E tu! Estás a viver o teu presente?

[nunomplopes]

Existem excelentes pensamentos que retratam aquilo por onde quero pegar, e assim faço-o deste, que para mim é soberbo!

.... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

Dalai Lama

Quero saber do presente, o aqui, e o agora!...

Conseguiriamos sem o nosso passado ter as bases para viver o presente, ou, como viveriamos sem a ambição no futuro se não o projectassemos agora?

E conseguirias centrar-te só no presente, e esquecer o passado e o futuro?

Porque deambulamos em pensamentos, sempre por esses tempos, que não o agora, assim dizendo, aproveitar o momento!

É mais importante é, este momento, ou o que foi, e o que vem?

Na juventude projectamos o futuro, na velhice revivemos o passado.

Nuno Lopes

Faltará alguma coisa, aqui no meio, deste meu pensamento?...

Bons comentários!

[Ingolstadt]

(Infelizmente) Não.

Essencialmente porque também respondo "Não" a esta questão: "E conseguirias centrar-te só no presente, e esquecer o passado...?" Deixa marcas...

Mas é um objectivo.

Quanto à preocupação com o que vem, já não é algo que me desinquiete tanto. Não me mato a trabalhar e a acumular para o futuro, que nem sei se existe. Preocupo-me, mas não foco todas as minhas energias nele.

No geral, partilho na totalidade, este pensamento.

[NinaChampa]

Bons pensamentos estes que te arrebatam às 4.30 da manhã

De facto, muito se fala acerca deste assunto que queres ver aqui debatido. Muitos são aqueles que dizem: "Esquece isso pá, o que interessa é aproveitar o momento, o aqui e o agora." Realmente, não é de todo descabida esta afirmação. Quantos de nós, em diversos momentos da vida ou do dia, não dão por si presos a acontecimentos passados ou pré-ocupados com o que virá... Para estes há as frases feitas: "Não adianta chorar sobre o leite derramado"; "Águas passadas não movem moinhos; ou ainda "O futuro a Deus pertence".
E, agora, pergunto-te eu: será que não adianta? será que não movem? será que pertence?!

Como em tudo na vida, devemos estar atentos e ter bem presente na nossa memória, esse grande ensinamento de Aristóteles que preconiza que no meio é que está a virtude. Já está, já está... não há nada a fazer, dizem os outros muitas vezes. Eu acho que há sempre algo para fazer. Podemos sempre reflectir sobre o que aconteceu, perceber se a nossa atitude foi a mais acertada ou não, aprender com os erros e com as vitórias, de modo a que o nosso carácter, a nossa personalidade, saiam fortalecidos de cada experiência pela qual passamos ou executamos.

Por isso, respondendo concretamente às tuas questões: sem o passado não conseguirias, de todo, ter as bases para viver o presente, sem o futuro o teu presente seria insatisfatório, ordinário e sem qualquer tipo de motivação, pois o futuro é o inesperado, o que provoca a nossa razão, obrigando-a a reestruturar-se.
Em última instância, abolimos essa lineariedade do tempo e fazemos dela uma circularidade, que tem por base orientar, dinamizar... dar sentido à nossa vida

[HPseanpaul]

tenho duas dimensões!
O passado serve para mostrar e conseguir perceber o que eu sou, e eu no presente sou toda a minha história do passado, vivo o presente cada dia a projectar o futuro, com todas as alterações que têm que ser feitas devido ao nosso presente!

mas sempre em mente que...

O futuro é apenas projecto o presente é obra!
e não podemos só projectar, temos que entrar com as mãos na massa e não ter medo de as pôr na massa!

[cuto]

Este tópico está excelente.
Como estou na crise dos quarenta, lembro-me muitas vezes do passado e indago-me frequentemente sobre o futuro.

Na nossa cultura ocidental temos de lidar com esta angústia que não nos deixa viver plenamente o presente (passe o pleonasmo). É que só se vive mesmo o presente.
No fundo o Dalai Lama disse algo que para um budista é tão claro como o vento: se nos concentrarmos mesmo no momento que estamos a viver estamos a criar um passado e um futuro concordantes.

[eu]

Estes pensamentos denotam muita sabedoria.

De facto, muitas vezes desperdiçamos o presente para garantir o futuro. E assim vamos desperdiçando a nossa juventude... que não volta mais.

