Tópico sobre como estudar, tirar apontamentos e ler

[neapo]

Este tópico para muitos pode ser de encher chouriços, mas a realidade é que ao olhar para trás percebi que nunca me ensinaram "como estudar", nem "como tirar notas" ou "ler rapidamente". Apercebo-me aqui num tópico vizinho: http://forum.autohoje.com/off-topic/...andam-ler.html que há gente realmente que lê bastante, no meu caso passado um bocado após a leitura começo a ficar desconfortável fisicamente ou doí-me os olhos ou sinto que estou a ser demasiado lento a ler. Não consigo perceber como é que alguém lê num só dia um livro com 200 páginas ou mais, quando para mim, ler 20 já é custoso.
Ora ler e tirar apontamentos estão amplamente relacionadas com o estudo, quando alguém me dizia para fazer resumos, eu pensava sempre "estás é tolo! perco tempo a fazer resumos e depois não tenho tempo para decorar" e a realidade era mesmo essa, se demorava muito tempo a ler, mais o tempo a resumir não tinha tempo para mais nada, por isso ignorei sempre os resumos e os resultados não me colocaram no top10 como aluno.

Quais as técnicas que conhecem para ler mais rapidamente? E tirar apontamentos (deparei-me com isto recentemente: https://www.youtube.com/watch?v=WtW9IyE04OQ)?
Alguém usa o evernote, onenote ou similares?


Espero que o tópico sirva para auxiliar na divulgação de técnicas e formas de estudo, não só para nível escolar/académico, mas também para quem procura a nível pessoal por outros interesses (exemplo autodidacta). Partilhem as vossas metodologias por favor!

[Raistaparta]

Não consigo perceber como é que alguém lê num só dia um livro com 200 páginas ou mais, quando para mim, ler 20 já é custoso.

Em relação ao estudo não te posso ajudar porque eu também detestava "marrar" no meu tempo de estudante e normalmente deixava tudo para o último dia.

Mas relativamente à leitura de livros respondo-te com várias perguntas: como é que alguém é capaz de estar horas seguidas no café, ou a ouvir música, ou a fazer croché, ou a andar de bicicleta?

É tudo uma questão de teres prazer naquilo que fazes ou não: se ler te custa e não te dá prazer então nunca te há-de ser fácil ler mais do que as tais 20 páginas seguidas. Para quem gosta o tempo passa a voar e isto é aplicável à leitura ou a qualquer outra actividade que façamos com prazer.

[neapo]

Em relação ao estudo não te posso ajudar porque eu também detestava "marrar" no meu tempo de estudante e normalmente deixava tudo para o último dia.

Mas relativamente à leitura de livros respondo-te com várias perguntas: como é que alguém é capaz de estar horas seguidas no café, ou a ouvir música, ou a fazer croché, ou a andar de bicicleta?

É tudo uma questão de teres prazer naquilo que fazes ou não: se ler te custa e não te dá prazer então nunca te há-de ser fácil ler mais do que as tais 20 páginas seguidas. Para quem gosta o tempo passa a voar e isto é aplicável à leitura ou a qualquer outra actividade que façamos com prazer.

No meu caso o tempo de estudo já lá vai, mas por exemplo gostaria de ler alguns livros, no entanto acho custoso no sentido de que começo a ficar com dores posturais ou dores de olhos, desconcentrado, há sempre alguma parte em que tenho que parar e voltar a reler um parágrafo porque simplesmente não entendi. Nem é por não gostar da história, mesmo gostando o resultado é o mesmo.
Depois há quem simplesmente leia, mas na prática não perde tempo a ler todas as palavras, lê apenas algumas e junta a história mentalmente.

[Raistaparta]

No meu caso o tempo de estudo já lá vai, mas por exemplo gostaria de ler alguns livros, no entanto acho custoso no sentido de que começo a ficar com dores posturais ou dores de olhos, desconcentrado, há sempre alguma parte em que tenho que parar e voltar a reler um parágrafo porque simplesmente não entendi. Nem é por não gostar da história, mesmo gostando o resultado é o mesmo.
Depois há quem simplesmente leia, mas na prática não perde tempo a ler todas as palavras, lê apenas algumas e junta a história mentalmente.

