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A saúde em Portugal está (gravemente) doente!

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    Sociedade A saúde em Portugal está (gravemente) doente!

    Peço desculpa se o assunto já está a ser discutido aqui, mas não me apercebi de nenhum tópico que o fizesse.

    Gostaria que comentassem os 2 casos recentes de mortes por rebentamento de um aneurisma e de um AVC devido a falta de assistência em grandes cidades portuguesas.

    Se os 2 casos assumem os contornos que a imprensa tem vindo a publicar (porque não pagam suficientemente a uns ao fim-de-semana e o outro porque estava quase na hora de ele sair e então mandou o paciente ir tratar-se a Coimbra, estando em Lisboa!!!), para além de isto ser gravíssimo é razão para nos colocarmos todos a questão: afinal que m*rda de país é este em que vivemos?? E em que esterco se tornou a nossa sociedade afinal??

    Espero estar enganado e que, nesse caso, tudo seja muito bem explicado e justificado rapidamente. Mas não me parece que venha a ser o caso, infelizmente.

    #2
    O que eu acho é que existe uma intenção velada de acabar com o SNS, se assim não fosse porque razão todos os grupos de saúde privados estão a construir/comprar/ampliar as suas instalações a todo o vapor????


    Assim que só existir oferta privada passamos também para os seguros, situações como a do casal português no Dubai vão começar então a ser muito frequentes por cá, não estou a ver quem com 500€ mensais terá dinheiro para o seguro, além disso os seguros de saúde em Portugal, quando deixarem de ter o SNS como retaguarda, aumentarão dez vezes....Espero, sinceramente, estar enganado

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      #3
      Num resumo muito simples e directo; tudo porque o SNS se organizou nos últimos 30 anos em função não dos doentes mas sim das corporações do sector.


      Vale a pena ler este artigo escrito por um médico. http://observador.pt/opiniao/s-jose-irresponsabilidade/

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por 330i Ver Post
        Num resumo muito simples e directo; tudo porque o SNS se organizou nos últimos 30 anos em função não dos doentes mas sim das corporações do sector.


        Vale a pena ler este artigo escrito por um médico. http://observador.pt/opiniao/s-jose-irresponsabilidade/
        Sim, concordo que isso foi o que deu início ao fim!

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          #5
          A culpa é dos gestores hospitalares. Têm um orçamento para gerir, façam-o correctamente.

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            #6
            Originalmente Colocado por orion Ver Post
            A culpa é dos gestores hospitalares. Têm um orçamento para gerir, façam-o correctamente.
            Bom, isso às vezes também não é assim, há casos de suborçamentação, poucos, mas há

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              #7
              Com a quantidade de impostos que pagamos deviamos ter tudo do bom e do melhor, ah mas espera aí, isso aconteceria se os politicos não desviam se esse dinheiro para eles e para os namorados , sendo assim vamos ter cada vez mais casos de esses

              Cumps

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                #8
                Subscrevo. Para o balúrdio de impostos que se pagam acho que devia ser bem melhor.

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                  #9
                  Li algures que nenhum hospital de Lisboa que podia ter salvo o jovem no fim de semana foi contactado.

                  Mas claro que há logo quem aproveite para falar dos cortes.

                  Em vez de exigir a melhor gestão dos nossos impostos, os mesmos grupos de sempre pretendem que seja atirado dinheiro para cima do problema.

                  Comentário


                    #10
                    Em primeiro lugar acho que não deve existir aproveitamento político destas situações.

                    Em segundo, na justiça, educação e saúde, deveria existir um plano a longo prazo negociado entre PSD, PS e quem mais quisesse participar construtivamente. Para dar estabilidade aos sectores e que estas áreas deixem der ser usadas como "activos" na trama política. Mas isso é no mundo utópico em que os políticos legislam e governam com o interesse da população que paga impostos em primeiro lugar. O que não é a realidade.

                    Em terceiro lugar, na saúde havia muita coisa completamente insana a ocorrer. Para ter um melhor SNS, não é só aumentar orçamentos. É preciso optimizar os recursos. Eu vi situações de desperdício gritante. E vi situações de corrupção descarada. Caso houvesse lei de proteção dos denunciantes eficaz e uma justiça funcional e rápida, teria denunciado essas situações.

