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O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed

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    O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed

    São indianos, paquistaneses, bengalis, nepaleses. Tentam fintar o desemprego, conquistar algum prestígio nas suas comunidades. E acabam por fazer as vezes das antigas mercearias, que assim não desaparecem.

    Dona Augusta gosta de se sentar mesmo em frente ao balcão. Passa horas à conversa com "Micó", que é como chama a Bhupendra Budha, um nepalês que trabalha numa das pequenas mercearias de imigrantes do subcontinente indiano que se têm multiplicado pelo seu bairro, Alfama, e também por Lisboa.

    Há muito que o comércio tradicional está em crise e que se estudam e discutem possíveis soluções. Mas estes comerciantes parecem estar acima de tudo isso. Juntam ou mandam vir dos seus países o dinheiro necessário para o investimento inicial e do negócio não só tiram depois sustento, como dão emprego aos seus conterrâneos. Vêm da Índia, do Paquistão, do Bangladesh ou do Nepal. Em 2010, período a que se referem os números mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, residiam em Portugal, ao todo, 9679 imigrantes dos quatro países.

    Não se sabe quantas destas lojas já há. Sabe-se que quase todas são recentes. E que facilmente se tropeça nelas em qualquer bairro de Lisboa. Chegam a ser várias por rua. Um dos seus trunfos são os horários - normalmente estão autorizados a abrir das 8h à meia-noite -, o que permite diversificar o tipo de clientes.

    Abastecem-se no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) e em armazéns grossistas. "Eles até têm bons preços", diz dona Augusta. "E são simpáticos." Sempre consegue comprar parte do que precisa sem ter de se deslocar às mercearias da Baixa, daquelas à antiga, onde gosta de comprar.

    "Muitas destas empresas estão a ter muitas dificuldades", adverte Catarina Reis Oliveira, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), autora de vários estudos sobre empreendedorismo imigrante. E explica que alguns destes empresários encontram a competitividade nas margens de lucro muito baixas. Ou então em "mais horas de trabalho, ou em salários mais baixos".

    Mohammed Faruk, um bengali à frente de três mercearias, diz estar a passar por dificuldades: "Antigamente vendia 200, 300 euros num dia, agora vendo 40 ou 50". Só para renda do pequeno espaço da Av. Álvares Cabral vão 750 euros. Depois, lembra, ainda tem as contas da família para pagar. "Às vezes a literacia financeira também precisa de ser um bocadinho trabalhada", afirma Catarina Reis Oliveira, que diz ser frequente "misturar-se o dinheiro da empresa com o da família".

    Investir as economias

    Ele chegou a Portugal sozinho já lá vão cinco anos, à procura de trabalho. Há oito meses conseguiu trazer a mulher e a filha, que está agora na escola portuguesa - e isto é motivo de orgulho. Em cada loja tem dois empregados e cada um tem um ordenado de 500 euros. Diz que mesmo que o negócio não corra pelo melhor, pelo menos por uns meses está a dar emprego a alguns rapazes, de outra forma desempregados.

    Depois de ter trabalhado ao balcão no Martim Moniz e no Colombo, decidiu que passaria a ser patrão de si próprio. Sempre que abre uma loja manda vir dinheiro do Bangladesh. "Uns dez ou 15 mil euros."

    O antropólogo José Mapril, que fez a sua tese de doutoramento sobre a comunidade do Bangladesh em Portugal, não arrisca números, mas de uma coisa está seguro: este grupo de imigrantes investe cada vez mais nas pequenas mercearias de bairro com horários alargados, já para lá do Martim Moniz, onde surgiram as primeiras, mais vocacionadas para os produtos étnicos, importados dos países de origem. "É uma tendência do último ano e meio ou dois anos", constata.


    Agora voltaram-se para produtos bem portugueses, ao jeito das mercearias, para servir a população local, diz José Mapril. "[A aposta neste tipo de negócio] é uma das tendências que se verifica mais acentuadamente nos imigrantes do Bangladesh." Tem havido "muita reconversão de capital", especialmente de lojas de vestuário grosso para mercearias ou lojas de souvenirs. A adopção destas estratégias empresariais, explica o antropólogo, tem a ver com estes imigrantes terem "algum capital educacional e económico".Estas lojas disputam a R. do Arsenal com mercearias como a Pérola do Arsenal. Rhada Bhownick, indiana, arruma caixas de tabaco em cima de um escadote, barriga empinada de fim de gravidez. Quando veio de Calcutá já o marido era dono de uma mercearia, na Rua de São Paulo, que entretanto vendeu. Ficaram com outras duas. Tarde de domingo, ninguém trabalha na Baixa. Excepto estes imigrantes. Que também já chegaram à periferia de Lisboa.
    fonte:O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed - Local - PUBLICO.PT

    #2
    Tempos houve em que as empregadas de limpeza em Paris deixaram de se chamar Loulou para se chamarem Arminda.

