Ministro da Saúde considera “hostil” pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes

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Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes
O ministro da Saúde considerou "hostil" pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes com Hepatite C, depois de o Hospital de S. João, no Porto, ter anunciado que vai apresentar queixa contra a biofarmacêutica que exigiu aquele montante.


No Porto, para a entrega ao ex-titular da pasta da Saúde Paulo Mendo da 1ª Distinção de Mérito em Gestão dos Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos, Paulo Macedo salientou que apesar da verba pedida o S. João "disse que sim".


Segundo fonte hospitalar disse à Lusa o medicamento antiviral, aprovado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.


"Eu acho hostil é terem pedido 400 mil euros para tratar 4 doentes e que reparem, o S. João disse que sim", afirmou o ministro.


Para Paulo Macedo é importante para "todos os portugueses registar que uma entidade para tratar quatro pessoas pede 400 mil euros" e que esta é a "tal" questão: "Depois é preciso ver as escolhas que se faz, porque nós obviamente temos que tratar as pessoas, e que reflexos é que há para o resto do sistema".


Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes e declarou a fornecedora "hostil".


Lusa

Ministro da Saúde considera ?hostil? pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes | iOnline


Eu não estou espantado, as pessoas são meros números estatísticos para este sistema neo-liberal do capitalismo moderno

matem-se os doentes, enforquem-se os velhos, expulsem os desempregados, explorem os assalariados....que importa ?!

[Karma]

Qual é a parte neo-liberal?

[Two]

Pelo que percebi da notícia os doentes foram tratados apesar de tudo.

Acho que o ministro tem pelo menos direito a praguejar depois de uma conta destas.

[Lipuro]

Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes
O ministro da Saúde considerou "hostil" pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes com Hepatite C, depois de o Hospital de S. João, no Porto, ter anunciado que vai apresentar queixa contra a biofarmacêutica que exigiu aquele montante.


No Porto, para a entrega ao ex-titular da pasta da Saúde Paulo Mendo da 1ª Distinção de Mérito em Gestão dos Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos, Paulo Macedo salientou que apesar da verba pedida o S. João "disse que sim".


Segundo fonte hospitalar disse à Lusa o medicamento antiviral, aprovado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.


"Eu acho hostil é terem pedido 400 mil euros para tratar 4 doentes e que reparem, o S. João disse que sim", afirmou o ministro.


Para Paulo Macedo é importante para "todos os portugueses registar que uma entidade para tratar quatro pessoas pede 400 mil euros" e que esta é a "tal" questão: "Depois é preciso ver as escolhas que se faz, porque nós obviamente temos que tratar as pessoas, e que reflexos é que há para o resto do sistema".


Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes e declarou a fornecedora "hostil".


Lusa

Ministro da Saúde considera ?hostil? pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes | iOnline


Eu não estou espantado, as pessoas são meros números estatísticos para este sistema neo-liberal do capitalismo moderno

matem-se os doentes, enforquem-se os velhos, expulsem os desempregados, explorem os assalariados....que importa ?!

É muito simples...

Se começarmos a tratar todos os doentes com este valor, vamos ter quue começar a negar os cuidados mais básicos a quase todos.

É patético pensar que podemos tratar todos. Nós temos dinheiro limitado. E tem que haver uma lógica económica com o tratamento. Senão gastamos tudo e depois não temos verbas para coisas básicas como a vacinação e prevenção primária.

[AyrtonRose]

Percebo bem as contas.
MAs quero uma excepção se me calhar a mim.

[Ahgnos]

Atenção, não podem apenas olhar para o preço dos medicamentos agora, têm de pensar nisto a longo prazo.

Doentes com hepatite C podem evoluir para cirrose, hepatocarcinoma, podem ter necessidade de múltiplos internamentos, e mesmo de transplante hepático - é preciso pensar no dinheiro que se poupa com a cura. Para além do tempo em que devido à doença não trabalhariam...

Penso que há já um estudo que demonstra que estes tratamentos caros têm uma verdadeira custo-efectividade, que ultrapassa mesmo outro tipo de tratamentos/exames que se tornaram rotina no nosso sistema de saúde.

Não podemos olhar apenas para aquele número e pensar que é excessivo, temos de pensar também em todo o dinheiro que vai ser poupado com a cura.

[MLopes]

No Porto, para a entrega ao ex-titular da pasta da Saúde Paulo Mendo da 1ª Distinção de Mérito em Gestão dos Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos, Paulo Macedo salientou que apesar da verba pedida o S. João "disse que sim".


Segundo fonte hospitalar disse à Lusa o medicamento antiviral, aprovado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.
"Eu acho hostil é terem pedido 400 mil euros para tratar 4 doentes e que reparem, o S. João disse que sim", afirmou o ministro.
Para Paulo Macedo é importante para "todos os portugueses registar que uma entidade para tratar quatro pessoas pede 400 mil euros" e que esta é a "tal" questão: "Depois é preciso ver as escolhas que se faz, porque nós obviamente temos que tratar as pessoas, e que reflexos é que há para o resto do sistema".


Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes e declarou a fornecedora "hostil".

Eu não estou espantado, as pessoas são meros números estatísticos para este sistema neo-liberal do capitalismo moderno

matem-se os doentes, enforquem-se os velhos, expulsem os desempregados, explorem os assalariados....que importa ?!

O autor do tópico está a reclamar de quê, afinal?
Por o ministro contestar o valor? Faz ele muito bem.
Caso fosse neo-liberal, bem que estes doentes ficavam à espera do tratamento....

[Ton]

Penso que há já um estudo que demonstra que estes tratamentos caros têm uma verdadeira custo-efectividade, que ultrapassa mesmo outro tipo de tratamentos/exames que se tornaram rotina no nosso sistema de saúde.

Sem dúvida, e a saúde pública implica que se invista no que é importante, mas estes valores obrigam a uma reflexão. Se se paga 100.000 Euros para tratar um doente, em breve começaremos a assistir a custos mirabolantes com certos medicamentos, sempre com a mesma justificação. É que tem que haver um limite para tudo.

[JLCR]

É interessante o facto da sociedade viver limitada por uma criação abstracta como a unidade monetária.

Ainda mais interessante é as pessoas submeterem-se religiosamente a essa argumentação.

[500c]

É interessante o facto da sociedade viver limitada por uma criação abstracta como a unidade monetária.

Ainda mais interessante é as pessoas submeterem-se religiosamente a essa argumentação.

E que sugeres? Voltar ao tempo das trocas em géneros?

[Two]

E que sugeres? Voltar ao tempo das trocas em géneros?

Não necessariamente pode-se usar sal para compensar trocar uma vaca (de 4 pernas) por um café.

É uma ideia, só.

[JLCR]

Não necessariamente pode-se usar sal para compensar trocar uma vaca (de 4 pernas) por um café.

É uma ideia, só.

E que sugeres? Voltar ao tempo das trocas em géneros?

Nice.

Ironizar com a sugestão de retroceder. Eu sugeria evoluir, mas cada um tem as suas tendências.

[Two]

Nice.

Ironizar com a sugestão de retroceder. Eu sugeria evoluir, mas cada um tem as suas tendências.

És livre de concretizar a tua sugestão só para ver se consigo atingir que assim sinto-me meio burro.

[500c]

Nice.

Ironizar com a sugestão de retroceder. Eu sugeria evoluir, mas cada um tem as suas tendências.

Então meu caro especifica! Aqui há alguns supostos videntes (o Prof. Karamba e o Prof. Mamadu) mas não é o nosso caso!

[joann]

É interessante o facto da sociedade viver limitada por uma criação abstracta como a unidade monetária.

Ainda mais interessante é as pessoas submeterem-se religiosamente a essa argumentação.

Queres voltar ao escudo (PCP/PCTP/MRPP...) ?!

[XlPower]

"hostil" não me parece bem aplicado, mas é absurdo. O que o ministério da saúde devia fazer era negociar vendas em quantidades para diminuir o preço por tratamento. Falando ele em compra do hospital, dá-me ideia que não é esse o procedimento.

[Visitante]

Confesso que não compreendi o comentário do autor do tópico, temos de calar e comer estes valores totalmente transvestidos e monopolistas das farmacêuticas? E ninguém pode sequer reclamar?

Numa altura em que cirurgias são canceladas pelo país todo por falta de meios e material, numa altura em que os hospitais cada vez mais são privados de material básico o qual priva tratamento a uma grande faixa da população é suposto dar-mos 16.000 euros por uma caixa de fármaco e mesmo assim ficarmos todos sorridentes?

Até eu me estou a rir em apoiar algo que o Paulo Macedo faz mas acho que aqui os comentários dele são no mínimo razoáveis. Os doentes foram tratados, mas tal não invalida que devamos trabalhar para eles não serem os últimos a terem a possibilidade de serem tratados..

[Visitante]

"hostil" não me parece bem aplicado, mas é absurdo. O que o ministério da saúde devia fazer era negociar vendas em quantidades para diminuir o preço por tratamento. Falando ele em compra do hospital, dá-me ideia que não é esse o procedimento.

Os centros hospitalares têm autonomia, na sua grande parte, para a aquisição de material (fármacos e outros) que gerem consoante os seus orçamentos.