                    Em quarto lugar, concordo que o SNS, a saúde, a justiça, as forças de segurança, asilos, creches poderiam e deveriam ser de excelente nível, tendo em conta os impostos que pagamos. A questão é como foi dito. Uma parte do dinheiro não poderia ser desviado por corruptores.
                    E mais; as pessoas tem que decidir o que é importante. Foguetes em festarolas? Obras de urbanização faraônicas? Funcionários públicos com funções redundantes e desnecessárias? Apoio ao cinema?
                    Reformas que nada tem haver com a carreira contributiva? Salários todos iguais, quer o funcionário seja empenhado ou seja um baldas?
                    O Estado para melhorar os serviços realmente importantes, terá que abordar situações e casos para os quais a maioria das pessoas tem uma fobia enorme. Despedimentos, salários diferenciados, etc.

                    Estarão as pessoas dispostas e enfrentar estas questões e a escolher o que é realmente importante?

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por 1975 Ver Post
                      Com a quantidade de impostos que pagamos deviamos ter tudo do bom e do melhor, ah mas espera aí, isso aconteceria se os politicos não desviam se esse dinheiro para eles e para os namorados , sendo assim vamos ter cada vez mais casos de esses

                      Cumps
                      Bem vindo ao estado providência. O estado tem e assegura tudo, menos o que deveria assegurar exclusivamente, saúde, educação e segurança.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por trepkos Ver Post
                        Bem vindo ao estado providência. O estado tem e assegura tudo, menos o que deveria assegurar exclusivamente, saúde, educação e segurança.
                        Não é uma característica inerente ao "estado providência". Não sei como estará agora mas no sul da europa há uns anos os impostos eram elevadíssimos mas as prestações sociais acompanhavam.

                        Pessoalmente, enquanto membro do "clube" que mais impostos paga em Portugal, numa perspetiva egoísta (que não é normalmente a minha) até seria porreiro uma redução nas prestações sociais desde que acompanhada por uma redução nos impostos. Agora o que me chateia é contribuir com bem mais de 50% do meu rendimento para os estado e depois ser confrontado com noticias de pessoas que morrem nos hospitais por deficiente tratamento.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                          Não é uma característica inerente ao "estado providência". Não sei como estará agora mas no sul da europa há uns anos os impostos eram elevadíssimos mas as prestações sociais acompanhavam.

                          Pessoalmente, enquanto membro do "clube" que mais impostos paga em Portugal, numa perspetiva egoísta (que não é normalmente a minha) até seria porreiro uma redução nas prestações sociais desde que acompanhada por uma redução nos impostos. Agora o que me chateia é contribuir com bem mais de 50% do meu rendimento para os estado e depois ser confrontado com noticias de pessoas que morrem nos hospitais por deficiente tratamento.
                          Está na altura de fazermos escolhas, ou queremos mais impostos ou mais estado.

                          Não podemos ter aviões e comboios na esfera pública e achar que devemos pagar menos impostos.

                          Além que o que é fundamental ao funcionamento de um estado é constantemente negligenciado.

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                            #14
                            Cada vez me convenço mais que o país ao fim de semana não funciona.

                            Para o que se paga de impostos, ter o azar de sofrer uma maleita ao fim de semana e não ser tratado por indisponbilidade dos serviços é surreal.

                            Outra coisa que me assusta é Lisboa não ter tido capacidade para resolver (bem) estas situações. Não quero imaginar o que se pode passar em hospitais tipo Bragança, Covilhã ou Évora, ou ainda mais pequenos como Mirandela ou Fundão.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por air Ver Post
                              Li algures que nenhum hospital de Lisboa que podia ter salvo o jovem no fim de semana foi contactado.

                              Mas claro que há logo quem aproveite para falar dos cortes.