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      #3
      O que eu acho piada é que para nós não dá, tá mal, etc.... O que é certo é que eles abrem portas e por cá vão ficando de portas abertas, onde antes um português não vingava... Estranho, não?

      Comentário


        #4
        O alfaiate de bairro também já não se chama Manuel. Chama-se "made in China/ Bangladesh/ Turkey/ India/ ...".

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          #5
          Originalmente Colocado por Fadjadjas Ver Post
          O que eu acho piada é que para nós não dá, tá mal, etc.... O que é certo é que eles abrem portas e por cá vão ficando de portas abertas, onde antes um português não vingava... Estranho, não?
          Provavelmente o português trabalhava para pagar casa e comida para a família, estes imigrantes vêm para cá sozinhos ou só com alguém para ajudar e dormem na cave das lojas ou em prédios devolutos... mesmo assim é um fenómeno global, noutros países há muitas mercearias e lojas de conveniência que pertencem a imigrantes de republicas islâmicas ou Índia e por aí fora.

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            #6
            normalmente estão autorizados a abrir das 8h à meia-noite

            Gostava de perceber o porquê desta diferença de tratamento, tal como nas lojas de Chineses, etc. Porque é que as regras não são iguais para todos?

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              #7
              Os Chineses tb estão a apostar forte em frutarias.

              E têm muito sucesso.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Fadjadjas Ver Post
                O que eu acho piada é que para nós não dá, tá mal, etc.... O que é certo é que eles abrem portas e por cá vão ficando de portas abertas, onde antes um português não vingava... Estranho, não?

                Para além do facto de que "antes" o português apresentava produtos nacionais, de qualidade. Isto, aliado ao inferior povoamento de super e hipermercados, fazia do Sr. António uma opção muito válida.

                Hoje o Sr. Mohammed vende barato, mais barato que os grandes estabelecimentos comerciais, quando o Sr. António ainda vende produto nacional mas já vende umas coisas de fora e tudo bem caro.

                Ora, nos dias que correm, se as pessoas não querem produto nacional nem uma "embalagem bonita" (sim porque muitos só compram da bancada aço-inox, porque é de pobertanas tirar do caixote de madeira), vão ao Mohammed que vende barato.
                Se querem produto nacional, vão ao super/hipermercado onde se vende muita coisa nossa e é mais barato que um Sr. António... Conheço muita mercearia mais cara que um Pingo Doce por exemplo...


                A questão é que o vendedor de rua português não se soube actualizar e acompanhar o mundo. Hoje em dia não tem grande coisa para oferecer e a sua clientela é, salvo uma ou outra excepção, os vizinhos e gente mais idosa que sempre lá comprou. E mesmo estes últimos (que são quem menos tem), começam a deslocar-se um pouco mais para comprar mais barato.

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                  #9
                  Originalmente Colocado por Agent Ver Post
                  Os Chineses tb estão a apostar forte em frutarias.

                  E têm muito sucesso.
                  Olha que não é bem assim. Conheço pelo menos 3 que abriram e fecharam passado pouco tempo.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Agent Ver Post
                    Os Chineses tb estão a apostar forte em frutarias.
                    Verdade. Na Baixa de Coimbra já abriram duas.

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                      #11
                      Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                      Gostava de perceber o porquê desta diferença de tratamento, tal como nas lojas de Chineses, etc. Porque é que as regras não são iguais para todos?
                      Está relacionado com a licença que é solicitada, uma coisa é uma mercearia outra é este tipo de loja de conveniência. Se quisessem também a poderiam solicitar.

                      Originalmente Colocado por BEF1FAN Ver Post
                      Para além do facto de que "antes" o português apresentava produtos nacionais, de qualidade. Isto, aliado ao inferior povoamento de super e hipermercados, fazia do Sr. António uma opção muito válida.

                      Hoje o Sr. Mohammed vende barato, mais barato que os grandes estabelecimentos comerciais, quando o Sr. António ainda vende produto nacional mas já vende umas coisas de fora e tudo bem caro.
                      ...
                      Não concordo com isso, eu conheço essa realidade de perto, e creio que cobram um pouco mais que os grandes estabelecimentos. Até porque, pelo tal horário alargado, cobram um pouco mais que a mercearia do Sr. António. Grandes produtos são inclusive ou iguais dos produtos que se vendem no Lidl.
                      Os indianos também vendem tabaco, mortalhas, whiskeys, cerveja, etc. que a mercearia não vende.