Não sei que é que tens lido ou tentado ler mas é sempre aconselhável ler coisas ligeiras para quem está a começar ou tem dificuldades de concentração na leitura, como por exemplo os policiais que têm sempre um enredo que dá vontade de chegar ao fim para saber quem é o criminoso. Mas não policiais modernos da tanga que é o que há mais nas livrarias, falo de coisas já bem antigas como Arthur ****n Doyle, George Simenon ou Agatha Christie. A qualidade do que se lê é importante.

Por outro lado tens autores muito fáceis de ler como o Dan Brown cuja estrutura dos livros normalmente é constituida por duas ou três acções paralelas que mais tarde se cruzam, com poucas páginas por capítulo e um momento de suspense ou algo que fica em aberto e leva a querer ler mais umas páginas.

Quanto a voltar atrás e ter de reler porque te distraiste com alguma coisa não te preocupes, acontece a todos.

[Bioshock]

Depende dos livrros, depende do gosto pela leitura que tens (ou não). Nos meus tempos de estudante, para mim o mais fácil era ler de forma aberta, isto é, ver no que estava a estudar algo de interessante, que me cativasse minimamente (mesmo que fosse muito dificil). Mas de resto...nunca aguentei mais do que uma/uma hora e meia seguidas a estudar, o que me valeu até acabar o curso foi apanhar bem as coisas e, através da forma que te disse, conseguir achar interessante o que tinha para ler.

[carlo]

...falo de coisas já bem antigas como Arthur ****n Doyle...

Arthur C-O-N-A-N Doyle

[psantos]

Não consigo perceber como é que alguém lê num só dia um livro com 200 páginas ou mais, quando para mim, ler 20 já é custoso.

Treino, Treino e mais Treino. Mas uma coisa é certa se não insistires as 20 páginas por dia serão sempre custosas de ler.

[neapo]

Não sei que é que tens lido ou tentado ler mas é sempre aconselhável ler coisas ligeiras para quem está a começar ou tem dificuldades de concentração na leitura, como por exemplo os policiais que têm sempre um enredo que dá vontade de chegar ao fim para saber quem é o criminoso. Mas não policiais modernos da tanga que é o que há mais nas livrarias, falo de coisas já bem antigas como Arthur ****n Doyle, George Simenon ou Agatha Christie. A qualidade do que se lê é importante.

Por outro lado tens autores muito fáceis de ler como o Dan Brown cuja estrutura dos livros normalmente é constituida por duas ou três acções paralelas que mais tarde se cruzam, com poucas páginas por capítulo e um momento de suspense ou algo que fica em aberto e leva a querer ler mais umas páginas.

Quanto a voltar atrás e ter de reler porque te distraiste com alguma coisa não te preocupes, acontece a todos.

As leituras que faço também são light, normalmente interesso-me mais por leitura de auto-ajuda ou alguns classicos, nada de muito profundo e maioria das vezes em inglês.


Em relação a tirar apontamentos, não sei se alguém conhecia este método: https://www.youtube.com/watch?v=Lu7WM_fmR1k

[HoneyBFly]

^^^^ confesso que vi 1 minuto (a saltar partes) deste vídeo e não tive paciência para ver mais. É irónico um vídeo sobre como tirar apontamentos e o próprio vídeo em si não captar a atenção... ou então o mal é meu!

Quando eu estudava ia directamente ao mais importante e às palavras-chaves dos assuntos/textos. Sempre detestei palha, até porque não tenho estômago de burro! Tinha colegas minhas que liam e decoravam tuuuuudo. Que confusão me fazia e perda de tempo! Depois, para nos testes me ajudar a lembrar, quando eu fazia os resumos para começar a estudar, usava canetas de cores diferentes (e escrevia com letra maiúscula) para destacar tópicos, palavras-chave que me fizessem lembrar e entender o resto. Mas depende de cada pessoa, comigo funcionava assim, porque tenho óptima memória visual.