                              Em vez de exigir a melhor gestão dos nossos impostos, os mesmos grupos de sempre pretendem que seja atirado dinheiro para cima do problema.
                              Pelo que me disseram, na região do Porto há sempre um serviço de cada em emergência em pelo menos um dos 3 hospitais (S. João, Sto. António e Gaia), e todos os casos em que esse serviço é necessário são reencaminhados para lá. Em Lisboa deve acontecer a mesma, e o caso em Santarém é que não deve ter sido reencaminhado para o hospital correcto. Mas as investigações a seu tempo dirão o que realmente se passou (esperemos nós).

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                                #16
                                Originalmente Colocado por DMA Ver Post
                                Em primeiro lugar acho que não deve existir aproveitamento político destas situações.

                                Em segundo, na justiça, educação e saúde, deveria existir um plano a longo prazo negociado entre PSD, PS e quem mais quisesse participar construtivamente. Para dar estabilidade aos sectores e que estas áreas deixem der ser usadas como "activos" na trama política. Mas isso é no mundo utópico em que os políticos legislam e governam com o interesse da população que paga impostos em primeiro lugar. O que não é a realidade.

                                Em terceiro lugar, na saúde havia muita coisa completamente insana a ocorrer. Para ter um melhor SNS, não é só aumentar orçamentos. É preciso optimizar os recursos. Eu vi situações de desperdício gritante. E vi situações de corrupção descarada. Caso houvesse lei de proteção dos denunciantes eficaz e uma justiça funcional e rápida, teria denunciado essas situações.

                                Em quarto lugar, concordo que o SNS, a saúde, a justiça, as forças de segurança, asilos, creches poderiam e deveriam ser de excelente nível, tendo em conta os impostos que pagamos. A questão é como foi dito. Uma parte do dinheiro não poderia ser desviado por corruptores.
                                E mais; as pessoas tem que decidir o que é importante. Foguetes em festarolas? Obras de urbanização faraônicas? Funcionários públicos com funções redundantes e desnecessárias? Apoio ao cinema?
                                Reformas que nada tem haver com a carreira contributiva? Salários todos iguais, quer o funcionário seja empenhado ou seja um baldas?
                                O Estado para melhorar os serviços realmente importantes, terá que abordar situações e casos para os quais a maioria das pessoas tem uma fobia enorme. Despedimentos, salários diferenciados, etc.


                                Estarão as pessoas dispostas e enfrentar estas questões e a escolher o que é realmente importante?

                                concordo inteiramente. É esta falta de prioridades na gestão pública que faz com que faltem funcionários nos hospitais, enquanto se andam a reintegrar na SS funcionários que estavam na mobilidade porque já não eram necessários.
                                Editado pela última vez por jimbo; 29 December 2015, 11:09.

                                Comentário


                                  #17
                                  Está aqui toda a gente a focar-se nas culpas do Estado, que é sempre o mais fácil de culpar por tudo, mas nestes casos há aqui um certo cheiro a negligência médica no ar, principalmente no 2.º.

                                  Será que esta classe estará também isenta de culpas? A minha mulher tem um problema de saúde chato que se arrasta há anos e andamos este tempo todo de "especialista" em "especialista" e vê-se cada atitude de descaso, de encolher de ombros e de empurrar para o próximo que é de ficar com os cabelos em pé. Dá a clara ideia de que ninguém se está legitimamente a preocupar com o caso para o resolver de verdade!

                                  Comentário


                                    #18
                                    Essas mortes, e desculpem a franqueza, eram estatisticamente previsíveis. O "aparato mediático " à volta é que não...
                                    Eu sempre disse no tópico da crise que as medidas do governo anterior em relação à Saúde iriam resultar em Mortes e que tal situação era e é do conhecimento de quem decidiu.

                                    E dou sempre o exemplo das luvas hospitalares: se não houver luvas, muitos médicos trabalham na mesma propagando assim mais doenças. A partir daí, entra a estatísticas: em 10000 pessoas contaminadas é sempre de prever a morte uma ou outra por esta via...

                                    É duro admiti-lo mas: estas mortes são inevitáveis a partir do momento em que os recursos são limitados ( ou pela situação económica debilitada ou por entidades externas, EU FMI etc).

                                    Em relação ao caso em concreto, devemos aguardar por investigações pois a história tem contornos não totalmente esclarecidos e não devemos para já apontar armas a ng. Nem aos Médicos nem aos Gestores.

