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Aniversário da FAMOSA QUEDA !!

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    Aniversário da FAMOSA QUEDA !!

    Porque não uma data histórica que merece ser revista !


    Passaram 38 Anos sobre a data


    No dia em que Salazar caiu


    A 3 de Agosto de 1968, Salazar, que estava instalado no Forte de Santo António do Estoril para um curto período de descanso mais a sua fiel governanta, Maria de Jesus Caetano Freire, levantou-se cedo – já o calista, Augusto Hilário, o aguardava.


    O presidente do Conselho olha a barra do Tejo e deixa-se cair sobre uma velha espreguiçadeira de lona que se partiu aos bocados. Salazar bate com a cabeça no chão. O calista, obrigado a jurar que nem uma palavra diria sobre o acidente, ajuda-o a levantar-se e a sentar-se noutra cadeira.

    Salazar era visto pelo seu médico assistente, professor Eduardo Coelho, de duas em duas semanas. A próxima visita seria daí a dois dias. Só então o chefe do Governo, ainda no forte, lhe contou que tinha batido com a cabeça no chão. O médico não adivinhou nada de bom. Salazar, de 79 anos, não tinha uma saúde de ferro.

    O professor Eduardo Coelho terminou a consulta preocupado. E deixou ao chefe do Governo um sério aviso: mandasse chamá-lo ao mínimo sintoma.

    Salazar volta ao trabalho. Queixa-se de dores de cabeça e arrasta ligeiramente a perna direita. Ainda assim, não manda avisar o médico e mergulha obstinado numa complexa remodelação do Governo.

    O Governo reúne-se pela primeira vez em 3 de Setembro. Salazar está pior. Não fala, limita-se a ouvir. Está pálido e curvado. Os ministros abandonam a reunião convencidos de que ele está muito doente.

    Apenas em 5 de Setembro, o presidente do Conselho resolve chamar o médico. Eduardo Coelho percebe imediatamente que o traumatismo craniano tinha provocado um hematoma. Salazar teria de ser operado, o mais tardar, no dia seguinte. O médico pede ao filho Eduardo Macieira Coelho, também ele médico, para procurar o neurocirurgião Moradas Ferreira. “Veja lá se é alguém da Situação” – avisa a fiel governanta do velho ditador, Maria de Jesus.

    Moradas Ferreira está incontactável, de férias na Madeira. É chamado outro cirurgião: Álvaro Athayde, director dos serviços de neurocirurgia dos Hospitais Civis de Lisboa, que observa Salazar, em 6 de Setembro, e decide interná-lo.

    Ainda nessa noite, Salazar é submetido a exames nos hospitais de São José e dos Capuchos. Está cada vez pior: não consegue responder às mais simples perguntas e nem se recorda em que Universidade se formou. Os médicos decidem operá-lo imediatamente. O sexto piso do Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, é evacuado. O presidente do Conselho, às 23h00, dá entrada no quarto 68.

    A operação, conduzida por dois neurocirurgiões, Vasconcelos Marques e Álvaro Athayde, terminou com êxito ao nascer do sol. Nos dias seguintes, o presidente do Conselho passeia pelo quarto e conversa. Ganha vida.

    Mas, a 16 de Setembro, sofre um profundo acidente vascular do lado direito do crânio. Fora operado do lado esquerdo para trepanação do hematoma. Entra em coma profundo. Os médicos perdem esperança. A morte é esperada a todo o momento.

    Manuel Nazaré, médico e amigo pessoal de Salazar, ficou convencido de que o rebentamento da artéria cerebral se deveu aos copinhos de vinho do Porto e de Aveleda que o presidente do Conselho tanto apreciava e a governanta lhe deu às escondidas nos dias que se seguiram à operação. Os médicos, agora, não têm a mais pequena dúvida: mesmo que sobreviva à trombose, Salazar ficará inválido.

    Américo Tomás, convoca o Conselho de Estado para o dia 17. Os conselheiros estão divididos quanto ao sucessor. De todos candidatos, Marcelo Caetano, catedrático de prestígio, é o mais ambicioso e o que tem mais experiência política. Américo Tomás convida-o, na noite de 26 de Setembro, para formar Governo. Dá-lhe posse no dia seguinte.