O nível de negociação, habitualmente, que um hospital consegue na compra desses materiais já faz com que os preços desçam o possível (aqui já não tenho conhecimentos tão profundos mas executar compras centralizadas para a saúde não seria viável, estamos a falar de realidades demasiado grandes, e o pesadelo organizacional que viria daí não seria benéfico)

O problema é que as farmacêuticas, como na generalidade dos produtos de consumo de outras áreas, não têm limites obrigatórios do preço a afixar. Aqui trata-se de um monopólio, nós temos um farmaco "milagroso" e mais ninguém pode produzir. "Querem? Paguem.. Não querem pagar temos pena, há procura suficiente para nós não nos preocuparmos"

[JLCR]

É só escolher, escudo, sal e géneros.

[Vicious]

É muito simples...

Se começarmos a tratar todos os doentes com este valor, vamos ter quue começar a negar os cuidados mais básicos a quase todos.

É patético pensar que podemos tratar todos. Nós temos dinheiro limitado. E tem que haver uma lógica económica com o tratamento. Senão gastamos tudo e depois não temos verbas para coisas básicas como a vacinação e prevenção primária.

Se não podemos tratar toda a gente porque não legalizar a eutanásia\suicidio assistido , assim já podem morrer antes que a doença progrida ainda mais e cause mais sofrimento apenas por não ter nascido rico.

[Ahgnos]

Meramente do ponto de vista económico (não do ponto de vista moral) entendo o porquê destes preços para as farmacêuticas. Ora conseguiram um fármaco que consegue curar uma doença numa grande percentagem dos casos, o que acaba por não lhes ser lucrativo... Com estes novos tratamentos, a hepatite C poderá vir a tornar-se uma doença extremamente rara, pelo que o lucro que as farmacêuticas conseguirão obter é apenas no "agora" e depois "acaba a mama". Estão a tentar rentabilizar ao máximo...

[nogueiraribeiro]

Tudo se percebe, e apesar de a saúde ser um negócio, o que está em causa é o bem estar das pessoas. Estas foram devidamente curadas, isso é que importa, mas depois de as curar, eu também apontaria os holofotes ao fornecedor do medicamento. É um absurdo.

[RAD]

É só escolher, escudo, sal e géneros.

Ironias à parte, eu também gostava de saber o que sugeres como alternativa.

[Mazzeo]

Já todos sabemos que temos um jornalismo de mreda, mas ao ler os comentários aqui parece que a malta gosta mesmo é disso.

Será que iniguém acha anormal o valor absurdo cobrado pela farmacêutica? É que se calhar com os 400mil podiam tratar muitos outros doentes e não apenas 4. Não está aqui em causa o valor da vida dos doentes, está em causa é as farmacêuticas abusarem da posição que têm e impedirem o acesso aos tratamentos.

Acho formidável a atitude do Ministro e aplaudo de pé!

[Obtuso]

Fazendo de advogado do diabo, presumo que tenha sido a farmacêutica a investir na descoberta do fármaco, logo parece-me natural que cobrem alto nestes primeiros tempos. Ou estamos a falar de farmacêuticas altruístas sem fins lucrativos?

[apagdo]

Curioso como se acha caro curar a hepatite C mas depois se acha barato ter um doente a ser tratado para cirrose, depois cancro e depois transplante (sem garantias de não haver recidivas).......sem se fazer a mais pequena ideia que um doente desde a fase de cirrose à fase do transplante custa MUITO mais que o preço do medicamento.

E mais curioso ainda é haver 1000 milhões para submarinos e já se fala em trocar os Falcon pelos outros aviões brasileiros e não haver para outras coisas.....

Este país é um fartote.

PS: e dar interferão às pessoas com todos os efeitos secundários que tem, apenas porque é barato e vir botar faladura à TV é genial! Mas o Macedo é ele também...um génio!

[Lipuro]

Fazendo de advogado do diabo, presumo que tenha sido a farmacêutica a investir na descoberta do fármaco, logo parece-me natural que cobrem alto nestes primeiros tempos. Ou estamos a falar de farmacêuticas altruístas sem fins lucrativos?

RElativamente a este fármaco tem um preço diferente para diferentes países, logo tem toda a lógica nos não distendermos essa quantia ridícula.
Mesmo a contar com as royalties da industria..... não é eticamente correto elevar o fármaco para um preço proibitivo só porque aqui é o estado que o paga....

Parece agiotismo.

Vão ver o preço para esse fármaco no egipto e depois comentem....

[Dainese]

Pelo que percebi da notícia os doentes foram tratados apesar de tudo.

Acho que o ministro tem pelo menos direito a praguejar depois de uma conta destas.

Ainda se fosse para uma frota de 3 ou 4 carritos Mercedes S para a cúpula do MSaúde era como o outro, tudo contente e sem ninguém a praguejar.

[Hecho]

É dos topicos mais sem assunto que vejo por aqui nos últimos tempos.

O ministro lamenta os custos elevados e vai fazer algo contra isso. E aparecem umas Marias ofendidas que não tem nada de reclamar.

[Nuno156]

Acho que por esse valor o Ministro tem direito a exigir que os fornecedores lhe
paguem "serviços" de luxo durante um ano.