Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Revolução no mundo do trabalho?

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Revolução no mundo do trabalho?

    Critiquem, deixem-me a vossa opinião e sugestões acerca destas ideias que saíram à pressa:


    1- Emprego e contrato de trabalho.

    É instituída uma taxa de empregabilidade a pagar por quem contrata ou despede sendo penalizadas as entidades patronais com elevada rotatividade de pessoal, que verão as prestações sociais ou taxa de empregabilidade a pagar, serem aumentadas em conformidade. Salvaguardam-se os casos de acréscimo temporário de trabalho ou a sazonabilidade da actividade desenvolvida que terá de ser acautelada com a celebração de contratos a prazo até 12 meses.

    Tal taxa servirá para contribuir para a formação e subsídio de desemprego do trabalhador dispensado.

    Institui-se a regra do contrato de trabalho efectivo salvo situações de sazonalidade ou acréscimo temporário de trabalho definido no tempo entre 1 a 12 meses em que será contemplado o contrato a prazo.

    O despedimento é livre ou com justa causa.

    Tanto no regime do livre despedimento quanto no de justa causa, o seu anúncio ao trabalhador tem um prazo de 15 dias, caso seja contratado a prazo, ou um mês no caso de efectivo.

    Quem optar pelo despedimento livre, sujeita-se à aplicação de uma taxa de empregabilidade ou aumento das prestações sociais em função da rotatividade ou frequência com que despedem e contratam novos trabalhadores.

    O despedimento com justa causa segue um processo expedito e a entidade patronal não será responsabilizada nem de qualquer forma poderá se penalizada se for provada a justa causa do despedimento.

    O trabalhador dispensado deverá procurar novo emprego na sua área de actividade ou outra, se assim for de sua vontade ou, caso as oportunidades não sejam as adequadas ou em número suficiente e transcorrido um prazo a definir para cada sector de actividade e região, depois de decidido em conjunto com o instituto de emprego, frequentará acções de formação noutra área com maior empregabilidade, com vista à sua rápida integração no mercado de trabalho.

    O trabalhador dispensado terá direito ao subsídio de desemprego e à formação gratuita, independentemente do tempo que tenha trabalhado.

    2- Estado e emprego.

    Acaba o vínculo à função pública.

    O Estado não admitirá mais trabalhadores, salvo em situações muito específicas que requeiram quadros de elevadas qualificações e não disponíveis na bolsa de desempregados.
    Na medida das saídas da actual função pública e das necessidades da administração pública central e descentralizada, o Estado, Autarquias e entidades públicas ou de direito privado controladas pelo Estado, recorrerão obrigatoriamente ao concurso público sendo dada preferência à bolsa de desempregados ou à bolsa de formandos para satisfazer as suas necessidades.


    3- Salários.

    Os salários podem aumentar ou diminuir e serão indexados, entre outros, à produtividade e resultados líquidos da entidade empregadora. Não poderão os salários baixar do limiar estabelecido para cada sector de actividade que será negociado entre os parceiros sociais numa base anual.

    Agradecido.

    Cumps!

    #2
    Tenhos muitas muitas dúvidas em acreditar que a solução para os problemas, sejam eles quais forem, se encontra estabelecendo grelhas de regras complexas. Simplificar os processos, quanto a mim, costuma ser mais eficaz do que introduzir complexidade. Além do que a complexidade por si própria é geradora de ineficiências.
    Por outras palavras, não acredito muito num mercado de trabalho planificado. Balizado, sim, mas planificado, não.

    Comentário


      #3
      O número 1 é uma baralhação de todo o tamanho.
      O principio do contrato ser sem termo é já o estabelecido em PT, o contrato a termo, temporário, etc., são já formas especiais de contratação e com regras "apertadas" (se são respeitadas são outros 500).
      Parece-me certo que aumentaria a rotatividade, já que se pode despedir como quiser, mas muita insegurança para os trabalhadores, salvo se as taxas forem muito altas. Neste caso "mata" o empregador pela taxa ou por ter que toda a mão-de-obra sem termo...

      O ponto 2 faz sentido, já deveria assim ser, tendo sempre em atenção aos concursos "à medida".

      O ponto 3 o maior receio são as empresas que "mascaram" resultados, pagando menos impostos e ainda passarem a reduzir salários... o que ainda salva isto é o valor mínimo estabelecido, mas... Actualmente já há mecanismos em caso de crise empresarial.

      Estas ideias surgem de onde?

