As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que são consideradas pela União Europeia com um grupo terrorista, tiveram direito um espaço de propaganda na última festa do «Avante!».
Segundo a edição desta quinta-feira do Diário de Notícias, esta presença criou um embaraço diplomático ao governo de José Sócrates. O embaixador colombiano em Portugal, Plínio Apuleyo Mendoza, disse ao jornal que iria pedir explicações às autoridades portuguesas.
«Essa notícia surpreende-me muito, precisamente porque Portugal integra a União Europeia, que consideram as FARC uma organização terrorista [ver caixa]», disse o diplomata. «O que a Colômbia espera de Portugal é solidariedade no combate ao terrorismo», acrescentou o embaixador, que criticou ainda o PCP por estar «estar a prestar-se ao jogo do terrorismo».
Em resposta ao DN, o PCP confirmou que estiveram presentes duas organizações provenientes da Colômbia, o Partido Comunista Colombiano e a revista «Resistência», uma publicação que funciona como porta-voz das FARC, no âmbito dos convites que o PCP dirige e que se «baseiam exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências, como é o caso do governo colombiano».
O PCP «aproveita a oportunidade» para, mais uma vez, sair em defesa das FARC e «denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC, uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra, como organização terrorista.
A notícia da presença de propaganda das FARC na festa do PCP foi revelada na blogosfera. Domingo passado, no blogue Tugir (tugir.blogspot.com), Carlos Manuel Castro registou criticamente o facto. A partir daí a indignação alastrou a mais de uma dezena de blogues.
O DN contactou ainda o ministério da Administração Interna, mas não conseguiu obter qualquer comentário sobre a presença colombiana.
[8)]
Já tinham ouvido?
Segundo a edição desta quinta-feira do Diário de Notícias, esta presença criou um embaraço diplomático ao governo de José Sócrates. O embaixador colombiano em Portugal, Plínio Apuleyo Mendoza, disse ao jornal que iria pedir explicações às autoridades portuguesas.
«Essa notícia surpreende-me muito, precisamente porque Portugal integra a União Europeia, que consideram as FARC uma organização terrorista [ver caixa]», disse o diplomata. «O que a Colômbia espera de Portugal é solidariedade no combate ao terrorismo», acrescentou o embaixador, que criticou ainda o PCP por estar «estar a prestar-se ao jogo do terrorismo».
Em resposta ao DN, o PCP confirmou que estiveram presentes duas organizações provenientes da Colômbia, o Partido Comunista Colombiano e a revista «Resistência», uma publicação que funciona como porta-voz das FARC, no âmbito dos convites que o PCP dirige e que se «baseiam exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências, como é o caso do governo colombiano».
O PCP «aproveita a oportunidade» para, mais uma vez, sair em defesa das FARC e «denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC, uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra, como organização terrorista.
A notícia da presença de propaganda das FARC na festa do PCP foi revelada na blogosfera. Domingo passado, no blogue Tugir (tugir.blogspot.com), Carlos Manuel Castro registou criticamente o facto. A partir daí a indignação alastrou a mais de uma dezena de blogues.
O DN contactou ainda o ministério da Administração Interna, mas não conseguiu obter qualquer comentário sobre a presença colombiana.
[8)]
Já tinham ouvido?
Comentário