Em relação a ler livros, normalmente salto parágrafos inteiros quando vejo que é mais do mesmo e já aconteceu mais do que uma vez, virar a página, ler na diagonal e reparar que é só mais um bocado para encher chouriços e passo à página seguinte. O livro tem que ser MUITO interessante para eu ler tudo seguido.

[Icedevice]

Sou professor e os apontamentos que dou aos meus alunos para estudar vêm sob duas formas: 1- As fontes originais, com livros, artigos etc. 2- um resumo feito por mim num programa de mapa mental. O nosso cérebro não funciona em sequencia mas sim em ligações permanentes e esquemáticas. Por isso um mapa mental com os conceitos é muito eficaz. eu uso este para os alunos e para mim.

Main Page - FreeMind

[Pastis]

Sou professor e os apontamentos que dou aos meus alunos para estudar vêm sob duas formas: 1- As fontes originais, com livros, artigos etc. 2- um resumo feito por mim num programa de mapa mental. O nosso cérebro não funciona em sequencia mas sim em ligações permanentes e esquemáticas. Por isso um mapa mental com os conceitos é muito eficaz. eu uso este para os alunos e para mim.

Main Page - FreeMind

Engraçado. Eu uso esse programa tb.

[Antilok]

Tentar decorar é trabalhoso, cansativo, não dá grandes resultados e não tem muito utilidade fora dos testes. É muito mais importante ler as coisas por alto e tentar tirar algum sentido de lá, para alem de dar melhores resultados (se bem feito), são resultados duradouros.

[acca]

Apesar de não ser exemplo para ninguem, quando o estudo é daquele tipo de ler e "decorar" (ok eu sei que não é decorar, é perceber) a unica coisa que dá resultado comigo é ler e ir escrevendo um resumo ao mesmo tempo. Dá um bocado de trabalho mas é a unica forma de assimilar as coisas. Apenas ler teria que estar com uma atenção enorme, que duvido que consiga até porque os temas nem sempre me interessam.
Já cheguei à conclusão que tenho que fazer muitos exercicos ou escrever resumos. É daquele tipo de coisa que sempre soube que teria de ser assim, mas como dava muito trabalho nunca o apliquei, mas no fundo eu já sabia

[ravager]

Apontamentos é muito simples, chegas ao pé da "marrona" da turma ou do curso e pedes para tirar fotocópias.

[ClioII]

Apontamentos é muito simples, chegas ao pé da "marrona" da turma ou do curso e pedes para tirar fotocópias.

Errado.

A ideia dos apontamentos é aprender ao mesmo tempo que se escreve: para escrever temos de fazer um esforço consciente do que estamos a escrever e porquê. Assim o trabalho de assimilação já fica, em boa parte, feito.

Tirar fotocópias aos apontamentos da colega é como tirar fotocópias ao livro, com a agravante que pode estar errado...

[neapo]

Apontamentos é muito simples, chegas ao pé da "marrona" da turma ou do curso e pedes para tirar fotocópias.

Era o que eu fazia também naquele tempo lol, mas não é o mais correcto porque depois não aprendemos a organizarmo-nos. O ideal é mesmo aprender uma técnica de apontamentos para que no futuro também possamos ter a capacidade de o fazer de forma autónoma.

[Ton]

Comigo sempre funcionou o aprender menos para saber mais, ou melhor, criar uma organização de ideias relativas ao assunto; a partir daí, os conhecimentos vão-se adicionando, mantendo sempre a organização.

[ClioII]

Engraçado. Eu uso esse programa tb.

Vantagens em relação a uma folha de papel e um lápis?

[Pastis]

Vantagens em relação a uma folha de papel e um lápis?

Quando estás com vários projectos ( pessoais ou profissionais) ao mesmo tempo, ajuda bastante a manter a sanidade mental.

De resto, uso tb o papel. Há já alguns anos que larguei agendas electrónicas e notas informatizadas.

[ravager]

Errado.