    Salazar sobrevive à trombose, mas fica muito debilitado. Abandonou o Hospital da Cruz Vermelha e regressou à residência oficial de São Bento. Ninguém lhe disse que estava reformado e já não era chefe do Governo. Continuou a viver na residência oficial e recebia antigos ministros, que faziam de conta que ainda mandava. A farsa durou 20 meses. Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970. Tinha 81 anos.

    OS ANOS DO SALAZARISMO

    1889 - 28 Abril – Nasce António de Oliveira Salazar, no lugar de Vimieiro, em Santa Comba Dão. Reina em Portugal D. Luís I.

    1917 - Inicia a carreira de professor de Economia e Finanças em Coimbra. Portugal participa na I Guerra Mundial. Surgem as aparições de Fátima.

    1926 - 28 Maio – Um golpe militar derruba o regime. Salazar é ministro das Finanças do primeiro Governo da ditadura, chefiado por Mendes Cabeçadas.

    1932 - É nomeado presidente do Conselho de Ministros. Cinco anos mais tarde, Salazar é alvo de um atentado à bomba, mas sai ileso.

    1945 - Fim da II Guerra Mundial. Salazar decreta luto nacional pela morte de Hitler ao mesmo tempo que manifesta satisfação com a vitória dos Aliados.

    1951 - Morte do presidente Carmona. Os monárquicos querem a restauração, mas Salazar lança o general Craveiro Lopes para a Presidência da Repúbllica.

    1958 - Eleições presidenciais. Humberto Delgado faz campanha apoteótica. Questionado sobre o que fará a Salazar se ganhar, diz: “Obviamente, demito-o”.

    1961 - Considerado como o ‘annus horribilis’ de Salazar. Desde o assalto ao paquete ‘Santa Maria’, a chacina de colonos em Angola, ao desvio do avião da TAP.

    1968 - Manifestações de estudantes contra a guerra colonial. Mário Soares é deportado para S. Tomé, por dar informações sobre o escândalo do ‘Ballet Rose’.

    1968 - 3 Agosto – Salazar cai da cadeira e bate com a cabeça. É operado a um hematoma. Dois anos depois, a 27 de Julho de 1970, morre em Lisboa.

    Manuel Catarino


    Prof. Dr. António Oliveira Salazar

    #2
    Muito bom tópico,parabéns!

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      #3
      ORa aqui está uma história que nunca tinha ouvido tão ao promenor!


      E nao saiba que ainda tinha durado 2 anos apos a queda.. tinha a ideia que tinha sido quase imediato..

      Comentário


        #4
        Tb gostei bastante de ler.

        Até pq o nosso é um pais onde estamos sempre a tentar esconder a nossa história. Até a porcaria da ponte foi rebatizada.

        Comentário


          #5
          citação:Originalmente colocada por SilverArrow

          Tb gostei bastante de ler.

          Até pq o nosso é um pais onde estamos sempre a tentar esconder a nossa história. Até a porcaria da ponte foi rebatizada.

          Meu caro, a História irá encarregar-se de julgar esses actos.

          Factos históricos não devem ser sonegados/suprimidos ou pura e simplesmente obliterados, somente porque há "outras verdades" que convêm.

          E isso de renomear, pontes ruas, destruir estátuas, é do mais ridiculo, simplesmente não concordo, pela positiva ou pela negativa são peças da história de um pais ou povo.

          Comentário


            #6
            Qual ponte. Eu sempre lhe chamei ponte do Salazar e conheço muita gente que o faz... Não é uma questão política, simplesmente sempre me lembro de ouvir as pessoas mais velhas lhe chamarem assim...

            Comentário


              #7
              muito bom

              Comentário


                #8
                citação:Originalmente colocada por Excalibur

                citação:Originalmente colocada por SilverArrow

                Tb gostei bastante de ler.

                Até pq o nosso é um pais onde estamos sempre a tentar esconder a nossa história. Até a porcaria da ponte foi rebatizada.

                Meu caro, a História irá encarregar-se de julgar esses actos.

                Factos históricos não devem ser sonegados/suprimidos ou pura e simplesmente obliterados, somente porque há "outras verdades" que convêm.