                                    Os políticos por maior responsabilidade moral que tenham, são sempre considerados irresponsáveis como aliás prevê a constituição que tanto adoramos.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Este último caso é uma sucessão de falhas inadmissíveis. Primeiro o doente foi transportado para o centro de saúde de Vila Real de Santo António em vez de ir logo para o hospital de Faro, onde medico limitou-se a baixar a tensão. Os familiares levaram-no para Faro, onde foi atribuída a pulseira amarela, e só por insistência foi dada a pulseira laranja, depois de tanto tempo de espera e mais exames o senhor acabou por sofrer um AVC na artéria basilar e teria de ser submetido a uma operação que só é feita em Lisboa, Coimbra e Porto. O Hospital de Faro contacta o Hospital de S. José que recusa receber o doente porque o médico sai às 20h, de seguida contactam o Hospital de Coimbra que aceita o doente, mas não era possível o transporte de helicóptero devido às condições meteorológicas. A única opção era a ambulância, o problema é que a única disponível estava em Armação de Pêra e tem o equipamento avariado.
                                      O senhor acaba por chegar a Coimbra já em coma e fora do período recomendado para realizarem a cirurgia, até 6h após o AVC.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Este tipo de situações acontece bem mais vezes do que aquelas que são noticiadas..

                                        E quanto mais afastadas as pessoas estão dos grandes centros maior é o risco de vida..

                                        AS assimetrias são brutais..

                                        Um tio meu teve um AVC em Bragança, o heli estava ocupado, não podia ir de ambulância, quando chegou ao St António já foi tarde..

                                        Se morasse no Porto, o mais provável, era ter sobrevivido..

                                        Custa aceitar a realidade, mas é dura e crua. Todos pagamos os mesmos impostos mas nem todos temos os mesmos direitos.

                                        Os cortes na Saúde não de agora, e o problema não está nos cortes mas na gestão dos mesmos. Antigamente era um despesismo absurdo e agora é o oposto, com cortes desmedidos e sem olhar a meios para atingir bons rankings de gestão hospitalar. O que gastar menos é o que ganha. Os meios que levam a que esse gestor tivesse obtido essa poupança e os custos humanos que são "sacrificados" em prol da contenção nunca são tidos em consideração..

                                        Pode ser que agora comecem a acordar..

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                                          Essas mortes, e desculpem a franqueza, eram estatisticamente previsíveis. O "aparato mediático " à volta é que não...
                                          Eu sempre disse no tópico da crise que as medidas do governo anterior em relação à Saúde iriam resultar em Mortes e que tal situação era e é do conhecimento de quem decidiu.

                                          E dou sempre o exemplo das luvas hospitalares: se não houver luvas, muitos médicos trabalham na mesma propagando assim mais doenças. A partir daí, entra a estatísticas: em 10000 pessoas contaminadas é sempre de prever a morte uma ou outra por esta via...

                                          É duro admiti-lo mas: estas mortes são inevitáveis a partir do momento em que os recursos são limitados ( ou pela situação económica debilitada ou por entidades externas, EU FMI etc).

                                          Em relação ao caso em concreto, devemos aguardar por investigações pois a história tem contornos não totalmente esclarecidos e não devemos para já apontar armas a ng. Nem aos Médicos nem aos Gestores.

                                          Os políticos por maior responsabilidade moral que tenham, são sempre considerados irresponsáveis como aliás prevê a constituição que tanto adoramos.
                                          Podemos discutir e maquilhar tudo e mais alguma coisa, podemos comer que nem animais bem comportados toda a palha que nos é servida em bandejas de prata mas a análise pragmática não pode levar-nos a nada mais do que isto.

