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IPSS multada por dar comida a mais pobres do que devia

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    IPSS multada por dar comida a mais pobres do que devia

    http://zap.aeiou.pt/ipss-multada-por...e-devia-100714

    O Centro Paroquial de S. Martinho das Moitas, em S. Pedro do Sul, foi condenado a pagar uma multa de 2.500 euros por ter prestado apoio social a mais pessoas necessitadas do que estava previsto no acordo estabelecido com a Segurança Social.Segundo apurou a rádio VFM, de Viseu, a contra-ordenação resultou de uma inspecção realizada à IPSS no início do mês de dezembro, após uma denúncia.
    Na sequência da inspecção, foi aplicada pela Segurança Social uma multa de 6.300 euros por “apoio domiciliário a mais seis pessoas do que estava autorizado” e por “não constarem nos contratos com os utentes os seus direitos”.
    O Centro Paroquial recorreu ao Tribunal de Trabalho de Viseu, que reduziu a coima para 2.500 euros.
    Ouvido pela VFM, o padre Ricardo Correia, presidente da IPSS, diz que “não é contra as inspecções que são feitas”, mas considerou desproporcionado o valor da multa.
    O sacerdote não sabia que a IPSS “não podia ajudar mais pessoas do que o que estava acordadocom Estado”, e que “apenas se limitou a apoiar cidadãos pobres e que vivem isolados”.
    “O acordo que tínhamos era para apoiar 30 utentes, e julgávamos nós que podíamos ajudar mais 6, porque a Segurança Social não nos paga mais por isso“, explica o sacerdote, “estes 6 utentes era a nossa instituição que suportava os gastos”.
    “Estamos a falar de pessoas que não têm ninguém, que não sabem ler, não sabem escrever. Nós somos as únicas pessoas com que eles contactam diariamente”, diz.
    O presidente refuta a acusação de que não constam dos seus contratos os direitos dos utentes.
    “Quando a instituição celebra um acordo com os utentes entrega-lhes o seu regulamento, onde constam esses direitos”, garante o padre Ricardo Correia.
    “Achei uma tremenda injustiça, mas a mim cabe-me estar consoante a lei portuguesa”, lamenta o sacerdote.
    “Sentimo-nos mal por vermos que somos multados por alimentarmos os nossos pobres“, conclui.
    ZAP
    a justiça é cega e por vezes também um bocado parva

    #2
    O governo ignora por completo o que se passa no Portugal profundo, arriscaria até a dizer que os seus membros até têm medo de lá ir, a miséria é muita e as pessoas andam com a paciência esgotada!

    P.S.- alguns membros deste fórum, sobretudo os que participam no tópico da crise também deveriam fazer uma visita demorada (não apenas ir lá umas horas) ao Portugal profundo, iriam ficar surpreendidos. É muito fácil falar quando a realidade que se conhece é outra!
    Editado pela última vez por ExCon; 12 February 2016, 09:00.

    Comentário


      #3
      O mínimo que se pode dizer é que parece completamente absurdo.

      Gostava de saber a argumentação por detrás da pena, a sério que estou curioso.

      Comentário


        #4
        A argumentação é muito simples.

        A IPSS é financiada pela SS. A SS financia um determinado valor para apoiar um determinado n.º de pessoas. Esse valor está atribuído de forma a condignamente cobrir os apoios necessários a essas pessoas. pagar RH, pagar alimentação, pagar médicos, enfermeiros, etc etc. Se estão a apoiar mais umas quantas pessoas, quer dizer que estão a retirar qualidade ou serviços ou quantidade ao apoio que prestam a todos os utentes.

        Se concordo que deviam ser multados, não.