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Valium Ver Post
        ...Parece-me certo que aumentaria a rotatividade, já que se pode despedir como quiser, mas muita insegurança para os trabalhadores, salvo se as taxas forem muito altas. Neste caso "mata" o empregador pela taxa ou por ter que toda a mão-de-obra sem termo...
        Eu sei que o contrato efectivo é regra, quis apenas reforçar!

        Não tenho tanta certeza quanto ao aumento da rotatividade pois uma taxa de empregabilidade crescente, para quem andasse a despedir e contratar, iria dissuadir os chico-espertos e quem não sabe gerir.

        Os Hoteleiros do Algarve, por exemplo, caem na excepção da sazonalidade e como tal não podem sair obviamente prejudicados pelas características da sua actividade.


        Originalmente Colocado por Valium Ver Post

        O ponto 3 o maior receio são as empresas que "mascaram" resultados, pagando menos impostos e ainda passarem a reduzir salários... o que ainda salva isto é o valor mínimo estabelecido, mas... Actualmente já há mecanismos em caso de crise empresarial.
        Os mecanismos que conheço são as convenções colectivas de trabalho. Aqui vai-se um pouco mais além.
        Quanto às contas, há que ser rigoroso e apertar a fiscalização à evasão.
        Regra geral, não creio que o "patrão" vá andar de porta em porta a receber em dinheiro vivo, até porque os seus clientes hão-de querer factura.
        E depois haverá o valor mínimo para o sector de actividade a salvaguardar a posição do trabalhador.

        Originalmente Colocado por Valium Ver Post

        Estas ideias surgem de onde?
        Tenho andado a matutar...e há mais.

        Andamos nisto há mais de 30 anos, basta olhar para as estatísticas, e depois de tanto dinheiro europeu ainda nos arriscamos a estar pior que antes da nossa entrada na UE!

        Obviamente o "modelo" seguido, não sei bem qual, falhou e é preciso mudar.

        Por isso é que tenho defendido que temos de sair à rua e exigir um novo regime democrático e um novo modelo de desenvolvimento, doa a quem doer, pois a mim já me anda a doer há tempo demais...e não tenho culpa do estado a que isto chegou.

        Cumps!

        Comentário


          #5
          talvez o termo seja mt forte mas as tuas ideias chocam-me.

          A meu ver, revelam 1 de 2 aspectos:

          - Ou as tuas ideias baseiam-se na defesa dos teus interesses (legitimo);
          ou
          -Revelas um profundo desconhecimento do mercado de trabalho e da realidade social.

          Sobre a liberalização do despedimento. Qual seria a consequência. Atropelo da legislação, o trabalhador passa a estar disposto a tudo, sob pena de perder o posto de trabalho. Ou seja, qualidade de vida (que ainda existe na europa, irá perder o significado), sobrando um sistema semelhante à India ou China. Turnos de 18 horas, sem ferramentas e remuneração baixa.

          Relativamente aos vencimentos. Tal como já disseram antes, os resultados iriam ser mascarados.

          Incomoda-me que o modelo de gestão do nosso tecido empresarial passa pela diminuição das despesas, relegando para segundo plano o aumento da produtividade. Isto resulta, mas apenas na ecónomia das nossas casas!

          O que iria gerar? trabalhadores saturados, desmotivados...e trabalharem com um ritmo lento, mas a passarem 12 horas por dia no emprego.

          Comentário


            #6
            Concordo na generalidade com as ideias do texto.

            Há muito que é necessária uma nova Lei laboral, que permita ás empresas serem competitivas e até poderem continuar a funcionar.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
              Concordo na generalidade com as ideias do texto.

              Há muito que é necessária uma nova Lei laboral, que permita ás empresas serem competitivas e até poderem continuar a funcionar.
              É normal, será sempre a visão do empresário Vs a do trabalhador.

              O ideal era um meio termo.
              Não me parece que o problema da competitividade das empresas seja apenas devido aos seus trabalhadores, no entanto sou tendencialmente a favor que haja alguma flexibilização do despedimento, actualmente demasiado rigido e apenas conseguido em situações quase limite.

              Não me parece também que a flexibilização seja por tornar os valores indemnizatórios mais baixo - apesar de entender que o trabalhador não trabalhe a contar com uma futura indemnização -, mas sim pelos causas. A inadaptação como está muito dificilmente é motivo para despedir alguém e como o trabalhador tem que ser defendido, também a empresa deve o ser dos maus funcionários.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                É normal, será sempre a visão do empresário Vs a do trabalhador.