                                          Na saúde, e sobretudo na saúde tecnologicamente avançada a que o mundo civilizado se começa a habituar, X (dinheiro e recursos) = Y (resultados e estatísticas), tudo o demais era previsível.
                                          Era sem dúvida possível poupar em relação ao que se fazia antes, no entanto a direcção escolhida não foi mais que cortar forte sem direcção, sem descriminação, sem estudos, sem avaliação de necessidades (seja por conveniência, ou admita-se infelizmente perante a qualidade de muitos integrantes das gestões hospitalares, ignorância e incapacidade)

                                          O problema é que na saúde, ao contrário de muitos outros departamentos do estado social, os cortes têm tendência a demonstrar-se a curto prazo na forma de estaladas de realidade com uma força descomunal

                                          Estar aqui a discutir politicas e politiquinhas não nos leva a lado nenhum, mas dirigindo-me única e exclusivamente à saúde, sejamos larajinhas, rosinhas, branquinhos ou da cor do arco iris, o que se assistiu com o anterior governo foi uma politica na saúde baseada em cortes absolutamente indiscriminados com mentiras e desinformação constante com o objectivo único e singelo de cortar onde fosse possível e impossível maquilhando a todo o custo a informação que o "povo" recebia. Qualquer pessoa bem informada, independentemente da cor, que tente sequer refutar isto está a mentir aos outros ou a si própria

                                          E ainda nós não tivemos o azar biblico de lidar com a múmia Burns que se sentou no cargo durante 1 semana senão é que iam ser elas.


                                          Sobre os profissionais de saúde em geral, e não particularizando os médicos, esses diabos malvados, continua a ladainha que estes deveriam trabalhar em regime de voluntariado, as horas necessárias, sem pausas, sem reclamar, em prejuízo não compensado do contacto familiar e a aceitar trabalhar as noites e fins de semanas necessários a ganhar <5 euros/hora (ou traduzindo para a capa dos jornais diários, 50.000 euros ao mês, e aí uns 400 euros/hora)
                                          Editado pela última vez por Visitante; 29 December 2015, 14:09.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Nada me espanta o Estado da Saúde de um País que de x em x anos está na Bancarrota....

                                            Comentário


                                              #23
                                              O senhor de 70 e tal anos do Algarve, na minha opinião, nem devia ter saído de lá.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por DMA Ver Post
                                                Em primeiro lugar acho que não deve existir aproveitamento político destas situações.

                                                Em segundo, na justiça, educação e saúde, deveria existir um plano a longo prazo negociado entre PSD, PS e quem mais quisesse participar construtivamente. Para dar estabilidade aos sectores e que estas áreas deixem der ser usadas como "activos" na trama política. Mas isso é no mundo utópico em que os políticos legislam e governam com o interesse da população que paga impostos em primeiro lugar. O que não é a realidade.

                                                Em terceiro lugar, na saúde havia muita coisa completamente insana a ocorrer. Para ter um melhor SNS, não é só aumentar orçamentos. É preciso optimizar os recursos. Eu vi situações de desperdício gritante. E vi situações de corrupção descarada. Caso houvesse lei de proteção dos denunciantes eficaz e uma justiça funcional e rápida, teria denunciado essas situações.

                                                Em quarto lugar, concordo que o SNS, a saúde, a justiça, as forças de segurança, asilos, creches poderiam e deveriam ser de excelente nível, tendo em conta os impostos que pagamos. A questão é como foi dito. Uma parte do dinheiro não poderia ser desviado por corruptores.
                                                E mais; as pessoas tem que decidir o que é importante. Foguetes em festarolas? Obras de urbanização faraônicas? Funcionários públicos com funções redundantes e desnecessárias? Apoio ao cinema?
                                                Reformas que nada tem haver com a carreira contributiva? Salários todos iguais, quer o funcionário seja empenhado ou seja um baldas?
                                                O Estado para melhorar os serviços realmente importantes, terá que abordar situações e casos para os quais a maioria das pessoas tem uma fobia enorme. Despedimentos, salários diferenciados, etc.

                                                Estarão as pessoas dispostas e enfrentar estas questões e a escolher o que é realmente importante?

                                                Bom post!

                                                "Para ter um melhor SNS, não é só aumentar orçamentos. É preciso optimizar os recursos."

                                                Basta ser eficaz e eficiente, duas boas prácticas que a generalidade dos serviços públicos desconhecem, pela cultura de laxismo e desresponsabilização em que sempre foram profissionalmente educados

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Os administradores cortam em tudo sem pensar mas nas regalias deles é que nem pensar, continuam a gastar a grande e a francesa (combustivel, telemovel, etc...).