        Comentário


          #5
          Mas se era a instituição que suportava os gastos com as restantes pessoas qual era o problema? A menos que estejam a mentir.
          Seja como for a multa é parva, vista de qualquer prisma.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por lll Ver Post

            a justiça é cega e por vezes também um bocado parva
            Mas aqui não se trata da justiça, foi a segurança social que aplicou a multa, portanto neste caso foi mesmo a parvoice de algum funcionário da SS mais zeloso ou incompetente, que achou que para justificar o lugar que ocupa teve que fazer essa parvoice.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
              Mas se era a instituição que suportava os gastos com as restantes pessoas qual era o problema? A menos que estejam a mentir.
              Seja como for a multa é parva, vista de qualquer prisma.
              Não sabemos se suportava os gastos com o mesmo orçamento que tinha para menos utentes. Ou seja, enchia o prato com menos 10% de sopa e assim já dava para mais uns quantos.
              De qualquer das formas, a multa não seria na minha opinião o caminho, deveriam corrigir, e se voltarem a incumbir aí tomariam medidas mais drásticas, como por exemplo, deixar de financiar aquela instituição e financiar outra.
              mas nós não sabemos das 2 versões, por isso não façam já juízos de valor.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por hiace1 Ver Post
                Não sabemos se suportava os gastos com o mesmo orçamento que tinha para menos utentes. Ou seja, enchia o prato com menos 10% de sopa e assim já dava para mais uns quantos.
                De qualquer das formas, a multa não seria na minha opinião o caminho, deveriam corrigir, e se voltarem a incumbir aí tomariam medidas mais drásticas, como por exemplo, deixar de financiar aquela instituição e financiar outra.
                mas nós não sabemos das 2 versões, por isso não façam já juízos de valor.
                Na noticia tem lá também a versão da instituição: "estes 6 utentes era a nossa instituição que suportava os gastos”

                Comentário


                  #9
                  Vejamos a coisa por outro prisma mas cuja lógica é a mesma. A creche de uma IPSS tem acordo firmado com a SS para 30 crianças, e um dos vossos filhos é de uma delas. Um dia qualquer descobrem que a creche, apesar de ter acordo (e portanto, financiamento) para 30 crianças, tem lá 36. Não ficariam incomodados e desconfiados de que a vossa criança estava a ter menos comida, cuidados, tempo de acompanhamento, do que devia?

                  Comentário


                    #10
                    O Centro Paroquial recorreu ao Tribunal de Trabalho de Viseu, que reduziu a coima para 2.500 euros.
                    Tribunal de Trabalho?
                    Será fácil aceder a este processo?

                    Comentário


                      #11
                      As IPSS não são financiadas unicamente pela Seg. Social, podem (e devem!) ter outras fontes de receita. O importante é que essas receitas se traduzam em serviços de solidariedade social. Sendo um centro paroquial, uma parte das receitas deve vir de ofertas dos fieis (sim, o dinheiro ofertado não é para o padre ir de férias às Seychelles). Portanto, o centro pode (e deve!) ter apoios e serviços para além do estritamente contratualizado pela segurança social.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
                        Na noticia tem lá também a versão da instituição: "estes 6 utentes era a nossa instituição que suportava os gastos”
                        Mas suportava como, com que dinheiro, de onde vinha o dinheiro???

                        Vamos supor que o dinheiro era angariado pela instituição e nada tinha a ver com a SS, mesmo assim, há toda uma questão de condições de prestação de serviços que pode estar errada.
                        É a coisa da creche que o user acima deu como exemplo, se eu tiver uma sala dimensionada para 15 crianças e lá meter 40, mesmo que seja eu a pagar os custos estou a incumprir gravemente.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                          As IPSS não são financiadas unicamente pela Seg. Social, podem (e devem!) ter outras fontes de receita. O importante é que essas receitas se traduzam em serviços de solidariedade social. Sendo um centro paroquial, uma parte das receitas deve vir de ofertas dos fieis (sim, o dinheiro ofertado não é para o padre ir de férias às Seychelles). Portanto, o centro pode (e deve!) ter apoios e serviços para além do estritamente contratualizado pela segurança social.
                          Certo, mas para ter sido multada de certeza que o apoio aquelas 6 pessoas estava oficialmente integrado no protocolo com a SS.

                          Comentário


                            #14
                            Mais uma daquelas notícias de incongruências técnicas ou coisas mal explicadas que por vezes surgem que são mel para a Comunicação social e oiro para os indignados do facebook.

                            Essa regra existirá por alguma razão, nomeadamente evitar desvios e apropriações indevidas e garantir qualidade de serviço, poderá ter sido aplicada cegamente, mas acredito que se vai resolver.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por hiace1 Ver Post
                              A argumentação é muito simples.

