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O que tornaria Portugal mais competitivo economicamente?

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    [Economia] O que tornaria Portugal mais competitivo economicamente?

    Perante esta crise generalizada com cortes e mais cortes exigidos pela troika, que poderia então o Governo fazer para tornar o país mais competitivo?

    Vamos abordar este tema com maior precisão.

    Certamente vão se lembrar imediatamente em baixar impostos nas empresas e por aí fora, mas temos de ter em consideração as consequências que daí poderiam surgir nesta altura do campeonato (acertos, baixar num lado e subir noutro, limitações da troika, etc.)

    venham daí palpites... façam de conta que estão na posição do Primeiro Ministro

    #2
    Pego num exemplo. A Vulcano começou a produzir esquentadores, de patente Junkers. Ou seja, produzia o que outros desenvolveram. Com o passar dos anos e, não interessando muito o que aconteceu nesse meio, a Vulcano acabou por ser comprada a 100% pela Bosch (também detinha a Junkers). Com a sua chegada investiram num departamento de Investigação & Desenvolvimento e hoje esse departamento é simplesmente o centro de competências Bosch para o negócio de água quente. É um departamento formado na sua grande maioria por engenheiros portugueses (com uma percentagem significativa de doutorados e especialistas de várias áreas) que desenvolve produtos que se vendem em todo o mundo e são líderes na Europa.

    Esse é o caminho, melhor, esse devia ter sido o caminho. Por outro lado preferiu-se (seja governo, empresas, cidadãos) um investimento em obras públicas, habitação própria, carros, etc.... Hoje não temos ferramentas para vencer no futuro...

    Comentário


      #3
      Pelo lado dos custos:
      -energia mais barata
      - menos burocracia
      - maior rapidez e eficácia dos tribunais
      - etc etc

      Pelo lado mais importante:
      Porque o caminho (apesar de parecer que não é este que querem seguir) não é competir com os salários da china nem com os produtos de fraca qualidade chineses:
      -aumentar as qualifiicações dos portugueses em áreas técnicas (não em cursos da treta como sociologia, antropologia, letras, psicologia, psicologia das crianças, dos velhotes, do sexo e sei lá mais do quê)
      - apostar mais na industrialização do país em sectores de elevada incorporação de trabalho qualificado e tecnologia
      - apostar na formação de empresas por gestores/economistas à saída das universidades
      -etc

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        #4
        O exemplo que o air deu lembrou-me de outro episódio:
        Há uns anos atrás uma investigadora da UNL chamada Elvira Fortunato descobriu o transístor de papel. Na época procurou apoio junto da indústria que estava instalada em Portugal, como a Qimonda, para investir no projecto e registar aquela a que os media na altura apelidaram de "patente mais cobiçada do mundo".
        Salvo erro, acabou por ser com o apoio financeiro da Samsung que a patente internacional foi registada.
        Depois tentou evoluír o projecto e industrializá-lo, procurando o apoio da indústria de papel portuguesa (Portucel e afins) e novamente ouviu um não como resposta.
        Foi uma empresa brasileira, a Suzano, que agarrou a oportunidade.

        O problema de Portugal é um bocado este: quando se descobre algo de novo e potencialmente revolucionário, ninguém se arrisca a dar apoio e a investir nesses projectos. Os estrangeiros fazem-no e por isso são mais competitivos.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por air Ver Post
          Esse é o caminho, melhor, esse devia ter sido o caminho. Por outro lado preferiu-se (seja governo, empresas, cidadãos) um investimento em obras públicas, habitação própria, carros, etc.... Hoje não temos ferramentas para vencer no futuro...
          Ou seja, a politica do betão lixou-nos.

          Há quem diga que a solução neste momento passa pelos nossos Portos. Transformarmo-nos numa espécie de Singapura do Atlântico...

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por ATF Ver Post
            ...
            maior rapidez e eficácia dos tribunais
            ...
            É um factor importante, especialmente ao nível dos tribunais de execução.

