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    Falências em Espanha atingem recorde | Económico

    Austeridade é que é bom, mandar pessoas para o desemprego, diminuír as receitas fiscais, aumentar os encargos com apoio social..........caminhamos a PASSOS largos para trabalharmos a troco de um prato de comida (quem acha que não que espere mais um ano para verem que tenho razão).

    E como não poderia deixar de ser, aqui temos um exemplo daquilo que a austeridade faz de bom por uma economia.......o problema é que isto também são más noticias para nós por razões óbvias.

    Enfim, com burros de palas nos olhos a desgovernar-nos, não vamos muito longe, infelizmente.

    P.S.- então e o que acham os defensores do desgoverno do aumento da dívida pública.........até parece que já estou a ver respostas do tipo: "ah neste tipo de conjuntura é normal e tal e coisa bla bla bla bla bla"

    #2
    Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
    Falências em Espanha atingem recorde | Económico

    Austeridade é que é bom, mandar pessoas para o desemprego, diminuír as receitas fiscais, aumentar os encargos com apoio social..........caminhamos a PASSOS largos para trabalharmos a troco de um prato de comida (quem acha que não que espere mais um ano para verem que tenho razão).

    E como não poderia deixar de ser, aqui temos um exemplo daquilo que a austeridade faz de bom por uma economia.......o problema é que isto também são más noticias para nós por razões óbvias.

    Enfim, com burros de palas nos olhos a desgovernar-nos, não vamos muito longe, infelizmente.

    P.S.- então e o que acham os defensores do desgoverno do aumento da dívida pública.........até parece que já estou a ver respostas do tipo: "ah neste tipo de conjuntura é normal e tal e coisa bla bla bla bla bla"
    Provavelmente tem a ver com o aumento dos juros.

    Já agora, na capa do jornal "Oje" diz que já era esperado.
    Editado pela última vez por Dannymad; 07 February 2012, 11:03.

    Comentário


      #3
      Ainda não percebi muito bem qual é a alternativa à austeridade... podes explicar-me qual é?

      Comentário


        #4
        neste momento qualquer caminho é melhor, então porque não fazer o caminho oposto, baixar impostos, apoiar o crescimento economico e cortar onde realmente existe excesso: PPP's, Institutos públicos que ninguém sabe explicar para que servem, cortar salários para 1/3 nas administrações das empresas públicas de transportes, etc etc etc etc, escolhas não faltam.

        Para além disso, meter o dedo no nariz dos credores, à semelhança daquilo que fizeram na Islândia, e pagar juros pagáveis em prazos que não sejam absurdos.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
          neste momento qualquer caminho é melhor, então porque não faze o caminho oposto, baixar impostos, apoiar o crescimento economico e cortar existe excesso: PPP's, Institutos públicos que ninguém sabe explicar para que servem, cortar salários para 1/3 nas administrações das empresas públicas de transportes, etc etc etc etc, escolhas não faltam.
          Então faz umas contas para perceber quanto é que poupavas com essas medidas...

          Umas migalhitas insignificantes.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por eu Ver Post
            Ainda não percebi muito bem qual é a alternativa à austeridade... podes explicar-me qual é?
            Porque é que a austeridade é apenas para quem tem dificuldades?

            Então e austeridade sobre a banca, sobre os mais ricos, sobre operações da bolsa, sobre os bónus milionarios dos administradores, clubes de futebol, etc... aí já não é preciso austeridade...


            Por as pessoas se terem resignado ao "se tem que ser é porque tem que ser" é que a chamada "austeridade", só funciona para os mais pequenos.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por WM Ver Post
              Porque é que a austeridade é apenas para quem tem dificuldades?

              Então e austeridade sobre a banca (já existe algo similar, a taxa criada pelo Sócrates), sobre os mais ricos (pagares perto de 45% sobre os teus rendimentos e não teres direito a deduzir nada já me parece "forte"), sobre operações da bolsa (já existem), sobre os bónus milionarios dos administradores (deduzem IRS, nos públicos se não estou em erro, agora estão limitados ao salário do PR - os salários), clubes de futebol (não percebi), etc... aí já não é preciso austeridade...

