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August Landmesser, o homem que não fez a saudação nazi

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    August Landmesser, o homem que não fez a saudação nazi

    A história de August Landmesser é a de um homem que desafiou o regime nazi. Casou-se com uma judia, teve com ela duas filhas e foi preso por “desonrar a raça”. Serviu na II Guerra Mundial e desapareceu em combate. A mulher foi presa e eliminada pela Gestapo. As duas filhas sobreviveram e uma delas contou em livro o momento desafiador da vida do seu pai: em 1936, August Landmesser foi o homem que não fez a saudação nazi.

    A fotografia diz tudo. Num mar de braços erguidos numa saudação ao regime nazi, a única figura com os braços cruzados é a de August Landmesser. Estamos em 1936 e a ocasião retrata o momento em que a multidão assistia, junto ao porto de Hamburgo, ao baptismo de mar de um navio-escola da Marinha alemã.

    Nessa ocasião, August Landmesser - um trabalhador dos estaleiros de Hamburgo - tinha razões pessoais para se querer distanciar do regime nazi. Ainda que tenha pertencido ao partido de Hitler entre 1931 e 1935, foi expulso depois de decidir casar-se a judia Irma Eckler.

    Depois de terem duas filhas, Ingrid e Irene, Landmesser foi expulso do partido e mandado para a prisão por ter “desonrado a raça”. As filhas foram separadas - uma delas ficou com a avó materna e a outra enviada para um orfanato (Irene) - e Irma Eckler foi detida e posteriormente eliminada pela Gestapo.

    Em 1941 Landmesser saiu da prisão mas foi imediatamente mandado para a guerra, onde acabou por ser dado como desaparecido em combate e presumivelmente morto.

    Esta história trágica, pontuada por este momento de heroísmo registado em fotografia, acabou por sair à luz do dia ainda na década de 90 (depois da uma das filhas, Irene, ter recuperado o seu passado e o ter escrito em livro), mas só recentemente esta história se popularizou em todo o mundo graças às redes sociais e, concretamente, ao Facebook.

    A fotografia do momento de desafio heróico de Landmesser deu a volta ao mundo nos últimos tempos, depois de esta história ter sido recuperada num blogue japonês criado para ajudar nas tarefas de socorro após o terramoto de Março de 2011.

    Em 1996 a história completa da família Landmesser foi publicada por Irene no livro “Irene Eckler: Uma Família Separada pela Vergonha Racial”.

    Sabe-se que as duas irmãs acabaram por se reunir muitos anos após a morte dos pais e que partilharam fotografias e memórias de infância. Irene visitou Hamburgo para falar com familiares da mãe que tivessem sobrevivido ao Holocausto e para descobrir o máximo que pudesse acerca do seu passado nos tribunais locais. Foi assim que nasceu o seu livro, o testemunho vivo de como o regime nazi separou famílias e aniquilou milhares de vidas em nome da pureza da raça.
    Muita coragem teve este homem em fazer frente ao regime nazi.

    Fonte:August Landmesser, o homem que não fez a saudação nazi - Mundo - PUBLICO.PT

    #2

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      #3
      Originalmente Colocado por Siberiano Ver Post
      Uma imagem que vale mil palavras...

      Um homem de grande coragem.

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        #4
        Vi em tempos e já não sei onde, uma fotografia de Salazar acompanhado por uma dezena de "altas entidades" todos a fazer a saudação nazi. Todos não! Um dos acompanhantes parecia estar distraido e tinha os braços descaídos: o ministro Duarte Pacheco.
        Se calhar o choque do carro que o vitimou, contra um sobreiro...

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          #5
          Já o disse noutro lado que a História tem inúmeros exemplos de que, demasiadas vezes e em demasiadas situações, as maiorias estão frequentemente erradas. Se atentarmos nessa realidade com a atenção devida, talvez comecemos a perceber o porquê de tantas coisas que estão erradas na organização humana...

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            #6
            Ele fez o que muitos queriam fazer... É preciso, como dizia um professor meu. "munta córagem!"

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