                O ideal era um meio termo.
                Não me parece que o problema da competitividade das empresas seja apenas devido aos seus trabalhadores, no entanto sou tendencialmente a favor que haja alguma flexibilização do despedimento, actualmente demasiado rigido e apenas conseguido em situações quase limite.

                Não me parece também que a flexibilização seja por tornar os valores indemnizatórios mais baixo - apesar de entender que o trabalhador não trabalhe a contar com uma futura indemnização -, mas sim pelos causas. A inadaptação como está muito dificilmente é motivo para despedir alguém e como o trabalhador tem que ser defendido, também a empresa deve o ser dos maus funcionários.
                Só o facto de o despedimento poder ser mais simples e rápido fará por si uma selecção natural entre os bons e os maus trabalhadores.

                Comentário


                  #9
                  Parece que vem ai mais medidas para 2012 e 2013...

                  As novas medidas de austeridade em 2012 e 2013 | Económico

                  Governo avança com medidas adicionais este ano | Económico

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                    Só o facto de o despedimento poder ser mais simples e rápido fará por si uma selecção natural entre os bons e os maus trabalhadores.
                    Como disse tendencialmente concordo, com maior facilidade, mas com critérios objectivos.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por campos1 Ver Post
                      Obviamente o "modelo" seguido, não sei bem qual, falhou e é preciso mudar.

                      Por isso é que tenho defendido que temos de sair à rua e exigir um novo regime democrático e um novo modelo de desenvolvimento, doa a quem doer, pois a mim já me anda a doer há tempo demais...e não tenho culpa do estado a que isto chegou.

                      Cumps!
                      Bastava sermos um estado verdadeiramente laico e acabarmos com esta regra completamente ultrapassada de quase todos pararmos aos Sábados e Domingos.

                      Defendo uma semana de 35 horas de trabalho com 2 dias seguidos de descanso...à escolha!!!

                      Porque raio só os serviços de saude, transportes publicos, centros comerciais, profissionais da comunicação social, policia, restauração, etc tem semanas de 7 dias. Porque é que as outras actividades tem dias para parar?

                      Com 7 dias por semana de trabalho, a produtividade aumentava, o desemprego diminuia, não precisávamos de parar de trabalhar para ir a um serviço publico ou outro serviço qualquer, daqueles que só abrem nas chamadas horas de expediente.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por setyoureyestozion Ver Post
                        talvez o termo seja mt forte mas as tuas ideias chocam-me.

                        A meu ver, revelam 1 de 2 aspectos:

                        - Ou as tuas ideias baseiam-se na defesa dos teus interesses (legitimo);
                        ou
                        -Revelas um profundo desconhecimento do mercado de trabalho e da realidade social.

                        Sobre a liberalização do despedimento. Qual seria a consequência. Atropelo da legislação, o trabalhador passa a estar disposto a tudo, sob pena de perder o posto de trabalho. Ou seja, qualidade de vida (que ainda existe na europa, irá perder o significado), sobrando um sistema semelhante à India ou China. Turnos de 18 horas, sem ferramentas e remuneração baixa.

                        Relativamente aos vencimentos. Tal como já disseram antes, os resultados iriam ser mascarados.

                        Incomoda-me que o modelo de gestão do nosso tecido empresarial passa pela diminuição das despesas, relegando para segundo plano o aumento da produtividade. Isto resulta, mas apenas na ecónomia das nossas casas!

                        O que iria gerar? trabalhadores saturados, desmotivados...e trabalharem com um ritmo lento, mas a passarem 12 horas por dia no emprego.
                        O problema de Portugal não são os trabalhadores, são quem manda!
                        Por isso defendo há muito tempo que empresas que não podem pagar mais €25 por mês aos seus trabalhadores DEVEM fechar pura e simplesmente, estão a emperrar a máquina económica.

                        Não raro, este tipo de empresas, ineficazes e exploradoras, introduzem no mercado em que se inserem, concorrência desleal, produtos sem grande valor acrescentado, perdas significativas na economia por fecharem à socapa, deixando calotes e dívidas e muita dspesa social, prejudicando a "imagem" de sectores de actividade inteiros.

                        Não quero sacrificar os tralhadores no altar do capitalismo selvagem.

                        Uma pessoa não é uma máquina. Não vivemos numa "fábrica" mas numa sociedade que tem "fábricas".

                        Isto é apenas um conjunto de ideias cruas que seriam parte de uma solução mais global e serviria para equilibrar os sacrifícios e criar na economia e sociedade um sentido de responsabilidade no trabalho. Por isso também expus algumas das sanções para os empregadores.