Mas também convém preparar minimamente o futuro... nem 8 nem 80.

[djm]

completamente. acho que como em tudo, é preciso balançar as coisas.

[JoelM]

Esta imagem é muito boa.

Desperta uma serie de pensamentos, pelo menos em mim.

Ainda estou no 2º rectângulo, mas não deixo de olhar, com nostalgia para o primeiro e com receio/expectativa para os outros mais à frente..

Se vivo o presente? Acho que podia viver mais, talvez com mais dinheiro não sei.
Com a situação actual tenho de pensar bastante no futuro e fazer as coisas a pensar no depois, e isso é algo que me desagrada um pouco, mas vou tentando equilibrar as coisas..

[Apox]

E o link desse wallpaper hein?

Eu encontro-me no 2.º quadradinho mas vivo muito no presente...
O futuro é demasiado inconsistente e supostamente deveria basear-se no que fazemos no presente...

Mas com o Sócrates a cortar em tudo e com estas crises todas é impossível pensar no futuro.

[SharpandSafe]

Eu penso que se deve viver o presente intensamente, sem pensar muito no passado, e preparando o futuro.

Quantos de nós deixam de gozar o presente, fazendo planos para o futuro que nunca se concretizam? Quantas oportunidades nos passam ao lado porque estamos tão ocupados a pensar no futuro que não olhamos o que vai à nossa volta.

A vida de hoje não está fácil, e tende a tornar as pessoas escravas do trabalho e das exigências da sociedade. Se não aproveitarmos em tempo útil as coisas boas que a vida nos proporciona em termos de afectos, relações pessoais, depois talvez seja tarde demais.

[air]

Antes vivia muito a pensar no futuro, hoje consigo desligar-me e viver quase apenas o presente!

Felizmente nunca me aconteceu viver no passado!

[FilipeDiass]

eu também tinha muito este tipo de pensamentos, depois comprei o S2000 e sempre que fico nostálgico vou dar uma volta!

não estou a ser irónico de algum modo, é mesmo a minha forma de viver o presente!

[MrsX]

Yesterday is history and tomorrow is a mistery. Today is a gift - which is why they call it the present.

......

[KingTDI]

Dada a actual situação financeira em que o pais se encontra, é complicado viver apenas no presente, sem pensar no futuro.
A única altura da nossa vida em que realmente vivemos o unicamente o presente é quando nos encontramos no "1º quadrado".

[setyoureyestozion]

Não só daria os meus parabéns, como admitiria a minha inveja perante alguem que consegue viver exclusivamente o seu presente.

[JorgeCorreia]

Trata-se de uma das melhores maneiras de não se viver tão tenso e preocupado mas é difícil, especialmente para quem tem uma situação financeira mais complicada ou problemas pessoais e de saúde.

[Nero1]

Não, não vivo.... E pergunto-me muitas vezes " Será que este sacrifício vai valer a pena"....

[JoelM]

Não, não vivo.... E pergunto-me muitas vezes " Será que este sacrifício vai valer a pena"....

2x

[carregalhe]

Ninguém consegue viver apenas e só o presente.

Estamos condicionados pela experiência do passado e pela expectativa do futuro.

Ainda assim, pessoalmente, como ainda teenager que sou (visto que ainda nem 20 anos tenho), sinto que estou a viver mais no presente do que alguma vez o fiz.

Sem as projecções do futuro, próximo ou longínquo, não teria ânimo sequer para me levantar da cama. Sem as memórias do passado, não saberia quem sou, como cheguei aqui e aquilo de que sou capaz.

[silvertein]

Penso que está ligado principlamente ao estado emocional da pessoa, quando se está triste, preenche-se inconscientemente o vazio com lembranças ou projecções, o tempo demora a passar, quando se está feliz curte-se o persente e passa depressa, a mente humana é tramada.
Gostei da citação, já a conhecia mas é sempre bom relembrar.

[cuto]

Ninguém consegue viver apenas e só o presente.

Estamos condicionados pela experiência do passado e pela expectativa do futuro.

Ainda assim, pessoalmente, como ainda teenager que sou (visto que ainda nem 20 anos tenho), sinto que estou a viver mais no presente do que alguma vez o fiz.

