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Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal

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    Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal

    Fonte do ministério da Saúde diz, ao Económico, que Portugal tem “urgência no contributo destes médicos”.

    "A solução do problema passa pela Ordem dos Médicos, que não liberta as cédulas profissionais dos médicos costa-riquenhos enquanto não tiver o documento da reciprocidade, documento esse que não é, de todo relevante para o exercício da profissão dos médicos já contratados", explicou ao Económico fonte do Ministério da Saúde.

    Recorde-se que nove médicos da Costa Rica estão em Portugal há quatro meses, a receber salário, mas sem exercer a profissão por causa da falta do "convénio de reciprocidade".

    Este documento de reciprocidade é uma declaração da Costa Rica a garantir, à priori, a médicos portugueses o exercício da medicina na Costa Rica na exacta medida em que Portugal garante o mesmo a cidadãos da Costa Rica. No entanto, reciprocidade neste caso não tem qualquer urgência pois não há médicos portugueses a querer exercer na Costa Rica. "Urgência tem Portugal no contributo destes médicos (há 1,7 milhões de utentes sem médico de família) que já estão a ser pagos e que, por uma mera razão burocrática, não podem dar consultas", aponta a mesma fonte do ministério liderado por Paulo Macedo.

    Por outro lado, esta manhã em declarações à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, acusou o anterior Executivo de ter conduzido mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país.

    "O processo dos colegas da Costa Rica não está completo, portanto a Ordem não pode concluir a sua inscrição, é tão simples quanto isso", esclareceu o bastonário. Questionado sobre quando ficará resolvida esta situação, José Manuel Silva explicou que "isso depende de uma intervenção entre Governos. É necessário um certificado de reciprocidade, que ainda não nos foi presente, para completar a inscrição. Não podemos aceitar que alguém nos venha dizer para facilitarmos as coisas".

    Justamente por isso, o bastonário considera que o anterior executivo não acautelou todos os aspectos relativos à contratação destes médicos. "Foi um processo mal conduzido, desnecessário, feito em cima do joelho e, infelizmente, os responsáveis do anterior Ministério da Saúde não tiveram o cuidado de analisar toda a documentação que era necessária e só permitirem a vinda desses colegas estando eles inscritos na Ordem dos Médicos", esclareceu José Manuel Silva.

    "Alguém cometeu esse erro. A responsabilidade não é da Ordem [dos Médicos]", acrescentou.

    Em resposta às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos a antiga ministra Ana Jorge sublinhou, também aos microfones da TSF que este processo não é fácil, mas as dificuldades podem ser ultrapassadas se os dois Governos estiverem interessados.

    "Na Costa Rica, Portugal não tem embaixada, portanto tem que ser a da Colômbia a tentar resolver a situação. Obviamente, que torna-se mais difícil, mas se houver interesse em resolver a situação, tem que se trabalhar para ultrapassar as dificuldades", justificou.

    "Eles vieram em Maio e só depois disso é que se verificou que o processo não estava de acordo com a data que a Ordem pressupunha. Os médicos quando vêem, têm sempre um período de adaptação e durante este processo não fazem medicina autónoma, o que dá tempo para tratar do assunto", explicou a antiga ministra.

    Nestas declarações, Ana Jorge admitiu ainda que a mudança de Governo possa ter atrasado este processo. "Também entendemos que na fase inicial de transição de um Governo ou de um ministério para o outro, muitas vezes estes processos ficam sem ser grande prioridade", disse Ana Jorge.
    Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal | Económico

    Afinal há ou não há médicos suficientes por cá ?

    #2
    Originalmente Colocado por Omega Ver Post
    Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal | Económico

    Afinal há ou não há médicos suficientes por cá ?
    Eu até já vi um representante da ordem dos médicos a dizer abertamente no telejornal que as vagas de medicina têm de ser restringidas porque senão um dia ainda existirão médicos no desemprego. Os médicos são uma classe profissional protegida, em quase todo o lado. Controlam quem entra na profissão, quantos entram, quem exerce, quem não exerce, etc. São as maravilhas da regulação, tão querida dos portugueses.

    O liberalismo nunca chegou à medicina, para infelicidade dos utentes. E o mesmo se aplica à industria farmacêutica.

