Estudo põe fim «à mentira» sobre contas da Madeira
Documento intitulado «O Deve e o Haver das Finanças da Madeira, nos séculos XV a XXI» desmonta a ideia de despesismo, diz Alberto João Jardim
Por: tvi24 / AR | 2014-06-28 00:00
Alberto João Jardim salientou, esta sexta-feira, que o estudo intitulado «O Deve e o Haver das Finanças da Madeira, nos séculos XV a XXI», tem o objetivo de por fim «à mentira e à mitologia» sobre as contas do arquipélago.
Para o presidente do Governo da Madeira, os 13 volumes (de 10 mil páginas) comprovam que, «ao contrário do que comummente é público, a Madeira sempre foi magnânima nos apoios ao Reino e Estado, desde o século XV».
Por isso, acrescentou Alberto João Jardim, o estudo repõe «a verdade histórica das relações financeiras entre o Estado Português e a Região Autónoma» e «desmonta» a ideia de despesismo.
«A Região não fez isto [estudo] à espera de compensações. A Região tem neste momento acordos financeiros com Lisboa e honrou os seus compromissos com a própria troika. O Estado português já não pode honrar alguns deles. Não há uma ideia de pedir dinheiro. A ideia fundamental é: vamos por fim à mentira e à mitologia», explicou o presidente do Governo Regional, durante a apresentação do documento na Casa da Madeira, em Lisboa.
Na opinião de Alberto João Jardim, foi desenvolvida ao longo dos tempos «uma campanha» para se criar a ideia errada de que o arquipélago vivia à custa do continente, o que se deveu a três razões.
«Não interessava ao regime ser contestado, era culturalmente mal compreendida esta questão da descentralização político/cultural, além da instabilidade política que se vivia e vive no continente. Enquanto na Região, que ia procurando fazer, mas porque era contra os dogmas que a Constituição de 76 introduziu, não convinha que a opinião pública tivesse uma ideia de que a Região estava a trabalhar bem, a fazer o que é possível, e que estão a recuperar o atraso que lhe impuseram durante séculos e séculos», concretizou o governante.
Alberto João Jardim esclareceu que o estudo, que custou 200 mil euros, teve comparticipação de fundos europeus, tendo a Governo Regional desembolsado «25 a 30 mil euros». No entender do presidente do Governo Regional, este estudo vem repor a verdade dos factos.
«Não podemos deixar o país a viver na mentira. Sobretudo quando temos a noção que na Região Autónoma da Madeira estamos também a pagar o preço de políticas com as quais não concordamos e que, na altura em que estávamos a recuperar o atraso, apanhamos com isto em cima de nós, quando houve um grande esforço para compensar o que tinha sido tirado ao arquipélago durante séculos e séculos», frisou o governante.
Em comunicado anteriormente emitido, o Governo Regional recorda que a Madeira «sempre teve que assegurar, fora do quadro nacional, os meios de financiamento para as despesas de funcionamento das instituições e, inclusive, das obras realizadas».
«Dados históricos que desmontam a ideia da Madeira ser uma ilha despesista e que provam, pelo contrário, que a Região Autónoma da Madeira foi sempre a ilha do Tesouro para a metrópole, onde se encontraram os meios para custear despesas sem que se tivesse em conta as reais necessidades dos madeirenses e do desenvolvimento socioeconómico desta Região portuguesa», conclui a nota.
Estudo põe fim «à mentira» sobre contas da Madeira > TVI24
Documento intitulado «O Deve e o Haver das Finanças da Madeira, nos séculos XV a XXI» desmonta a ideia de despesismo, diz Alberto João Jardim
Por: tvi24 / AR | 2014-06-28 00:00
Alberto João Jardim salientou, esta sexta-feira, que o estudo intitulado «O Deve e o Haver das Finanças da Madeira, nos séculos XV a XXI», tem o objetivo de por fim «à mentira e à mitologia» sobre as contas do arquipélago.
Para o presidente do Governo da Madeira, os 13 volumes (de 10 mil páginas) comprovam que, «ao contrário do que comummente é público, a Madeira sempre foi magnânima nos apoios ao Reino e Estado, desde o século XV».
Por isso, acrescentou Alberto João Jardim, o estudo repõe «a verdade histórica das relações financeiras entre o Estado Português e a Região Autónoma» e «desmonta» a ideia de despesismo.
«A Região não fez isto [estudo] à espera de compensações. A Região tem neste momento acordos financeiros com Lisboa e honrou os seus compromissos com a própria troika. O Estado português já não pode honrar alguns deles. Não há uma ideia de pedir dinheiro. A ideia fundamental é: vamos por fim à mentira e à mitologia», explicou o presidente do Governo Regional, durante a apresentação do documento na Casa da Madeira, em Lisboa.
Na opinião de Alberto João Jardim, foi desenvolvida ao longo dos tempos «uma campanha» para se criar a ideia errada de que o arquipélago vivia à custa do continente, o que se deveu a três razões.
«Não interessava ao regime ser contestado, era culturalmente mal compreendida esta questão da descentralização político/cultural, além da instabilidade política que se vivia e vive no continente. Enquanto na Região, que ia procurando fazer, mas porque era contra os dogmas que a Constituição de 76 introduziu, não convinha que a opinião pública tivesse uma ideia de que a Região estava a trabalhar bem, a fazer o que é possível, e que estão a recuperar o atraso que lhe impuseram durante séculos e séculos», concretizou o governante.
Alberto João Jardim esclareceu que o estudo, que custou 200 mil euros, teve comparticipação de fundos europeus, tendo a Governo Regional desembolsado «25 a 30 mil euros». No entender do presidente do Governo Regional, este estudo vem repor a verdade dos factos.
«Não podemos deixar o país a viver na mentira. Sobretudo quando temos a noção que na Região Autónoma da Madeira estamos também a pagar o preço de políticas com as quais não concordamos e que, na altura em que estávamos a recuperar o atraso, apanhamos com isto em cima de nós, quando houve um grande esforço para compensar o que tinha sido tirado ao arquipélago durante séculos e séculos», frisou o governante.
Em comunicado anteriormente emitido, o Governo Regional recorda que a Madeira «sempre teve que assegurar, fora do quadro nacional, os meios de financiamento para as despesas de funcionamento das instituições e, inclusive, das obras realizadas».
«Dados históricos que desmontam a ideia da Madeira ser uma ilha despesista e que provam, pelo contrário, que a Região Autónoma da Madeira foi sempre a ilha do Tesouro para a metrópole, onde se encontraram os meios para custear despesas sem que se tivesse em conta as reais necessidades dos madeirenses e do desenvolvimento socioeconómico desta Região portuguesa», conclui a nota.
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