            São milhões e milhões de euros parados ou "suspensos" por falta de meios e legislação competente. A treta da lei dos solicitadores de execução foi um flop completo, apesar de com menos meios humanos, as coisas funcionavam muito melhor com o sistema antigo.

            Outra coisa que me vem à cabeça é a tão famosa e até idolatrada por muitos, a filosofia do "chico-esperto". Quando vejo pessoas a declarar o salário mínimo nacional e a conseguir empréstimos de 100 mil euros para comprar casa, está tudo dito. O conluio, a gabarolice e o orgulho doentio são males de que a nossa sociedade padece em demasia. Como mudar isso? Eu não posso mudar os outros, mas posso tentar fazer a minha parte.

            Comentário


              #7
              País mais liberal com menos impostos....resumidamente, menos governo.
              Editado pela última vez por DiogoPinto; 29 January 2012, 17:50.

              Comentário


                #8
                Eu acho que não era preciso inventar nada de especial, bastava que houvesse mais vergonha e que as coisas simplesmente funcionassem, a começar pela justiça.

                Quem rouba, desvia, falcatrua que fosse exemplarmente preso/responsabilizado pelos seus actos.
                Não é roubarem, toda a gente saber que roubaram e andam aí todos engravatados, tratados como doutores como se nada fosse quando na verdade não passam de reles ladrões.
                Acho uma piada, vão fazer uma obra que custa 10 milhões mas depois paga-se 50. Eu gostava de saber se quando fazem obras nas casas deles isto também acontece.

                Podia-se também actualizar a constituição com um conjunto de leis que protegessem o povo da (des)governação, limitar o valor de créditos, défices e por aí fora.
                Isto era uma grande ajuda para a economia.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por DiogoPinto Ver Post
                  Pais mais liberal com menos impostos....resumidamente, menos governo.
                  Não concordo. Mas é esse o caminho que estamos a tomar

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por DiogoPinto Ver Post
                    Pais mais liberal com menos impostos....resumidamente, menos governo.
                    Atenção que mais liberal e com menos impostos poderia implicar o fim do estado social (se bem que actualmente está pela hora da morte). Como vantagem era menos despesa para o estado, pois.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por air Ver Post
                      Pego num exemplo. A Vulcano começou a produzir esquentadores, de patente Junkers. Ou seja, produzia o que outros desenvolveram. Com o passar dos anos e, não interessando muito o que aconteceu nesse meio, a Vulcano acabou por ser comprada a 100% pela Bosch (também detinha a Junkers).
                      Ainda esta semana estava com esta duvida sobre a composição da vulcano. Mas antes da bosh a vulcano nunca desenvolveu os seus próprios sistemas?

                      Comentário


                        #12
                        Legalizar drogas leves e prostituição aplicando impostos altíssimos!

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por dysplay21 Ver Post
                          Ainda esta semana estava com esta duvida sobre a composição da vulcano. Mas antes da bosh a vulcano nunca desenvolveu os seus próprios sistemas?
                          A Boshc foi entrando aos poucos no capital da Vulcano, até ter comprado a totalidade. Foi só aí que começaram a apostar na I&D!

                          Não tenho a menor dúvida que é pela Boshc que a Vulcano se mantém, seja pelos produtos que desenvolve, mas também pela produção, que é de uma eficiência extraordinária.

                          Comentário


                            #14
                            Sinceramente esta é uma pergunta sem resposta, ou com uma resposta bem complicada!
                            Claro que á 1ªvista dizemos logo devemos apostar em I&D, mas na realidade as empresas portuguesas são na sua maioria (acho que 90%), pequenas e médias empresas, e hoje em dia apesar de terem melhorado muito o tipo de gestão (devia ter acontecido nos anos 90, mas o dinheiro fácil/lucro fácil fez com que parassem no tempo, criou-se ilusão que estavam a funcionar bem porque ganhavam muito), estão sem fundos para isso. Além disso há muito pouca ligação às Universidades.
                            as grandes empresas nacionais são monopólios alguns saidos do Estado, empresas de construção que viveram à custa do Estado, e pouco resta além disto.
                            Mas devia ser um caminho este... mais tendo em conta as qualificações que muitos portugueses têm adquirido na última década.