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      #3
      Um aluno tira 15 no exame de Matemática e não entra em Medicina. É o sonho da vida dele. Tem duas opções: pais têm dinheiro para o colocar no estrangeiro a estudar ou os pais não têm dinheiro e ele entra em Medicina Dentária ou Enfermagem, de forma a estar mais perto do que queria fazer.
      Na opção A, vai estar 6 anos longe da família a estudar noutra língua a pagar propinas a outro estado, a pagar casa noutro país e a consumir artigos do mesmo.
      Na opção B, vai estar 1 ano num curso que não gosta, a tentar trocar no ano seguinte para o que sempre sonhou. Passa 1, passam 2 anos, e não consegue entrar! Sente-se frustrado e decide desistir da faculdade. Acaba-se a despesa em propinas e decide procurar um trabalho. Acaba por ir trabalhar para um supermercado ou uma loja do shopping a ganhar 500€ mensais infeliz com o curso que a sua vida tomou. O contributo (descontos) que dá ao seu país é muito pouco. Desespera durante 40 anos para que chegue a sua reforma. Os filhos dificilmente terão condições para dar um rumo diferente ao seu. Com 2 filhos, fica desempregada e em vez de contribuir para o estado, é o estado que passa a suportar a sobrevivência desta pessoa. A sua esposa fica doente, e deslocam-se no seu carro de 15 anos ao hospital onde lhe dizem que a esposa tem apenas "una infeccion" ou "yuma inficioniev"...
      Passam 6 anos e o o primeiro caso, que foi para fora tirar o curso regressa ao seu país, com 5 colegas da faculdade prontos para receber do estado por investimento que fizeram lá fora!


      Depois vem o Presidente da República dizer para os portugueses não desistirem! Ou nos está a insultar ou é apenas um cepo no poleiro! Que levante o cu da cadeira e aprove uma lei proibindo os médicos de acumular funções! Quem trabalha em hospitais só pode fazer isso. Não pode trabalhar em hospitais, dar consultas no privado e ainda ter um consultório próprio. É que o dia tem 24h! E eu não quero ser atendido por um médico que não dorme dia após dia para trabalhar. Que envie os seus conselheiros de estado visitar os hospitais de surpresa e a todos os médicos que estão destacados de turno que não tiverem presentes por estarem na sua hora de trabalho a dar consultas no privado, tirem-lhes a licença! Se quer que eu tenha esperança e não desista que me pague um salário de função pública enquanto eu estou no privado a trabalhar. Que me pague um salário de função pública enquanto eu vou passar o dedo ao trabalho e vou levar os filhos aos colégios e tirar uma soneca em casa... Que abra mais 100 vagas em medicina!

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        #4
        Isto realmente é engraçado. Os Portugueses têm de ter média superior a 18 para poderem estudar medicina , ou seja reina o rigor para decidir quem vai poder ser um dia médico de acordo com o governo.No entanto o mesmo governo aceita médicos formados na Colombia ou Costa Rica e afins, formados no domingo de manhã por correio.

        Daqui a pouco estão a ir buscar médicos formados numa faculdade angolana, cujo tema do exame final é : como colocar um penso.

        Abram mas é mais vagas e baixem as médias. claro que não devem permitir que um tipo com 10 entre mas pelo menos os que têm 17, e iam ver que acabava o défice de médicos em Portugal

        Comentário


          #5
          Nem toda as pessoas que entram em cursos como Enfermagem, Medicina Dentária, Biologia e Ciências Farmacêuticas são frustrados de Medicina e nem todos acabam por desistir e ir trabalhar num supermercado. Isso é muito falacioso e irreal. As pessoas aprendem a gostar do que estão a fazer, porque muitos também querem Medicina pelo estatuto e pelo facto de ser um objectivo difícil de alcançar.

          Em relação às vagas, acho que devia ser como França: entra quem quer e são "triados" logo no 1.º ano. E cada pessoa só pode chumbar uma vez, senão fica proibida de fazer o curso. Resultado: só são formados profissionais que se revelem extremamente aptos para o exercício de Medicina.

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            #6
            Originalmente Colocado por Sereg Ver Post
            Nem toda as pessoas que entram em cursos como Enfermagem, Medicina Dentária, Biologia e Ciências Farmacêuticas são frustrados de Medicina e nem todos acabam por desistir e ir trabalhar num supermercado. Isso é muito falacioso e irreal. As pessoas aprendem a gostar do que estão a fazer, porque muitos também querem Medicina pelo estatuto e pelo facto de ser um objectivo difícil de alcançar.

            Em relação às vagas, acho que devia ser como França: entra quem quer e são "triados" logo no 1.º ano. E cada pessoa só pode chumbar uma vez, senão fica proibida de fazer o curso. Resultado: só são formados profissionais que se revelem extremamente aptos para o exercício de Medicina.
            Nem eu disse que o exemplo que dei era a regra! Dei um exemplo de uma situação que pode acontecer, onde até acabei por juntar situações reais numa só.