              Por as pessoas se terem resignado ao "se tem que ser é porque tem que ser" é que a chamada "austeridade", só funciona para os mais pequenos.
              A negrito.

              Abraços
              XO

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por WM Ver Post
                Porque é que a austeridade é apenas para quem tem dificuldades?

                Então e austeridade sobre a banca, sobre os mais ricos, sobre operações da bolsa, sobre os bónus milionarios dos administradores, clubes de futebol, etc... aí já não é preciso austeridade...


                Por as pessoas se terem resignado ao "se tem que ser é porque tem que ser" é que a chamada "austeridade", só funciona para os mais pequenos.
                Ontem no programa "Olhos nos olhos", o Medina Carreira explicou porque é que a história de cortar nos ricos não funciona.
                Deu o exemplo das reformas: a maior parte das pessoas diz que se deve cortar nas pensões dos ricos e não dos pobres.
                Ele explicou que isso embora moralmente muito correcto na prática não funciona porque segundo a contas dele existem menos de 1000 pessoas em Portugal com reformas de luxo (salvo erro acima de €5000) e normalmente pertencem a pessoas que descontaram o que a legislação previa para atingir esses patamares.
                Depois disse que a esmagadora maioria das pensões em Portugal são extraordinariamente baixas e muitas deles estão atribuídas a pessoas que nunca descontaram ou descontaram muito pouco durante pouco tempo.
                Para o sistema ser sustentável em média cada pessoa deveria ter uma carreira contributiva de 40 anos mas na prática a maior parte dos actuais pensionistas, mesmo com pensões baixas, nunca descontaram nada (ou quase nada) e na prática o que acontece é que o que os ricos descontaram não chega para cobrir a despesa com as pensões dos pobres.
                Grosso modo foi em torno disto que a discussão girou e achei os gráficos e os números apresentados muito esclarecedores.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
                  neste momento qualquer caminho é melhor, então porque não fazer o caminho oposto, baixar impostos, apoiar o crescimento economico e cortar onde realmente existe excesso: PPP's, Institutos públicos que ninguém sabe explicar para que servem, cortar salários para 1/3 nas administrações das empresas públicas de transportes, etc etc etc etc, escolhas não faltam.

                  Para além disso, meter o dedo no nariz dos credores, à semelhança daquilo que fizeram na Islândia, e pagar juros pagáveis em prazos que não sejam absurdos.
                  Não se pode fazer isso. Depois nas próximas eleições o financiamento privado ia para o PS e o PSD perdia as eleições.

                  Pouco interessa se o país ia ganhar com essas soluções, desenvolver-se e aumentar a riqueza produzida. É alias, por essa mesma razão que não se agiliza o combate à corrupção, à economia paralela e à fuga aos impostos, não interessa a alguns sectores.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
                    neste momento qualquer caminho é melhor, então porque não fazer o caminho oposto, baixar impostos, apoiar o crescimento economico e cortar onde realmente existe excesso: PPP's, Institutos públicos que ninguém sabe explicar para que servem, cortar salários para 1/3 nas administrações das empresas públicas de transportes, etc etc etc etc, escolhas não faltam.

                    Para além disso, meter o dedo no nariz dos credores, à semelhança daquilo que fizeram na Islândia, e pagar juros pagáveis em prazos que não sejam absurdos.
                    Porque as consequências positivas dessa opção de baixar impostos apenas se iam verificar no longo prazo, e até lá o estado ficava sem dinheiro para pagar os vencimentos às 6 milhões de pessoas que dependem directa ou indirectamente do estado (FP, reformados, etc)


                    Originalmente Colocado por XO Ver Post
                    Porque é que a austeridade é apenas para quem tem dificuldades?