A ideia dos apontamentos é aprender ao mesmo tempo que se escreve: para escrever temos de fazer um esforço consciente do que estamos a escrever e porquê. Assim o trabalho de assimilação já fica, em boa parte, feito.

Tirar fotocópias aos apontamentos da colega é como tirar fotocópias ao livro, com a agravante que pode estar errado...

Mas eu não cravava os apontamentos das aulas só para ler

Ia buscar os melhores apontamentos, tirava fotocópia, e depois fazia os meus apontamentos "optimizados" com recurso a esses apontamentos e sempre com os slides das aulas ao lado, porque já sabia que se me fiasse só em apontamentos de terceiros, iam acontecer duas coisas: eles terem palha que não interessava ou que se resumia em duas linhas, e coisas que eu achasse importantes que podiam estar em falta nos apontamentos que fotocopiei.

[ZylmhuinVII]

Melhor que apontamentos ao mesmo o copianço.

Aprendi muita coisa a escrever os papelinhos para copianço que não usei porque afinal sabia a matéria...

[Ton]

E há algo que é sempre importante: o trabalho. Se não trabalharmos um bocado, e ganharmos disciplina, nunca obtemos bons resultados.

[EscapeLivre]

Eu sou daqueles que na universidade não conseguia prestar mais de 10min de atenção a uma aula teórica..... resultado : nem os apontamentos me safavam.

Ainda hoje a trabalhar, absorvo muitissimo rapido as coisas que aprendo na prática ( ou na teoria mas sobre assuntos interessantes ) de tal forma que já me deram o devido valor. Mas tenho muita dificuldade em ser ensinado em disciplinas que não me cativam.

[ravager]

Eu sou daqueles que na universidade não conseguia prestar mais de 10min de atenção a uma aula teórica.....

Eu nos tempos de univ fazia o seguinte: ia a todas as aulas nas duas primeiras semanas só para ver a "pinta" do gajo que as ia dar.

Depois disso só ia às teóricas onde realmente valia a pena ir, seja porque o professor sabia ensinar ou a matéria era cativante, por exemplo. Já aquelas teóricas de encher chouriças que envolviam 1/2 horas a olhar para um marmanjo a ler acetatos, isto enquanto eu lutava para não adormecer, essas nem sequer lá punha os pés, para mim era tempo perdido. Ler acetatos também eu sou capaz de o fazer em casa.

Já às práticas ia a todas sem excepção.

[Ton]

Eu sou daqueles que na universidade não conseguia prestar mais de 10min de atenção a uma aula teórica..... resultado : nem os apontamentos me safavam.

Ainda hoje a trabalhar, absorvo muitissimo rapido as coisas que aprendo na prática ( ou na teoria mas sobre assuntos interessantes ) de tal forma que já me deram o devido valor. Mas tenho muita dificuldade em ser ensinado em disciplinas que não me cativam.

As teóricas tinham muitas vezes um problema: as matérias só começavam a fazer sentido depois de umas quantas aulas práticas. Os profs que tive na FEUP eram normalmente de grande categoria; havia era um abismo entre o seu domínio das matérias e a capacidade de um jovem que ainda estava a aprender.

[ravager]

As teóricas tinham muitas vezes um problema: as matérias só começavam a fazer sentido depois de umas quantas aulas práticas. Os profs que tive na FEUP eram normalmente de grande categoria; havia era um abismo entre o seu domínio das matérias e a capacidade de um jovem que ainda estava a aprender.

Da minha experiência, o "fosso" nesse tipo de professores é mais entre o seu domínio das matérias e a capacidade de transmitir esses conhecimentos aos alunos.

Até podiam ser grandes profissionais, envolvidos em grandes projectos na sua área.. mas é preciso vocação e gosto pelo ensino e muitos desses professores claramente não tinham nada disso.

[Poolkman]

Para matéria (texto), prefiro ler e ir escrevendo ao mesmo tempo

Para matéria (contas), prefiro ouvir algo, como: www.youtube.com/watch?v=WVP3fUzQHcg ou até mesmo música ''normal'', sabe sempre bem cantar as contas e gritar " x iguaaaaaal aaa doooooooooois", algo assim