Sem as projecções do futuro, próximo ou longínquo, não teria ânimo sequer para me levantar da cama. Sem as memórias do passado, não saberia quem sou, como cheguei aqui e aquilo de que sou capaz.

Muitas culturas conseguem. Viver o presente não significa esquecer o passado ou não pensar no futuro. Nós às vezes vivemos DO e NO passado e na expectativa do futuro.

"Sangha Virtual

Estudos Budistas

Tradição do Ven. Thich Nhat Hanh



O Passado e o Futuro ambos residem no presente



Quando pensamos sobre o passado, sentimentos de lamentos ou vergonha podem surgir. Quando pensamos sobre o futuro, sentimentos de desejo ou medo podem vir a tona. Mas todos os sentimentos surgem no momento presente e todos eles afetam o momento presente. A maioria do tempo, seu efeito não contribui para nossa felicidade ou alegria. Temos que aprender como encarar estes sentimentos. A principal coisa que precisamos lembrar é que o passado e o futuro estão ambos no presente e se tomarmos conta do momento presente então também transformaremos o passado e o futuro.



Como podemos transformar o passado? No passado podemos ter dito ou feito algo destrutivo ou que possa ter ferido alguém e agora lamentamos. De acordo com a psicologia budista, lamento é uma “emoção indeterminada”. Isto significa que pode ser construtiva ou destrutiva. Quando sabemos que algo que dissemos ou fizemos causou dano, podemos fazer surgir uma mente de arrependimento, prometendo que no futuro não repetiremos o mesmo erro. Neste caso, nosso sentimento de lamento é saudável. Se, por outro lado, o sentimento de lamento continua a nos perturbar, tornando impossível que nos concentremos ou qualquer outra coisa, nos tirando toda paz e alegria de nossas vidas, então este sentimento de lamento tem um efeito não saudável.



Quando o lamento se torna não saudável, deveríamos inicialmente distinguir se a causa estava baseada em algo que fizemos ou dissemos ou em algo que deixamos de dizer ou fazer. Se no passado, dissemos ou fizemos algo destrutivo, podemos chamar isso de um “erro de ação”. Dissemos ou fizemos algo com falta de plena atenção, e isso causou dano.



Às vezes cometemos um “erro de omissão”. Causamos dano por não dizer ou fazer o que precisava ser feito ou dito, e isto nos trouxe lamento e tristeza. Nossa falta de plena atenção estava presente e seus resultados ainda estão presentes. Nossa dor, vergonha e lamento são uma parte importante desse resultado. Se observarmos o presente profundamente e tomarmos conta dele, podemos transformá-lo. Fazemos isso por meio da plena consciência, determinação, ações corretas e fala correta. Tudo isso acontece no momento presente. Quando transformamos o presente desta maneira, também transformamos o passado e ao mesmo tempo, construímos o futuro.



Se dissermos que tudo está perdido, tudo está destruído ou que o sofrimento já aconteceu, nos não estamos vendo que o passado se tornou o presente. É claro que o sofrimento já foi causado e as feridas desse sofrimento podem tocar exatamente na nossa alma, mas ao invés de lamentarmos ou sofrermos pelo que fizemos no passado, deveríamos tomar conta do presente e transformá-lo. Os traços de uma seca ruim só podem ser apagados por uma generosa chuva e ela só pode cair no momento presente.



No budismo o arrependimento é baseado no entendimento que a ação errada se origina na mente. Há um gatha do arrependimento:



Todas as ações errôneas surgem por causa da mente.

Se a mente é transformada, podem as ações errôneas continuarem?

Depois do arrependimento, meu coração está leve

Como a nuvem flutuando livre no céu.



Devido à nossa falta de plena consciência, como nossa mente estava obscurecida pelo desejo, raiva e ciúme, agirmos de forma errada. Isto é o que significa “Todas as ações errôneas surgem por causa da mente“. Mas se as ações errôneas surgem da nossa mente, podem também serem transformadas pela nossa mente. Se nossa mente é transformada, então os objetos percebidos pela nossa mente também serão transformados.



Tais transformações estão disponíveis se soubermos como retornar ao momento presente. Uma vez que tivermos transformado nossa mente, nosso coração ficará tão leve como uma nuvem flutuante e nos tornaremos fonte de paz e alegria para nós mesmos e para os outros. Ontem talvez por causa de alguma bobagem ou raiva dissemos algo que fez nossa mãe triste. Mas hoje nossa mente está transformada e nosso coração leve, e podemos ver nossa mão sorrindo para nós, mesmo se ela não está mais viva. Se pudermos sorrir dentro de nós mesmos, nossa mãe também poderá sorrir conosco.