                    Então e austeridade sobre a banca (já existe algo similar, a taxa criada pelo Sócrates), sobre os mais ricos (pagares perto de 45% sobre os teus rendimentos e não teres direito a deduzir nada já me parece "forte"), sobre operações da bolsa (já existem), sobre os bónus milionarios dos administradores (deduzem IRS, nos públicos se não estou em erro, agora estão limitados ao salário do PR - os salários), clubes de futebol (não percebi), etc... aí já não é preciso austeridade...

                    Por as pessoas se terem resignado ao "se tem que ser é porque tem que ser" é que a chamada "austeridade", só funciona para os mais pequenos.
                    A negrito.

                    Abraços
                    XO
                    1º-A taxa criada pelo socrates é muito fraquinha, é uma tributação sujeita a um regime fiscal muito inferior à aplicada às empresas "normais" em sede de IRC (25%)

                    2º-Realmente, eu também considero a taxa marginal de IRS mais elevada muito pesada. Cerca de metade de imposto sobre o rendimento dos mais ricos é muito, e mesmo que não haja deslocalização de capitais não vai resolver o problema de falta de receita do estado.

                    3ª- Sim existem, mas são muito leves e só no fim do mandato do socrates é que se começou a dar importancia a isto, acho que foi das poucas boas medidas que ele adoptou. Antes a tributação das mais valias de partes de capital detidas por mais de um ano não eram sujeitas a tributação, coisa que agora já é. No entanto, tanto as mais valias como os ganhos de capital provenientes de investimentos financeiros têm regimes preferências de tributação. Até porque os ganhos de capital estão sujeitos a taxas liberatórias e autónomas muitos inferiores às taxas marginais de IRS mais altas (subiram agora para 25%).

                    4ª- Sim, a partir de agora o vencimento dos administradores publicos não vai poder ultrapassar o do PM.

                    5º- Provavelmente não era a isto que o WM se estava a referir, mas os jogadores de futebol pagam taxas de IRS em cerca de metade das pessoas "normais" pois estão numa profissão considerada de desgaste rápido e como tal a sua tributação é mais "leve". Julgo que as taxas de imposto sobre o rendimento são metade das previstas no CIRS.

                    Independentemente disto tudo, acho que muita gente ainda não se apercebeu que o objectivo da "austeridade" é ficarmos mais pobres. Antes isto acontecia por consequência da desvalorização da moeda. Agora como não é possivel utilizar este mecanismo, a coisa tem de ser feita por via da aplicação directa de imposto/taxas/contribuições especiais, etc. Só podemos exigir que sejam feitas as alterações estruturais necessárias para garantir que não chegamos à mesma situação daqui a 15 anos.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
                      neste momento qualquer caminho é melhor, então porque não fazer o caminho oposto, baixar impostos, apoiar o crescimento economico e cortar onde realmente existe excesso: PPP's, Institutos públicos que ninguém sabe explicar para que servem, cortar salários para 1/3 nas administrações das empresas públicas de transportes, etc etc etc etc, escolhas não faltam.

                      Para além disso, meter o dedo no nariz dos credores, à semelhança daquilo que fizeram na Islândia, e pagar juros pagáveis em prazos que não sejam absurdos.
                      Um like não chega para dizer que concordo.
                      Como vamos não chegamos a lado nenhum
                      (Baixar os impostos só daqui a um ano, no mínimo, mas tentava manter)

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por WM Ver Post
                        Porque é que a austeridade é apenas para quem tem dificuldades?

                        Então e austeridade sobre a banca, sobre os mais ricos, sobre operações da bolsa, sobre os bónus milionarios dos administradores, clubes de futebol, etc... aí já não é preciso austeridade...