                              A IPSS é financiada pela SS. A SS financia um determinado valor para apoiar um determinado n.º de pessoas. Esse valor está atribuído de forma a condignamente cobrir os apoios necessários a essas pessoas. pagar RH, pagar alimentação, pagar médicos, enfermeiros, etc etc. Se estão a apoiar mais umas quantas pessoas, quer dizer que estão a retirar qualidade ou serviços ou quantidade ao apoio que prestam a todos os utentes.

                              Se concordo que deviam ser multados, não.
                              podem muito bem não estar a retirar qualidade nem quantidade ao serviço
                              dependendo da gestão da IPSS o custo por utente pode variar bastante sem mudar a qualidade
                              muitas vezes o acordo com a SS depende também da disponibilidade financeira da SS e não apenas das possibilidades da IPSS e das necessidades no terreno

                              é uma prática corrente, mas depois desta multa creio que muitas IPSS irão mudar e muitos utentes deixarão de ser atendidos
                              isto sem uma fiscalização a apurar se qualidade do atendimento estava ou não a ser afetado é um disparate
                              mas de disparates está a SS cheia e justiça também tem uma boa dose deles

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                                As IPSS não são financiadas unicamente pela Seg. Social, podem (e devem!) ter outras fontes de receita. O importante é que essas receitas se traduzam em serviços de solidariedade social. Sendo um centro paroquial, uma parte das receitas deve vir de ofertas dos fieis (sim, o dinheiro ofertado não é para o padre ir de férias às Seychelles). Portanto, o centro pode (e deve!) ter apoios e serviços para além do estritamente contratualizado pela segurança social.
                                Exacto, a maioria das IPSS recorrem a ajudas dos fieis, peditórios em supermercados, venda de produtos tais como pequenas lembranças, e é de facil verificação em certas alturas (e não apenas no Natal) altura em que a maioria das pessoas têm um mínimo de compaixão. E mesmo essas IPSS com todas as ajudas que possam ter ainda continuam a passar por dificuldades de tesouraria e isso reflecte-se na ajuda aos mais necessitados. Aliás lembro-me que quando andava nos escuteiros uma das coisas a fazer era ajudar esse tipo de IPSS com peditórios, como a venda de porta-chaves e coisas desse genero.

                                Também para proveito próprio da instituição/delegação,


                                Bastava a alguns membros do forum participarem em acções de voluntariado para perceber que o país não é só Porto, Lisboa, Coimbra e Algarve.
                                Editado pela última vez por jogador89; 12 February 2016, 12:59.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por hiace1 Ver Post
                                  A argumentação é muito simples.

                                  A IPSS é financiada pela SS. A SS financia um determinado valor para apoiar um determinado n.º de pessoas. Esse valor está atribuído de forma a condignamente cobrir os apoios necessários a essas pessoas. pagar RH, pagar alimentação, pagar médicos, enfermeiros, etc etc. Se estão a apoiar mais umas quantas pessoas, quer dizer que estão a retirar qualidade ou serviços ou quantidade ao apoio que prestam a todos os utentes.

                                  Se concordo que deviam ser multados, não.
                                  Esse financiamento da SS é uma ninharia comparando ás necessidades que a IPSS necessita por mês, como disse o colega clioII, muitas das IPSS para terem um rendimento extra é através de peditórios em supermercados (neste caso bens alimentares) e ajuda de fieis e voluntários, basta observar em certas ocasiões os peditórios feitos em supermercados. Mas neste caso, acho que seja preferível ajudar mais, do que ajudar menos.

                                  Também é verdade que a SS ajuda quem não deve, a aqueles que deve não ajuda, ontem na minha zona, houve uma idosa 84 anos que se simplesmente se perdeu, ao qual ia para o hospital e meteu-se no autocarro errado, não tinha dinheiro para taxi (se não fosse a senhora do café a pagar o taxi, pois o hospital ainda ficava uns belos 30 minutos +/-) se tivesse carro (que está no mecânico) ajudaria a idosa (como levar ao hospital, sem levar dinheiro em troca)

                                  Eu depois pergunto porque é que a SS nestes casos não toma a iniciativa de enviar assistentes sociais ás casas das pessoas mais idosas? Para verificar se precisa de ajuda, se precisa que levem ao hospital, sabendo que a pessoas não tem familiares (e mesmo que tivesse)

                                  Porque é que dão subsidios (tipo RSI e coisas parecidas, já não falo do desemprego, porque aí a pessoa descontou, e também é temporário, e também nesta altura também estou a receber á 1 mês e não tenciono estar muito tempo) a torto e a direito a pessoas que não necessitam? È para estar nos cafés a manhã inteira a jogar joguinhos no facebook?

