Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Pensar-se de "forma diferente" é anormal?

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Sociedade Pensar-se de "forma diferente" é anormal?

    Embora possamos ter pontos e ideias semelhantes, somos caracterizados por alguma diferença. Diferença essa, que se pode destacar mais em uns e outros. Julgo que é de forma notória quando fugimos a certos conceitos e ao senso comum.

    Acho que eu propriamente, me ache destacar um pouco por isso, ter a minha forma característica de pensar e ver as coisas. Não sou desigual a ninguém mas que marco e revejo-me no lado de onde muitas perspectivas por vezes se limitam um pouco.

    O que é notório por vezes aqui em que alguém tenha uma forma que não se enquadre com o pensamento de massas, é por muitas ou algumas vezes cruxificado, como se existisse a obrigação de, termos de pensar de todos, de forma igualitária. Mas, então se assim o fosse como nos caracterizava-mos? Como podiamos destacar este ou outrem pelo que pensa ou ou que o define?

    O que acham que foge, ao normal do pensamento?



    Boas participações.

    #2
    O cruxificar depende e muito do teor em questão. Essa ''anormalidade'' é mais acentuada quando se debate temas tabu ou onde as duas facções opinantes são extremistas.

    Comentário


      #3
      É através dessa diferença de que fala que não só nos distinguimos, como podemos partilhar conhecimentos e pontos de vista, e com isso, aprender, mudar alguns aspectos das nossas opiniões, reforçar ideias que já tínhamos, etc.

      Penso que a questão do nunomplopes é pertinente. Afinal, o que é a normalidade? Para mim a definição de "normal" é aquilo que coincide com a maioria. Lembrei-me de colocar aqui um excerto de um livro que uma vez li.


      "- O que é isto?
      - Uma gravata.
      Muito bem. A sua resposta é lógica, coerente com absolutamente normal: uma gravata! Um louco, porém, diria que eu tenho ao pescoço um pano colorido, ridículo, inútil, amarrado de uma maneira complicada, que acaba por dificultar os movimentos da cabeça e por exigir um esforço maior para que o ar possa entrar nos pulmões. Se eu me distrair quando estiver perto de um ventilador, posso morrer estrangulado por este pano. Se um louco me perguntar para que serve uma gravata, eu terei que responder: absolutamente para nada. Nem mesmo para enfeitar, porque hoje em dia ela tornou-se o símbolo de escravidão, poder, distanciamento. A única utilidade da gravata consiste em chegar a casa e tirá-la, dando a sensação de que estamos livres de alguma coisa que nem sabemos o que é. Mas a sensação de alívio justifica a existência da gravata? Não. Mesmo assim, se eu perguntar a um louco e a uma pessoa normal e a uma pessoa o que é isso, será considerado são aquele que responder: uma gravata. Não importa quem está certo – importa quem tem razão.


      Veronika Decide Morrer,Paulo Coelho

      Comentário


        #4
        Hoje ouvi: "se eu não fosse como sou, seria como todos os outros". Acho que se encaixa bem em mim!

        Comentário


          #5
          «Normal» pode ser uma palavra perigosa quando não é posta em causa, porque é castradora das diferenças e sectária. É uma palavra que, por si só, é anormal, porque agrega uma maioria para se tornar válida e respeitada, segregando quem pensa ou é diferente.

          Quem poderá hoje dizer ser normal deitar pessoas às feras no circo romano para entretenimento? Ou a perseguição e extermínio de minorias na Alemanha hitleriana? Ou a mutilação genital feminina em certas culturas africanas? Muito poucos. Mas em determinado tempo ou espaço isso é/era normal por ser aceite pelo senso comum gerido pela ética e a moral vigente. Quem seria o anormal que se lembraria de questionar aquela normalidade? Pois...

          Acho que o mais comum nem será tanto o «não pensar diferente», mas o «não agir diferente». É que, umas mais, outras menos, física ou psicologicamente as pessoas são diferentes. Mas aquilo que mais se nota perante o tão limitador «politicamente correcto» é o facto de as pessoas terem medo de manifestar verbal ou fisicamente as suas diferenças, afirmando-se. Sempre vai sendo mais fácil juntarmo-nos à carneirada para não sermos vistos nem apontados.
          Coisas simples como a cor da pele ou do cabelo, uma deficiência física, excesso ou falta de peso, são facilmente notados e discriminados para o âmbito do anormal.
          Um pensamento ou tendência diferente do senso comum e estamos logo a ser vistos de lado como uns anormais e corremos o risco de nos dizerem que algo de errado se passa connosco.