                            Mas assim à vista e no imediato acho que devemos apostar naquilo que temos à mão, desde logo o mar, no melhor momento da nossa história foi de lá que vieram as soluções!
                            temos grande costa e somos ou deveríamos ser a principal porta de entrada na Europa.
                            Depois temos o turismo, embora com a crise este sector deva sofrer alguns cortes por todo o mundo, acho que Portugal tem condições excepcionais que estão longe de ser aproveitadas.
                            Em 600km conseguimos ir desde o verde do gerês às excelentes praias do Algarve, tendo pelo meio excelente historia e locais paradisíacos. (por falar nisto há um excelente programa na RTP á 6ªfeira "Viagem ao centro da nossa Terra" que mostra alguns desses locais, alguns deles desconhecidos para a grande maioria dos portugueses)
                            Acho que não deve haver um turista que venha a Lisboa ou Porto, Braga Coimbra, Évora, gerês e não fique surpreendido com o que vê, eu tenho andado com alguns estrangeiros por cá e não faziam ideia do que é Portugal! Passaram anos a vender as enchentes no Algarve, por vezes em turismo sem qualidade, quando havia um país para mostrar, e não falta quem ande à procura de tudo aquilo que nós temos, principalmente História, praias, cultura, tradições e se calhar principalmente SOL. Espanha vendeu muito bem isso, como exemplo tenerife, qualquer praia Portuguesa é superior a uma de Tenerife, mas há milhares a ir para lá curtir as praias, alguns portugueses.

                            Agricultura, durante anos pagaram-nos para a abandonar, foi um erro que deve ser corrigido, há quem pague bem por bons produtos, e os portugueses são na sua generalidade bons, frutas, legumes, vinhos, alguns ao contrário do que pensamos têm um alto valor acrescentado, precisam é de ganhar nome.

                            Apostar nas indústrias que têm mercado lá fora, sapatos, de dia para dia acho que temos conseguido isso, (há dias dava uma reportagem sobre um empresário de sapatos, sendo que um par português valia 350€, se tivesse made in Italy, valia 500€ e associado a uma marca valia 750€), continuamos a ser fortes nas confecções, a crise fez com que ficassem as mais fortes, mobiliário, o boom da construção fez crescer este mercado e algumas empresas souberam aproveitar isso para se internacionalizar. No geral apoiar/divulgar estas industrias como de qualidade, penso que com poucos milhões investidos em feiras, se consegue construir uma imagem diferente do país. Preços e experiência temos, acho que falta ainda muito a marca portugal.
                            O nosso meracdo é demasiado pequeno e como se veio a ver estava preso por pinças, por isso resta-nos virar para o exterior.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por ATF Ver Post
                              Pelo lado dos custos:
                              -aumentar as qualifiicações dos portugueses em áreas técnicas (não em cursos da treta como sociologia, antropologia, letras, psicologia, psicologia das crianças, dos velhotes, do sexo e sei lá mais do quê)
                              Isso mesmo! Essa escumalha das letras e das ciências sociais que foram para humanidades para fugir à matemática. Cambada de preguiçosos e de comunas, não é?
                              Bem que podes agradecer aos sociólogos muito daquilo que se tem estudado sobre comportamentos sociais em portugal e a psicólogos sobre a melhoria incomparável da saúde mental. Bem que podes agradecer aos preguiçosos das letras por uma significativa parte das coisas (que são mínimas mas indispensáveis para a vida) que lês no teu dia-a-dia.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por LUSOPOWER Ver Post
                                Perante esta crise generalizada com cortes e mais cortes exigidos pela troika, que poderia então o Governo fazer para tornar o país mais competitivo?

