Há uns meses muito se discutia por cá relativamente ás alegadas tentativas de controlo da comunicação social por parte do Governo da altura.
Posto isto, estou estupefacto como os "preocupados" e "indignados" de então deixaram passar esta noticia em claro...
Directamente do mesmo autor da conspiração das escutas presidenciais, passamos a apresentar:
“Uma informação não domesticada constitui uma ameaça”
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe...d=27&did=45302
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13551233/1
Posto isto, estou estupefacto como os "preocupados" e "indignados" de então deixaram passar esta noticia em claro...
Directamente do mesmo autor da conspiração das escutas presidenciais, passamos a apresentar:
“Uma informação não domesticada constitui uma ameaça”
Fernando Lima
04-01-2012 20:41
Consultor de Cavaco Silva volta a escrever sobre a ligação entre comunicação social e política.
O consultor político do Presidente da República, Fernando Lima, considera que "uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar" e reconhece que a mediatização afecta o trabalho dos governantes. Num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista "Campaigns & Elections" sobre "a importância da agenda", o antigo assessor de imprensa do chefe de Estado português, Fernando Lima centra-se na "agenda política".
"Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político", diz Fernando Lima.
Por outro lado, acrescenta, controlar a agenda política corresponde no presente a duas necessidades objectivas por parte daqueles que aspiram a posições de liderança na sociedade: a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira em relação aos outros e a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo.
04-01-2012 20:41
Consultor de Cavaco Silva volta a escrever sobre a ligação entre comunicação social e política.
O consultor político do Presidente da República, Fernando Lima, considera que "uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar" e reconhece que a mediatização afecta o trabalho dos governantes. Num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista "Campaigns & Elections" sobre "a importância da agenda", o antigo assessor de imprensa do chefe de Estado português, Fernando Lima centra-se na "agenda política".
"Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político", diz Fernando Lima.
Por outro lado, acrescenta, controlar a agenda política corresponde no presente a duas necessidades objectivas por parte daqueles que aspiram a posições de liderança na sociedade: a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira em relação aos outros e a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo.
O consultor político do Presidente da República Fernando Lima considera que «uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar» e reconhece que a mediatização afecta o trabalho dos governantes.
Num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista «Campaigns & Elections» sobre «a importância da agenda», o antigo assessor de imprensa do chefe de Estado português, Fernando Lima centra-se na «agenda política».
«Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político», diz Fernando Lima.
Por outro lado, acrescenta, controlar a agenda política corresponde no presente a duas necessidades objectivas por parte daqueles que aspiram a posições de liderança na sociedade: a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira em relação aos outros e a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo.
«Por isso, afirmava um autor norte-americano que «para governar com sucesso, um governo tem de marcar a agenda e não deixar que seja a mídia a fazê-lo». De outro modo, é arrastado pela corrente», escreve Fernando Lima.
Desta forma, acrescenta, a criação da agenda diária de um político é uma tarefa que requer «cuidado e imaginação» e deve ter em conta, essencialmente, a melhor maneira de captar a atenção dos media, pela forma ou pelo conteúdo.
Recordando que as novas correntes americanas valorizam a imagem, defendendo que «se a imagem está adequada, então a iniciativa está correta», o consultor político de Cavaco Silva lembra o trabalho desenvolvido por Michael Deaver quando Ronald Reagan estava na Casa Branca.
Michael Deaver, recorda Fernando Lima, entendia que através da ênfase que dava ao enquadramento visual podia evitar «a filtragem dos repórteres» e, assim, colocar o presidente norte-americano a falar directamente para a opinião pública.
«Enfim, ao poder, a qualquer poder, interessa acima de tudo a igualização da informação no contexto dos padrões que ele estabelece. Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar», refere ainda o consultor do chefe de Estado, lembrando o «antídoto» encontrado pela equipa de Reagan para «combater os desvios da mídia» e manter a agenda política controlada, fazendo o que chamavam de «manipulação pela inundação».
No final do artigo de opinião de duas páginas, Fernando Lima aponta ainda «o poder» como a principal fonte de notícias, distinguindo entre as notícias que assentam em factos normais, ou seja, discursos, visitas, entre outras iniciativas, e as noticias que resultam de «fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objectivo que se pretende alcançar».
Contudo, acrescenta, seja em que contexto for, a mediatização afecta cada vez mais o trabalho dos que governam e a forma como conduzem os assuntos, nomeadamente quando acentuam a preocupação de dar visibilidade à sua acção em termos de popularidade.
«Já dizia o velho estrategista chinês, Sun Tzu: «geralmente aquele que ocupa primeiro o campo de batalha e espera pelo inimigo está à vontade; o que entra mais tarde para a cena e tem que romper através do fogo é desgastado», conclui Fernando Lima.
Num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista «Campaigns & Elections» sobre «a importância da agenda», o antigo assessor de imprensa do chefe de Estado português, Fernando Lima centra-se na «agenda política».
«Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político», diz Fernando Lima.
Por outro lado, acrescenta, controlar a agenda política corresponde no presente a duas necessidades objectivas por parte daqueles que aspiram a posições de liderança na sociedade: a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira em relação aos outros e a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo.
«Por isso, afirmava um autor norte-americano que «para governar com sucesso, um governo tem de marcar a agenda e não deixar que seja a mídia a fazê-lo». De outro modo, é arrastado pela corrente», escreve Fernando Lima.
Desta forma, acrescenta, a criação da agenda diária de um político é uma tarefa que requer «cuidado e imaginação» e deve ter em conta, essencialmente, a melhor maneira de captar a atenção dos media, pela forma ou pelo conteúdo.
Recordando que as novas correntes americanas valorizam a imagem, defendendo que «se a imagem está adequada, então a iniciativa está correta», o consultor político de Cavaco Silva lembra o trabalho desenvolvido por Michael Deaver quando Ronald Reagan estava na Casa Branca.
Michael Deaver, recorda Fernando Lima, entendia que através da ênfase que dava ao enquadramento visual podia evitar «a filtragem dos repórteres» e, assim, colocar o presidente norte-americano a falar directamente para a opinião pública.
«Enfim, ao poder, a qualquer poder, interessa acima de tudo a igualização da informação no contexto dos padrões que ele estabelece. Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar», refere ainda o consultor do chefe de Estado, lembrando o «antídoto» encontrado pela equipa de Reagan para «combater os desvios da mídia» e manter a agenda política controlada, fazendo o que chamavam de «manipulação pela inundação».
No final do artigo de opinião de duas páginas, Fernando Lima aponta ainda «o poder» como a principal fonte de notícias, distinguindo entre as notícias que assentam em factos normais, ou seja, discursos, visitas, entre outras iniciativas, e as noticias que resultam de «fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objectivo que se pretende alcançar».
Contudo, acrescenta, seja em que contexto for, a mediatização afecta cada vez mais o trabalho dos que governam e a forma como conduzem os assuntos, nomeadamente quando acentuam a preocupação de dar visibilidade à sua acção em termos de popularidade.
«Já dizia o velho estrategista chinês, Sun Tzu: «geralmente aquele que ocupa primeiro o campo de batalha e espera pelo inimigo está à vontade; o que entra mais tarde para a cena e tem que romper através do fogo é desgastado», conclui Fernando Lima.
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