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              #7
              Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
              Nem eu disse que o exemplo que dei era a regra! Dei um exemplo de uma situação que pode acontecer, onde até acabei por juntar situações reais numa só.
              Ok, mas aquilo é mesmo muito exagerado. É que normalmente as pessoas não se formam no que querem, mas arranjam soluções.

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                #8
                Originalmente Colocado por Iurilopes Ver Post
                Isto realmente é engraçado. Os Portugueses têm de ter média superior a 18 para poderem estudar medicina , ou seja reina o rigor para decidir quem vai poder ser um dia médico de acordo com o governo.No entanto o mesmo governo aceita médicos formados na Colombia ou Costa Rica e afins, formados no domingo de manhã por correio.

                Daqui a pouco estão a ir buscar médicos formados numa faculdade angolana, cujo tema do exame final é : como colocar um penso.

                Abram mas é mais vagas e baixem as médias. claro que não devem permitir que um tipo com 10 entre mas pelo menos os que têm 17, e iam ver que acabava o défice de médicos em Portugal
                Entre esses e os médicos que tiraram o curso de medicina nos tempos do PREC, venha o diabo e escolha.

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                  #9
                  É impressionante como o pessoal ainda acha que as médias de entrada em Medicina são altas por imposição de alguém. O método de selecção para Medicina é exactamente igual ao de qualquer outro curso: seriação por notas. O mais justo possível, tendo em conta que as famosas entrevistas e testes de aptidão que tanto se apregoa, como é óbvio são extremamente subjectivos e susceptíveis à "cunha".

                  O facto das notas serem tão altas apenas tem uma razão: é o curso com maior razão cadidatos/nº de vagas. Logo, como é óbvio, as médias sobem. Contudo é também um dos cursos com maior número de vagas total! Abrem actualmente, se não estou em erro, cerca de 1200 vagas por ano. Só que a formação completa destes 1000 e tal médicos demora no mínimo 11 anos (curso + internato de ano comum + especialidade. E sim, a medicina geral e e familiar é uma especialidade). Portanto só 11 anos depois de ter começado o boom das vaga (sobretudo com a abertura do curso na UBI e UM) é que vai haver um aumento do nº de médicos especialistas.

                  Mas não, vamos aumentar o nº de vagas. Vamos gastar mais milhões e milhões que custa a formação dos médicos (o curso superior com mais encargos para o estado), para depois irem para o estrangeiro. Vamos colocar mais 100 alunos em cada hospital, que assim o primeiro doente que vão conseguir ver na vida vai ser quando acabarem o curso e estiverem sozinhos. Vamos ignorar o exemplo que nos chega do Brasil em que ir a um serviço de saúde pública ou a um talho é quase o mesmo. Vamos cometer o erro que se cometeu em diversos outros cursos, que nós gostamos é de ver gente no buraco e depois poder culpar o governo.
                  Editado pela última vez por Fadista; 05 October 2011, 12:26.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                    É impressionante como o pessoal ainda acha que as médias de entrada em Medicina são altas por imposição de alguém.
                    É mais fácil criticar o sistema do que tentar perceber a realidade

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por eu Ver Post
                      É mais fácil criticar o sistema do que tentar perceber a realidade
                      Se é preciso importar médicos (em cada hospital, centro de saúde que vou, corro o risco de ser atendido por um médico estrangeiro), então é óbvio que as vagas existentes não são suficientes.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                        É impressionante como o pessoal ainda acha que as médias de entrada em Medicina são altas por imposição de alguém. O método de selecção para Medicina é exactamente igual ao de qualquer outro curso: seriação por notas. O mais justo possível, tendo em conta que as famosas entrevistas e testes de aptidão que tanto se apregoa, como é óbvio são extremamente subjectivos e susceptíveis à "cunha".

                        O facto das notas serem tão altas apenas tem uma razão: é o curso com maior razão cadidatos/nº de vagas. Logo, como é óbvio, as médias sobem. Contudo é também um dos cursos com maior número de vagas total! Abrem actualmente, se não estou em erro, cerca de 1200 vagas por ano. Só que a formação completa destes 1000 e tal médicos demora no mínimo 11 anos (curso + internato de ano comum + especialidade. E sim, a medicina geral e e familiar é uma especialidade). Portanto só 11 anos depois de ter começado o boom das vaga (sobretudo com a abertura do curso na UBI e UM) é que vai haver um aumento do nº de médicos especialistas.