                        É que, a continuar assim, temos os desafortunados que não têm vínculo efectivo e não conseguem nada e os sortudos com vínculo efectivo.

                        O que se pretende é um modelo próximo do modelo Alemão (Auto-europa) com matizes de flexi-segurança nórdica.

                        As horas são as 40 semanais, para além disso há que compensar, em dinheiro ou tempo.

                        Flexibilidade de horários tem de ser para os dois lados.

                        Referi o subsídio de desemprego e formação obrigatória.

                        Etc...

                        Se vamos pensar no que não pode resultar não saímos da cepa torta, trabalhar a recibos verdes ou com contratos a prazo não dá, como se tem visto. Temos é de nos assegurar que uma reforma tem de resultar.

                        Cumps!

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por amora Ver Post
                          Bastava sermos um estado verdadeiramente laico e acabarmos com esta regra completamente ultrapassada de quase todos pararmos aos Sábados e Domingos.

                          Defendo uma semana de 35 horas de trabalho com 2 dias seguidos de descanso...à escolha!!!

                          Porque raio só os serviços de saude, transportes publicos, centros comerciais, profissionais da comunicação social, policia, restauração, etc tem semanas de 7 dias. Porque é que as outras actividades tem dias para parar?

                          Com 7 dias por semana de trabalho, a produtividade aumentava, o desemprego diminuia, não precisávamos de parar de trabalhar para ir a um serviço publico ou outro serviço qualquer, daqueles que só abrem nas chamadas horas de expediente.
                          Olha que nos outros países laicos da UE, incluíndo os países nórdicos, os serviços públicos param aos Sábados e Domingos, à semelhança daquilo que acontece por cá.
                          Isso têm a ver com a matriz judaico-cristã da sociedade europeia.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por amora Ver Post
                            Bastava sermos um estado verdadeiramente laico e acabarmos com esta regra completamente ultrapassada de quase todos pararmos aos Sábados e Domingos.

                            Defendo uma semana de 35 horas de trabalho com 2 dias seguidos de descanso...à escolha!!!

                            Porque raio só os serviços de saude, transportes publicos, centros comerciais, profissionais da comunicação social, policia, restauração, etc tem semanas de 7 dias. Porque é que as outras actividades tem dias para parar?

                            Com 7 dias por semana de trabalho, a produtividade aumentava, o desemprego diminuia, não precisávamos de parar de trabalhar para ir a um serviço publico ou outro serviço qualquer, daqueles que só abrem nas chamadas horas de expediente.
                            A flexibilidade até deveria chegar ao ponto de um Muçulmano poder arranjar o seu horário de trabalho para ter folga à Sexta.

                            E eu como católico poder gozar a Sexta-Feira Santa e um laico poder gozar o Sábado

                            Isto é possível em empresas com alguma dimensão. É óbvio que em empresas com 2 ou 3 funcionários isso será mais difícil.

                            É necessário operar uma mudança de mentalidades...eu sei é difícil.
                            Mas acho que a maioria das pessoas já se consciencializaram que com este modelo não vamos lá.

                            Também não vejo problemas na existência do fim-de-semana Judaico-Cristão.

                            Cumps!

                            Comentário


                              #15
                              As ideias "nórdicas"de flexisegurança tem dois pontos que por cá a ser implementada sem as resolver, na minha opinião irá conduzir a uma situação pior.

                              1º - que o mercado trabalho consegue ele próprio gerar emprego, pelo que havendo uma cessação da relação laboral (e não falo de despedimento apenas), haverá facilidade em encontrar outro emprego ou outro trabalhador

                              2º - que o sistema de Segurança Social, seja em que molde for, suporta efectivamente o trabalhador enquanto não conseguir voltar ao mercado de trabalho (que pelo ponto 1 por norma não será longo).

                              Baixar apenas o número de dias de compensação por despedimento ou colocar um tecto máximo de meses, é apenas uma parte da flexisegurança.

                              Quanto à questão dos horários hoje em dia já existem de flexibilização dos mesmos, com horários flexiveis, bancos de horas, haja é vontade de aplicar... de parte a parte.
                              Mas até poderia ser maior, já implicando uma mudança mais de sociedade em si.
                              Editado pela última vez por Valium; 11 March 2011, 16:57.

                              Comentário

                              AD fim dos posts Desktop

                              Collapse

                              Ad Fim dos Posts Mobile

                              Collapse
                              Working...
                              X