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Porque silenciam a ISLÂNDIA?

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    [Economia] Porque silenciam a ISLÂNDIA?

    (Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
    Sócrates foi dizer à Sra. Merkel – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.

    Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)
    Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

    Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
    Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

    A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
    País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.

    Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.

    Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
    O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

    Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
    Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

    Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

    Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

    As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
    Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

    O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

    Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
    Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
    O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.

    Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

    Por Francisco Gouveia, Eng.º
    Notícias do Douro - 25-03-2011 - Opinio - Porque silenciam a ISLNDIA?

    #2
    Desconhecia a situação da Islândia. Precisávamos de algo igual.

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      #3
      Só não concordo à alusão de que o problema em Portugal em termos de banca seria o mal-parado... não é nem pouco mais ou menos esse o nosso problema, nem o da nossa banca. Os valores do mal-parado são perfeitamente aceitaveis, em Espanha sim existe muito mais mal-parado, e existem muitos problemas de liquidez nas cajas.

      Em Portugal o problema é politico e é falta de dinheiro no Estado, que como é obvio pode trazer mtos problemas directa e indirectamente para a banca.

      Comentário


        #4
        O que fez a Islandia é o que está a fazer agora a Irlanda, e o problema e a situação do próprio país é muito semelhante exceptuando um ser uma ilha com 350 mil pessoas e o outro com 3.5 milhões.


        No entanto o problema de Portugal é muito diferente do destes dois Países! E não tem nem a agilidade política nem a cultura social de nenhum deles.

        Comentário


          #5
          ao ler este texto, arrepiei-me... se Portugal conseguisse o mesmo, era de valor. ym grande exemplo de como se devem resolver as coisas... quem seria o nosso timoneiro? Miguel Cadilhe? Medina Carreira? Camilo Lourenço?

          Comentário


            #6
            Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

            A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura



            Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

            Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

            Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

            Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

            Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


            Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

            Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

            Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

            Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

            Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.
            Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

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              #7
              Acho que Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha deviam ter batido o pé e dizer «não pago, porque não desejei nem criei esta situação!», tal como a Islândia fez. Isto é, a Islândia está a pagar, mas sem ser submissa aos credores, sem se ter tornado num protectorado financeiro (como Portugal é hoje) e sendo ela a impor as condições, tendo em conta perspectivas de crescimento para, aí sim, conseguir pagar as dívidas.
              Durante anos, as instituições financeiras andaram a acenar às pessoas com a possibilidade de melhores condições e qualidade de vida, sem pensar em consequências. Obviamente que as populações, não sendo formadas em economia e finanças, aceitarama proposta sem pensar duas vezes!
              Assim não. Austeridade sem crescimento e com agiotagem sobre o dinheiro dos Estados fracos, logo, das pessoas, é que é mau e é deixar que nos enfiem a cabeça debaixo da terra para lá morrermos asfixiados.

              Apenas pergunto: será que a Islândia ainda está mesmo interessada, neste momento, numa adesão ao Euro? Eu faço parte dos que pensa que o Euro vai colapsar (e com ele, a UE), se não for em breve, no máximo, dentro de 10/20 anos. Será que a Islândia vai querer integrar um espaço económico que, em vez de uma comunhão e de solidário entre integrantes, revelou-se afinal, umbiguista e satisfador dos interesses das economias centrais e mais potentes, cagando (literalmente) nas periféricas e menos potentes? Será que a Islândia vai querer mesmo enfiar outra bota que pode ser ainda mais difícil de descalçar do aquela que Portugal já calçou? À Grécia, já faltou mais para que não aguente mais e prefira andar na penúria durante décadas do que ter que aguentar uma moeda desproporcional ao peso da sua economia, ou seja, para que abandone o Euro...

              Uma mera curiosidade é o facto da chefe-de-governo da Islândia ser assumidamente homossexual e estar casada com outra mulher. Ou seja, esse detalhe foi absolutamente irrelevante na hora da escolha: a senhora inspirou-lhes confiança num momento de necessidade de ruptura e a verdade é que o plano está a resultar. Alguma vez isso seria possível em Portugal? Claro que não.
              Editado pela última vez por Oktober; 26 March 2011, 15:35.

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                #8
                Estes exemplos deviam passar na TV

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                  #9
                  Não embandeirem em arco porque não é a mesma situação.