Se pudermos transformar nosso passado, poderemos também transformar o futuro. Nossas ansiedades e temores do futuro fazem o presente escuro. Não há dúvidas que o futuro será escuro também, porque o futuro é feito do presente. Tomar conta do presente é a melhor forma de tomar conta do futuro. Às vezes, como ficamos tão preocupados com o que acontecerá no dia seguinte, nos reviramos a noite toda incapazes de dormir. Preocupamo-nos que se não dormirmos durante a noite ficaremos cansados no próximo dia e incapazes de atuar com o melhor de nossa habilidade.



Quanto mais nos preocupamos, mais difícil é para dormirmos. Nossas preocupações e medos do futuro destroem o presente. Mas se pararmos de pensar sobre o amanhã e apenas ficarmos na nossa cama e seguirmos nossa respiração, realmente desfrutando da oportunidade que temos de descansar, não apenas iremos saborear os momentos de paz e alegria sob os cobertores quentes, mas também iremos cair no sono facilmente e naturalmente. Este tipo de sono é uma grande ajuda para fazer do dia seguinte um grande sucesso.



Quando ouvimos que as florestas do planeta estão doentes e morrendo rapidamente, podemos nos sentir ansiosos. Estamos preocupados com o futuro porque estamos conscientes do que está acontecendo no presente momento. Nossa consciência pode nos motivar a fazer algo para parar a destruição de nosso ambiente. Obviamente, nossa preocupação pelo futuro é diferente dos temores e ansiedade que apenas nos drenam forças. Temos que saber como desfrutar a presença das árvores bonitas e saudáveis de forma a sermos capazes de fazer alguma coisa para protegê-las e preservá-las.



Quando jogamos uma casca de banana no lixo, se formos plenamente atentos, saberemos que a casca se tornará composto e renascerá como um tomate ou uma salada de alface em apenas poucos meses. Mas se jogarmos uma sacola de plástico no lixo, graças a nossa consciência, saberemos que a sacola não se tornará um tomate ou uma salada de alfaces muito rapidamente. Alguns tipos de lixo precisam de 400 ou 500 anos para se decompor. O lixo nuclear precisa de 250.000 anos antes de deixar de ser perigoso e retornar ao solo. Se vivermos no momento presente de forma desperta, tomando conta do momento presente com todo nosso coração, não faremos coisas que nos destruirão no futuro. Esta é a forma mais concreta de fazer o que é construtivo no futuro.



Na nossa vida diária, podemos também produzir venenos para nossas mentes e estes venenos destruirão não apenas a nós mas também àqueles que vivem conosco, no presente e no futuro também. Budismo fala sobre três venenos: desejo, aversão e ignorância. Adicionalmente há outros venenos cuja capacidade de ferir é grande: ciúme, preconceito, orgulho, suspeita e teimosia.



Na nossa relação diária conosco mesmos e nosso ambiente qualquer um destes venenos pode se manifestar, queimar e destruir nossa paz e alegria, assim como a paz e alegria daqueles ao nosso redor. Estes venenos podem persistir e poluir nossas mentes, causando amargas conseqüências no futuro.



Portanto viver no momento presente é também aceitar e encarar estes venenos assim que surgirem, manifestarem e retornarem ao inconsciente e praticar a meditação de observação para transformá-los. Esta é uma prática budista. Viver no momento presente é também ver as coisas saudáveis e maravilhosas de forma a nutri-las e protegê-las. Felicidade é o resultado direto de encarar as coisas e ficar em contato. Esta felicidade é o material do qual um lindo futuro é manufaturado."

Em Português do Brasil.
http://www.viverconsciente.com/texto...m_presente.htm

[nunomplopes]

......

Irei pegar, no que a Mrx deixou que, básicamente leu-me o pensamento, que para mim é fantástico e que merece sempre uma tradução:

O passado é história, o futuro é mistério, e hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente!