                                Vamos abordar este tema com maior precisão.

                                Certamente vão se lembrar imediatamente em baixar impostos nas empresas e por aí fora, mas temos de ter em consideração as consequências que daí poderiam surgir nesta altura do campeonato (acertos, baixar num lado e subir noutro, limitações da troika, etc.)

                                venham daí palpites... façam de conta que estão na posição do Primeiro Ministro
                                Em frente ao actual primeiro ministro só lhe poderia dizer uma coisa que ele percebesse (ou talvez não); "Vai estudar".

                                Quanto ao que poderia tornar Portugal mais competitivo e na eventualidade de um dia haver um primeiro ministro que esteja na disposição de fazer o país avançar, há uma mão cheia de medidas que são incontornáveis:

                                -Baixar impostos, TSU, IRS, IRC, ISP, Portagens, IVA.

                                -Construir o raio da linha de alta velocidade (não TGV) entre Sines e os outros pontos estratégicos do país (Faro, Lisboa, Elvas, Coimbra, Viseu, Porto, Braga), com posterior ligação a Vigo e Badajoz, aumentar a profundidade do porto de Sines dos actuais 22/24 metros para os 27/28 metros, é esse o tamanho do calado dos porta-contentores recentes, já não se usam barcaças e passadiços para descarregar e carregar navios mercantes.

                                Aumentar o espaço de armazenamento junto ao porto de Sines e criar um pólo industrial próximo com verdadeiros incentivos e não como de costume, pagar as empresas para se estabelecerem durante 10 anos.

                                -Acabar com o financiamento de instituições privadas como as fundações, acabar com os institutos públicos ou transferir os que são úteis e relevantes para as universidades e politécnicos. Querem financiar privados, financiem colégios e universidades que tem melhor desempenho e abrem as portas a todas as crianças e jovens.

                                -Investir na educação de forma séria, diferente da forma como o anterior governo o fez.

                                -Afinar a idade de reforma para os 48 anos, com uma contrapartida para quem quiser continuar a trabalhar.

                                -Combater a economia paralela, mesmo. Só no ano passado, o valor total da fuga aos impostos, daria para pagar a totalidade da divida pública e ainda sobraria dinheiro.

                                -Investir na independência energética, não, não estou a dizer para se comprar aerogeradores com dez anos à Holanda, mas para conduzir a investigação sobre as varias áreas que com ela se relacionam, cá, em empresas e universidades. O gás natural existe e pode ser explorado, assim como outras fontes energéticas relacionadas, bem como a energia sustentável.

                                -Sejamos realistas, nunca vamos ser auto-suficientes na agricultura mas podemos colocar as quintas abandonadas a produzir. Podemos até, imaginem, pescar o peixe que comemos e exportar algum desde que tenhamos meios para o fazer.

                                Há muito mais, mas para começar dá.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por AstonM Ver Post
                                  O exemplo que o air deu lembrou-me de outro episódio:
                                  Há uns anos atrás uma investigadora da UNL chamada Elvira Fortunato descobriu o transístor de papel. Na época procurou apoio junto da indústria que estava instalada em Portugal, como a Qimonda, para investir no projecto e registar aquela a que os media na altura apelidaram de "patente mais cobiçada do mundo".
                                  Salvo erro, acabou por ser com o apoio financeiro da Samsung que a patente internacional foi registada.
                                  Depois tentou evoluír o projecto e industrializá-lo, procurando o apoio da indústria de papel portuguesa (Portucel e afins) e novamente ouviu um não como resposta.
                                  Foi uma empresa brasileira, a Suzano, que agarrou a oportunidade.

                                  O problema de Portugal é um bocado este: quando se descobre algo de novo e potencialmente revolucionário, ninguém se arrisca a dar apoio e a investir nesses projectos. Os estrangeiros fazem-no e por isso são mais competitivos.
                                  É exactamente esse o problema.