                  Os Islandeses votaram não salvar os bancos, nós podemos sempre votar não salvar o Estado...

                  (Eu sou a favor disso mas muito possivelmente quem adorou a historia da Islandia não ia gostar da historia de Portugal).

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por CMiguelQ Ver Post
                    Só não concordo à alusão de que o problema em Portugal em termos de banca seria o mal-parado... não é nem pouco mais ou menos esse o nosso problema, nem o da nossa banca. Os valores do mal-parado são perfeitamente aceitaveis, em Espanha sim existe muito mais mal-parado, e existem muitos problemas de liquidez nas cajas.

                    Em Portugal o problema é politico e é falta de dinheiro no Estado, que como é obvio pode trazer mtos problemas directa e indirectamente para a banca.

                    Concordo plenamente.

                    O problema em Portugal é que quem deveria dar o exemplo de gestão de dinheiro e controlo de despesismo, não o faz.

                    Quer gostemos ou não, a banca é um modelo de gestão.

                    Comentário


                      #11
                      É mentalidades muito diferentes, nós Portugueses nunca vamos conseguir pensar da mesma maneira que os povos Nórdicos pensam.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Denzel Ver Post
                        Concordo plenamente.

                        O problema em Portugal é que quem deveria dar o exemplo de gestão de dinheiro e controlo de despesismo, não o faz.

                        Quer gostemos ou não, a banca é um modelo de gestão.
                        Ora aí está

                        A banca portuguesa é das melhores da Europa, mas é importante para ela que a situação do Estado comece a melhorar porque senão podem se dar os tais chamados efeitos colaterais.

                        O nosso problema vai ser muito complicado de solucionar porque para além do problema do estado, o problema também está na mentalidade dos portugueses, sem se tomar mais medidas a irem ao bolso dos portugueses, mas sim efectuar-se uma melhor gestão dos recursos, e o modo como são aplicados já era uma boa ajuda, porque há milhões de Euros a serem mal gastos todos os dias.

                        Comentário


                          #13
                          tenho uma pergunta ao autor deste tópico:

                          esta divída da Islândia é uma divída de quê? foi crédito para consumo privado? foi crédito para fazer estradas? foi uma daquelas operações financeiras "criativas" que correram mal?

                          não acho bem aplaudir sem mais nem menos um país que não paga as dívidas. antes de aplaudir temos de saber o que está em causa. por exemplo se Portugal pede empréstimos para construir uma ponte, e se depois de construir a ponte diz "ah agora houve um referendo e afinal já não vamos pagar mais. de qualquer forma obrigado pela ponte que nos ofereceram!!", acham isto bem?
                          eu não acho!

                          não digo que os Islandeses não tenham razão na sua atitude, mas antes de discutir é necessário conhecer o que se está a falar, na minha opinião. e a ideia com que fico neste tipo de conversas é que há uma grande maioria de pessoas que fala por falar.

                          Comentário


                            #14
                            Alguém soube se os Islandeses perderam significativamente o seu nível de vida, que era altíssimo?

                            Aqui está um exemplo a seguir. O capitalismo está a destruir o Planeta, e vão ser precisos mais exemplos destes.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por palmstroke Ver Post
                              tenho uma pergunta ao autor deste tópico:
                              o autor do tópico não é o autor do texto
                              se tiveres perguntas a colocar ao autor do texto podes seguir o link onde se encontra o texto original, bem como o mail do próprio

                              Comentário


                                #16
                                A Islandia não é o unico caso (exemplar) de como tratar a mafia politica e financeira, vejam o exemplo da Argentina, Equador, e Russia.

                                O governos atual do Equador por exemplo renegocio a divida externa e só vai pagar 30% do valor total!!!!!, os creedores aceitaram.

                                Segundo consta existem mecanismo legais para impugnar ou renegociar a divida externa.

                                Um artigo interessante:

                                Não há que pagar esta dívida!

                                Pela criação de uma Comissão de auditoria da divida portuguesa

                                Comentário


                                  #17
                                  Ou seja, alguns países (e o seu "pobre e mal-tratado" povo, convém referir) viveram durante anos à sombra da bananeira à custa de subsídios de toda a espécie, a gastarem (e a gastarem mal, investimentos geradores de riqueza=0) muito mais do que aquilo que podiam, (muito mal) habituados a terem tudo sem grandes esforços, projectos faraónicos, etc.... e agora os credores que se lixem com f?


