FNAC: a queda do gigante

Estava há pouco a ler no DE que as lojas da FNAC estão a atravessar sérias dificuldades e que o dono estaria a estudar a hipótese de fechar lojas ou mesmo terminar o negócio vendendo aos bochechos ou tudo duma vez só.

Aparentemente, os lucros estão em queda muito acentuada e o negócio deixou de ser rentável.

Tenho alguma pena pois eu sempre gostei muito de "ir passear " à FNAC para ver as novidades, observar e ler alguns livros à pála para fazer tempo. Isto é, sempre fui um mau cliente. Compro lá um livro de tempos a tempos e nada mais.

Tudo o que é material electrónico, tenho comprado na Mediamarkt e Worten. Em relação a música: acho que há mais de 10 anos que não compro 1 CD.

Há pouco tempo tb se falava das dificuldades do Mediamarkt...

Isso levanta uma questão, será que não se abusou um pouco na abertura de lojas destas por todo o lado? Não há cidade q não tenha um FNAC por ex.

[mELIANTE]

Preços demasiado altos não compensam a qualidade do pessoal. Em caso de dúvida, vai-se sempre ao mais barato, é assim que funciona.
Na esmagadora maioria dos casos a Fnac vende mais caro, tirando as promoções fabulosas que vai fazendo e que eu aproveito.

[Ruie34]

Se metessem menos a unha nos preços da maioria dos artigos.

Até hoje comprei lá um portátil, porque estava ao mesmo preço das outras lojas, e alguns (poucos) consumíveis.

[SPV]

Eu tambem gosto muito da Fnac ... para passear , e ver tudo ... Mas quando vou comprar escolho a loja mais barata ... que 99% das vezes nao é a Fnac.

[Rapport]

Porquê a Fnac, quando "ali ao lado" tenho uma que vende produtos iguais, mas diferentes no preço?

[LelodasTshirts]

O que faço é "meto a mão no artigo" na Fnac, peço conselhos na Fnac (p. ex. em Almada o bacano na área de Fotografia até é porreiro) e depois compro na concorrência ou online.

Em raras excepções compensa a compra na Fnac (com o cartão Aderente).

[dysplay21]

Eu tambem gosto muito da Fnac ... para passear , e ver tudo ... Mas quando vou comprar escolho a loja mais barata ... que 99% das vezes nao é a Fnac.

acho que esse é um dos grandes problemas, é que também uso a fnac como expositor para ver o que me interessa e ir buscar a outro lado.
Outra razão é que apesar de sermos bem mais lentos que os cidadãos do norte da europa a adaptar o nosso consumo á crise, estamos a ser forçados a faze-lo o que deixa pouco dinheiro para tanta loja.

[RuiPedroCosta]

As dificuldades destas grandes lojas são cada vez mais. E não é exlusivo da Fnac. Veja-se o que tem acontecido com hipermercados por este país que têm fechado e muitas deles andam com bastantes dificuldades.

[TommyTosser]

Eu também gostava de lá ir passear, ver e ouvir as novidades e depois chegar a casa e fazer as compras nas lojas online... os preços da FNAC só mesmo com bons descontos e promoções.

Esse nome está embruxado!

[LelodasTshirts]

E não é só a crise. O custo de um espaço Fnac (p. ex. Almada ou do Colombo já para não falar do Chiado que é para outra liga) tem um custo enorme.

Ontem li um artigo no Jornal de Negócios que falava nisto mesmo. Cada vez há mais cadeias de distribuição a optar por lojas fora dos shopping derivado às elevadas rendas que lhe são cobradas.

[Pastis]

É um conceito adaptado a cidades "ricas" em que o consumidor não liga muito a preço e paga.

No tempo em que a net dava os primeiros passo, a FNAC oferecia produtos impossíveis de encontrar em qualquer outro lado. Hoje em dia existe tudo na net.

[RuiPedroCosta]

E não é só a crise. O custo de um espaço Fnac (p. ex. Almada ou do Colombo) tem um custo enorme.

Ontem li um artigo no Jornal de Negócios que falava nisto mesmo. Cada vez há mais cadeias de distribuição a optar por lojas fora dos shopping derivado às elevadas rendas que lhe são cobradas.

A opinião que tenho é que estas cadeias de distribuição têm que optar cada vez mais por espaços mais pequenos para se adequarem à realidade do mercado. Basta ver o que tem feito a Jerónimo Martins com o Pingo Doce. Acabaram com o Feira Nova (que eram deles) e transformaram tudo em Pingo Doce. E as lojas novas que abrem são de "tamanho pequeno"

[Valium]

É um conceito adaptado a cidades "ricas" em que o consumidor não liga muito a preço e paga.