                                  Comentário


                                    #18
                                    Mais um centro multado por ajudar pessoas a mais

                                    Centro Social e Paroquial de Mamouros, em Castro Daire, multado pela Segurança Social em 5025 euros por levar comida à casa de 52 pessoas, quando apenas o podia fazer a 30.
                                    O Centro Social e Paroquial de Mamouros, em Castro Daire, multado pela Segurança Social em 5025 euros por levar comida à casa de 52 pessoas, quando apenas o podia fazer a 30. Mas há mais: pouco tempo depois, o centro foi autorizado pela Segurança Social a apoiar até 90 utentes, com os mesmos meios e a mesma verba - mas a multa não foi perdoada. "Ninguém percebe isto. Fomos multados porque apoiávamos pessoas a mais. De seguida, a Segurança Social autoriza-nos a duplicar o número de utentes com a mesma verba e funcionários", lamentou Sandrine Rocha, diretora do Centro ao "Correio da Manhã".
                                    Em fevereiro deste ano, outro centro social - O Centro Paroquial de São Martinho das Moitas, em São Pedro do Sul - foi multado em 6300 euros pela Segurança Social porque apoiou mais seis pessoas do que estava acordado. A ajuda devia ser para 30 pessoas, mas o Centro Paroquial ajudou mais seis.
                                    O padre Ricardo Correia salientou à rádio VFM, de Viseu, citado pela TSF, que desconhecia a lei: "Sentimo-nos mal por vermos que por alimentarmos os nossos pobres somos multados." Acrescentou que querem ser "o mais prestável possível" a quem pede ajuda: "Estamos a falar de pessoas que não têm ninguém, que não sabem ler, não sabem escrever. Nós somos as únicas pessoas que eles veem diariamente." Garantiu ainda que os seus utentes que não estavam no acordo com a Segurança Social, eram ajudados pela instituição. "Éramos nós que suportávamos todas as despesas e todos os gastos", disse.
                                    isto é um bocado ridículo, acho eu

                                    Comentário


                                      #19
                                      É ridículo, mas há as regras e as instituições conhecem-nas bem pois fazem protocolos escritos com a seg social onde as regras ficam bem definidas (embora digam que não conhecem).
                                      Isto na realidade funciona tipo uma empresa, pode produzir 50 carros no limite da capacidade, se começam a produzir 70 carros alguma coisa vai correr mal, nomeadamente o serviço não vai ser bem feito de certeza.
                                      É mais ou menos nisto que se baseia, mediante as condições/ pessoal que tem a instituição definem a capacidade de pessoas que podem ajudar.
                                      E é também uma forma de haver equidade entre instituições.
                                      Mas depois há o lado social que se devia sobrepor a tudo isto e que quando justificado a instituição devidamente fundamentado poderia e deveria poder fazer o serviço.
                                      Menos sentido fazem multas destes valores.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                        ...isto é um bocado ridículo, acho eu
                                        A questão não é ajudar as pessoas, é mais uma questão de desonestidade. É basicamente um caixa2. Começa pela instituição fornecer à segurança social dados totalmente falsos.
                                        Há um orçamento feito pela IPSS para uma medida de apoio, e a segurança social atribui um valor concreto para ajudar a esse apoio, mas tens duas situações, orçamentos totalmente inventados e orçamentos inflaccionados com uma boa margem de conforto.
                                        Ao dinheiro a mais que as IPSS recebem podem ser dadas as finalidades que quiserem, desde ajudar utentes "extra", meter para o bolso, ou cobrir fundos que deveriam ser angariados pela IPSS, meter em outros projectos não apoiados, etc...
                                        Mas depois as IPSS, periódicamente e no final das medias tem que apresentar contas à segurança social. E como se faz quanto chegar a altura de apresentar contas?
                                        Arranja-se facturas inflacionadas, inventam-se despesas, metem-se despesas de projectos que nada tem a haver com a segurança social, faz-se trinta por uma linha...
                                        E podemos confiar de que uma instituição que mente e inventa tanto tenha tantos utentes ou serão eles também inventados?