Provérbio Chinês

Peço desculpa, a todos de gostar das vossas opiniões, pois estão em consonância com aquilo que penso, claro que, ou acreditando que, não consigamos no seu extremo viver o presente na forma mais pura por outros estados nos descentrarem a nossa concentração de o viver plenamente, mas, a resposta é clara ao que a NinaChampa afirmou! Não vivemos sem eles.

Isto é a revelação da minha maior incapacidade, esquecer por vezes o que foi e o que vem e concentrar-me na impotância deste momento.

Acreditava que todos nós sentissemos de certa forma isso, mas claro que que também esperava que até houvesse alguém que dissesse, que vive o seu presente na sua maior plenitude, sem hesitações. Podem deixar as receitas que acho que todos nós gostariamos de o saber!

O momento (presente), como gostava de estar a preencher a minha declaração de IRS e viver aquilo que, como se fosse um momento único; estar na fila das finanças e apreciar tudo aquilo como se nunca o fosse viver; ou, enfiado por três horas no trânsito e dar-me por satisfeito de poder estar alia viver aquele momento, tudo o que me rodeia, os pássaros a chilrear, as borboletas a dançar e as lesmas a passar. Ah, como por vezes gostava, de aproveitar o tédio, sinal seria que ao fazer, estaria-o a transformar de uma forma proveitosa.

Há quem sofra com o que foi e o que virá, que não o consegue remediar nos dias que vive, e transformar os nossos momentos únicos, em algo proveitoso da vida. Certezas e incertezas causam-nos por vezes algum desconforto...

[BLADERUNNER]

No interior, onde eu vivo, a maioria das pessoas vivem para amontoar dinheiro debaixo do colchão. Vivem unicamente para o dinheiro. Uma mentalidade à moda antiga que compra tanta coisa, mas, no fundo, não compra nada, pois não compra o principal - a felicidade.

Conheço gente que, para além de uma vida desafogada, tem recursos económicos bem acima da média. Todavia, levam uma vida miserável – mão passeiam, não vão ao cinema nem ao restaurante, não viajam até à praia ou ao campo, não se divertem, não se mimam em SPAs, nem se preocupam em vestir como gostam, não dão atenção aos que os rodeiam e não valorizam nada pelo qual vale a pena viver. São gente que se viciou em juntar dinheiro. Gente que hipotecou a vida em troca do livro de cheques que irão levar para a sepultura. Pessoas que vivem para as aparências e nada mais. Uns pobres de espírito.

No entanto, também existe o outro extremo, aquele de que fala o título do tópico. Pessoal que apenas se preocupa com o momento, mas que vivem sem qualquer segurança no futuro numa vida incerta e sem objectivos mais profundos.

Não me enquadro em nenhum dos dois, mas estou bem mais próximo de tentar viver o momento com a reserva de alguma segurança no futuro. É que além de já não ser um teenager de 18 anos, também partilho a vida com a família. Não posso dar-me ao luxo de comprar um carro porque me apetece viver o momento de satisfação de um capricho e prejudicar quem vive comigo, se é que me entendem.

Mas também, com o passar dos anos e o escoar da vida da qual já gastei uma boa parte, começo a pensar naquilo que realmente levamos para a tumba. Não será certamente o livro de cheques.
São as alegrias e os momentos especiais que desfrutámos ao longo do tempo em que nos foi permitido viver.

E isso faz com que alguns dos pelintras que não têm onde cair mortos, na hora da morte tenham conquistado uma riqueza de vivências muito maior do que muitos que passaram a vida a acumular dinheiro e se esqueceram de viver.

[JFernandes]

Esta imagem deturpa gravemente a realidade, quem morre primeiro são os homens, elas ficam cá por muitos mais anos e são conhecidas por "viúvas alegres".

[air]

No interior, onde eu vivo, a maioria das pessoas vivem para amontoar dinheiro debaixo do colchão. Vivem unicamente para o dinheiro. Uma mentalidade à moda antiga que compra tanta coisa, mas, no fundo, não compra nada, pois não compra o principal - a felicidade.

Conheço gente que, para além de uma vida desafogada, tem recursos económicos bem acima da média. Todavia, levam uma vida miserável – mão passeiam, não vão ao cinema nem ao restaurante, não viajam até à praia ou ao campo, não se divertem, não se mimam em SPAs, nem se preocupam em vestir como gostam, não dão atenção aos que os rodeiam e não valorizam nada pelo qual vale a pena viver. São gente que se viciou em juntar dinheiro. Gente que hipotecou a vida em troca do livro de cheques que irão levar para a sepultura. Pessoas que vivem para as aparências e nada mais. Uns pobres de espírito.

