A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) acusou o poder político de asfixiar a polícia para evitar investigações incómodas, como a Casa Pia, Freeport, Portucale, Face Oculta, CTT, BPN e muitos outros.
A ASFIC aproveitou ainda para sugerir, mesmo que indirectamente, a demissão nacional da PJ, uma vez que, no entender da associação, a actual direcção "não reúne as condições exigidas para o exercício do cargo e já não têm a confiança dos funcionários de investigação criminal".
O dirigente da ASFIC, que fez hoje um balanço da greve às horas extraordinárias e suas repercussões no número de detenções, inquéritos e buscas, prometeu para breve "medidas de endurecimento drástico" da luta daqueles funcionários, justificando que "não é sustentável este estado de coisas na PJ" e vai apresentar ao ministro da Justiça novos pré-avisos de greve que, admitiu, poderão passar por greve ao trabalho burocrático e às prevenções ou por uma nova concentração.
"A PJ está a ser vítima deste poder político", declarou Carlos Garcia, que considera que os funcionários podem estar a ser penalizados por investigarem "as Casas Pias, os Freeports, os Submarinos, os Portucales, as Faces Ocultas, os CTT, os BPP e os BPN, porque investigam a corrupção".
A ASFIC mantém desde 15 de dezembro passado a greve ao trabalho fora do horário normal, a greve ao trabalho no período da hora do almoço e o pedido do pagamento adiantado das ajudas de custo.
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