No tempo em que a net dava os primeiros passo, a FNAC oferecia produtos impossíveis de encontrar em qualquer outro lado. Hoje em dia existe tudo na net.

Ao que se juntava ter no mesmo espaço, livros e cds.

É uma questão da FNAC adaptar os preços ao que se pratica no restante mercado em seu redor, o que juntando as promoções que faz/fazia, com certeza não irá ficar a perder...

[Jbranco]

A opinião que tenho é que estas cadeias de distribuição têm que optar cada vez mais por espaços mais pequenos para se adequarem à realidade do mercado. Basta ver o que tem feito a Jerónimo Martins com o Pingo Doce. Acabaram com o Feira Nova (que eram deles) e transformaram tudo em Pingo Doce. E as lojas novas que abrem são de "tamanho pequeno"

Portanto um retorno ao passado.

Não deixa de ser interessante que estas grandes loja chagaram e geraram um deserto no comércio à sua volta e agora são elas próprias que se esgotam.

Ao que se juntava ter no mesmo espaço, livros e cds.

Fora de Lisboa acredito que isso seja algo muito importante mas em Lisboa nem tanto. Quando eu era puto dava, por exemplo, para comprar discos na discoteca Roma e depois atravessar a avenida de Roma para comprar livros na Bertrand. Velhos hábitos de que hoje tenho saudades.

Outro exemplo: A Valentim de Carvalho na Rua do Carmo era qualquer coisa de brutal, com as suas secções de discos, instrumentos e alta-fidelidade. Ui, se me ponho a falar da baixa de Lisboa... Tou velho!

[SilverArrow]

Portanto um retorno ao passado.

Não deixa de ser interessante que estas grandes loja chagaram e geraram um deserto no comércio à sua volta e agora são elas próprias que se esgotam.

É a tradicional evolução das coisas. Também há de chegar o dia em que o Chinês não vai querer trabalhar por uma malga de arroz por dia.

[Valium]

No caso das lojas de música então foi uma razia, Valentim de Carvalho, Virgin, (em Lx) foi tudo à vida - e estavámos a entrar no tempo da internet, nem se podia comprar com o momento actual, em que a net se encarrega disso.

[Flyingsauce]

Mais tarde ou mais cedo daria o estouro porque as suas fontes de rendimento têm vindo a sofrer com a evolução do mercado e comportamentos consumistas.

Quando eles cá chegaram bastava ver o espaço que era ocupado com cd's. Era imenso e fartavam-se de vender música, pois tinham o que a concorrência não tinha. Com a evolução da internet, o comércio e pirataria musical praticamente "mataram" o cd. Hoje em dia vai-se a uma Fnac e o espaço da música começa a ser irrisório quando comparado com o passado.

Os livros sempre foram uma boa fonte de facturação só que lá está, cada vez mais assiste-se à profusão dos e-books e a expansão de gadgets com tablets, kindle e afins, vai desviando mercado. No caso nacional o rombo advirá, presumo eu, da crise, pois um livro, por muito que represente e importante que seja, não é um bem essencial. Alguém tem, empresta e para isso aguarda-se. Não se vai comprar porque depois fica lá em casa a ganhar pó após a sua leitura. Não esquecer também a concorrência dos hipermercados que começaram a vender livros em cada vez maior quantidade.

A parte de electrónica, sempre estiveram bem apetrechados em termos de "sortido" só que com o advento da concorrência e das lojas online ficaram batidos na componente que acaba por ser a (cada vez) mais importante. Preço. Só pontualmente eles conseguem bater os preços da concorrência e aí, no deve e haver, o cliente vai comprar a outro lado. O mesmo se aplica a toda a imensidão de consumíveis e acessórios.

Os dvd's também foram outra componente importante (e penso que ainda sejam) mas hoje em dia também sofrem com as compras online, com os download's, com a profusão dos canais temáticos e com o video on demand dos operadores de cabo.

Por fim a sua presença no retalho. Espaços enormes em centros comerciais, com o que isso deve representar de encargos fixos. As vendas descem, a facturação também mas os custos fixos das rendas não o fazem dessa forma.

Com tudo isto e mais algumas razões, era expectável que o negócio deles começasse a apresentar sinais de dificuldade.