                                                  Cumps

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                                                    Bom post!

                                                    "Para ter um melhor SNS, não é só aumentar orçamentos. É preciso optimizar os recursos."

                                                    Basta ser eficaz e eficiente, duas boas prácticas que a generalidade dos serviços públicos desconhecem, pela cultura de laxismo e desresponsabilização em que sempre foram profissionalmente educados
                                                    Lá está, o que critico no anterior governo, investiu muito no aumento da receita e pouquíssimo na reforma do estado.

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                                                      Lá está, o que critico no anterior governo, investiu muito no aumento da receita e pouquíssimo na reforma do estado.

                                                      Jbranco, o governo anterior, aumentou as receitas fiscais, mas diminui o orçamento, nas especialidades e no geral.

                                                      Isto é; atirou com menos dinheiro para a saúde concretamente, e com o objectivo de racionalizar, de tornar a gestão desse dinheiro mais eficiente. Não o terá conseguido por diversas razões, cito algumas; sabotagem, contra-ciclo dos lobbies, incompetência de gestão, mau profissionalismo, e umbiguismo agudo dos profissionais do sector, ausência de uma cultura de racionalização dos meios e recursos disponíveis, entre outras.

                                                      Pessoalmente julgo que que andou a atirar dinheiro a rodos para o SNS, e seus agentes foram os governos anteriores a 2009.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        resposta de um médico a uma primeira página do correio da manhã:
                                                        A pedido...
                                                        Caro “Correio da Manha”, tão nobre de entre os nobres jornais:
                                                        Depois de ler, pela terceira vez, uma estratégica notícia vossa sobre os ordenados milionários de alguns médicos (a que aparece entre a notícia do homem bêbado que cai na falésia e os brutais cortes salariais de um concorrente do peso extra) e após ler os comentários, alguns em língua sânscrita (estou em crer), venho solicitar que noticiem isto que vos vou dizer (noticiar é dar uma notícia):
                                                        Eu sou médico e tenho muito gosto nisso. Não vou falar da faculdade, das propinas, dos sacrifícios, dos 12 anos de escola, 6 anos de faculdade e 5 de internato de especialidade, dos exames para entrar, exames para ficar e exames para sair… “Isto, para nós, são piners”, já dizia o outro.
                                                        Vou antes revelar o segredo para o dinheiro fácil… para viajarem sem mala de porão e comprarem a roupa toda no destino paradisíaco que escolherem…para passarem o cartão de multibanco na Louis Vuitton até que o calor da fricção derreta as letras incrustadas do golden card….para comprarem, a pronto, um Audi A5 para o vosso filho de 19 anos, de pullover sobre as costas, o espetar num arbusto, em frente ao Lux….para arranjarem o último portátil da Apple e o encherem de vírus no Ashley Madison….
                                                        Jornalistas do Correio da Manha: deixem as redações, abandonem a wikipédia, larguem as câmaras e os microfones…tirem o curso de Medicina e venham fazer bancos de urgência!
                                                        Aqui é que está o dinheiro…em sacos, de todas as cores, debaixo das marquesas, nas macas, nos carros de reanimação, nos tubos de ensaio e nas placas de Petri…está em todo o lado. Até é difícil não tropeçar nele… Assinem com um qualquer hospital público um contrato de trabalho de 40 horas semanais mas trabalhem 50 ou 60 ou 70. Essas são, perguntam vocês, competentes jornalistas, as famigeradas horas extra com as quais vão à Swarovski? Não, não são. Estas horas a mais são ignoradas, esquecidas pelo hospital, mas não se preocupem que é com as outras horas que lá vão…
                                                        Acabem de sair de um Domingo a trabalhar 24h seguidas e vão estourar notas em comida pequenina, amontada e com riscos em cima e à volta de um prato que ocupa a mesa toda….Vão, pois se tem riscos é porque é gourmet e as horas extra dão para isso e muito mais.
                                                        Façam a vossa primeira de 2 ou 3 urgências noturnas na semana e vão depois passear à avenida… a Primark são águas passadas…. Se tiverem o azar de trabalhar no Natal, não se apoquentem. Espera-vos um réveillon em Bora Bora só com as horas extra da consoada. Se vos for permitido o luxo de ter férias no Natal, olha… aproveitem e vão passar com a família…mas nada de peru! É de faisão para cima….
                                                        Vou então explicar-vos, futuros colegas, ainda jornalistas, como vão ganhar os vossos (ou como eu ganho os meus) 50 mil euros mensais.
                                                        Vamos só fazer as contas como se fossem trabalhar 40 horas semanais. Sim, vou dar-vos uma folga de 10, 20 ou 30 horas semanais, que é para ser mais giro, sei lá…
                                                        Se olharem para o vosso futuro recibo de vencimento, tendo por base o meu do passado mês, irão ver 2377.22 euros ilíquidos Vou repetir: dois mil trezentos e setenta e sete euros e vinte e dois cêntimos. Do lado direito do recibo, estarão os cortes, deduções, descontos e afins…num total de 909.97 euros. O que irá chegar no final do mês será mais ou menos 1467,25 euros. Vou repetir: mil quatrocentos e sessenta e sete euros e vinte e cinco cêntimos o que, arredondado, dá os tais 50.000 euros mensais… Sim, sim… os milhares com que irão besuntar os vossos corpos com creme à base de baba de caracol, rosa mosqueta e óleo de jojoba. Qual tio patinhas qual quê…Aqui são só notas, não há piscina de moedas… Estão a pensar… e quanto é que dá o valor pago à hora? Quantas horas custa um Rolex Vintage? Ora bem, se dividirem os 2377 euros ilíquidos por 40 horas semanais (4 semanas num mês= 160 horas) estaremos a falar de 14.85 euros à hora, ilíquidos. Se dividirem o valor efectivamente recebido, os 1467.25 euros pelas 160 horas semanais, dá um valor hora, líquido, de 9.17 euros. Vá, arredondando, não contando as horas a mais não pagas, deve dar 125 euros por hora e, por conseguinte, os 50.000 euros, mais milhar menos milhar. E olhem que acho pouco…. Porque um médico é um médico, não é um maquinista do metro. Então ah? Em 5 receitas de paracetamol e uns lenços de assoar, enchem os vossos pulsos e os da família toda… Venham lá e deixem-se de coisas…
                                                        Senhores jornalistas, e porque o texto já vai longo e a semana ainda agora começou, deixem-se dessa coisa que é fazer jornalismo isento e esclarecedor e venham salvar uns tantos… entrem num mundo novo e repitam comigo: Frango nunca mais!! Frango nunca mais!!
                                                        Digo isto tudo e “faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.”

