um onde somos ao mesmo tempo personagens e narradores da nossa própria existência numa coreografia de tal forma ridícula que nos esquecemos de viver as nossas vidas de tão entretidos que estamos em relatá-las para os outros tomaram conhecimento.

      Assim, estamos a documentar a nossa existência em vez de vivermos as nossas vidas. Assim como acontece na internet onde muitas pessoas se querem imortalizar.
      Basta pesquisarmos acerca de qualquer palavra para nos surgir uma imensidão de fotos de gente que tem medo de passar pelo mundo sem que tenham notado a sua existência.

      Um pouco à imagem daquilo que acontece com aqueles turistas que se preocupam unicamente em estar constantemente a fotografar e a filmar tudo e mais alguma coisa para depois mostrar aos outros e dizer “Eu estive ali”, mas que de facto não estiveram, de tão ocupados que estavam a registar tudo.

      Como eu acho a vida curta demais, limito-me a aproveitar tudo aquilo que o tempo limitado e a minha existência corporal me permitir desfrutar.. e partilhar ao vivo aqui e agora com quem mais amo.

      Comentário


        #4
        Então e depois como iam fazer ??

        É preciso fazer inveja pelo facebook ...

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          #5
          Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
          A sociedade entrou numa fase de mostrar em vez de viver. Não por vaidade, mas apenas entrando num ritual de exibição duma moda colectiva e parva onde o twitter é a mais acentuada expressão disso.

          Twitta-se a dizer que se foi à casa de banho, que está a cheirar mal, que o rolo de papel higiénico acabou e não sei o que fazer, que agora estou a limpar os salões e por aí fora.
          Um relato cerrado em que a história é o quotidiano de cada um onde somos ao mesmo tempo personagens e narradores da nossa própria existência numa coreografia de tal forma ridícula que nos esquecemos de viver as nossas vidas de tão entretidos que estamos em relatá-las para os outros tomaram conhecimento.

          Assim, estamos a documentar a nossa existência em vez de vivermos as nossas vidas. Assim como acontece na internet onde muitas pessoas se querem imortalizar.
          Basta pesquisarmos acerca de qualquer palavra para nos surgir uma imensidão de fotos de gente que tem medo de passar pelo mundo sem que tenham notado a sua existência.

          Um pouco à imagem daquilo que acontece com aqueles turistas que se preocupam unicamente em estar constantemente a fotografar e a filmar tudo e mais alguma coisa para depois mostrar aos outros e dizer “Eu estive ali”, mas que de facto não estiveram, de tão ocupados que estavam a registar tudo.

          Como eu acho a vida curta demais, limito-me a aproveitar tudo aquilo que o tempo limitado e a minha existência corporal me permitir desfrutar.. e partilhar ao vivo aqui e agora com quem mais amo.
          Em dois anos que estou inscrito no Twitter, em centenas de pessoas que sigo (e já segui), desde políticos a comuns adolescentes, vi um tweet desses uma única vez.

          Portanto, das duas uma: ou falas sem conhecimento de causa, ou andaste a seguir gente parva.

          Comentário


            #6
            Bem, eu vou-me também confessar: vou mais logo ver o Júlio Pereira, grande músico português, e prometo que não vou falar mais disso nem vou tirar fotos.

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              #7
              Originalmente Colocado por TheMoBsTeR Ver Post
              Em dois anos que estou inscrito no Twitter, em centenas de pessoas que sigo (e já segui), desde políticos a comuns adolescentes, vi um tweet desses uma única vez.

              Portanto, das duas uma: ou falas sem conhecimento de causa, ou andaste a seguir gente parva.
              Nem uma, nem outra. Falo em sentido figurado para retratar aquilo que considero maioritariamente ser um desperdício de tempo. Se em diversos casos é muito útil, na maioria representa uma perda de tempo, tanto no twitter como no que descrevi atrás. Mas muita gente usa a internet, o twitter, e outros meios tecnológicos, apenas com os propósitos fúteis que descrevi.

              Já não sei onde vi essa reportagem, mas numa cena degradante, a 1ª coisa que as pessoas fizeram foi tirar fotografias em vez de ajudar. Era tudo de telemóvel no ar a fotografar. Uma autêntica anormalidade. Isto já diz muito do modus operandi desta sociedade. Dizer-se que o que é moderno é melhor não é tão linear assim como se quer fazer crer.