                      Pelo que vou vendo, estão efectivamente por cá sozinhos e vão chegando outros, mal falam pt.

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                        #12
                        Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                        Gostava de perceber o porquê desta diferença de tratamento, tal como nas lojas de Chineses, etc. Porque é que as regras não são iguais para todos?
                        As regras são iguais para todos, uns estão dispostos a fazer sacrifícios, outros nem por isso.

                        Sempre se considerou a abertura dos hipers ao Domingo concorrência desleal, no entanto o comércio tradicional sempre pode abrir ao Domingo. Se não o faz é porque não quer.

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                          #13
                          Esta gente paga impostos como os portugueses ou como os chineses?

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                            Está relacionado com a licença que é solicitada, uma coisa é uma mercearia outra é este tipo de loja de conveniência. Se quisessem também a poderiam solicitar.



                            Não concordo com isso, eu conheço essa realidade de perto, e creio que cobram um pouco mais que os grandes estabelecimentos. Até porque, pelo tal horário alargado, cobram um pouco mais que a mercearia do Sr. António. Grandes produtos são inclusive ou iguais dos produtos que se vendem no Lidl.
                            Os indianos também vendem tabaco, mortalhas, whiskeys, cerveja, etc. que a mercearia não vende.

                            Pelo que vou vendo, estão efectivamente por cá sozinhos e vão chegando outros, mal falam pt.


                            Referes-te aos novos comerciantes da notícia ? Não entendi a ordem de preços.
                            Mohammed > "Lidl" > António ?

                            Por acaso não conheço bem o caso do Sr. Mohammed, mas subentendo que seja o mesmo efeito que houve há uns anos com a chegada dos chineses...

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                              #15
                              O Sr. "António" (que neste caso era Veríssimo) que conheci durante muito anos também abria a loja tarde (por volta das 10/11 da manhã) e só fechava às 24 (Domingos o dia inteiro). Trabalhou a vida toda, muito além da idade da reforma.

                              Dava um jeitão daqueles quando era preciso qualquer coisa fora de horas, nomeadamente Super Bock. Nunca ninguém se queixou da concorrência desleal do Sr. Tuga que trabalhava muitas horas 6 dias por semana.

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                                #16
                                Originalmente Colocado por BEF1FAN Ver Post
                                Referes-te aos novos comerciantes da notícia ? Não entendi a ordem de preços.
                                Mohammed > "Lidl" > António ?

                                Por acaso não conheço bem o caso do Sr. Mohammed, mas subentendo que seja o mesmo efeito que houve há uns anos com a chegada dos chineses...
                                Cobram mais que o Lidl e por norma que a mercearia tradicional, mas depende dos produtos para este último.. O tal factor aberto até mais tarde (nem todas estão até às 24h, algumas até 21/22 só), algumas ao lado abrem outro negócio (internet, lembranças, etc)

                                Comentário


                                  #17
                                  Estes imigrantes abrem mercearias e conseguem fazer prosperar o negócio porque têm vantagens competitivas face ao comerciante português. E que vantagens são essas? É simples: vêm dispostos a trabalhar mais horas por menos dinheiro, não possuem nem de perto nem de longe os padrões de consumo do português médio, sujeitam-se a viver nas traseiras da loja, abdicam de qualquer vida social que implique gastar dinheiro, abdicam até do convívio familiar porque estão sempre na loja, etc.
                                  Ou seja, possuem um estilo de vida que lhes permite ter sucesso. Já os portugueses adoptaram ao longo dos anos um estilo de vida mais exigente. Um comerciante português encerra o seu negócio muito antes de ter que partir para medidas desesperadas (à luz dos nossos padrões), como por exemplo fechar às 22:00 6 dias por semana, deixar de ter uma viatura ligeira e fazer a vida toda num furgão, deixar de ir ao cinema, ao futebol, ao café, etc.

                                  Notem que nem uns e nem outros, imigrantes e portugueses, estão errados. O que se passa é que uma vida destas constitui para um paquistanês uma melhoria face às condições que tinha na sua terra, e para um português constitui um retrocesso. Ora, ninguém gosta de andar para trás, e eu compreendo muito bem isso. Por isso fica caminho aberto para quem se quer sujeitar, e eu não vejo mal nenhum nisso. Antes pelo contrário.
                                  Editado pela última vez por Axxantis; 28 March 2012, 23:12.