                        Mas não, vamos aumentar o nº de vagas. Vamos gastar mais milhões e milhões que custa a formação dos médicos (o curso superior com mais encargos para o estado), para depois irem para o estrangeiro. Vamos colocar mais 100 alunos em cada hospital, que assim o primeiro doente que vão conseguir ver na vida vai ser quando acabarem o curso e estiverem sozinhos. Vamos ignorar o exemplo que nos chega do Brasil em que ir a um serviço de saúde pública ou a um talho é quase o mesmo. Vamos cometer o erro que se cometeu em diversos outros cursos, que nós gostamos é de ver gente no buraco e depois poder culpar o governo.
                        Estás muito confuso (tu e quem gosta do teu comentário). Investir em mais vagas na medicina não é dinheiro mandado para o lixo. É dinheiro gasto em investigação, em saúde, em tecnologia. Dinheiro mandado para o lixo são TGVs e AEs que não lembram ao menino jesus.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                          É impressionante como o pessoal ainda acha que as médias de entrada em Medicina são altas por imposição de alguém. O método de selecção para Medicina é exactamente igual ao de qualquer outro curso: seriação por notas. O mais justo possível, tendo em conta que as famosas entrevistas e testes de aptidão que tanto se apregoa, como é óbvio são extremamente subjectivos e susceptíveis à "cunha".

                          O facto das notas serem tão altas apenas tem uma razão: é o curso com maior razão cadidatos/nº de vagas. Logo, como é óbvio, as médias sobem. Contudo é também um dos cursos com maior número de vagas total! Abrem actualmente, se não estou em erro, cerca de 1200 vagas por ano. Só que a formação completa destes 1000 e tal médicos demora no mínimo 11 anos (curso + internato de ano comum + especialidade. E sim, a medicina geral e e familiar é uma especialidade). Portanto só 11 anos depois de ter começado o boom das vaga (sobretudo com a abertura do curso na UBI e UM) é que vai haver um aumento do nº de médicos especialistas.

                          Mas não, vamos aumentar o nº de vagas. Vamos gastar mais milhões e milhões que custa a formação dos médicos (o curso superior com mais encargos para o estado), para depois irem para o estrangeiro. Vamos colocar mais 100 alunos em cada hospital, que assim o primeiro doente que vão conseguir ver na vida vai ser quando acabarem o curso e estiverem sozinhos. Vamos ignorar o exemplo que nos chega do Brasil em que ir a um serviço de saúde pública ou a um talho é quase o mesmo. Vamos cometer o erro que se cometeu em diversos outros cursos, que nós gostamos é de ver gente no buraco e depois poder culpar o governo.
                          Se há um problema tem-se de resolver. Se não há capacidade de formação aumenta-se ou então importa-se médicos já formados e paga-se por isso. Também não me sinto confortável de ir ao hospital e saber que o médico está lá há 23 horas, mesmo sendo muito bom médico.

                          Comentário


                            #14
                            Não sei sei isto é verdade ou não mas vindo dessa ordem não é de admirar.

                            Comentário


                              #15
                              Como disse o Fadista as médias sobem apenas porque as vagas são poucas para a procura, então entram as médias mais altas. Por isso há cursos onde entram com 10.

                              Agora temos é que ver quais as necessidades do país nesta área e, qual será a entrada nos próximos tempos e possíveis saídas. Os médicos conseguem trabalhar até tarde, em algumas especialidades, noutras nem por isso.

                              E antes dos 11 anos referidos, já exercem medicina.

                              A falta de visão foi há uns anos, que agora se "sofre" a falta de alguns médicos, especialmente de família. Daqui a uns anos não sei os números para dizer.

                              Comentário


                                #16
                                Mais um tópico para bater nos médicos, mas médias e em tudo o resto e, tal como nos restantes, parece que há muita gente que ainda não aprendeu e continua a perpetuar os mesmos erros e mitos.

                                Pode ser que este post abra os olhos a alguém, mas duvido.

                                Ordem dos Médicos:

                                Apenas reconhece quem está ou não habilitado ao exercício da medicina e suas especialidades e sub-especialidades.

                                Se isso implica negar a entrada de médicos de países africanos, sul americanos, asiáticos, cujos cursos não correspondem à exigência de cá, que assim seja.

                                Claro que há mais funções para além destas, mas tem piada que a maioria das pessoas não acerta em nenhuma.

                                Acesso ao Ensino Superior

                                As dificuldades que os nossos jovens encontram ao tentar ingressar num curso de medicina são criadas por eles mesmos.