          Sou um anormal de 1ª e com muito gosto, porque em imensas coisas faço parte das minorias e estou-me nas tintas para aquilo que a maioria pensa... embora, no meio de alguma cobardia e conforto social, muitas vezes me remeta ao silêncio para (lá está) não ser discriminado. Assim, mais do que ser diferente, ter a coragem de ser genuíno, faz-me sentir vivo, algo pelo qual vale a pena morrer.

          Deste modo vou sendo «eu» e falando aquilo que penso, embora pela reacção mal disfarçada de alguns, note acharem que «não jogue com o baralho todo» por me lembrar de falar de coisas incomuns ou ter pontos de vista muito próprios. Julgo que nesta sociedade excessivamente conservadora, normalizada e cheia de tabus, ainda há muita incompreensão para com os pensadores livres. Mas acredito que daqui por alguns séculos algumas coisas que agora são tipicamente anormais, nessa época sejam triviais.
          Editado pela última vez por BLADERUNNER; 30 April 2011, 13:22.

          Comentário


            #6
            É.
            O mais engraçado da palavra "normal" é precisamente ser usada como algo objectivo, perfeitamente definido e que toda a gente reconhece e percebe, sendo precisamente das coisas mais subjectivas e indefinidas que existe mudando a sua própria génese dependendo do que seja que se está a falar.

            Comentário


              #7
              Compreende-se que se tente balizar muita coisa dentro de certos parâmetros que a lei não abarca, porque senão estaríamos a dizer que achamos normal a tal mutilação genital feminina ou a pedofilia, etc.
              Contudo, este «normal» que tanto procura estabelecer um certo senso comum baseado na moral e na ética, acaba por limitar a liberdade de ser diferente, algo inato no ser humano.

              Assim, nunca nos será possível ter a certeza absoluta daquilo que é normal, porque podemos hoje achar que uma coisa o é e amanhã já não o ser. Porque aqui pode ser normal num funeral vestir de preto e estarmos pesarosos, enquanto na cultura anglo-saxónica se come e bebe, no Brasil e Índia se veste de branco e em África se usam vestes coloridas, se canta e dança.

              No fundo, não somos mais do que os homens do nosso tempo. Gente que está como putos perdidos no mundo e que vão arranjando mil e uma coisas para se medirem e se sentirem parte integrante de algo que dê sentido às suas vidas.

              Comentário


                #8
                É bom ter a capacidade de "pensar pela nossa cabeça" e se for caso disso de "forma diferente".

                Se é anormal ou normal parece-me irrelevante.

                P.S.: A maior parte das pessoas tende a andar em rebanho, seguir o rebanho.

                Comentário


                  #9
                  O que é o conceito de normalidade, afinal? Aquilo que uma maior quantidade de pessoas faz numa dada situação e o ponto de vista dessa tal multidão perante determinada matéria?

                  Bom, eu acho que existe espaço para tudo e que, não fossem os que apresentam um raciocínio que foge ao rebanho, não havia espaço para evolução. Como ainda há pouco li, vivemos num mundo em que existe uma corda a ser puxada pela mediania medíocre (para um lado) e pelos que procuram novos caminhos (para o outro).

                  O mais engraçado é que a 2ª "espécie" existe em menor quantidade, muito menor...e mesmo assim vai fazendo estragos.

                  Comentário


                    #10
                    Eu acho que é normal não se querer ser normal.

                    Comentário


                      #11
                      Vale mais pendar de forma diferente do que igual

                      Comentário


                        #12
                        Quem pensa "outside the box" consegue coisas maravilhosas na vida

                        Haja saúde.

                        Comentário


                          #13
                          Hoje estava abordar isso e veio à baila este senhor... assim se pergunta, se todos tivessemos pensamentos convergentes, teria existido alguma evolução?...

                          http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei

                          Comentário


                            #14
                            Dá-te por feliz por puderes pensar de forma diferente, sobre o que quer que seja o assunto, e assim enriqueceres o mundo à tua volta.



                            O "carneirismo" não deve ser encarado como uma normalidade.

                            Comentário


                              #15
                              Estou como o Carregalhe, o que é o normal e o conceito de normalidade?


                              Pensar de forma diferente (com argumentos) so demonstra inteligencia e o saber usar a massa cinzenta. Pensar de forma diferente pode levantar a discusao e o debate, e nenhum debate é considerado como tal se dissermos ''Eu gosto disto porque sim!'', ha que saber argumentar e explicar os nossos pontos de vista para os nossos pensamentos e/ou teorias serem credíveis.

                              Comentário


                                #16
                                Para mim, normal é ser como sou, e, se calhar, para a maioria das pessoas ser-se normal é somente isso.

                                A forma como os outros olham para nós só acaba por nos classificar de anormais pela normalidade que cada um pensa que representa.