                E isso de renomear, pontes ruas, destruir estátuas, é do mais ridiculo, simplesmente não concordo, pela positiva ou pela negativa são peças da história de um pais ou povo.
                Eu tb não concordo com o re-batizar da ponte. Tb acho absurdo.

                E esconder factos e destruir isto e aquilo... É uma treta, o nosso pais sempre foi assim, sempre tapamos o passado.

                Os alemães tb tiveram o periodo NAZI e apesar de a maioria não se orgulhar disso, tb não o escondem.
                Até um bocado do muro deixaram de pé e tudo... Se fossemos nós ia tudo ao chão... [xx(]

                Comentário


                  #9
                  Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970

                  Abençoada data [xx(]

                  Comentário


                    #10
                    citação:Originalmente colocada por M3

                    Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970

                    Abençoada data [xx(]
                    Foste dos que mudaste o nome à Ponte?

                    Comentário


                      #11
                      citação:Originalmente colocada por SilverArrow

                      citação:Originalmente colocada por M3

                      Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970

                      Abençoada data [xx(]
                      Foste dos que mudaste o nome à Ponte?
                      ;)

                      Comentário


                        #12
                        citação:Originalmente colocada por M3

                        Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970

                        Abençoada data [xx(]
                        x2 ..

                        Contudo não deixo de lamentar a tentativa de se fazer esquecer tudo o que se passou no seculo passado. A nossa historia é bem rica e pouco divulgada na TV.

                        É Preferivel continuar a ver o calvario americano no vietnam por exemplo.

                        Comentário


                          #13
                          O único propósito da História é lembrar as mentes mais esquecidas dos nossos melhores e piores momentos. Por isso é que a estudámos.

                          belo assunto para o http://www.omnia.pt.vu

                          Comentário


                            #14
                            Ainda no fim de semana um amigo mais velho contava historias de Salazar. Apesar de todo o seu radicalismo...era uma pessoa brilhante.

                            Comentário


                              #15

                              Recordo-me bem destes factos, e do Salazar só tenho a dizer que foi um grande estadista e uma pessoa honesta que não se aproveitou do poder para encher os bolsos, como alguns dos "grandes" politicos após o 25A fizeram.

                              Quanto á ponte, para mim foi, é, e sera sempre Ponte Salazar, pois o 25A em nada contribuiu para a construçâo da mesma.
                              Já agora relembro que se cumpre no proximo dia 6 de Agosto o 46ª aniversario da inauguração da Ponte Salazar.

                              Admito que haja pessoas que eventualmente tenham razões de queixas do Salazar, eu pessoalmente não tenho, mas certo é que nunca me meti em confusôes.

                              Comentário


                                #16
                                citação:Originalmente colocada por Excalibur

                                E isso de renomear, pontes ruas, destruir estátuas, é do mais ridiculo, simplesmente não concordo, pela positiva ou pela negativa são peças da história de um pais ou povo.
                                Não concordo.

                                Ninguém falou de deitar a ponte abaixo.

                                Em Democracia as regras são de não mudar, apesar que às vezes o pessoal abusa. E lembro-me de histeria colectiva aquando da morte de Sá Carneiro, onde o aparelho do PSD polvilhou o País com o nome do homem, que ainda nem sequer tinha mostrado grande obra, além de um enorme potencial. Até a porra do Aeroporto do Porto, Pedras Rubras, viu o seu nome alterado numa manifesta prova de muito amu gosto perante alguém que tragicamente perdeu a vida num acidente aéro, ao levantar de um aeroporto.

                                Agora, em regimes ditatoriais, sabemos que os nomes são dados para perpetuar o regime através dessa atribuição de nomes e de obras de arte. Para a glorificação do querido líder.

                                Por isso acho bem. O bicho morreu, tirem-no da frente.

                                Depois da queda o regime Soviético, andei a pensar cá para comigo porque raio os Moscovitas não mudavam o nome da Praça Vermelha.
                                Passados uns tempos, tive lá e reparei na razão...

                                Comentário


                                  #17
                                  citação:Fim da II Guerra Mundial. Salazar decreta luto nacional pela morte de Hitler
                                  Com esta não estava à espera.[:0]

                                  Comentário


                                    #18
                                    Ainda me lembro de um teste de historia do 6º ano em que a professora pedia aos alunos para fazerem um desenho que ilustrasse a ditadura de Salazar e um colega meu não esteve como meias medidas e desenhou o Salazar a cair da cadeira, escusado será dizer que a professora quase lhe anulou o teste!