                        Por as pessoas se terem resignado ao "se tem que ser é porque tem que ser" é que a chamada "austeridade", só funciona para os mais pequenos.
                        A austeridade devia ser assim. Cortar nos ricos e manter os pobres.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por AstonM Ver Post
                          Ontem no programa "Olhos nos olhos", o Medina Carreira explicou porque é que a história de cortar nos ricos não funciona.
                          Deu o exemplo das reformas: a maior parte das pessoas diz que se deve cortar nas pensões dos ricos e não dos pobres.
                          Ele explicou que isso embora moralmente muito correcto na prática não funciona porque segundo a contas dele existem menos de 1000 pessoas em Portugal com reformas de luxo (salvo erro acima de €5000) e normalmente pertencem a pessoas que descontaram o que a legislação previa para atingir esses patamares.
                          Depois disse que a esmagadora maioria das pensões em Portugal são extraordinariamente baixas e muitas deles estão atribuídas a pessoas que nunca descontaram ou descontaram muito pouco durante pouco tempo.
                          Para o sistema ser sustentável em média cada pessoa deveria ter uma carreira contributiva de 40 anos mas na prática a maior parte dos actuais pensionistas, mesmo com pensões baixas, nunca descontaram nada (ou quase nada) e na prática o que acontece é que o que os ricos descontaram não chega para cobrir a despesa com as pensões dos pobres.
                          Grosso modo foi em torno disto que a discussão girou e achei os gráficos e os números apresentados muito esclarecedores.
                          Acho que ninguém com um mínimo de noção das coisas diz que se deve cortar só aos ricos.

                          Mas devem ser a quem se corta primeiro.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                            Acho que ninguém com um mínimo de noção das coisas diz que se deve cortar só aos ricos.

                            Mas devem ser a quem se corta primeiro.
                            Correcto, o que o Medina Carreira disse é que cortar nos ricos por si só não resolve magicamente o problema porque no fundo temos poucos ricos!
                            Por exemplo, assim de cabeça, acho que as pensões mais baixas representavam quase 50% do total das pensões, ou seja, cortar apenas aos ricos não só não resolve o problema como provavelmente ainda os incentiva a saír do país.
                            Os cortes, para terem efeito real nas contas, têm de ser feitos na totalidade do "bolo" e não apenas numa única fatia, por mais injusto socialmente que isso seja.
                            Já agora, houve ainda outra coisa que foi lá dita que achei interessante: Pelos vistos, a percentagem de pessoas pobres ou abaixo do limiar da pobreza antes das prestações sociais é inferior em Portugal do que em alguns países nórdicos!
                            Editado pela última vez por AstonM; 07 February 2012, 16:15.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por eu Ver Post
                              Ainda não percebi muito bem qual é a alternativa à austeridade... podes explicar-me qual é?
                              Nenhuma. Há que cortar TUDO até os Portugueses estarem TODOS, inclusive tu e os ricos, a passarem fome e frio. Sim, tens de estar lá tu e os ricos todos também. Acabar com tudo e todos até que não haja mais austeridade para fazer e em lado nenhum. É tudo na PENÚRIA TOTAL.

                              Depois, quando já tivermos na sarjeta e na miséria total havemos de crescer. Seria muiiiittttoooooo difícil realizar essa proeza...assim também eu!

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                Então faz umas contas para perceber quanto é que poupavas com essas medidas...

                                Umas migalhitas insignificantes.
                                Migalhitas insignificantes com PPP'S?

                                Claro que nos ricos não, isso são peanuts, migalhas, pentelhos. Há que os deixar comer camarão e encher a pança!

                                Comentário


                                  #17
                                  Percebo muito pouco de macroeconomia, mas numa situação de emergência como a que Portugal encontrou, não é com reformas estruturais (apenas) que se consegue inverter a subida da dívida. Aliás, para a dívida se manter sustentável era necessário um crescimento económico como nunca se viu em Portugal (em democracia).
                                  Ora como esse crescimento é (era, será, não sei) completamente utópico para por si só criar bases de sustentação da dívida, tiveram (Sócrates e agora Passos Coelho) de recorrer a drásticos cortes na despesa e aumentos de receita.
                                  Se é o ideal sinceramente não sei, mas com base nos meus (parcos) conhecimentos parece-me (infelizmente) a única solução imediata de criar um travão ao crescimento da dívida.
                                  Claro que as reformas estruturais (sejam elas quais forem) terão de ser implementadas e os seus efeitos serão diluidos no tempo.