                                Daí que a noção de normalidade também tenha a ver com a tolerância e abertura mental que cada um consegue ter relativamente às diferenças que existem entre nós.

                                Quem não tolera as diferenças é porque não aceita quem pensa de maneira diferente, revelando-se como o verdadeiro anormal.
                                E podem crer que existe muito mais gente anormal do que aquilo que vocês julgam. Gente que se julga normal à luz da moral comummente aceite – a lei da carneirada – e não compreende quem é diferente pelo simples motivo de que deixou de ter personalidade própria para se tornar igual entre os iguais - o caminho mais fácil para se ser aceite.

                                Mas tudo gira em torno de um pequeno detalhe - as pessoas ainda não compreenderam que somos todos diferentes. Exemplo disso é o facto de aqui mesmo no fórum ser impossível encontrar duas pessoas que em todos os tópicos partilhem das mesmas opiniões.

                                Comentário


                                  #17
                                  Se ser “normal” depende da interiorização e aceitação cega da moral da sociedade onde me insiro, então eu tenho todo o gosto em me identificar como um anormal.
                                  Se é certo que obedeço a normas sociais, por outro lado recuso-me a ser um agente passivo que se conforma em aceitar os costumes, os tabus e os preceitos culturais ou religiosos socialmente aceites.

                                  Sou português e identifico-me como tal, mas considero-me cada vez mais como um cidadão do mundo, um ser humano e, acima de tudo, um ser pensante.
                                  Ir atrás da carneirada ou dizer o que é politicamente correcto – não obrigado!

                                  Deste modo, rejo-me muito mais pela “ética” do que pela “moral”. Estou-me até nas tintas para a “moral”. Esta tem mudado tanto ao longo dos tempos tornando moral aquilo que antes era imoral e vice-versa que até já nem lhe ligo.

                                  Basta olharmos para a moralidade de outras épocas em que mulher tinha de ficar em casa e a imoralidade que essa obrigação hoje representa, para nos apercebermos da volatilidade que a “moral” patenteia.

                                  Basta acercarmo-nos das inúmeras “morais” que existem pelo mundo para concluirmos que essa coisa de ser “normal” é subjectiva e pouco fiável.
                                  Um exemplo: comes a tua refeição até ao fim. Em algumas culturas isso representa um insulto ao teu anfitrião, pois demonstra que sentes que foste mal servido. Deverias ter deixado a cortesia no prato!
                                  Então comes a tua refeição e deixas a cortesia no prato. Certos povos sentem-se ofendidos, pois estás a revelar que não gostaste da comida que te serviram. Deverias ter comido tudo até ao fim!

                                  Por isso, o conceito de “normalidade”, segundo a minha perspectiva, apenas vale o que vale.
                                  Eu dou-me ao luxo de ser anormal para muitos aos olhos de certas “morais”, mas de ser completamente normal aos meus olhos em função daquilo em que acredito - a autenticidade.
                                  Baseio o meu modo de vida pela minha maneira de pensar, que tem como base o ser humano no seu todo e não no particular – o particular puxa ao egoísmo.

                                  Assim, desmonto as verdades feitas que me dão e todos os pré-conceitos que vigoram e crio as minhas próprias verdades.
                                  Talvez, por isso, este “anormal” choque muita gente nas suas ideias religiosas, científicas, culturais ou sociais, porque se rege pela ética humana e desvaloriza a moral social.
                                  Viver para as aparências, não obrigado... por mais anormal que isso possa parecer aos olhos de muita gente que se acha normal.
                                  Editado pela última vez por BLADERUNNER; 30 April 2011, 21:21. Razão: os posts estão a sair com as palavras coladas!

                                  Comentário


                                    #18
                                    Atendendo ao tópico do anormal/normal aos olhos da nossa sociedade de consumo vou dar um exemplo simples:

                                    Um vegetariano quando não come nem carne, leite, ovos, mel e peixe ou seja tudo de origem animal, este pode ter uma visão diferente anormal da realidade, sacrificar animais para seu sustento é um desrespeito para com eles é uma visão diferente da normalidade, uma exploração, o Veganismo por exemplo defende a protecção animal e portanto tem habitos alimentares diferentes dos nossos é uma forma de pensar diferente, até porque é da carne que vêm os problemas principais de saude, portanto o consciente e sub consciente egocêntrico de cada um pode ter uma conduta anormal aos olhos de muita gente, rejeitando estes hábitos, também digo que para mim o aborto é hoje algo normal pela sociedade em geral e digo que é anormal.
                                    Editado pela última vez por ; 30 April 2011, 21:48.

                                    Comentário

                                    AD fim dos posts Desktop

                                    Collapse

                                    Ad Fim dos Posts Mobile

                                    Collapse
                                    Working...
                                    X