                                    Comentário


                                      #19
                                      Já agora relembro que se cumpre no proximo dia 6 de Agosto o 46ª aniversario da inauguração da Ponte Salazar.

                                      Essa ponte já não existe caro amigo. E ainda bem ;)

                                      Comentário


                                        #20
                                        Eu conhecia esse facto de ele ter caído da cadeira, um dia contei a um tio meu e ele fartou-se de me gozar, dizia que ele tinha caído da cadeira, mas era num sentido politico e não na realidade, na altura não consegui arranjar provas..

                                        passado muitos anos e com a internet um dia em casa dele pesquisei no google e encontrei um documento que relaatava esse facto, então pude provar que ele ter caído da cadeira foi mesmo de uma cadeira física.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Isto pode parecer incrível, mas eu sempre pensei que o cair da cadeira era apenas um termo político por ter sido destituido do seu lugar... [8)]

                                          Comentário


                                            #22
                                            Dado que factos Históricos são factos Históricos, não há volta a dar.


                                            Dr. Salazar na Capa da Time em 22 Julho de 1942

                                            Comentário


                                              #23
                                              citação:Originalmente colocada por fapoc

                                              Isto pode parecer incrível, mas eu sempre pensei que o cair da cadeira era apenas um termo político por ter sido destituido do seu lugar... [8)]
                                              Pois também o meu tio, por isso era sempre gozado por ele sempre que se lembrava da historia.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Este é a data de aniversário em que Salazar cair do poder e o país foi entregue a esta triste politica a todos os niveis que temos hoje.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  citação:Originalmente colocada por lamborghini_

                                                  Este é a data de aniversário em que Salazar cair do poder e o país foi entregue a esta triste politica a todos os niveis que temos hoje.
                                                  concordo!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    citação:Originalmente colocada por Darth Vader

                                                    citação:Originalmente colocada por lamborghini_

                                                    Este é a data de aniversário em que Salazar cair do poder e o país foi entregue a esta triste politica a todos os niveis que temos hoje.
                                                    concordo!
                                                    Ainda não foi nesta data, foi depois.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      citação:Originalmente colocada por Excalibur

                                                      citação:Originalmente colocada por Darth Vader

                                                      citação:Originalmente colocada por lamborghini_

                                                      Este é a data de aniversário em que Salazar cair do poder e o país foi entregue a esta triste politica a todos os niveis que temos hoje.
                                                      concordo!
                                                      Ainda não foi nesta data, foi depois.
                                                      mas infelizmente,td ficou pior!

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Muito interssante este texto[^]...vou guardar;)

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          citação:Originalmente colocada por M3

                                                          Terminou com a morte, na manhã de 27 de Julho de 1970

                                                          Abençoada data [xx(]
                                                          Morreu e não faz falta nenhuma esse FDP

                                                          A ponte é a ponte 25 de Abril

                                                          Salazar era um retrogado em fascista em assassino morreu sem deixar saudades....[^]

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            O intuito foi só abrir um tópico para lembrar o episódio que levou ou precipitou o fim da ditadura em Portugal.

                                                            Mas como pontualmente se começa a levar o assunto com outro rumo, eu deixo aqui um texto que certamente dará muito para pensar.

                                                            Ahhh o "size" da letra e´só para facilitar na leitura.

                                                            Depois de lerem e relerem podem comentar.



                                                            Prof. Dr. António de Oliveira Salazar


                                                            Data: 06-06-2006



                                                            Trinta anos volvidos sobre o afastamento de Oliveira Salazar da chefia do governo, cumpre homenagear aquele que foi uma das maiores inteligências e mais fortes personalidades da história; o homem de génio que salvou Portugal da decadência e da indigência, restaurou-lhe o prestígio e recolocou-o nos trilhos da sua missão histórica; o estadista de craveira excepcional para quem os interesses e direitos de Portugal estiveram sempre acima de tudo; o português de lei, o exemplo de integridade, o derradeiro cruzado e profecta do Ocidente.

                                                            O Portugal de Salazar foi uma Nação grande, repartida por quatro continentes, com incalculável importância geoestratégica e grandes responsabilidades históricas; o Portugal de hoje é minusculo e exiguo rectângulo.