                                  Como já tinha descrito num outro tópico, na sequência da minha tese de Doutoramento, feita em parceria com uma empresa, desenvolvi junto com a equipa, um prototipo de um biofiltro funcional. Após reuniões entre a empresa da parceria, fundos de investimento publicos e privados nacionais e europeus, a burocracia, a demora, a falta de compromissos das partes terceiras levou a que a patente do biofiltro fosse registada nos EUA em parceria com uma empresa de Biotecnologia multinacional com sede nos EUA.

                                  O que ganhou Portugal com o negocio? Monetáriamente nada.
                                  A equipa e os laboratórios onde foi desenvolvido o prototipo ganhou o know-how mas não o podem usar na sua plenitude devido a não terem a patente e/ou os direitos de desenvolvimento.
                                  Eu ganhei conhecimento, experiencia, reconhecimento, e a garantia de trabalho para quando eu quiser na empresa que tem a patente.

                                  Falta visão empresarial, falta agilidade nos processos burocráticos, falta disponibilizar na sua plenitude os fundos estruturais que permitem não só o financiamento de investigação prioritária mas todo o processo de acompanhamento que conduz á patente.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por LUSOPOWER Ver Post
                                    Ou seja, a politica do betão lixou-nos.
                                    Não, o que nos lixou foi os cambalachos. Mesmo Franklin D. Roosevelt, que preparou o caminho de saída da grande depressão de 1929, consegui-o com o betão e o antecessor do Estado-Providência, com um salário mínimo e subsídio de desemprego e que ficou conhecido por New Deal. Esta politica de Roosevelt acabou em 1970, quer porque já não havia necessidade de o estado participar de forma tão activa na economia, quer pelo retorno dos ideais liberais e a auto regulação dos mercados (como resultado tivemos a repetição da crise económica de 1929).

                                    Comentário


                                      #19
                                      Por exemplo acabar com estas coisas Diário do Minho

                                      Que mesmo que houvesse dinheiro para construir ia ser um sorvedouro de massa.

                                      Mas tb de uma terra que gasta mais de 100 milhões num estádio....

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por AyrtonRose Ver Post
                                        Por exemplo acabar com estas coisas Diário do Minho

                                        Que mesmo que houvesse dinheiro para construir ia ser um sorvedouro de massa.

                                        Mas tb de uma terra que gasta mais de 100 milhões num estádio....
                                        Uma das maiores vergonhas desta cidade...que me envergonha pelo trafulha de presidente de câmara que tem.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por LUSOPOWER Ver Post
                                          Perante esta crise generalizada com cortes e mais cortes exigidos pela troika, que poderia então o Governo fazer para tornar o país mais competitivo?

                                          Vamos abordar este tema com maior precisão.

                                          Certamente vão se lembrar imediatamente em baixar impostos nas empresas e por aí fora, mas temos de ter em consideração as consequências que daí poderiam surgir nesta altura do campeonato (acertos, baixar num lado e subir noutro, limitações da troika, etc.)

                                          venham daí palpites... façam de conta que estão na posição do Primeiro Ministro

                                          A baixa da carga fiscal é uma necessidade urgente, mesmo que para isso entremos em incumprimento porque, por este caminho, vamos lá chegar de qualquer das formas.

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                                            #22
                                            Temos projectos interessantíssimos nas células de investigação das universidades, alguns deles com um potencial fantástico se bem geridos, comercializados e massificados (se for o caso). Farto-me de ver na TV notícias sobre esses projectos, e depois nunca mais ouço nada sobre isso. Parece um cliché, mas a ligação entre as universidades e as empresas ainda é escassa, em termos de projectos de jeito.

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por AyrtonRose Ver Post
                                              Por exemplo acabar com estas coisas Diário do Minho

                                              Que mesmo que houvesse dinheiro para construir ia ser um sorvedouro de massa.