                                  Pelos vistos a história da cigarra e da formiga tem que ser reescrita:

                                  - A formiga que trabalhou arduamente e precaveu-se para os tempos piores vai ter que sustentar os devaneios da cigarra mandriona que nada fez e esbanjou tudo o que tinha.

                                  E pelo que se tem visto nos últimos tempos o que não faltam são cigarras que concordam com isto...

                                  Comentário


                                    #18
                                    Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

                                    A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura


                                    Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

                                    Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

                                    Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

                                    Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

                                    Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


                                    Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

                                    Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

                                    Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

                                    Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

                                    Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.
                                    Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

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                                      #19
                                      http://forum.autohoje.com/1065842384-post6.html post 6

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                                        #20
                                        Tópicos unidos!
                                        Editado pela última vez por Omega; 26 March 2011, 22:33.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                          Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

                                          Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

                                          Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

                                          Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

                                          Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


                                          Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

                                          Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

                                          Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

                                          Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

                                          Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.

                                          Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão


                                          Estes são dois dos meus principais sonhos para o meu Portugal.

                                          O primeiro, a azul, a responsabilização dos canalhas directamente responsáveis pela situação em que o país se encontra, sejam lá eles quem forem.

                                          O segundo, a verde, já muito aqui defendido por mim, um conselho de sábios, de entre os cidadãos comuns, SEM FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS, e de entre as pessoas que, no seu meio, são, reconhecidamente, gente de bem, bem intencionada e gente disposta a dar o seu melhor, MESMO, para o seu país e para os seus concidadãos!

                                          Caminhemos nessa direcção. Eu estou disposto a ajudar.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por palmstroke Ver Post
                                            tenho uma pergunta ao autor deste tópico:

                                            esta divída da Islândia é uma divída de quê? foi crédito para consumo privado? foi crédito para fazer estradas? foi uma daquelas operações financeiras "criativas" que correram mal?

                                            não acho bem aplaudir sem mais nem menos um país que não paga as dívidas. antes de aplaudir temos de saber o que está em causa. por exemplo se Portugal pede empréstimos para construir uma ponte, e se depois de construir a ponte diz "ah agora houve um referendo e afinal já não vamos pagar mais. de qualquer forma obrigado pela ponte que nos ofereceram!!", acham isto bem?
                                            eu não acho!

                                            não digo que os Islandeses não tenham razão na sua atitude, mas antes de discutir é necessário conhecer o que se está a falar, na minha opinião. e a ideia com que fico neste tipo de conversas é que há uma grande maioria de pessoas que fala por falar.
                                            A dívida da Islândia tem algumas semelhanças com a da Irlanda: as bancas de ambos os países andaram anos a apostar em capitais financeiros tóxicos. A banca islandesa andou anos e anos a encher-se de produtos financeiros que não interessavam nem ao menino Jesus (a maioria, vindos dos EUA), ou seja, daquilo que as agências de notação chamam de lixo.
                                            A verdade é que essas mesmíssimas agências de notação estiveram a *****-se para isso, porque sendo americanas, convinha-lhes que a "porcaria" que a banca internacional (como a da Islândia) fizesse com que se livrassem da trampa e porcaria financeira que iam criando (e que continuam a criar). Até ao último momento antes da Islândia declarar falência, o rating que essas agências davam à banca e ao Estado islandês era o melhor possível, era uma maravilha. Irónico ou intencional? Nem por isso...
                                            O problema é que a banca islandesa andou anos e anos a fio a brincar com o dinheiro das pessoas ao investir nessa mesma trampa. Quando o balão de trampa rebentou, espirrou para todo o lado.
                                            O que os islandeses fizeram foi levar à justiça os culpados pelo trabalho sujo, tentar reaver algum do capital perdido (tarefa praticamente infrutífera), começar por pôr o Estado a vigiar e regular todo o sistema (que é o que devia ter feito desde o início e que é o que a Europa finge que faz) e iniciar nova estratégia de crescimento que permita pagar as dívidas sem ter de recorrer a tanta austeridade quanto aquela que teve de ser, invevitavelmente, exigida, para minimizar os danos.
                                            Editado pela última vez por Oktober; 27 March 2011, 00:26.