                                                            O Portugal de Salazar foi uma Nação independente com autonomia de julgamento e decisão; o Portugal dos nossos dias abdicou da sobrania e esmera-se na obediência à cartilha de estrangeiros.

                                                            0 Portugal de Salazar foi inflexivel na defesa da população ultramarina contra terroristas assassinos; o Portugal abrilino abandonou a mesma população à sanha dos seus algozes.

                                                            O Portugal de Salazar defendeu a dignidade da pessoa humana, garantiu a ordem nas ruas e a segurança dos cidadãos; 0 Portugal da actualidade considera a dissolução do carácter e as aberrações morais como exercício da liberdade, e condescendente com desordeiros e militantes, não oferece segurança às pessoas de bern, seja em casa ou nas ruas.

                                                            O Portugal de Salazar dotou o país de infra-estruturas, prornoveu a sna industrialização e protegeu os sectores-chave da economia, integrando-o paulatinamente e com salvaguardas nos espaços económicos de livre-comércio, gerado pela Abrilada, arruinou as estruturas económicas e preside alegremente ao desmantelamento da indústria, da agricultura e das pescas, segundo o receituario mundialista.

                                                            O Portugal de Salazar entendia a política como instrumento ao serviço da colectividade e o poder como missão de servir; no Portugal vigente, a política e estratagema para a satisfação de interesses egoistas de pessoas e grupos. enquanto o poder é interpretado como o direito de servir-se.

                                                            O Portugal de Salazar cultivava a nossa História, homenageava os nossos Maiores, condecorava os Heróis da Patria; o Portugal abrilino expunge a nossa Históra, ignora os nossos Maiores, exalta os traidores à Pátria.

                                                            O Portugal de Salazar não discutia Deus, a Patria, a Família; no Portugal abrilino nega-se Deus, vende-se a Patria, liquida-se a Família.

                                                            O Portugal de Salazar soube merecer os nossos mortos; o Portugal abrilino os não merece.

                                                            Diante de tanta traição, tanta apostasia, tanta ignomínia, tanta passividade e tanta dissolução do carácter nacional, cumpre inquirir se o consulado de Salazar não foi - "somente" uma barragem temporária contra o declínio inelutável da Nação portuguesa. Afinal, se os portugueses se estão nas tintas para a sua nacionalidade, se sentem-se bem na companhia de traidores à Patria que am****ram largas parcelas do seu territ6rio e promoveram a imolação de milhões de inocentes, se se contentam em comer pelas mãos de estrangeiros, se se regozijam com afrontas à sua História e aos Maiores, se se genufletem sorridentes diante daqueles que nos querem dominar, diluir e absorver - então or portugueses têm o destino que merecem. "25 de Abril", Maastricht, Shengen, Amesterdão, regionalização, iberismo, mundialismo; são tudo etapas da viagem ao aniquilamento físico da Nação, tornado possível - exclusivamente - pela decomposição programada do carácter nacional.

                                                            Registam-se aqui a homenagem a Salazar e a saudade que este homem providencial deixou nos corações onde ainda vibra o nome de Portugal. E acrescenta-se que a prespectiva oferecida pelo "espectáculo" deste último quarto de século confirma e amplifica a genealidade de Salazar.


                                                            * * *

                                                            O deputado Pacheco Pereira escreveu um artigo para o jornal "Diário de Notícias", que foi aproveitado para ser notícia nas paginas do jornal "Expresso", queixando-se do Dr. Oliveira Salazar, dizendo que apesar de ter sido um homem inteligente, deixara ficar Portugal numa situação de falta de esperança na vida para o futuro, com uma população de analfabetos e sendo o mais pobre país da Europa.

                                                            O deputado Pacheco Pereira, que fala e escreve com a facilidade de quem estudou, não parece ser analfabeto já que foi no tempo do Dr. Salazar que andou na escola a aprender as letras, como tantos outros que por alí andam a arrotar postas de pescada dizendo mal do passado e esquecendo-se que foi no antigamente que aprenderam a ser gente.

                                                            Deve agradecer e não criticar os estudos que teve, já que, depois da "heróica abrilada", esta nova geração pouco estuda e nada tem de educada como se pode testemunhar diariamente com o comportamento que tem para com aqueles que merecem ser respeitados.