              No ano passado quando houve aquele gigantesco incêndio na A25, foi chamado à TVI um fulano que do outro lado da via se limitou a filmar o sucedido dizendo que não poderia fazer mais nada e quis registar aquilo e mandar para a televisão.
              Não vi nenhum bombeiro nem anónimos que ajudaram durante o acidente presentes naquele programa. Enfim, podem até dizer que sou um bota de elástico, mas certas atitudes que se vão generalizando, dispenso de bom grado.
              Tudo o que é feito sem exagero e com um propósito é sempre legítimo e normal.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                A sociedade entrou numa fase de mostrar em vez de viver. Não por vaidade, mas apenas entrando num ritual de exibição duma moda colectiva e parva onde o twitter é a mais acentuada expressão disso.

                Twitta-se a dizer que se foi à casa de banho, que está a cheirar mal, que o rolo de papel higiénico acabou e não sei o que fazer, que agora estou a limpar os salões e por aí fora.
                Um relato cerrado em que a história é o quotidiano de cada um onde somos ao mesmo tempo personagens e narradores da nossa própria existência numa coreografia de tal forma ridícula que nos esquecemos de viver as nossas vidas de tão entretidos que estamos em relatá-las para os outros tomaram conhecimento.

                Assim, estamos a documentar a nossa existência em vez de vivermos as nossas vidas. Assim como acontece na internet onde muitas pessoas se querem imortalizar.
                Basta pesquisarmos acerca de qualquer palavra para nos surgir uma imensidão de fotos de gente que tem medo de passar pelo mundo sem que tenham notado a sua existência.

                Um pouco à imagem daquilo que acontece com aqueles turistas que se preocupam unicamente em estar constantemente a fotografar e a filmar tudo e mais alguma coisa para depois mostrar aos outros e dizer “Eu estive ali”, mas que de facto não estiveram, de tão ocupados que estavam a registar tudo.

                Como eu acho a vida curta demais, limito-me a aproveitar tudo aquilo que o tempo limitado e a minha existência corporal me permitir desfrutar.. e partilhar ao vivo aqui e agora com quem mais amo.
                Não podia estar mais de acordo com o que dizes.

                Não é que seja geral, mas uma boa maioria vive assim, sobretudo a faixa etária abaixo dos 25 anos.
                Vou frequentemente a concertos, e faz-me uma confusão terrível ver que há pessoas que dão um balúrdio para ir a um concerto, e depois passam 90% do tempo do espectáculo a enviar e receber sms. Impressionante ao ponto a que se chega, roçando mesmo o ridículo.

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                  #9
                  Quando li o título do tópico, e lembrando-me desse teu lado romântico, pensei que ias falar em amor No quanto é egoísta este sentimento de gostar de alguém e querer ter essa pessoa ao nosso lado, porque sabemos de antemão que, possivelmente, idealmente, provavelmente, só assim seremos felizes.
                  Em abono da verdade, da minha verdade, o tiro também não foi assim tão ao lado. Falas de baladas e tal... estava quase lá.
                  Indo de encontro às tuas questões, posso dizer que concordo com o que já foi dito aqui no tópico. E as palavras do Blade ecoam aqui dentro, fizeram-me pensar... o que é óptimo:
                  Assim, estamos a documentar a nossa existência em vez de vivermos as nossas vidas. Assim como acontece na internet onde muitas pessoas se querem imortalizar.
                  Basta pesquisarmos acerca de qualquer palavra para nos surgir uma imensidão de fotos de gente que tem medo de passar pelo mundo sem que tenham notado a sua existência.


                  É mesmo isso, uma imensidão de gente que pulula na vida sem se preocupar com o seu sentido, em dar-lhe sentido, em construir um sentido com marcas reais que fazem a diferença, mas sim em registar marcas non sense...
                  E, Nuno, desculpa desviar só um pouquinho esta nossa conversa, mas chegados a este ponto não posso deixar de ainda fazer mais umas críticas dentro da crítica.
                  Nessa tentativa de "imortalização" não me agrada a falsificação da imagem ou seja nós, que somos de uma era menos informatizada (não sei bem que termo aplicar aqui), temos lá por casa imensas fotografias ranhosas, com aspectos péssimos, com a chamada cara de c..; agora, os nossos herdeiros, são sempre uns príncipes num jardim com flores. Não há cá foto triste que não passe pelo delete (seja o da camera ou do pc, mais tarde ou mais cedo, clicamos e pronto, vergonha deletada.
                  Fazendo aqui uma ponte e, mantendo o mesmo assunto, faço outra crítica, desta feita à malta mais nova (e com nova refiro-me à maturidade e não tanto à idade). Enquanto que a situação descrita em cima é mais comum entre pessoal mais maduro, que é apanhado por uma objectiva, num estado já alegre, após um jantar "bem regado", nos mais imaturos observo precisamente o oposto... fotografias e vídeos do mais estranho, embaraçoso, descabido... tudo ali, ao alcance de um download, para mais tarde recordar, embaraçar, chantagear... ou não, e sou eu que vejo filmes a mais...
                  Caso tenha razão, é urgente uma chamada de atenção aos pais... educação não é só disciplina (com a conotação severa ou rigorosa que pretendo enfatizar com esta palavra), é também amar, evoluir, acompanhar, estar atento, aconselhar...
                  Editado pela última vez por NinaChampa; 25 February 2011, 21:10.