                                  Comentário


                                    #18
                                    E depois há o MiniPreço/Dia, numa porta ao lado da sua. Preços muito concorrenciais, mesmo comparados com as ditas "Low Cost" (Lidl, ALdi, PD, Etc) e até com marcas brancas de grandes superfícies. Abrir uma mercearia, pelo menos aqui na zona, é deitar dinheiro pela janela fora ou pegar-lhe fogo, como queiram. Da minha porta ao Lidl são 400m, ao PD são 300m e ao dia devem ser uns 20...

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Axxantis Ver Post
                                      Estes imigrantes abrem mercearias e conseguem fazer prosperar o negócio porque têm vantagens competitivas face ao comerciante português. E que vantagens são essas? É simples: vêm dispostos a trabalhar mais horas por menos dinheiro, não possuem nem de perto nem de longe os padrões de consumo do português médio, sujeitam-se a viver nas traseiras da loja, abdicam de qualquer vida social que implique gastar dinheiro, abdicam até do convívio familiar porque estão sempre na loja, etc.
                                      Ou seja, possuem um estilo de vida que lhes permite ter sucesso. Já os portugueses adoptaram ao longo dos anos um estilo de vida mais exigente. Um comerciante português encerra o seu negócio muito antes de ter que partir para medidas desesperadas (à luz dos nossos padrões), como por exemplo fechar às 22:00 6 dias por semana, deixar de ter uma viatura ligeira e fazer a vida toda num furgão, deixar de ir ao cinema, ao futebol, ao café, etc.

                                      Notem que nem uns e nem outros, imigrantes e portugueses, estão errados. O que se passa é que uma vida destas constitui para um paquistanês uma melhoria face às condições que tinha na sua terra, e para um português constitui um retrocesso. Ora, ninguém gosta de andar para trás, e eu compreendo muito bem isso. Por isso fica caminho aberto para quem se quer sujeitar, e eu não vejo mal nenhum nisso. Antes pelo contrário.
                                      É isso tudo.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
                                        Esta gente paga impostos como os portugueses ou como os chineses?
                                        Depende. Se estão em Portugal pagam impostos como os portugueses, se estão na China pagam impostos como os chineses.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Nada de novo


                                          Basta ver as delhis em todo o UK

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                            Gostava de perceber o porquê desta diferença de tratamento, tal como nas lojas de Chineses, etc. Porque é que as regras não são iguais para todos?
                                            A culpa é deste Senhor Kenneth Arrow e desta sua ideia "all efficient outcomes can be achieved using a competitive market, by adjusting the starting position".

                                            Uma teoria fantástica. Excepto por um pequeno pormenor, no mundo real as coisas não funcionam assim. Infelizmente, ninguém ensina isto em Portugal e acredita-se genuinamente, que para equilibrar as coisas num mercado competitivo (mas aparentemente só a algumas pessoas e em algumas situações) se deve ajustar a "posição de partida"

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                              Gostava de perceber o porquê desta diferença de tratamento, tal como nas lojas de Chineses, etc. Porque é que as regras não são iguais para todos?
                                              Se os portugueses seguissem o exemplo dos chinesses também tinham boas lojas!
                                              - os chineses não metem despesas pessoais na firma.
                                              - Os chineses não pagam prémios e coisas do género.
                                              - Os chineses só tiram o salário deles quando há dinheiro.
                                              - Os chineses sabem aonde anda cada cêntimo que tem dentro da firma.
                                              - Os chineses não distribuem resultados.
                                              - Com os chineses nunca é preciso "puxar" pela cabeça, dá tudo certo à primeira vez.
                                              - Os chineses não são empresas, sai mais barato mas não tem o património pessoal protegido
                                              ...
                                              Depois há o estilo de vida, por exemplo, uma casa à noite tem o chão totalmente ocupado por esteiras com gajos a dormir, só há um fino corredor entre as esteiras, há horas marcadas para tomar banho, só uns poucos chinocas sortudos tem quartos ou casas a sério.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Fadjadjas Ver Post
                                                E depois há o MiniPreço/Dia, numa porta ao lado da sua. Preços muito concorrenciais, mesmo comparados com as ditas "Low Cost" (Lidl, ALdi, PD, Etc) e até com marcas brancas de grandes superfícies. Abrir uma mercearia, pelo menos aqui na zona, é deitar dinheiro pela janela fora ou pegar-lhe fogo, como queiram. Da minha porta ao Lidl são 400m, ao PD são 300m e ao dia devem ser uns 20...
                                                Tenho um PD a 50m e Continente a 200m e entre elas existe uma mercearia portuguesa que farta-se de vender,mesmo com preços mais elevados.São super atenciosos,gentis.A tardinha estão sempre com muito movimento e pelo que eu percebi as pessoas qdo são saem do emprego,estão com pressa para chegarem em casa,fazer o jantar,etc, dai preferirem passar na mercearia porque despacham logo.Em vez de irem aos Hipers,perder tempo com estacionamento,percorrer aquilo tudo a procura dos produtos,etc.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Peste Ver Post
                                                  A culpa é deste Senhor Kenneth Arrow e desta sua ideia "all efficient outcomes can be achieved using a competitive market, by adjusting the starting position".