                                        Comentário


                                          #21
                                          isso parece-me absurdo
                                          a IPSS então fornece à segurança social dados falsos que a levam a ser multada? não faz sentido

                                          as IPSS têm acordos com a segurança social para uma prestação por utente, mas julgo, não tenho a certeza, que esta prestação é tabelada de forma bastante uniforme conforme a valência, o tipo de utente. O que pode ou não ser inflacionado é a contribuição do estado aquando da construção do centro social, mas isso é algo completamente diferente da contribuição por utente durante o funcionamento normal da IPSS

                                          Mais que farturas inflacionadas o que ocorre mais é existirem apoios de particulares, uma gestão mais rigorosa que permite fazer mais que aquilo que está tabelado. Tanto se pode comprar um pacote de leite por 80 centimos como se pode comprar por 40 centimos ou menos, por vezes o mesmo serviço pode ser feito por 5 ou por 8 pessoas, dependendo de uma melhor ou pior organização. E nisto o estado tem por norma não ser mau gestor, mas antes ser um péssimo gestor. É por isso que o estado portugues (e outros) preferem apoiar a rede de IPSS que existe a criar uma rede diretamente dependente do estado, fica-lhes muito mais barato (e neste particular está acompanhado por muitos outros países aonde o sistema é parecido).

                                          Neste caso em concreto o que nos é dito é que antes esta instituição podia apoiar 30 pessoas, agora já pode apoiar 90, mas nada mudou, é o mesmo pessoal, o mesmo dinheiro que entra da segurança social.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por paulofer Ver Post
                                            É ridículo, mas há as regras e as instituições conhecem-nas bem pois fazem protocolos escritos com a seg social onde as regras ficam bem definidas (embora digam que não conhecem).
                                            Isto na realidade funciona tipo uma empresa, pode produzir 50 carros no limite da capacidade, se começam a produzir 70 carros alguma coisa vai correr mal, nomeadamente o serviço não vai ser bem feito de certeza.
                                            É mais ou menos nisto que se baseia, mediante as condições/ pessoal que tem a instituição definem a capacidade de pessoas que podem ajudar.
                                            E é também uma forma de haver equidade entre instituições.
                                            Mas depois há o lado social que se devia sobrepor a tudo isto e que quando justificado a instituição devidamente fundamentado poderia e deveria poder fazer o serviço.
                                            Menos sentido fazem multas destes valores.
                                            Vai mal é quando a partir do momento em que:

                                            Mas há mais: pouco tempo depois, o centro foi autorizado pela Segurança Social a apoiar até 90 utentes, com os mesmos meios e a mesma verba - See more at: http://forum.autohoje.com/off-topic/....w4V8ZCOD.dpuf

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                                              #23
                                              É tudo muito bonito, estamos a a apoiar mais pessoas que as acordadas!!! Em que condições, com que meios, como, com que controlo, .... etc etc. Não pode ser assim.

                                              Se tem capacidade para apoiar mais pessoas com recursos próprios, tem de solicitar à SS alargamento da capacidade e paga do próprio bolso esse apoio sem interferir com os restantes, ou seja, tem de contratar mais pessoas, comprar mais produtos, etc etc... isso já ninguém faz, e porquê, porque simplesmente não contratam mais ninguém.

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                                                #24
                                                Este país está uma vergonha, dão os mesmos meios e dinheiro para ajudarem 90 pessoas ao invés de 30, mas vamos multá-los porque deram de comer a 52 pessoas.
                                                Fico triste...muito triste...

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                                  A questão não é ajudar as pessoas, é mais uma questão de desonestidade. É basicamente um caixa2. Começa pela instituição fornecer à segurança social dados totalmente falsos.
                                                  Há um orçamento feito pela IPSS para uma medida de apoio, e a segurança social atribui um valor concreto para ajudar a esse apoio, mas tens duas situações, orçamentos totalmente inventados e orçamentos inflaccionados com uma boa margem de conforto.
                                                  Ao dinheiro a mais que as IPSS recebem podem ser dadas as finalidades que quiserem, desde ajudar utentes "extra", meter para o bolso, ou cobrir fundos que deveriam ser angariados pela IPSS, meter em outros projectos não apoiados, etc...
                                                  Mas depois as IPSS, periódicamente e no final das medias tem que apresentar contas à segurança social. E como se faz quanto chegar a altura de apresentar contas?
                                                  Arranja-se facturas inflacionadas, inventam-se despesas, metem-se despesas de projectos que nada tem a haver com a segurança social, faz-se trinta por uma linha...
                                                  E podemos confiar de que uma instituição que mente e inventa tanto tenha tantos utentes ou serão eles também inventados?
                                                  Desconheço a realidade das IPSS, pelo que vou mandar meros bitaites.