                                                            O deputado Pacheco Pereira que nasceu e viveu no tempo do Estado Novo, quando o Dr. Oliveira Salazar governava, deve lembrar-se que não havia a pobreza que reclama e tudo não passa de imaginação já que pelos vistos não morreu à fome e teve a felicidade de estudar e não foi apanhado no 25 de Abril de mão estendida a pedir esmola, como tantos outros seus "camaradas" que agora de papo cheio vieram do antigamente para exercerem posições governativas.

                                                            O deputado Pacheco Pereira que não vislumbrava, no tempo do Dr. Salazar, uma esperança de vida futura deve estar muito enganado se pensa que foi com a revolução dos cravos que ganhou a liberdade para conseguir o que queria com a "liberdade" agora conquistada. Engana-se pois a esperança de muita gente num melhor futuro está a ser hipotecada com as facilidades que a democracia lhes dá, pois para ganharem o sustento do dia-a-dia, infelizrnente, são obrigados a mudar de camisa conforme a música, como fazem os deputados deste País que defendem o tacho pouco se importando com quem à volta se governa com o dinheiro que vem de fora e com aquele que ainda se encontra nos cofres do Estado, amealhado honestamente pelo Dr.Oliveira Salazar.

                                                            Falar de barriga cheia, com a promessa de uma reforma ao fim de 10 anos de trabaiho (trabalho?) como deputado, não custa nada, como também fazer obras com o que é mendigado no exterior torna-se fácil.

                                                            A sorte do deputado Pacheco Pereira é ter nascido em Portugal no tempo do Dr. Salazar ou já se esqueceu que o Homem que ataca safou Portugal de entrar na II Guerra Mundial, dando a oportunidade ao seu pai de não morrer na ponta de uma baioneta nazi, perdendo-se assim o "prazer" de o termos agora aqui a dizer mal do passado.

                                                            O deputado Pacheco Pereira que se juntou aos "camaradas analfabetos" surgidos com a Abrilada mostraram sem dúvida serem analfabetos já que sem estudos e instrução, mas convencidos de serem mais "espertos" que os de antigamente, fizeram a borrada que foi a descolonização que colocou na pobreza milhares de portugueses sem esperanças no futuro, deixando para trás um Ultramar vazio de valores humanos, com uma população de milhões de pessoas a viverem na mais carente miséria, e sem precisar de concluir que, em Portugal, a situação fictícia em que vivem os portugueses é pura fantasia saloia.

                                                            Na festa dos 25 anos do "Expresso" não premiaram ninguém nascido depois do 25 de Abril. Foram apenas galardoados 23 presumíveis "analfabetos" já que o futebolista Figo, que dá pontapés na bola não precisa para isso ser doutor. Quanto a Rosa Mota, coitadinha, ficou analfabeta depois do tal 25 de Abril, não é deputado Pacheco Pereira?

                                                            Parece mentira mas não é, em Moçambique e Angola nunca antes do 25 de Abril de 74 vi algum preto nas ruas de mão estendida a pedir esmola.

                                                            Em 1961 e 1968 passeando pela Europa, dei de caras com muitos mendigos brancos nas ruas á espera da caridade alheia.

                                                            Na Europa e no Mundo inteiro existem analfabetos que os países atingidos não gostam de comentar nem andam a propagandear como geralmente é aproveitado pelos portugueses sempre prontos para nos envergonhar dizendo mal da sua terra natal.

                                                            Que existia pouca esperança de vida futura é uma verdade, mas isso era na ex-URSS, deputado Pacheco Pereira. Onde quem não era do partido comunista tinha os dias contados, ou morrer no Gulag ou trabalhar na Sibéria como escravo.

                                                            deputado Pacheco Pereira, se pensa que os portugueses em liberdade" e "sem censura" passaram a viver melhor do que antigamente, está redondamente equivocado. Lá porque todos têm autom6vel, telefone portátil e deixaram de comer sardinhas para encherem a mula com mariscos não quer dizer que estão hem de vida. Estão todos endividados e querem mostrar uma vida de novos ricos que pensam que são.