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                                              #23
                                              Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

                                              Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

                                              Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

                                              Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

                                              Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


                                              Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

                                              Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

                                              Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

                                              Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

                                              Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.
                                              Reiterando...



                                              Estes são dois dos meus principais sonhos para o meu Portugal.

                                              O primeiro, a azul, a responsabilização dos canalhas directamente responsáveis pela situação em que o país se encontra, sejam lá eles quem forem.

                                              O segundo, a verde, já muito aqui defendido por mim, um conselho de sábios, de entre os cidadãos comuns, SEM FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS, e de entre as pessoas que, no seu meio, são, reconhecidamente, gente de bem, bem intencionada e gente disposta a dar o seu melhor, MESMO, para o seu país e para os seus concidadãos!

                                              Caminhemos nessa direcção. Eu estou disposto a ajudar.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Pois, eu também, mas o pessoal tem a memória curta.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                                  Pois, eu também, mas o pessoal tem a memória curta.
                                                  Pois tem, caro amigo, pois tem...

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                                    Reiterando...



                                                    Estes são dois dos meus principais sonhos para o meu Portugal.

                                                    O primeiro, a azul, a responsabilização dos canalhas directamente responsáveis pela situação em que o país se encontra, sejam lá eles quem forem.

                                                    O segundo, a verde, já muito aqui defendido por mim, um conselho de sábios, de entre os cidadãos comuns, SEM FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS, e de entre as pessoas que, no seu meio, são, reconhecidamente, gente de bem, bem intencionada e gente disposta a dar o seu melhor, MESMO, para o seu país e para os seus concidadãos!

                                                    Caminhemos nessa direcção. Eu estou disposto a ajudar.
                                                    Eu também desejo isso mas é preciso ação e não vejo outra forma de o conseguir senão atraves da criação de um forte Movimento Social (Organização Popular), é a unica forma de conscientizar e mobilizar o povo com eficacia contra os grandes interesses e favor da nação. Esperar que a classe politica tenham juizo e que façam a coisa certa já sabemos no que dá.

                                                    Precisamos de uma democracia participativa!!!! Alias se não for participativa nunca será uma verdadeira democracia.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      A fabula da cigarra não existe por acaso.

                                                      Ontem em conversa comentava que Portugal é como uma grande família, nas famílias há emoções, há relações pessoais e é isso que governa a família.

                                                      Mas há países onde isso não acontece, eles não são uma família, são distantes, e a relação entre pessoas é estabelecida por regras, quem cumpre, cumpre, quem não cumpre é penalizado.

                                                      Numa família não é assim, o tio coitado correu-lhe mal, a minha filha coitada não tem sorte...

                                                      Nós nunca vamos penalizar ninguém na cara dela, porque é que isso acontece?

                                                      Há quem atribua esse tipo de comportamento às exigências colocadas pela geografia e pelo clima, um pais onde só o facto de lá morar exija grande esforço e concentração do seu habitante não produz desleixados.

                                                      Somos muito pouco exigente e rigorosos, talvez porque nunca precisamos de o ser.

                                                      Pelos vistos os Islandeses exigiram rigor.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Mas se as pessoas nunca participaram expressivamente através do dever cívico - nomeadamente, através do voto (contribuindo para taxas de abstenção ridículas em actos eleitorais importantes - porque é que haveriam de fazê-lo com movimentos que, embora bem intencionados, não têm uma estrutura de organização nem uma política comum (quando normalmente surgem)?

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
                                                          Eu também desejo isso mas é preciso ação e não vejo outra forma de o conseguir senão atraves da criação de um forte Movimento Social (Organização Popular), é a unica forma de conscientizar e mobilizar o povo com eficacia contra os grandes interesses e favor da nação. Esperar que a classe politica tenham juizo e que façam a coisa certa já sabemos no que dá.

                                                          Precisamos de uma democracia participativa!!!! Alias se não for participativa nunca será uma verdadeira democracia.
                                                          Exactamente!

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                                                            #30
                                                            Esperem sentados...acho que chega mais depressa o D. Sebastião do que um movimento colectivo português.

                                                            Comentário

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