                                A moda, a fama, as lavagens cerebrais dos pais e da família, etc sucumbem perante os Numeros Clausus, estabelecidos pelo Ministério ou Secretariado Ensino Superior e respectivas Faculdades, sendo que estas últimas pouco ou nada mandam neste aspecto, surgindo aqui como um elemento consultivo e não executivo.

                                E porque é que existem Numeros Clausus ? Porque, tratando-se de um curso com uma fortíssima componente prática e uma vez que há recursos finitos, é impensável que as vagas aumente ao ritmo que a população deseja só para que os seus filhos com média de 15 ou 16 sejam "Sr. Dr. de Bata Branca".

                                Exigência de médias superiores a 18 por parte da O.M ? Aquele organismo que não é tido nem ouvido no acesso ao Ensino Superior.

                                Exigências de médias superiores a 18 por parte das Universidades ? Aqueles organismos que estipulam como média de acesso mínima 10's, 14's e 16's para os respectivos cursos de Medicina.

                                Exigência de médias superiores a 18 pelo Ministério / Secretariado do Ensino Superior ? Aqueles que ano após anos abrem mais vagas, duplicando o número de alunos que têm acesso ao curso de Medicina desde o ano 2000, apesar dos recursos serem praticamente os mesmos, levando a que 30 ou mais alunos tenham de estar em volta de uma cama, sendo que alguns destes não conseguirão realizar toda a componente prática exigida quando o curso foi idealizado.

                                Ou

                                Exigência de Médias de 18 por parte dos próprios alunos ? Aqueles que competem, independentemente da vocação, para serem Sr. Dr. de Bata Branca, , porque são formatados desde cedo com conceitos como "emprego garantido", "salários altos", "prestígio social", etc.

                                Falta de Médicos

                                Outra questão rodeada por mitos e meias verdades.

                                Temos um número de médicos ao nível de muitos países de referência e, não tarda, com a duplicação do número de vagas dos últimos 10 anos e aumento da idade da reforma, com continuação da actividade privada para além desta e com uma população relativamente estável, começamos a ultrapassar muitos deles.

                                A sua distribuição está, excepto em casos pontuais, de acordo com as densidades populacionais, levando a que um maior número concentre-se nas grandes capitais de distrito, litoral e zonas urbanas.

                                Não é comportável, nem desejável, que todos os hospitais por este país tenham todas as valências cirúrgicas e médicas disponíveis, ou que todos os centros de saúde estejam abertos 24h por dia.

                                Se a parte do comportável é perceptível para toda a gente, o desejável já não será tanto. Assim sendo, eu explico que não é desejável, porque a dispersão de recursos na classe médica é um erro que potencia erros.

                                Um erro que potencia erros porquê ? Porque se por um lado ninguém pode ser realmente um bom médico se não tiver meia dúzia de colegas ao lado para o criticar e com quem discutir e aprender, algo impossível em serviços de 3 e 4 pessoas. Pelo outro, cada vez mais a medicina está a evoluir para sub-sub-especialidades e isso leva a que, ao longo do tempo, surjam lacunas na sua própria especialidade por privilégio de outras áreas nas quais o profissional A ou B conseguiu atingir a excelência. Estas lacunas apenas poderão ser colmatadas por colegas que, por sua vez, se dediquem à área em causa, caso contrário estaríamos assim a potenciar o erro.

                                Concluindo

                                Eu sei que o sonho de cada português é ter 2 casas, 4 carros para a família toda, passar férias todos os anos fora e um hospital público onde pague 0, tão bom ou melhor que que as actuais referências nacionais (HUC ; Santa Maria, S. João, etc), a 5 minutos de casa.

                                O problema é que passámos demasiados anos a dormir e a sonhar, sustentados pelo dinheiro fácil que vinha de fora e agora ninguém quer acordar e pagar a a factura.
                                Editado pela última vez por DocJRA; 05 October 2011, 14:27.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                                  Se é preciso importar médicos (em cada hospital, centro de saúde que vou, corro o risco de ser atendido por um médico estrangeiro), então é óbvio que as vagas existentes não são suficientes.
                                  Temos mais médicos por habitante do que a grande maioria dos países europeus. Há serviços com médicos sem nada para fazer, que têm 3 ou 4 doentes por dia para ver. Outros têm de trabalhar 12 ou 13 horas por dia e ficam doentes por ver. O que há é uma falta de organização brutal.
                                  E como eu disse, como é óbvio, só passados 11 anos é que o aumento do nº de vagas que houve há alguns anos se vai reflectir em algo.
                                  (E sim, antes da especialidade exercem, mas não de forma autónoma e, em cada serviço, para haver internos tem de haver um certo nº (superior, claro) de especialistas).