                                                  Uma teoria fantástica. Excepto por um pequeno pormenor, no mundo real as coisas não funcionam assim. Infelizmente, ninguém ensina isto em Portugal e acredita-se genuinamente, que para equilibrar as coisas num mercado competitivo (mas aparentemente só a algumas pessoas e em algumas situações) se deve ajustar a "posição de partida"
                                                  E já cá faltavam os delírios teóricos.....

                                                  Os chineses, indianos, árabes, etc, por norma fartam-se de trabalhar e por isso têm sucesso. Como alguém já disse, basta olhar para o caso do UK. A maioria deles chegou ao país com pouco ou nada e através dos seus sacrifícios pessoais construíram algo, e muitas vezes fizeram-no sem apoios de qualquer espécie à custa de grandes privações.

                                                  Isto faz confusão a muita gente, especialmente aqueles que acreditam que a intervenção do estado os deve proteger da competição "desleal" de quem está disposto a fazer mais por menos. Estes, diga-se de passagem, representam uma grande parte da população europeia que verá os seus níveis de vida a diminuir progressivamente à medida que as economias emergentes reclamam mais recursos.

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                                                    #26
                                                    Parece que é mesmo a nova moda, na minha pequena vila as mercearias/frutarias parecem cogumelos, os donos são chineses, indianos, brasileiros e alguns portugueses.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por LM Ver Post
                                                      As regras são iguais para todos, uns estão dispostos a fazer sacrifícios, outros nem por isso.

                                                      Sempre se considerou a abertura dos hipers ao Domingo concorrência desleal, no entanto o comércio tradicional sempre pode abrir ao Domingo. Se não o faz é porque não quer.
                                                      Ou não consegue sem sacrifício pessoal.

                                                      Muito se gosta de comparar mercearias de bairro a hipermercados de venda de escala.

                                                      Nos centros comerciais quantos hipermercados é que foram projectados? E quantas mercearias é que conhecem nos centros comerciais já com alguma dimensão?

                                                      E normalmente quantas mercearias é que estão numa mesma rua? Pois

                                                      Concorrência tem sempre pormenores engraçados. A vida nunca foi a preto e branco.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        É só tuskaria a "matar" o nosso país...

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                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por ChicoSLB Ver Post
                                                          Nada de novo


                                                          Basta ver as delhis em todo o UK
                                                          Ou essas mais as lojas de electrónica em Manhattan.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Eu continuo a frequentar a mercearia /minimercado do Sr. António!!! E por acaso é mesmo esse o nome dele!
                                                            Agora está por lá menos vezes, pois entregou o negócio ao filho e à nora. Mas é aquele local que me habituei desde que me lembro de ser gente e do qual não abro mão ao sábado de manhã para comprar a fruta e os legumes que sei me vão durar no frigorifico ou fora dele durante toda a semana. O preço é baixo e o produto nacional.

                                                            Ele acaba por ser dos poucos que ainda se mantem no negócio. A maioria desistiu! E tem a loja aberta das 8 às 20h de segunda a sábado e das 8 às 13h ao domingo. Agora até costuma fechar para férias durante 2 semanas mas lembro-me de isso não acontecer e tb eles morarem nas traseiras da primeira loja que tiveram.

                                                            Na zona onde moro estas lojas ainda não existem. Eles ficam-se pelas lojas de telemóveis.
                                                            As frutarias que abrem acabam por fechar e essas têm pertencido a portugueses. Até hoje sobrevivem 3 e todas da mesma familia.


                                                            Eu sou sincera e gosto muito de ir às compras e ninguem me conhecer, mas tb gosto muito de entrar na loja e o Bom Dia ser personalizado, perguntarem pela familia, quererem ir levar as compras a casa porque os sacos estão pesados, chegar lá e ter aqueles produtos que sabem que se gosta ali guardados só para nós!!! È uma "qualidade" que não tem preço!!!

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