                                  Abraços
                                  XO
                                  Editado pela última vez por XO; 07 February 2012, 16:23. Razão: gralha

                                  Comentário


                                    #18
                                    Não poderás colocar todas as PPPs como negócios ruinosos e com possibilidade de anular.
                                    A renegociação das PPPs é um bico de obra, não só por causa dos lobbies mas por causa do endividamento das empresas que contrairam crédito em instituições portuguesas para avançar com as obras.
                                    Há casos gritantes de falta de moralidade (para não falar de criminalidade) em algumas PPPs, é óbvio, e algumas delas deveriam ser renegociadas (extensão da concessão por ex) mas mesmo que cancelassem TODAS as PPPs (e não falo dos efeitos nefastos nas empresas e bancos que financiaram) é peanuts comparado apenas com os JUROS que temos de pagar da nossa dívida.

                                    Abraços
                                    XO

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por apocalypto84 Ver Post
                                      Migalhitas insignificantes com PPP'S?
                                      Mas o que queres fazer? Rasgar os contratos?

                                      Eu também não gosto da austeridade (e afecta-me forte e feio, acredita) mas não vejo que exista alguma alternativa.

                                      E não me levem a mal, mas só os ingénuos ou ignorantes (e isto não é um insulto) é que pensam que existe...

                                      Muita gente manda postas de pescada, mas nem sequer faz a mínima ideia de qual é o valor da dívida, dos juros, das receitas do estado e principalmente das áreas onde o OE pesa mais. E é aí onde se pode efetivamente poupar...
                                      Editado pela última vez por eu; 07 February 2012, 16:30.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por XO Ver Post
                                        Há casos gritantes de falta de moralidade (para não falar de criminalidade) em algumas PPPs,
                                        XO
                                        Estes contratos deviam ser bem investigados para detetar alguma ilegalidade que os pudesse anular... nos outros... pouco há a fazer...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Eu acho é que ninguém ainda percebeu uma coisa...

                                          Não há ninguém, ou quase ninguém, que discorde da austeridade. Toda a gente concorda que a aplicação da mesma era inevitável, o problema é que essa fórmula já foi aplicada ao EXTREMO! Os resultados dessa austeridade são terríveis e, a continuar, vão piorar ainda mais a situação ao invés de nos permitir que recuperemos.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Continuo a dizer que fazia muito bem ao pessoal pegar num Orçamento de Estado e ver onde o Estado gasta o dinheiro.

                                            Porque claramente a maioria das pessoas não faz PUTO de ideia.

                                            Edit: E até já há ferramentas com a papinha toda digerida.

                                            Pelo menos uma ideia geral, está acessível a qualquer pessoa minimamente informada.
                                            Editado pela última vez por Andre; 07 February 2012, 16:57.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por AstonM Ver Post
                                              Ontem no programa "Olhos nos olhos", o Medina Carreira explicou porque é que a história de cortar nos ricos não funciona.
                                              Deu o exemplo das reformas: a maior parte das pessoas diz que se deve cortar nas pensões dos ricos e não dos pobres.
                                              Ele explicou que isso embora moralmente muito correcto na prática não funciona porque segundo a contas dele existem menos de 1000 pessoas em Portugal com reformas de luxo (salvo erro acima de €5000) e normalmente pertencem a pessoas que descontaram o que a legislação previa para atingir esses patamares.
                                              Depois disse que a esmagadora maioria das pensões em Portugal são extraordinariamente baixas e muitas deles estão atribuídas a pessoas que nunca descontaram ou descontaram muito pouco durante pouco tempo.
                                              Para o sistema ser sustentável em média cada pessoa deveria ter uma carreira contributiva de 40 anos mas na prática a maior parte dos actuais pensionistas, mesmo com pensões baixas, nunca descontaram nada (ou quase nada) e na prática o que acontece é que o que os ricos descontaram não chega para cobrir a despesa com as pensões dos pobres.
                                              Grosso modo foi em torno disto que a discussão girou e achei os gráficos e os números apresentados muito esclarecedores.
                                              Pois o problema é que basta meia dúzia de anos no Banco de Portugal e bastava meia dúzia de anos na AR e noutros cargos para se poder auferir de chorudas reformas... As reformas milionárias também nunca descontaram quase nada...

