Não seria um "Red Light District", mas um espaço próprio para a prática de sexo seguro e sem lenocínio na capital. A Câmara de Lisboa recebeu uma proposta de duas associações para criar um bordel na Mouraria, e vai estudá-las no decorrer deste ano. Primeiro, e já este ano, as associações da zona vão tentar encontrar formas alternativas de vida para as prostitutas do bairro e a respectiva associação numa cooperativa. Caso se conclua que a "Safe House" – é esse o nome do projecto – é uma boa solução, a autarquia cede, em 2013, um imóvel para instalar o bordel.
Esta é uma das soluções em estudo no Programa de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria (PDCM), uma iniciativa que reúne 40 associações da zona e que quer lutar contra a pobreza da Mouraria, além de revitalizar o seu tecido económico. O terceiro eixo deste programa reúne "iniciativas promotoras da saúde e do acesso à cidadania de grupos da população especialmente vulneráveis", onde se incluem as prostitutas e os toxicodependentes.
A proposta para a criação deste espaço proveio da Obra Social das Irmãs Oblatas e do Grupo Português de Activistas sobre Tratamento do VIH/SIDA (GAT). "Avaliámos em grupo a proposta, e o conjunto de associações parceiras do PDCM ponderou que podia ser uma boa resposta, que agora tem que ser validada com as mulheres", explicou João Meneses, o coordenador do programa de requalificação da Mouraria.
Este ano, as associações que se propõem fazer o projecto vão receber uma verba reduzida da autarquia "para organizarem um trabalho com as mulheres de rua e procurarem formas alternativas de vida com elas, e também para juntarem as mulheres numa cooperativa", para que estas possam trabalhar sem depender de um proxeneta.
"A ideia também é perceber se faria sentido criar um projecto dessa natureza [bordel] com elas. Se elas achassem que sim, em 2013 avançaríamos para encontrar um imóvel devoluto, que podia ser utilizado por elas para o efeito. A câmara seria uma facilitadora", explicou João Meneses. O projecto "não está debatido ainda em termos jurídicos, mas se fosse uma cooperativa de mulheres não configuraria lenocínio, porque não haveria a figura do capitalista, ou do empresário. Não haveria exploração do trabalho sexual, haveria sim um trabalho feito em condições de saúde e higiene e que é gerido pelas próprias, e para as próprias", concluiu.
Mouraria reúne oito milhões
O PDCM tem quatro eixos prioritários de actuação: a revitalização do tecido económico do bairro; a melhoria da qualidade de vida dos seniores; a promoção do acesso à saúde e à cidadania junto de populações vulneráveis; e promoção do fado. O orçamento é de um milhão de euros, que serão aplicados em 2012 e 2013.
Entre as iniciativas a desenvolver está uma oficina da guitarra portuguesa, a instalar no Largo da Achada. Mas também se pretende, por exemplo, ajudar os negócios dos imigrantes da Mouraria. "A ideia é ajudá-los a captar mais e melhores públicos, através de aulas de vitrinismo, de gestão", explica João Meneses.
Para combater a droga no bairro, pretende-se criar o espaço "Drop In", onde os toxicodependentes poderiam consumir drogas, mas também ser acompanhados.
Fonte: Negocios
Esta é uma das soluções em estudo no Programa de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria (PDCM), uma iniciativa que reúne 40 associações da zona e que quer lutar contra a pobreza da Mouraria, além de revitalizar o seu tecido económico. O terceiro eixo deste programa reúne "iniciativas promotoras da saúde e do acesso à cidadania de grupos da população especialmente vulneráveis", onde se incluem as prostitutas e os toxicodependentes.
A proposta para a criação deste espaço proveio da Obra Social das Irmãs Oblatas e do Grupo Português de Activistas sobre Tratamento do VIH/SIDA (GAT). "Avaliámos em grupo a proposta, e o conjunto de associações parceiras do PDCM ponderou que podia ser uma boa resposta, que agora tem que ser validada com as mulheres", explicou João Meneses, o coordenador do programa de requalificação da Mouraria.
Este ano, as associações que se propõem fazer o projecto vão receber uma verba reduzida da autarquia "para organizarem um trabalho com as mulheres de rua e procurarem formas alternativas de vida com elas, e também para juntarem as mulheres numa cooperativa", para que estas possam trabalhar sem depender de um proxeneta.
"A ideia também é perceber se faria sentido criar um projecto dessa natureza [bordel] com elas. Se elas achassem que sim, em 2013 avançaríamos para encontrar um imóvel devoluto, que podia ser utilizado por elas para o efeito. A câmara seria uma facilitadora", explicou João Meneses. O projecto "não está debatido ainda em termos jurídicos, mas se fosse uma cooperativa de mulheres não configuraria lenocínio, porque não haveria a figura do capitalista, ou do empresário. Não haveria exploração do trabalho sexual, haveria sim um trabalho feito em condições de saúde e higiene e que é gerido pelas próprias, e para as próprias", concluiu.
Mouraria reúne oito milhões
O PDCM tem quatro eixos prioritários de actuação: a revitalização do tecido económico do bairro; a melhoria da qualidade de vida dos seniores; a promoção do acesso à saúde e à cidadania junto de populações vulneráveis; e promoção do fado. O orçamento é de um milhão de euros, que serão aplicados em 2012 e 2013.
Entre as iniciativas a desenvolver está uma oficina da guitarra portuguesa, a instalar no Largo da Achada. Mas também se pretende, por exemplo, ajudar os negócios dos imigrantes da Mouraria. "A ideia é ajudá-los a captar mais e melhores públicos, através de aulas de vitrinismo, de gestão", explica João Meneses.
Para combater a droga no bairro, pretende-se criar o espaço "Drop In", onde os toxicodependentes poderiam consumir drogas, mas também ser acompanhados.
Fonte: Negocios
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