Os gastos das Administrações Regionais de Saúde com a contratação de médicos e enfermeiros passaram de 3,7 para 20,8 milhões em apenas um ano.
Os gastos das Administrações Regionais de Saúde (ARS) com a contratação de médicos e enfermeiros através de empresas aumentaram cinco vezes entre 2009 e 2010, passando de 3,7 milhões para 20,8 milhões de euros, revela um relatório da ACSS.
Apesar de se ter verificado uma redução na rubrica Custos com Pessoal entre 2009 e 2010, o recurso a "trabalhos especializados - serviços técnicos de recursos humanos prestados por empresas, foi muito significativo, decorrente essencialmente, da contratação de médicos e de enfermeiros, através de empresas", refere o relatório da atividade dos Agrupamentos de Centros de Saúde em 2010, divulgado no site da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) .
"Se em 2009 esta conta apresentava valores na ordem dos 3,7 milhões de euros, já em 2010 o valor das cinco ARS para esta rubrica foi de 20,8 milhões de euros", sublinha.
A ex-ministra da Saúde Ana Jorge admitiu já este ano que o preço das horas cobradas à tutela por clínicos contratados através de empresas para suprir necessidades dos hospitais "é um problema grave de grande preocupação porque desregula muito o sistema".
Recursos humanos o maior custo, depois dos medicamentos
Em relação aos "provisórios", o documento assinala ainda a redução de custos nesta rubrica na região Lisboa e Vale do Tejo, associada a um crescimento do número de médicos e de enfermeiros em 2010.
Os dados recolhidos permitem ainda perceber que foi a região Centro a única em que se verificou simultaneamente redução do número de médicos e de enfermeiros devido à criação da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco.
Os recursos humanos constituem, a seguir aos medicamentos, o maior peso na estrutura de custos das regiões, mas apresentaram uma redução de 1,3% entre 2009 e 2010. As regiões que verificam crescimento nesta rubrica são o Norte (3,6%) e o Alentejo (0,8%).
O relatório ressalva que os dados da região Centro apresentados ainda eram provisórios e que os encargos com recursos humanos afetos aos cuidados de saúde primários nas unidades locais de saúde (UL) não se incluírem nesta análise, por serem responsabilidade das respetivas ULS.
Alentejo e Algarve com valores mais elevados
Em termos de valores por residente, as regiões que apresentam valores mais elevados são o Alentejo (146,5 euros) e o Algarve (116,1Euro) por serem as regiões que em termos globais apresentam maior número de efetivos por 10.000 residentes.
O relatório da ACSS visa dar a conhecer o panorama nacional relativamente ao processo de contratualização e evolução da atividade realizada nos cuidados de saúde primários em 2010.
"Em termos nacionais conclui-se que o valor mediano contratualizado em 2010, para todos os indicadores, foi mais ambicioso relativamente aos valores medianos realizados em 2009. A evolução é positiva em praticamente todos os indicadores a nível nacional", adianta.
Fragilidades
Exceptuam-se dois dos indicadores de eficiência (custo médio por utilizador de medicamentos e dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica faturados) e o aumento do consumo verificado nos medicamentos relacionados com a saúde mental.
O relatório assinala ainda as fragilidades existentes, a nível da vigilância oncológica: "Os valores apresentados para o cancro colo-retal são ainda muito baixos face ao desejável, evidenciando que existe um importante trabalho a desenvolver".
"A implementação do processo de contratualização com os prestadores de CSP permite uma gestão rigorosa e equilibrada, consciente das necessidades das populações e, acima de tudo, da melhoria do acesso e qualidade dos cuidados de saúde", conclui.
Apesar de se ter verificado uma redução na rubrica Custos com Pessoal entre 2009 e 2010, o recurso a "trabalhos especializados - serviços técnicos de recursos humanos prestados por empresas, foi muito significativo, decorrente essencialmente, da contratação de médicos e de enfermeiros, através de empresas", refere o relatório da atividade dos Agrupamentos de Centros de Saúde em 2010, divulgado no site da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) .
"Se em 2009 esta conta apresentava valores na ordem dos 3,7 milhões de euros, já em 2010 o valor das cinco ARS para esta rubrica foi de 20,8 milhões de euros", sublinha.
A ex-ministra da Saúde Ana Jorge admitiu já este ano que o preço das horas cobradas à tutela por clínicos contratados através de empresas para suprir necessidades dos hospitais "é um problema grave de grande preocupação porque desregula muito o sistema".
Recursos humanos o maior custo, depois dos medicamentos
Em relação aos "provisórios", o documento assinala ainda a redução de custos nesta rubrica na região Lisboa e Vale do Tejo, associada a um crescimento do número de médicos e de enfermeiros em 2010.
Os dados recolhidos permitem ainda perceber que foi a região Centro a única em que se verificou simultaneamente redução do número de médicos e de enfermeiros devido à criação da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco.
Os recursos humanos constituem, a seguir aos medicamentos, o maior peso na estrutura de custos das regiões, mas apresentaram uma redução de 1,3% entre 2009 e 2010. As regiões que verificam crescimento nesta rubrica são o Norte (3,6%) e o Alentejo (0,8%).
O relatório ressalva que os dados da região Centro apresentados ainda eram provisórios e que os encargos com recursos humanos afetos aos cuidados de saúde primários nas unidades locais de saúde (UL) não se incluírem nesta análise, por serem responsabilidade das respetivas ULS.
Alentejo e Algarve com valores mais elevados
Em termos de valores por residente, as regiões que apresentam valores mais elevados são o Alentejo (146,5 euros) e o Algarve (116,1Euro) por serem as regiões que em termos globais apresentam maior número de efetivos por 10.000 residentes.
O relatório da ACSS visa dar a conhecer o panorama nacional relativamente ao processo de contratualização e evolução da atividade realizada nos cuidados de saúde primários em 2010.
"Em termos nacionais conclui-se que o valor mediano contratualizado em 2010, para todos os indicadores, foi mais ambicioso relativamente aos valores medianos realizados em 2009. A evolução é positiva em praticamente todos os indicadores a nível nacional", adianta.
Fragilidades
Exceptuam-se dois dos indicadores de eficiência (custo médio por utilizador de medicamentos e dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica faturados) e o aumento do consumo verificado nos medicamentos relacionados com a saúde mental.
O relatório assinala ainda as fragilidades existentes, a nível da vigilância oncológica: "Os valores apresentados para o cancro colo-retal são ainda muito baixos face ao desejável, evidenciando que existe um importante trabalho a desenvolver".
"A implementação do processo de contratualização com os prestadores de CSP permite uma gestão rigorosa e equilibrada, consciente das necessidades das populações e, acima de tudo, da melhoria do acesso e qualidade dos cuidados de saúde", conclui.
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