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                                                Continuo a dizer que fazia muito bem ao pessoal pegar num Orçamento de Estado e ver onde o Estado gasta o dinheiro.

                                                Porque claramente a maioria das pessoas não faz PUTO de ideia.
                                                O pretensiosismo nunca fica bem...

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                                                  #25
                                                  Falando em austeridade, essa receita milagrosa, como é que explicam que após tantas medidas a dívida do País tenha aumentado? Em cima da austeridade aplica-se mais austeridade para aumentar ainda mais a dívida, é isso?

                                                  O que vale é que até um deputado do PSD já reconheceu que já não há mais por onde aplicar austeridade...pudera, RAPARAM TUDO!

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por apocalypto84 Ver Post
                                                    Falando em austeridade, essa receita milagrosa, como é que explicam que após tantas medidas a dívida do País tenha aumentado? Em cima da austeridade aplica-se mais austeridade para aumentar ainda mais a dívida, é isso?

                                                    O que vale é que até um deputado do PSD já reconheceu que já não há mais por onde aplicar austeridade...pudera, RAPARAM TUDO!
                                                    Se bem me recordo da notícia do aumento da dívida, o aumento referia-se ao terceiro trimestre de 2011 em comparação com o período homólogo.
                                                    E se bem me recordo (mais uma vez), a austeridade proposta não serviria para diminuir a dívida pública (no imediato) mas sim para diminuir a progressão ABSURDA desta.
                                                    Pegando nas palavras do Andre, realmente é impossível criar ajustamentos orçamentais significativos se não se tocar nos sorvedouros de despesa pública e/ou receitas. E realmente é possível verificar (com algum grau de certeza) essas situações nos orçamentos. No entanto, em abono da verdade, não confio totalmente em orçamentos.

                                                    As suborçamentações eram/são(?) o pão nosso de cada dia, é preferível pegar em dados estatísticos do passado recente e aferir os tais sorvedouros (que já são conhecidos).

                                                    Abraços
                                                    XO

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                                                      Continuo a dizer que fazia muito bem ao pessoal pegar num Orçamento de Estado e ver onde o Estado gasta o dinheiro.

                                                      Porque claramente a maioria das pessoas não faz PUTO de ideia.
                                                      Exactamente. Basta ver as entrevistas que se fazem na rua às pessoas, qualquer um manda um bitaite sobre o orçamento, mas ninguém deve saber sequer o que é um orçamento e a que regras deve obedecer.

                                                      Em situação de défice financeiro estrutural (muito mais grave que o conjuntural) é preciso um pacote de medidas tendentes ao chamado saneamento financeiro.

                                                      Acredito que se as regras orçamentais tivessem sido cumpridas escrupulosamente após o 25 de Abril não estaríamos com metade dos problemas que estamos hoje. Independentemente do despesismo que foi feito, se houvesse um pouco de accountability e controlo nas contas nada disto acontecia.

                                                      O que a Troika vem pedir é que se cumpra o orçamento, e não vem dizer nada de novo, aliás já temos uma lei (por sinal até com valor reforçado) a lei de enquadramento orçamental, que por acaso tem como epígrafe "Princípios e regras orçamentais" datada de 2001, repito 2001.