                                  Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                                  Estás muito confuso (tu e quem gosta do teu comentário). Investir em mais vagas na medicina não é dinheiro mandado para o lixo. É dinheiro gasto em investigação, em saúde, em tecnologia. Dinheiro mandado para o lixo são TGVs e AEs que não lembram ao menino jesus.
                                  Investir em formação de médicos que, mal acabam o curso, vão trabalhar para o estrangeiro é investir em quê? Investigação? Isso é o quê? As tesezitas de mestrado integrado? Estamos em Portugal, não te esqueças. Tecnologia? Como? Não estarás a confundir medicina com engenharia biomédica?

                                  Originalmente Colocado por air Ver Post
                                  Se há um problema tem-se de resolver. Se não há capacidade de formação aumenta-se ou então importa-se médicos já formados e paga-se por isso. Também não me sinto confortável de ir ao hospital e saber que o médico está lá há 23 horas, mesmo sendo muito bom médico.
                                  A necessidade de aumento de capacidade de formação actual verifica-se a nível da especialidade. Isso sim é um problema. Brevemente o nº de alunos a sair do curso vai ser superior às vagas de especialidade. Médicos sem especialidade "não servem para nada". E aí, adeus Portugal, obrigadinho por me terem formado.
                                  Editado pela última vez por Fadista; 05 October 2011, 14:42.

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                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                                    Temos mais médicos por habitante do que a grande maioria dos países europeus. Há serviços com médicos sem nada para fazer, que têm 3 ou 4 doentes por dia para ver. Outros têm de trabalhar 12 ou 13 horas por dia e ficam doentes por ver. O q
                                    Se o problema é esse, é preciso resolvê-lo. Não sei nada da área, mas haverá alguém que a conhece e que sabe quais os problemas na realidade. Depois de os identificar é necessários resolvê-los!

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                                      #19
                                      Eu adoro poesia! Sério! Adoro mesmo! Quando falam em vagas e em médias e tal, eu percebo as palavras sentidas! Mas prefiro as que rimam!

                                      Em 2011/12 abriram cerca de 54 068 vagas no Ensino Superior.
                                      Na área científica de Medicina abriram 1517 vagas. Repito, na área científica! Incluindo ciclos básicos, mestrados integrados, etc.
                                      Em cursos de Educação (excluindo educação social, gerontologia e cursos que possibilitem o acesso à escola) abriram 1958 vagas! Só na minha área (Desporto) abriram 738 vagas para cursos que permitem leccionar embora não sejam específicos em Educação (não incluo Saúde, Actividade Física, Lazer, etc.).
                                      Em Enfermagem abriram 2012 vagas (excluindo gerontologia e coisas do género).


                                      Vamos então à poesia:

                                      2.8% das vagas destinaram-se à área científica de Medicina.
                                      3.6% das vagas destinaram-se a cursos específicos de Educação (leccionar nas escolas). Não contando com cursos de Desporto, Música, Línguas, Geografia, Química, etc. que permitem leccionar nas escolas públicas!
                                      3.7% das vagas destinaram-se a cursos específicos de Enfermagem.

                                      O Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades repudiou publicamente, esta quinta-feira, a "política cega" de restrições levada a cabo na Educação.

                                      A organização considera ainda que o sector está perante uma "situação dramática" relativamente aos milhares de professores, que não obtiveram contratos para o ano lectivo que tem início em Setembro.
                                      In JN (Setembro 2011)

                                      15% dos jovens formados não têm emprego e 14% já trabalharam de graça.

                                      O estudo sobre a "Situação Profissional dos Jovens Enfermeiros em Portugal", que é realizado pelo terceiro ano consecutivo, traça um cenário muito negativo em relação aos jovens enfermeiros. Raul Fernandes, o coordenador, refere que "quase 20% dos inquiridos estão no desemprego, quando no ano anterior eram 18,7%". Esta percentagem de 2011 inclui os 4,9% que estão a trabalhar noutra área.
                                      In DN (Setembro 2011)


                                      A ministra da Saúde diz que Portugal vai registar um período "muito crítico" de falta de médicos, dentro de três a quatro anos, sobretudo de família e de quatro especialidades médicas, entre as quais pediatria e obstetrícia.
                                      In JN (Julho de 2008)

                                      O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, diz que o anterior Governo conduziu mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país.
                                      In TSF (ontem)


                                      Como disse, eu adoro poesia! Sério! Adoro mesmo! Mas tentem rimar!

