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Ordens profissionais - a dualidade da função

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    Sociedade Ordens profissionais - a dualidade da função

    Primeiro esta notícia:

    Marinho Pinto processa Estado

    Bastonário da Ordem dos Advogados diz que "não vai perdoar nem um centavo dos juros da dívida" que o Estado tem para com os advogados oficiosos.

    Ler mais: Marinho Pinto processa Estado - Expresso.pt

    E de hoje:

    70 mil atestados médicos a professores em 4 meses

    Mais de 400 baixas foram passadas por médica que estava de licença prolongada.
    In: DN

    Coloco estes dois casos, recentes e "frescos", para abordar a função das Ordens, nomeadamente estas duas que devem ser as maiores e com mais poder.

    A Ordens como estão formadas representam os seus associados e o interesse dos mesmos, como ressalta da primeira notícia onde o seu Bastonário pretende defender muitos associados prejudicados - e bem.
    Por outro lado são as próprias que regulam as boas práticas dos seus associados, tendo o tradicionalmente "poder disciplinar".

    Ora por ex. o Sr. Bastonário da OA ficou muito indignado e a querer colocar processo contra o Estado, mas não o ouvi, enquanto representante da classe - pode ter sido falha minha - criticar os supostos actos irregulares praticados pelos defensores oficiosos.

    Este caso dos médicos, para além do alto número de baixas, 400 delas foram passadas por médica de licença? Tivemos a situação dos PSP de uma esquadra que ficaram todos doentes no mesmo dia, todos de baixa médica.

    Conseguem as Ordens gerir correctamente os dois papeis? Não faltará igualmente a crítica a este tipo de actos? Apesar dos processos disciplinares que são levantados, estarão as Ordens capazes de gerir os dois lados, o interesse dos associados e a defesa pela qualidade dos serviços que devem ser prestados pelos mesmos e seus actos?

    #2
    O estado reconhece a legalidade da EXISTÊNCIA de determinado curso..

    - A ordem reconhece as COMPETÊNCIAS adquiridas pelos detentores do curso.

    pois lá porque o estado reconhece a existência de um curso chamado
    por exemplo arquitectura ( publico ou privado) não quer dizer que o que é lá leccionado corresponda aos requisitos da PROFISSÃO..

    È que há diferenças entre ser licenciado em arquitectura, e ser arquitecto, por exemplo..




    As avaliações do ministério da educação, são para avaliar os requisitos da existência do curso, não avaliam em nada a competência profissional, que é da exclusiva responsabilidade das ordens...

    Se a ordem, devidamente legalizada pelo estado, diz que o que determinada universidade forma não são arquitectos, é esta que tem a ultima palavra.

    E não pensem que é uma medida para limitar o numero de pessoas com acesso á profissão...
    ...A partir do momento que uma instituição é reconhecida. TODOS os alunos que venham a sair dela, são reconhecidos, quer saiam 10 por ano quer saiam 300...





    Foi precisamente o ESTADO que mandatou as ordens para proceder a essa certificação...

    Foi o ESTADO que criou as ordens..

    Alem disso quem tem que certificar qualquer profissão, são os PROFISSIONAIS da mesma, e não uma qualquer secretaria do estado sem saber nada do assunto..

    São os arquitectos, Médicos, Biólogos, Economistas, Engenheiros, Advogados, que certificam o que é a profissão, e ninguém os pode substituir nesta função..


    Lá porque tens um curso de engenharia devidamente reconhecido pelo estado não quer dizer que és engenheiro no sentido profissional da palavra, pois o que aprendes-te, por muito bom que seja, pode não ter correspondência com o que é requerido para o exercício da profissão.

    È este o papel das ordens.

    A inscrição numa ordem é a garantia que os seus membros tem formação suficiente para poderem exercer autonomamente dentro da legalidade exigida, uma profissão, e são imputáveis quanto aos erros que possam vir a cometer, visto estarem devidamente identificados.

    A inscrição numa ordem, é garantia de que esse membro apresenta uma uniformidade de conhecimentos face aos seus colegas.

    A ordem não garante que todos são bons profissionais, pois isso é uma característica pessoal e não técnica.

    No entanto se devido a essa má conduta profissional existir má prática técnica, há ferramentas que o penalizam, precisamente pelo facto de estar devidamente regulamentado todo o que implica o exercício da profissão.
    Editado pela última vez por Foliv; 26 September 2011, 20:04.

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      #3
      De qualquer modo este tema é mais do que repost.

      http://forum.autohoje.com/off-topic/...nicos-uma.html

      http://forum.autohoje.com/off-topic/...de-tantas.html

      http://forum.autohoje.com/off-topic/...genheiros.html

      Comentário


        #4
        Repara que eu não questiono a existência das Ordens profissionais, apenas dei dois exemplos de assunto na ordem do dia e da capacidade de ser entidade que defende a classe e ao mesmo tempo, entidade fiscalizadora da própria classe.