                  Comentário


                    #10
                    Já que despertaram o lado romântico há em mim...

                    Bem me recordo, de ter feito destas coisas, ridiculas, como este grandioso homem assim o diz. Ai, oh Pessoa como te compreendo!

                    Como temos de estar sempre na vanguarda, e o tópico que parece ser exemplo disso, lá tive de fazer aqui uns arranjinhos, para isto ficar actual...

                    Todos os E-mails de amor são
                    Ridículos.
                    Não seriam E-mails de amor se não fossem
                    Ridículos.

                    Também escrevi em meu tempo E-mails de amor,
                    Como os outros,
                    Ridículos.

                    Os E-mails, se há amor,
                    Têm de ser
                    Ridículos.

                    Mas, afinal,
                    Só as criaturas que nunca escreveram
                    E-mails de amor
                    É que são
                    Ridículos.

                    Quem me dera no tempo em que escrevia
                    Sem dar por isso
                    E-mails de amor
                    Ridículos.

                    A verdade é que hoje
                    As minhas memórias
                    Desses E-mails de amor
                    É que são
                    Ridículas.

                    (Todas as palavras esdrúxulas,
                    Como os sentimentos esdrúxulos,
                    São naturalmente
                    Ridículas.)
                    Nina, somos assim tanto, que, desejamos partilhar esse nosso egoismo, com meio mundo!
                    Ao resto completamente de acordo, mas que, umas horas de photoshop não faça milagres na ranhozisse que por vezes de lá vai saindo, assim é que nos deparamos com esse mundo perfeito. E quem o diz que não é atingível!?... Está à mesmo frente dos nossos olhos (um mundo superficialmente perfeito).
                    Editado pela última vez por nunomplopes; 26 February 2011, 07:25.

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                      #11
                      ...quantas vezes ja nao dei por mim a pensar exactamente no mesmo...um exemplo:

                      passagem de ano....fogo de artificio...e o que é que a carneirada faz??? passam 15 minutos a olhar para um ecra lcd de uma maquina a tirar fotos a fogo de artificio! nao acredito que ninguem va para casa ver aquilo! que digasse de passagem, devera ficar com uma qualidade sofrivel!

                      é so um exemplo, mas ha muitos mais, como o de concertos, espetaculos, eventos desportivos, etc...passam o tempo todo com a cabeça enfiada num ecra minusculo de 2 polegadas e meia, e esquecem-se do motivo pelo qual os levou ate ali....ou melhor, nao se esqueceram, apenas nao sabem apreciar as coisas como deveriam ser apreciadas, é tempo que passa e nao volta atras...momentos que depois no pc de casa ligado ao facebook de especiais tem pouco.

                      Comentário


                        #12
                        Eu concordo e não concordo

                        Por exemplo, se formos passear a uma montanha, lago etc temos muito tempo para ver coisas e aproveitar e ai adoro tirar fotos para mais tarde recordar e eu saber que estive ali.

                        Agora concertos, desportos etc, ai já não tiro fotos nenhumas porque assim não ia ver muito do espétaculo que acontece tudo depressa

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                          #13
                          Exacto temos esses 2 tipos de situação: a de estar num ambiente que desfrutamos e vamos estar lá várias horas (o cenário do campo) e a situação em que estamos 2/3 horas em um evento desportivo/concerto.
                          Dou o meu exemplo, em Janeiro e Fevereiro estive em Inglaterra, em Plymouth. Agora que estou de volta a Portugal, olho para a minha máquina fotográfica e vejo que tirei pouquíssimas fotos. E dessas talvez publique uma ou outra no Facebook. Honestamente eu prefiro fechar os olhos e recordar o que observei e absorvi daquela cidade do que olhar para um ecrã digital a ver vários edifícios e paisagens.
                          Isto já vai extenso, foi o meu desabafo pós-almoço

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