                                              Mas tb de uma terra que gasta mais de 100 milhões num estádio....
                                              Fica o video que já pus por aí da noticia de cima... só um megalómano se lembraria de fazer umas piscinas olímpicas de 25/30milhões de euros! Mas enfim, alguém há-de pagar.
                                              Piscinas Olimpicas de braga vão dar lugar a um parque aquatico.wmv - YouTube

                                              Quanto ao estádio quem dera que fossem 100milhões! Se no final chegarem 150M digo que já ficaria contente!

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por paulofer Ver Post
                                                Sinceramente esta é uma pergunta sem resposta, ou com uma resposta bem complicada!
                                                Claro que á 1ªvista dizemos logo devemos apostar em I&D, mas na realidade as empresas portuguesas são na sua maioria (acho que 90%), pequenas e médias empresas, e hoje em dia apesar de terem melhorado muito o tipo de gestão (devia ter acontecido nos anos 90, mas o dinheiro fácil/lucro fácil fez com que parassem no tempo, criou-se ilusão que estavam a funcionar bem porque ganhavam muito), estão sem fundos para isso. Além disso há muito pouca ligação às Universidades.
                                                as grandes empresas nacionais são monopólios alguns saidos do Estado, empresas de construção que viveram à custa do Estado, e pouco resta além disto.
                                                Mas devia ser um caminho este... mais tendo em conta as qualificações que muitos portugueses têm adquirido na última década.

                                                Mas assim à vista e no imediato acho que devemos apostar naquilo que temos à mão, desde logo o mar, no melhor momento da nossa história foi de lá que vieram as soluções!
                                                temos grande costa e somos ou deveríamos ser a principal porta de entrada na Europa.
                                                Depois temos o turismo, embora com a crise este sector deva sofrer alguns cortes por todo o mundo, acho que Portugal tem condições excepcionais que estão longe de ser aproveitadas.
                                                Em 600km conseguimos ir desde o verde do gerês às excelentes praias do Algarve, tendo pelo meio excelente historia e locais paradisíacos. (por falar nisto há um excelente programa na RTP á 6ªfeira "Viagem ao centro da nossa Terra" que mostra alguns desses locais, alguns deles desconhecidos para a grande maioria dos portugueses)
                                                Acho que não deve haver um turista que venha a Lisboa ou Porto, Braga Coimbra, Évora, gerês e não fique surpreendido com o que vê, eu tenho andado com alguns estrangeiros por cá e não faziam ideia do que é Portugal! Passaram anos a vender as enchentes no Algarve, por vezes em turismo sem qualidade, quando havia um país para mostrar, e não falta quem ande à procura de tudo aquilo que nós temos, principalmente História, praias, cultura, tradições e se calhar principalmente SOL. Espanha vendeu muito bem isso, como exemplo tenerife, qualquer praia Portuguesa é superior a uma de Tenerife, mas há milhares a ir para lá curtir as praias, alguns portugueses.

                                                Agricultura, durante anos pagaram-nos para a abandonar, foi um erro que deve ser corrigido, há quem pague bem por bons produtos, e os portugueses são na sua generalidade bons, frutas, legumes, vinhos, alguns ao contrário do que pensamos têm um alto valor acrescentado, precisam é de ganhar nome.

                                                Apostar nas indústrias que têm mercado lá fora, sapatos, de dia para dia acho que temos conseguido isso, (há dias dava uma reportagem sobre um empresário de sapatos, sendo que um par português valia 350€, se tivesse made in Italy, valia 500€ e associado a uma marca valia 750€), continuamos a ser fortes nas confecções, a crise fez com que ficassem as mais fortes, mobiliário, o boom da construção fez crescer este mercado e algumas empresas souberam aproveitar isso para se internacionalizar. No geral apoiar/divulgar estas industrias como de qualidade, penso que com poucos milhões investidos em feiras, se consegue construir uma imagem diferente do país. Preços e experiência temos, acho que falta ainda muito a marca portugal.
                                                O nosso meracdo é demasiado pequeno e como se veio a ver estava preso por pinças, por isso resta-nos virar para o exterior.
                                                Nem mais, disses-te tudo .)

