olha que não somos assim tão atrasados, a expressão sempre usou-se por cá. A questão é que actualmente os putos abusam da utilização da palavra e consequentemente tornam as discussões vazias, chega a ser irritante falar com eles e ouvi-los com tanto "tipo isto tipo aquilo"...
No 12º, curiosamente, veio uma Enfermeira à minha escola falar sobre cirrose hepática,e a forma como estava a crescer exponencialmente nos adolescentes. Curiosamente, andam-se a dar transplantes a essa gente. Mas não vou entrar por aí, que isso agora pouco interessa.
De qualquer forma, também não era para ser interpretado como virtude. Apenas quis mostrar que isso dos hábitos da juventude da actualidade, tem muito que se lhe diga, e é muito relativo.
Mas, agora pergunto: tu como pai gostavas de ver o teu filho chegar a casa podre de bêbado?
1º parágrafo - Há que saber descodificar a mensagem que nos querem passar, e há uma grande diferença entre beber 4 ou 5 minis por semana ou rebentar com o fígado com bebidas brancas, ou beber 10 ou 15 minis por dia.
3º Parágrafo - Há situações que, para mim, fazem parte da adolescência. Se gostaria de ver um filho a chegar bebado a casa? Uma vez por outra não me aquecia nem arrefecia, desde que não venha a conduzir... Acho completamente normal beber-se uns copos, fazer-se uma directa na praia com (ou sem) a malta a fumar umas ganzas (quem quer fuma, quem não quer não fuma), uma noitada a jogar ao bingo, ficar até um bar fechar, fazer amor ao relento. Epá tantas coisas boas que a vida tem para nos oferecer...
Felizmente tive um Pai que nunca fez um único escândalo e fiz algumas avarias na adolescência, ele sabia dizer a frase certa no momento oportuno.
Lembro-me da única vez que ele me foi buscar a uma festa, por eu estar podre de bêbado (aos 17 anos). No dia seguinte pensei que ia ouvir uma descasca monumental, e a única coisa que ouvi foi, "Os teus amigos ficaram a divertir-se na festa, e tu não te divertiste e estás aí nesse estado". Esta frase fez-me pensar mais que 1000 sermões.
Tudo o que passei e vi na minha adolescência faz com que aos 25 anos esteja num período bastante mais zen. E que tenha bastante conhecimento de causa para um dia aconselhar um filho, tal como aconselho o meu irmão e os meus primos(a) hoje em dia.
Obviamente que de vez em quando ainda parto uns pratos...![]()
Só queria relatar uma experiência que tive que me fez ver a vida de outra forma.
Eu sempre tive bandas, cabelo comprido, brincos, tatoos, avacalhanços, consumidor recreativo de cannabis (até hoje), motas... ou seja pouco dinheiro mas muito avacalhanço. E achava-me muito "hardcore" e que os cotas eram todos cinzentos.
Depois de acabar a minha formação fui trabalhar aos 26 anos para uma multinacional da área financeira (grande erro, já me pirei). Cabelo cortado, fatinho e sem brincos.
E pensava eu que a malta nova era harcore e os cotas eram uns sem graça.
Pois fiquem sabendo que foi a partir daí que vi os mais harcore na minha vida. Os cotas davam um baile aos putos que bebem uns copos, fumam uns charros e acham-se os maiores que não fazem ideia. Simplesmente os cotas não publicitam isso como os mais novos fazem. Mas avacalham ainda pior.
Orgias, cocaina a dar com pau, trafulhices e fraudes... fiquei nesse momento com a consciência que eu era um menino.
E posso-vos garantir com conhecimento de causa que algumas figuras que aparecem na televisão como o "mui ilustre membro da sociedade" metem mais coca naquele nariz do que sei lá o quê. Sem falar do resto.
Nunca mais voltei a olhar para um pessoa e colocar um rótulo só pelo aspecto. É um grande, grande erro.
Epá, curiosamente nunca fumei nada ilicito, apesar de me terem passado muitas vezes pelas mãos. A substância mais estranha que fumei foi cedro, nas variantes verde e seco.
Para que é que enfiavas a cabeça no balde? Só se fosse no das pipocas cheio de imperial!!!