                                                            Se a justiça fosse mais severa metade da população portuguesa estaria a ver o sol aos quadradinhos.

                                                            Razão tinha o Dr. António de Oliveira Salazar quando confessou que o seu nome seria retirado da ponte que mandou construir.

                                                            Ao tentar apagar o passado com esse gesto mesquinho e hipócrita, os políticos ambiciosos e oportunistas que surgiram com a revolução militar dos cravos tentaram, inutilmente, fazer esquecer a figura de um Homem que serviu a Pátria com patriotismo e honestidade. Quase é recordado diariamente para o insultarem. Estão mostrando de verdade a pequenez dos seus comportamentos delapidando a herança que ele nos deixou quando, orgulhosamente só, sem ajudas exteriores e um Utramar prodigioso colocou Portugal a par das nações poderosas como um aliado a não rejeitar.

                                                            Mas infelizmente a presente realidade é outra e não podemos fugir a ela. Ao abandonar o Ultramar e rejeitar o escudo, a Nação Portuguesa vive às custas dos subsídios europeus, presta vassalagem aos novos régulos de Africa, coloca-se de cócoras perante os mais ricos e aceita de espinha dobrada as suas ordens.

                                                            Um Portugal aos poucos transformado em pó de traque.

                                                            Por que razão, deputado Pacheco Pereira, a realeza europeia procurou Portugal para viver quando a II Guerra Mundial devastava para lá das nossas fronteiras neutras?

                                                            Se era miserável, analfabeta e com poucas esperanças de vida o que veio essa gente toda procurar em Portugal?

                                                            Não seria preferível escolherem a América do Sul tão longe da Europa a arder do que cair nas mãos "sanguinárias" do "ditador" que com inteligência superior poupou Portugal e os portugueses a uma guerra dolorosa?

                                                            Para terminar, deputado Pacheco Pereira, tenho a dizer o seguinte: a esperança duma vida sem problemas financeiros dos reformados que estão na terceira idade é nula.

                                                            A geração que nasceu e estuda depois da "gloriosa revolução dos cravos" tem comportamentos de educação e instrução que mais parecem de selvagens.

                                                            No que diz respeito à pobreza que deixou de existir com o "heróico movimento dos capitães",o que anda a fazer aquela gente toda no Rossio (sem falar de outros lugares) de mão estendida ou a mostrar as mazelas fisicas?

                                                            Não estou a falar dos pretos que lá estão, o lugar deles seria nas suas terras a plantar banana, refiro-me aos brancos, homens e mulheres...


                                                            * * *

                                                            Na jantarada para comemorar o vigésimo quinto aniversário do Partido Socialista não faltaram, como é da praxe nestas ocasiões, os discursos.

                                                            Escolhidos entre os mais ilustres "sócios do clube", cada um no seu estilo partidário, elogiaram, enalteceram, vangloriaram e aplaudiram os correligionários que mais se distinguiram na conquista "democrática" de um Pais, tão pequenino na Europa que, "orgulhosamente acompanhado", tem "dado cartas" de sabedoria ao Mundo e, desvanecidos num piscar de olhos, avalizam os subsídios mendigados.

                                                            0 prirneiro-ministro, que pertence à "troupe", ao botar o seu discurso com loas, para captar a simpatia do audit6rio, atacou o Portugal do Dr. Salazar dizendo que era uma Nação de remediados, mediocres, mesquinhos e de riqueza envergonhada. Além de malcriado, foi insolente e arrogante, pois insultou toda a geração desses portugueses.

                                                            Sendo primeiro-ministro de Portugal e aceitando, sem se dar ao respeito, quando publicamente é insultado e gozado pelos órgãos de comunicação social, não tem qualquer direito de descarregar a sua bílis no povo que o elegeu e nos outros que lhe disseram não.

                                                            A maioria do povo português não aceita os adjectivos empregues,pois é ele, o povo que com esforço e trabalho paga o seu vencimento e mordomias para o não ofender.

                                                            Quais foram as melhorias para o povo, aqueles que o engenheiro Guterres chama de remediados, mediocres, mesquinhos e ricos envergonhados? Porventura o povo vive melhor porque as ruas estão apinhadas de automóveis? Por acaso há mais pessoas cultas, melhores médicos, melhores engenheiros e arquitectos?