                                                      De entre muitos princípios, destaco a regra da unidade e universalidade (não há cá ajustamentos orçamentais como os nossos governos tanto gostam de fazer) e todas as receitas e despesas devem estar contidas no orçamento (ao contrário do fenómeno da desorçamentação a que se assistiu anos a fio, com os passivos das empresas municipalizadas por exemplo a não constar no orçamento) e ainda a regra de ouro que se devia respeitar sempre e que foi claramente negligenciada, a equidade inter-geracional (os investimentos têm que ser realizados de forma a não onerar demasiado as gerações futuras e por outro lado devem beneficiar também essas gerações), o que como podemos constatar sempre foi descurado pelos incompetentes que nos governam.

                                                      Agora pergunto-me, se eu sei isto e sou um mero cidadão, porque razão um político que está a frente dos destinos do país não sabe?

                                                      Será porque chegam lá sem o mínimo de mérito?

                                                      Será porque a política funciona à base de tachos?

                                                      Não sei, se calhar eu é que não estou a ver bem as coisas.

                                                      Acredito que com um pouco de rigor e disciplina orçamental consigamos sair desta crise, que é muito mais grave em outros países mas que pela sua influência não importa estar a divulgar.

                                                      Eu gosto da Troika, porque vem ensinar aos nossos políticos como interpretar leis que eles próprios criaram. Um claro atestado de incompetência.
                                                      Editado pela última vez por Maraki; 07 February 2012, 17:03.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                                        Pois o problema é que basta meia dúzia de anos no Banco de Portugal e bastava meia dúzia de anos na AR e noutros cargos para se poder auferir de chorudas reformas... As reformas milionárias também nunca descontaram quase nada...
                                                        Ainda pior, então: se os pobres porque são pobres não descontam, e os ricos através desses cargos também não descontaram, parece-me então natural que o sistema seja insustentável e que a prazo todos nós (tanto ricos como pobres) acabemos com pensões muito mais baixas, ou seja, com a tal austeridade.
                                                        Foi exactamente o que o Medina Carreira disse ontem, quando estimou que daqui por 20 anos quando a apresentadora do programa se reformasse, se tiver direito a €800 já se devia dar por contente!
                                                        Se a apresentadora do programa, com a sua longa carreira como pivot da televisão vai receber apenas isso, imaginem os que nunca descontaram... vão receber evidentemente muito menos!

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                          Estes contratos deviam ser bem investigados para detetar alguma ilegalidade que os pudesse anular... nos outros... pouco há a fazer...
                                                          Tenho uma opinião diferente, como TODOS são ruinosos para o estado e estando o estado em situação de emergência nacional, usar o mesmo argumento que permite o corte de salários, subsidios e pensões (mesmo que inconstituicional mas admissivel à luz da emergência) e pura e simplesmente denunciá-los e deixar de pagar.

                                                          Se o argumento de emergência nacional serve para umas também deve servir para outras, assim exista vontade e coragem politica que parece ser o que falta nesta matéria.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por AstonM Ver Post
                                                            Ainda pior, então: se os pobres porque são pobres não descontam, e os ricos através desses cargos também não descontaram, parece-me então natural que o sistema seja insustentável e que a prazo todos nós (tanto ricos como pobres) acabemos com pensões muito mais baixas, ou seja, com a tal austeridade.
                                                            Foi exactamente o que o Medina Carreira disse ontem, quando estimou que daqui por 20 anos quando a apresentadora do programa se reformasse, se tiver direito a €800 já se devia dar por contente!
                                                            Se a apresentadora do programa, com a sua longa carreira como pivot da televisão vai receber apenas isso, imaginem os que nunca descontaram... vão receber evidentemente muito menos!
                                                            800eur para quem ganha milhares por mês? Acho impossível. O MC diz muitas verdades mas também exagera muito. Nesse caso a maioria teria ZERO.

                                                            Convém é que no futuro possamos descontar para um fundo privado tal como já acontece noutros países.

                                                            Comentário

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