        Nem pretendia abordar o assunto do reconhecimento de competências das mesmas.

        Comentário


          #5
          As ordens, defendem evidentemente os seus membros, mas mais do que defender os membros defendem a profissão.

          Se um membro pela sua conduta profissional actuar de forma a prejudicar e descredibilizar a profissão que a ordem representa, esse membro sofre sanções que podem levar á expulsão.

          Estas sanções ocorrem frequentemente, não são é evidentemente publicitadas, mas posso garantir que ocorrem.

          Para as ordens, mais importante do que os seus membros, são a sua profissão, é este o principio base de qualquer uma delas.

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            #6
            Então porque vês neste caso do OA, o seu bastonário a defender os pagamentos e não vês a criticar os supostos "erros" - para ser simpático?

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              #7
              Mas quem te disse que não critica???

              As criticas, os processos disciplinares, as sanções, e tudo o que diga respeito á violação da deontologia é tratado entre portas, não é para andar a "lavar roupa suja nos media".

              Os Media são usados para publicitar a defesa dos membros das ordens pelos bastonários, mas não são evidentemente usados para publicitar os processos internos decorrentes, salvo raríssimas situações.

              Se vires os relatórios internos de uma ordem, aos quais os membros tem acesso, vem lá descrito quais membros e qual penalização sofreram.
              Até por uma questão de moralização dos restantes membros, a divulgação interna destes dados serve para não se sentirem tentados a prevaricar, dada uma situação potencialmente tentadora.
              Editado pela última vez por Foliv; 26 September 2011, 20:25.

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                #8
                Já ouvi, por mais duma vez, o Marinho Pinto a criticar colegas seus. Não tenho é certeza se quando o fez já era Bastonário.

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                  #9
                  Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                  Mas quem te disse que não critica???

                  As criticas, os processos disciplinares, as sanções, e tudo o que diga respeito á violação da deontologia é tratado entre portas, não é para andar a "lavar roupa suja nos media".

                  Os Media são usados para publicitar a defesa dos membros das ordens pelos bastonários, mas não são evidentemente usados para publicitar os processos internos decorrentes, salvo raríssimas situações.

                  Se vires os relatórios internos de uma ordem, aos quais os membros tem acesso, vem lá descrito quais membros e qual penalização sofreram.
                  Até por uma questão de moralização dos restantes membros, a divulgação interna destes dados serve para não se sentirem tentados a prevaricar, dada uma situação potencialmente tentadora.
                  Ia a escrever o mesmo, poupas-me as palavras.

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                    #10
                    Eu não peço que faça julgamentos na praça pública, nem tão pouco que fale sobre os processos correntes internamente, mas uma palavra sobre os actos que foram divulgados pelo MJ era de elementar coerência, mais não fosse que seriam analisados e sujeitos às regras internas, com todo o rigor que é exigido.

                    Até porque essa pessoa é useiro e vezeiro em criticar outros órgãos e organismos.

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                      #11
                      Reparem no que disse o Bastonário da OM, ainda agora no Telejornal, parcas palavras mas que demonstra a intenção que a situação da notícia acima, não será tolerada sendo incorrecta.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                        Reparem no que disse o Bastonário da OM, ainda agora no Telejornal, parcas palavras mas que demonstra a intenção que a situação da notícia acima, não será tolerada sendo incorrecta.
                        Lá está o exemplo do que disse acima: trata-se de um caso que requereu a intervenção do bastonário em publico,para que não seja denegrida a profissão e a idoneidade dos restantes membros, vindo a publico defender a profissão em detrimento dos membros em causa.

                        A prioridade das ordens é defender a profissão, não é defender os membros a qualquer custo.

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                          #13
                          São uma bela máfia, as Ordens, em Portugal. Exemplo disso é a Ordem dos Psicólogos, um belo "clube de cavalheiros" à moda antiga (à semelhança da Ordem dos Psicanalistas) onde só entra quem tem cunha e obedece a quem lá manda.
                          Quem fez bem em desafiá-los foram estes:
                          Psicólogos Petição contra inscrição obrigatória na Ordem alerta para despromoção de alguns profissionais - Visao.pt

                          A Ordem lá teve que ir a Tribunal:
                          https://www.ordemdospsicologos.pt/pt/noticia/89

                          E pelos vistos perdeu e desceu do alto da sua arrogância:
                          Movimento Continuo Psicólogo: Ordem obrigada a inscrever como efectivos Psicólogos em acção judicial

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