                                                            E mesquinhos! Será que os portugueses agora são mais abertos, generosos do que outrora?

                                                            Riqueza envergonhada, não. Recatada, privada, sem propaganda, sim. Os actuais novos ricos é que ostensivamente badalam os seus bens nas revistas pimba, numa desavergonhada ostentação de proventos duvidosos.

                                                            Aliás foi nas escolas e universidades do Estado Novo do Portugal do Dr. Salazar que o senhor engenheiro Guterres tirou o curso, assim como tantos outros que só sabem dizer mal do passado e são doutores com canudos a abicharem os tachos que têm no Governo onde até à data não deixaram de "mamar" nos cofres do Estado, sugando a "mesquinha riqueza" de ouro que lá foi acumulada pela "ditadura envergonhada", para hoje andarem a cuspir no prato onde aprenderam a ser gente. A "riqueza envergonhada" do Dr. Salazar no Portugal de ontem, foi aplicada no desenvolvimento do Pais e em outras tantas coisas que seria enfadonho enurnerá-las, mas as apontadas são a prova de que ela foi sabiamente empregue, como sejam: nas duas pontes (Porto e Lisboa), obras de engenharia excelentes; numa marinha mercante invejada, uma transportadora aérea de gabarito internacional, estaleiros com encomendas de todo o mundo, indústrias, comércio agro-pecuário e uma extraordinária capacidade de suportar sozinho a guerra que nos fora imposta por "aliados" traiçoeiros que com os olhos postos no Ultramar se viam ultrapassados na corrida que Portugal mantinha para liderar o monopólio mundial, onde o escudo português tinha valor idêntico à libra e ao dólar.

                                                            No Portugal de hoje, do engenheiro Guterres, a marinha mercante desapareceu; a TAP está desacreditada; os estaleiros não recebem encomendas; foi feita uma ponte com empréstimos estrangeiros (a outra a que chamam 25 de Abril foi roubada); o escudo vai sumir; as empresas abrem falência todos os dias; não há guerras a suportar, e tem a "aliada benfeitora da Europa" que subsídia as poucas vergonhas de um Governo que gasta milhões em passeios turísticos, não ajuda a terceira idade mas auxilia generosamente países do terceiro mundo.

                                                            No Portugal da "ditadura" os serviços de saúde eram a sagrada sobrevivência dos doentes. Os hospitais do socialista engenheiro Guterres são um inferno para quem infelizmente precisa deles. O ópio do povo, que é o futebol, no reinado da "democracia" deixou de ser um desporto para se tornar numa bandalheira... nas bancadas, no relvado e nas rasteiras dos dirigentes.

                                                            É de lamentar que no Portugal de Guterres a Educação não tenha progredido (antes pelo contrário, regrediu) para recuperar os "remediados e medíocres" fazendo deles doutores, dando assim ao país sumidades dignas de Prémio Nobel. Mas a educação socialista nada adiantou, apenas conseguiu que a juventude copiasse as palavras e os actos dos seus "camaradas chefes" que passam o tempo todo a culpar a figura do Dr. Oliveira Salazar como responsável de todas as desgraças, como ficou demonstrado nas atitudes selvagens e ordinárias dos energúmenos "estudantes" que às portas das igrejas e no seu interior agrediram cidadãos respeitáveis, e já não muito jovens, apenas por estarem numa missa por alma do Dr. Oliveira Salazar, homem que serviu a Pátria com honestidade e patriotismo.

                                                            As atitudes javardas dessa juventude transviada, só podem ter sido manipuladas por gente desertora, comunistas, decapitadores de estátuas e vândalos destruidores do nosso passado.

                                                            Esperemos ao menos que esses jovens, alguns cobardemente encapuçados, sejam severamente punidos. Talvez algum deles seja filho de um homem que não morreu na II Guerra Mundial porque Salazar sabiamente conseguiu que Portugal não entrasse no conflito mortal.

                                                            Essa escumalha que pratica actos de cara tapada, de cravo vermelho na mão e canta canções do "Zé da Grândola" é a ralé, filhos de uma abrilada, empenhados na destruição de Portugal como Nação.


                                                            António Júlio Dias Rodrigues

                                                            Do Livro ANTOLOGIA DE DEPOIMENTOS Nova Arcada

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