Como cliente, no início deles cá em Portugal comprava lá imensas coisas. Cd's então gastava lá dinheiro que aos valores de hoje ainda me deixam a pensar que a vida era diferente (para melhor). Com o passar do tempo, mesmo tendo o cartão de cliente, fui comprando menos e menos e hoje em dia passam-se semanas, senão meses, que não entro numa Fnac. Então para comprar, acho que há mais de um ano que não comprava lá nada, tendência que "interrompi" ao comprar lá um livro há duas semanas atrás (mas era apenas 14 euros e com desconto de cartão ficou nos 12).

Para terminar devo dizer que se há coisa que sempre me agradou nas Fnac é o atendimento. Funcionários sempre disponíveis, entendedores e simpáticos. Alguns até com estilos "cool", algo pouco comum noutras marcas do retalho em Portugal.

[ebay]

Contem ainda com o efeito psicológico da crise...uma pessoa até pode ter 30 ou 40 euros para gastar em livros por mês na Fnac, mas o clima recomenda adiar ou não efectuar gastos que não sejam necessários. E a Fnac, tal como as Worten, Mediamarkt, Radio Popular e outras que tais, precisam muito dos clientes com alguma disponibilidade financeira, porque o pessoal do crédito cofidis há muito que já não compra.
Se forem à Radio Popular do Olivais Shopping, percebe-se bem que aquilo vai fechar...3 lcd em prateleiras de 10 metros, coisas espalhadas para ocupar espaço, até nos pequenos objectos de informática já só há duas ou três escolhas.

[Rapport]

Continua a compensar, apenas pelo vinil, e para quem não se quer dar ao trabalho, de se deslocar à baixa (também este, mais caro).

[RuiPedroCosta]

Não sei se já repararam mas a Fnac já vende online pequenos electrodomésticos e artigos de cuidados pessoais. Estão a diversificar ainda mais os produtos que vendem.

[Ruie34]

Continua a compensar, apenas pelo vinil, e para quem não se quer dar ao trabalho, de se deslocar à baixa (também este, mais caro).

Ainda recentemente encontrei vinis de AC/DC a metade do preço na MediaMarkt.

[v16]

Só acho estranho ter demorado tanto tempo.

[apagdo]

Desde que descobri a Amazon há uns bons tempos, que lojas de CD em Portugal deixaram de fazer sentido.
Um CD na Amazon consegue ser bem mais barato já com portes do que ir à Fnac comprá-lo.
Um CD vindo da Conchichina é mais barato do que ir comprar à FNAC ali na esquina
(faço colecção de CD's....por isso ITunes para mim não me diz nada)

[augustus]

Pensei que estavas a falar do Ar Condicionado

[Rapport]

Ainda recentemente encontrei vinis de AC/DC a metade do preço na MediaMarkt.

O MediaMarkt vende vinis? Isso é que foi um achado...

[Rapport]

Desde que descobri a Amazon há uns bons tempos, que lojas de CD em Portugal deixaram de fazer sentido.
Um CD na Amazon consegue ser bem mais barato já com portes do que ir à Fnac comprá-lo.
Um CD vindo da Conchichina é mais barato do que ir comprar à FNAC ali na esquina
(faço colecção de CD's....por isso ITunes para mim não me diz nada)

Olha, a mim, pessoalmente, é o CD que não me diz nada, mas lá está, são gostos.

[Ruie34]

O MediaMarkt vende vinis? Isso é que foi um achado...

A de Alfragide tem um expositor não muito grande. 8€ cada, trouxe 3

[Cavin]

Na FNAC aproveito apenas as promoções ou quando o preço do produto compensa, o que é raro.

De resto tenho sempre a sensação que é loja clichê, tipo uma moda... na realidade para além do aconselhamento, oferece muito pouco para o preço mais elevado dos produtos

[Jacare]

Gosto do conceito da Fnac e pela experiência que tenho é das lojas deste com este tipo de produtos onde os empregados melhor atendem os clientes. Retribuo comprando lá.

Além de livros e música, também comprei ao longo dos anos vários portáteis (por acaso o último foi no el corte inglês...- apesar de preferir a Fnac-), aperelhagens de som, hardware diverso, smartphones, LCD's, etc etc

Também por 2 ou 3 vezes já tive de trocar o que comprei e eles neste aspecto costumam ser muito flexíveis! Por norma e em produtos mais caros, prefiro comprar fisicamente numa loja, (de preferência na Fnac) que me dê confiança do que poupar 20 € ou 30 € e mandar vir on-line... Pessoalmente não gosto da worten/vobis.

Tenho pena que possa fechar...

[Jbranco]

Pensei que estavas a falar do Ar Condicionado

Olha do que te foste lembrar! A fnac e o barão vermelho.

Esse tipo a dada altura deve ter quase chegado aos 100% do mercado de a/c.