                                                        aqui:
                                                        https://www.facebook.com/nuno.ribeir...913299?fref=nf

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                                                          #29
                                                          Isso foram mortes, de lamentar.
                                                          No dia a dia tratam-se assim ou pior os pacientes.
                                                          Já vi como funciona no mes passado o SNS.
                                                          Uma grande porcaria.
                                                          Se for algo muito mau e se depender disso, xau xau.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            saúde em Portugal

                                                            http://visao.sapo.pt/actualidade/soc...torna-se-viral

                                                            Nada que já não soubéssemos..médicos mal pagos e a serem escravizados,não arranjam aparelhos porque não os pagam...aliás ha muita gente que morre em situação de emergência por causa de algum aparelho que nao está a funcionar ou que está algo em falta...depois compreende-se que pessoas como aquele jovem de 29 anos morrem porque não há médicos ao serviço..é tudo um ciclo vicioso...já trabalham horas extras e mesmo assim ganham uma miséria,ninguém consegue descer a tanto...
                                                            Porque é que há estas falhas todas no sistema de saúde? Porque é que o estado não gasta o dinheiro no que realmente é importante?
                                                            Não digo que o nosso sistema de saúde seja completamente mau comparativamente a outros países e dou graças a deus por isso,contudo tem estas falhas muito graves...
                                                            Editado pela última vez por girl92; 12 January 2016, 06:29.

                                                            Comentário

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