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por air Ver Post
                                        Se o problema é esse, é preciso resolvê-lo. Não sei nada da área, mas haverá alguém que a conhece e que sabe quais os problemas na realidade. Depois de os identificar é necessários resolvê-los!
                                        Não me interpretes mal, mas aplaudo a tua admissão de ignorância e visão prática.

                                        Revejo-me nela em muitos assuntos.

                                        Se todos nós admitíssemos mais vezes as nossas limitações, se calhar as coisas estavam bastante melhores e equilibradas.

                                        Por curiosidade, sabem que o Brasil criou um exame de revalidação à licenciatura/mestrado em Medicina para cidadãos estrangeiros ou nacionais cujos cursos tenham sido terminados em universidades também elas estrangeiras e, além disso, não reconhece todos os cursos de Medicina ministrados no seu próprio país.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por air Ver Post
                                          Se o problema é esse, é preciso resolvê-lo. Não sei nada da área, mas haverá alguém que a conhece e que sabe quais os problemas na realidade. Depois de os identificar é necessários resolvê-los!
                                          Exactamente. E colocar médicos no mercado a uma taxa muito superior à de saída apenas piora a situação, porque alguém tem de pagar isso. Tenho sinceras esperanças que um gestor à frente do ministério da saúde consiga dar a volta à situação.
                                          Conheço médicos de família que vêem 3 ou 4 doentes por dia. Estão afectos a extensões em aldeias do interior. Estas consultas são simples consultas de seguimento de hipertensões, diabetes, etc. porque para os restantes cuidados, estes centros de saúde não têm o mínimo de meios. Isto sim é preciso resolver, por mais que os doentes berrem que querem um centro de saúde à porta.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                            Não me interpretes mal, mas aplaudo a tua admissão de ignorância e visão prática.

                                            Revejo-me nela em muitos assuntos.

                                            Se todos nós admitíssemos mais vezes as nossas limitações, se calhar as coisas estavam bastante melhores e equilibradas.

                                            Por curiosidade, sabem que o Brasil criou um exame de revalidação à licenciatura/mestrado em Medicina para cidadãos estrangeiros ou nacionais cujos cursos tenham sido terminados em universidades também elas estrangeiras e, além disso, não reconhece todos os cursos de Medicina ministrados no seu próprio país.
                                            A ignorância é uma bênção!

                                            Apenas não concordo que todos discutam problemas e ninguém os resolvam. Ás vezes parece que lhes interessa a discussão, pois enquanto ela existe não há soluções. Lá por não saber fazer não quer dizer que não possa criticar. Eu não percebo nada de futebol, mas sendo benfiquista exijo vitórias, se quem está à frente da equipa não consegue que dê lugar a alguém que o consiga.

                                            Em quase todos os assuntos temos de ter uma postura de "dono de obra". Pode não saber fazer, mas tem de saber onde quer chegar. Eu quero uma saúde sustentável, que me dê os cuidados essenciais. Sei que a saúde custa dinheiro e como tal não podemos todos ter um hospital à porta. Mas podemos exigir para ter o melhor dentro do possível!

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                                              #23
                                              Vamos lá por citações de órgãos independentes, que não ganham um € que seja por destacarem títulos sensacionalistas com fontes duvidosas que, muitas vezes, não passam de puros artigos de opinião baseados em citações / opiniões de terceiros sem fundamento. Esses sim poesia

                                              Mas já que estamos numa de poetas, meto aqui umas quadras de um gajo porreiro:

                                              OCDE - 2007

                                              O número de médicos em Portugal tem aumentado a um ritmo bastante elevado nos últimos 15 anos, segundo as conclusões de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
                                              Os dados divulgados ontem referem que em 2005 existiam 3,4 médicos por cada mil habitantes em Portugal, o que nos colocava ao nível de países como a França e a Alemanha e acima da média.
                                              A OCDE salienta ainda que os dados portugueses referem-se apenas aos médicos inscritos na Ordem dos Médicos, o que não representa efectivamente o total de clínicos em actividade, ao contrário do que acontece com outros países.
                                              Relembro só que isto foi em 2007, antes novos e sucessivos crescimentos no número de vagas nas "5 universidades clássicas" e do impacto dos aumentos iniciados em 2000, antes de ser licenciada a primeira vaga de alunos da Universidade de Braga e Covilhã, antes se sentir o impacto dos Ciclos Básicos dos Açores e Madeira e antes de abertura dos cursos em Aveiro e Faro para licenciados.