Fiquei confuso...

[nunomplopes]

Transformar o que nos é, por vezes imposto, numa dádiva, como diria o pensamento...

[JFernandes]

Fiquei confuso...

Julgo que percebo o Blade... Vivem para as aparências porque ao domingo lá pegam no seu carro "topo de gama" para mostrar ao vizinho, no entanto só vão até ao café da esquina para não gastar combustível... No meio (pequeno) de onde sou natural, acontece muito pessoas que não aparecem no tasco durante anos, mas quando compram carro novo vão lá tomar café...

[BLADERUNNER]

Fiquei confuso...

Compreendo a tua confusão e eu tenho culpa nisso.
Por aqui reside o maior número de vivendas e carros bons à porta por m2 do país. Acredita!
Mas as pessoas ficam apenas por aí. Vestem como umas parolas quase sempre com a mesma roupa à velha (mesmo muita da gente nova), quase não passeiam, adoram o inverno porque assim não saem, não ouvem uma música, não vão a cinemas, não vêem vídeos, ...

Conheço tanta gente cheia de pastel por aqui que leva uma vida miserável. Mesmo com casas grandes, passam o tempo metidos numa pequena cozinha a olhar para a lareira. É inacreditável a forretice e o não saber viver desta gente.

Nas grandes cidades e no litoral, as pessoas - mesmo com pouco dinheiro - vivem para se distrair e gozar a vida como podem, enquanto podem. Não queiras saber como as coisas são por aqui (sem generalizar).

Mesmo no estrangeiro, as pesoas viajam imenso, e mesmo que não tenham nuito, vão a espectáculos, concertos, teatro, galerias de arte, manifestações culturais e desportivas diversas, viajam e tentam viver a vida sem complexos.
Nós por cá, ainda não demos conta que esta vida são dois dias e o melhor que dela levamos são os bons momentos que tivemos. E para tal, não é preciso ter muito dinheiro, apenas é preciso querer gozar e apreciar os bons momentos da vida... vivendo.

[professorinha]

Boa noite!

E tu! Estás a viver o teu presente?
.................................................. ....

Para ser sincera estava longe de imaginar que iria viver este “presente”. Parece que estou a viver um pesadelo. Olhar para o passado, não vale a pena. Já houve dias melhores e outros piores. Só me resta olhar para a frente e pensar que melhores dias virão. Quando algum familiar próximo adoece, gravemente, todos ficamos afetados, de uma maneira ou de outra.

Ou seja, nem sempre o “presente” é suficientemente bom para que o queiramos perpetuar. Aí surge a esperança e olhamos para o futuro. Acreditar que os maus momentos são transitórios, ajuda-nos a suportá-los e, quem sabe, a valorizar melhor os momentos seguintes.

[PeLeve]

Existem excelentes pensamentos que retratam aquilo por onde quero pegar, e assim faço-o deste, que para mim é soberbo!



Dalai Lama

Quero saber do presente, o aqui, e o agora!...

Conseguiriamos sem o nosso passado ter as bases para viver o presente, ou, como viveriamos sem a ambição no futuro se não o projectassemos agora?

E conseguirias centrar-te só no presente, e esquecer o passado e o futuro?

Porque deambulamos em pensamentos, sempre por esses tempos, que não o agora, assim dizendo, aproveitar o momento!

É mais importante é, este momento, ou o que foi, e o que vem?



Nuno Lopes

Faltará alguma coisa, aqui no meio, deste meu pensamento?...

Bons comentários!

É "só" mais um excelente tema, para variar...

Quanto ao dito cujo, devo dizer que é precisamente por valorizar o tempo que cá andamos que me parece demoníaco o tipo de sacrifícios, para além do tolerável, que, muitas vezes, alguns países (...) impõem aos seus concidadãos, cuja felicidade fica adiada... para sempre...

É claro que o filme da vida faz-se gravando e lendo as diversas frames que o compõem, pois o presente do amanhã prepara-se hoje. Mas o presente de hoje, hoje em dia, parece muito mais auspicioso (...) do que o presente de amanhã, embora seja muito menos do que o de ontem...