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Vinte chamadas diárias para o 112 de pessoas desesperadas e com ideias suicidas

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    Vinte chamadas diárias para o 112 de pessoas desesperadas e com ideias suicidas

    Todos os dias cerca de 20 pessoas ligam para o 112 a pedir ajuda, muitas com ideias suicidas por não suportarem a falta de dinheiro para alimentar os filhos, cabendo aos psicólogos do INEM dar-lhes argumentos para viver.
    Estas pessoas "no limite" ligam para o número de emergência nacional (112), mas são encaminhadas para os psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelos elementos do Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU), atentos aos sinais de desespero.
    Márcio Pereira, coordenador do Centro de Apoio Psicológico e de Intervenção em Crise (CAPIC) do INEM, revelou à agência Lusa que a mediação dos psicólogos aumentou 70 por cento em 2012, em relação ao ano anterior.
    No ano passado, estes profissionais atenderam 5.500 casos de situações de cariz psiquiátrico ou psicológico.
    São pessoas desesperadas que dão sinais de um sofrimento profundo, com a crise que se vive a estar na origem de muitas das ideias suicidas.
    "Estão no desespero. Entendem que não têm outra alternativa e ligam para o 112", disse Márcio Pereira, revelando que muitas das pessoas que ligam ficam surpreendidas com a existência de um psicólogo para os ouvir.
    Apesar da frequência -- que cresce dia a dia -- deste tipo de casos, quem os ouve não deixa de ficar surpreendido com a violência do sofrimento de quem liga.
    "Ligam porque querem ajuda, alguém que lhes ajude a aliviar a dor que sentem", como aconteceu recentemente com um homem de 30 anos que, depois de ingerir uma dose maciva de comprimidos da mulher, ligou a dizer que ia morrer.
    Esse homem "não tinha dinheiro para dar comida aos filhos e não conseguia ultrapassar isso", contou, revelando que este caso -- como acontece com 99,9 por cento dos atendidos pelo CAPIC -- teve sucesso e os meios chegaram ao local a tempo de impedir o suicídio.
    Na origem deste aumento de casos de desespero está, na perspetiva dos psicólogos do INEM, descompensações de doentes mentais, em alguns casos devido à falta de dinheiro para as consultas e até para os medicamentos, mas sobretudo "o sentimento de desesperança que se vive no país".
    Há também quem ligue apenas para pedir que não seja a família a descobrir o corpo, após o suicídio, mas muitos acabam por encontrar na conversa com o psicólogo uma alternativa e motivação para procurar ajuda.

    Vinte chamadas diárias para o 112 de pessoas desesperadas e com ideias suicidas

    #2
    Pedala 80 quilómetros por semana para ver os filhos - JN

    Comentário


      #3
      Honestamente, estas notícias não me surpreendem nada. O contexto em que vivemos é favorável à reatividade das pessoas perante situações complicadas e daí até me espanta o número de suicídios estar a subir mas não de forma tão acentuada...

      Nestes contextos, a existência de psicólogos mais acessíveis à população - o acompanhamento psicológico é caro e de difícil acesso - poderia ter um efeito positivo neste tipo de incidências. Mas, infelizmente, boa parte dos casos que efetivamente necessitam de ajuda não a obtém em tempo útil e fazer um acompanhamento psicológico com consultas uma vez por mês não tem os efeitos pretendidos...

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        #4
        O pior que pode haver na vida de qualquer pessoa é a falta de esperança. Por algum motivo se diz que a esperança é a última a morrer.
        Ainda há poetas lunáticos, ou naïfes, ou políticos propagandistas que nos fazem crer que dinheiro não traz felicidade, mas o que não dizem é que ajuda.

        E não basta querer ter trabalho, como este governo hipocritamente quer fazer crer transmitindo a mensagem de que há um empreendedor dentro de cada um de nós, como se cada desempregado fosse um falhado.
        Uma mensagem perigosa a juntar a muitas outras pressionando as pessoas que dizem têm de sair da sua zona de conforto, que o desemprego é uma oportunidade aconselhando à emigração.
        É que nos tempos que correm de enorme crise, não basta querer, é preciso poder ter trabalho.

        Infelizmente o desemprego é a realidade que se vai espalhando pela nossa sociedade. Uma doença silenciosa que entra nos lares quando menos se espera e vai causando vítimas.
        Se há lares onde as crianças se habituaram a ter tudo e não entendem que agora terão de prescindir de muita coisa, a maioria é de gente remediada que agora tenta sobreviver com quase nada. E quase nada é por vezes não ter sequer o que pôr na mesa ou um teto para morar.
        Causa enorme pressão sobre as pessoas que se veem encurraladas. deveria haver apoio psicológico e orientação para este enorme mar de portugueses desempregados (muitos dos quais já deram muito ao país).

        Não é vergonha nenhuma um pai se sentir desesperado por não conseguir dar sustento, agasalho ou meios de educação a um filho. Esse é o verdadeiro pai, porque se preocupa com os filhos. Tem é de ter forças para não os deixar.
        Menos números e mais humanidade era capaz de fazer toda a diferença na vida de muitos destes portugueses, que um dia também poderemos vir a ser nós.

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