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                                                  #25
                                                  O problema é que os Belmiros mandam no País...

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                                                    #26
                                                    Alguem leu a última Visão?????

                                                    Empresas do mundo da moda estã a voltar a comprar às fábricas Portuguesas depois de experiências menos boas com os fornecedores asiáticos.Se os nossos desgovernantes se deixarem de m@@@ pode ser que ainda haja esperança!

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por LUSOPOWER Ver Post
                                                      Perante esta crise generalizada com cortes e mais cortes exigidos pela troika, que poderia então o Governo fazer para tornar o país mais competitivo?

                                                      Podiam começar por pagar as dívidas que arrastam para o fundo empresas que produzem, são competitivas e têm margem de manobra para crescimento. Empresas que não o conseguem porque o "cliente" principal é o Estado e que como não lhes paga a tempo e horas não as deixa evoluir.
                                                      Depois disto feito, podem começar a apostar nessas mesmas empresas e noutras que sejam economicamente viáveis e que apresentem projectos bem estruturados que demonstrem que a médio prazo criarão riqueza e trabalho para o país. Podem fazer isso concedendo benefícios fiscais, apoios financeiros (como empréstimos a juros baixos, por exemplo), criação e desenvolvimento de infra-estruturas relevantes ao desenvolvimento, e ainda criando sinergias entre essas mesmas empresas aumentando os incentivos para os casos de trabalho conjunto para o objectivo primário (criação de mais-valia para o país).

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Precisamos de mais vontade de bater o punho...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          uma discussão curiosa, no seguimento de uma outra que tive este fim de semana.

                                                          o menos engraçado é que podemos fazer muito pouco. Vamos estar na "m#rd#" os proximos 10 anos. Vejamos o japão, que depois do grande crescimento económico nos pos-guerra, começou a parar no década de 90. O Japão está a cerca de 15 anos ou a crescer 0,5% ou a decrescer 0,5% e não saí disto. E ninguém coloca em causa a capacidade de sofrimento e de trabalho do povo japonês, mas outros países começaram a produzir o mesmo que eles produziam carros, electrónica, etc, a preços mais competitivos como por exemplo a Coreia do sul.

                                                          digo que nós por cá podemos fazer pouco, porque neste momento o pais esta literalmente parado e apesar das exportações serem importantes, serão insuficientes para nos endireitar. O consumo interno será sempre uma parcela importante do nosso crescimento, só que deviamos era consumir produtos portugueses em vez de andar a importar tudo. Já tivemos no passado carros portugueses, televisores portugueses, etc, etc. Claro que a União Europeia teve um papel importante no fim desses sectores, mas o caminho terá que ser por aí.

                                                          neste momento, temos que esperar que as famílias paguem os créditos que andaram a fazer, para que passem a ter alguma liquidez para que o consumo interno volte a subir, espero é que nesse momento já alguém tenha criado as condições necessárias para que as empresas portuguesas possam ser competitivas, porque ninguém vai comprar um kg de batatas nacional a 0,40€, quando a espanhola está a 0,30€. Que condições poderão ser estas, não sei, não sou economistas, mas acho que menos impostos, um custo energético menor já era uma boa ajuda.

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                                                            #30
                                                            Em resposta ao tópico:

                                                            Talvez sair da UE, e fechar as pernas à importação seja a única forma de equilibrar as coisas.

                                                            Está a ficar provado que a livre circulação de bens apenas favorece os países de maior tamanho com maior massa crítica em todos os sectores de actividade.

                                                            Nós, enquanto anões, não temos hipóteses em nenhum sector de actividade tradicional, portanto não vale a pena queimar pestanas a pensar nisso.

                                                            Comentário

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