                                              Queres poesia de 2010 ?

                                              In OECD Health Data 2009
                                              Physicians, Density per 1 000 population (head counts)

                                              Portugal - 3.8 ; Alemanha - 3.6 ; França - 3.3 ; Spain - 3,5 ; Ireland - 3.7 ; Suiça - 3.8
                                              E agora só mais um dado para abrires os olhos e veres de uma vez por todas que o problema não está nos médicos ou falta destes, mas na gestão e parcos recursos de saúde em Portugal.

                                              Também in OCDE

                                              Curative (acute) care beds, Per 1 000 population

                                              Portugal - 2.8 ; Alemanha - 5.7 ; França - 3.5 ; Spain - 2,5 ; Austria - 5.6 ; Ireland - 2.6 (2008) ; Suiça - 3.3

                                              Total hospital beds, Per 1 000 population

                                              Portugal - 3.3 ; Alemanha - 8.2 ; França - 6.6 ; Spain - 3,2 ; Austria - 7.7 ; Ireland - 4.9 (2008) ; Suiça - 5.1
                                              É por isto que posturas como a do Air são de enaltecer.

                                              Sabe que algo está mal, mas como não sabe exactamente o que é, não se mete a apontar dedos por auto-recriação ou porque fulano disse.
                                              Editado pela última vez por DocJRA; 05 October 2011, 15:32. Razão: Malta, já tentei editar isto 2x por causa dos espaçamentos, mas sempre que guardo transforma-se neste post gigante.

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                                                #24
                                                Então diz-me uma coisa que acredito que, como eu milhares de pessoas não percebe: porquê contratar ucranianos, romenos, espanhóis, colombianos, costa-riquenhos?

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                  Então diz-me uma coisa que acredito que, como eu milhares de pessoas não percebe: porquê contratar ucranianos, romenos, espanhóis, colombianos, costa-riquenhos?
                                                  Para:
                                                  - descredibilizar a classe médica portuguesa e a O.M,
                                                  - agradar a população via acções de marketing,
                                                  - conseguir contractos diferentes dos praticados por cá, monetariamente e sem qualquer vínculo,
                                                  - para evitar a penosa, ingrata e impopular tarefa de reformar o S.N.S., reforma essa que há muita que já devia estar concluída,
                                                  - para colmatar falhas pontuais que realmente existem, muito por culpa do forma como o "mercado médico" está organizado levando a que poucos ou nenhuns clínicos privilegiem o exercício da sua actividade na periferia ou interior do país.

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                    Para:
                                                    - descredibilizar a classe médica portuguesa e a O.M,
                                                    - agradar a população via acções de marketing,
                                                    - conseguir contractos diferentes dos praticados por cá, monetariamente e sem qualquer vínculo,
                                                    - para evitar a penosa, ingrata e impopular tarefa de reformar o S.N.S., reforma essa que há muita que já devia estar concluída,
                                                    - para colmatar falhas pontuais que realmente existem, muito por culpa do forma como o "mercado médico" está organizado levando a que poucos ou nenhuns clínicos privilegiem o exercício da sua actividade na periferia ou interior do país.
                                                    E porque não colocar a portugueses a fazê-lo?
                                                    Porque é que mesmo havendo milhares de professores e enfermeiros no desemprego, e havendo "falhas pontuais que realmente existem" na medicina, as vagas continuam tão desiguais?

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Aquilo que eu sei é que em Portugal os médicos julgam-se os maiores do mundo porque têm uma série de regalias patrocinadas pelo Estado à nossa custa e ganham demasiado.
                                                      Quanto à Ordem dos Médicos é o lobby do costume.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
                                                        Aquilo que eu sei é que em Portugal os médicos julgam-se os maiores do mundo porque têm uma série de regalias patrocinadas pelo Estado à nossa custa e ganham demasiado.
                                                        Quanto à Ordem dos Médicos é o lobby do costume.
                                                        Sabe-se pouco, e o que se sabe é mal. Viva a ignorância e conversa de café da boca para fora!!

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Portanto... A ordem faz muito bem em bloquear o acesso de médicos estrangeiros aos serviços de saúde, é isso?

                                                          ()

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                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
                                                            Portanto... A ordem faz muito bem em bloquear o acesso de médicos estrangeiros aos serviços de saúde, é isso?

                                                            ()
                                                            Gostava de saber a opinião de um médico se o professor do seu filho em vez de estar a dar-lhe aulas estivesse a dar explicações a outras crianças, recebendo do estado e do privado pelo mesmo tempo de trabalho...

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