                                                  O que me parece é que existe uma grande promiscuidade entre SS e IPSS. Se a SS deu apoio financeiro para ajudar 30 pessoas e a IPSS só tinha (exemplo) de garantir 3 pessoas no seu quadro para esta ajuda, poderia perfeitamente cumprir o estipulado, mesmo que estivesse a ajudar 50 pessoas. Das duas uma, ou a IPSS tem exclusividade de serviços com a SS e não aceita verbas de mais ninguém, e por isso tem de responder única e exclusivamente à SS, ou então são muito anjinhos.

                                                  Mesmo estando a ajudar 50, se a SS pergunta quantas pessoas estão a ajudar, obviamente deveriam responder que no âmbito do contrato com a SS estão de facto a ajudar 30 pessoas e por isso a cumprir o estipulado. Se a SS fizer inspecção e verifique que são ajudadas 50 pessoas, a IPSS deveria dizer que dessas 50, apenas 30 são do âmbito do contrato e que as restantes são do âmbito da sua gestão interna, com apoio/financiamento de outras fontes.

                                                  O que estou a imaginar é uma situação da SS contratar serviços com um restaurante para dar refeições a 30 pessoas e numa inspecção encontrarem 50 pessoas no restaurante... Se é para existir exclusividade, há que pagar. Se não, cada um faz o que bem entender dentro dos seus regulamentos internos e da legalidade.

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                                                    #26
                                                    eu acho que não se deve opinar conhecendo apenas uma parte da história, contada pela comunicação social desta forma, em que a IPSS são uns coitadinhos e a SS o bicho papão.

                                                    Não existe nenhum problema em uma IPSS apoiar mais utentes do que o número de utentes com os quais tem acordo com a SS. Uma IPSS pode ter acordo para 30 utentes e dar apoio a 36. Faço parte da direcção de uma IPSS, como tal falo com conhecimento de causa.

                                                    O que não se pode ter, é instalações e pessoal para dar resposta a 30 utentes e depois apoiar 36.

                                                    A comparação que alguém fez com uma creche é uma bom comparação, se uma creche foi planeada para 30 crianças, se tem educadores para tomar conta de 30 crianças e depois tem 36 crianças, certamente que alguma coisa vai correr menos mal.

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por hiace1 Ver Post
                                                      A argumentação é muito simples.

                                                      A IPSS é financiada pela SS. A SS financia um determinado valor para apoiar um determinado n.º de pessoas. Esse valor está atribuído de forma a condignamente cobrir os apoios necessários a essas pessoas. pagar RH, pagar alimentação, pagar médicos, enfermeiros, etc etc. Se estão a apoiar mais umas quantas pessoas, quer dizer que estão a retirar qualidade ou serviços ou quantidade ao apoio que prestam a todos os utentes.

                                                      Se concordo que deviam ser multados, não.
                                                      É uma argumentação absolutamente ridícula, e falo com conhecimento de causa.

                                                      Durante o ano passado eu colaborei com a Cruz Vermelha na distribuição de alimentos aos mais necessitados ao abrigo da famosa campanha "Missão Sorriso". Nós tínhamos refeições para cerca de 35 pessoas ao sábado e outras 35 pessoas ao domingo, apenas almoço, e posso assegurar-te, porque era eu quem servia as refeições, que a comida em 90% das vezes, chegava para mais umas 5 ou mais pessoas, e não era preciso tirar a ninguém para dar a outros, eu para distribuir toda a comida que vinha, punha nas tupperwares que os necessitados traziam, 2 doses por pessoa que davam garantidamente para o almoço e para o jantar, a sopa chegava a dar para aquele dia e mais 1 ou 2 dias seguintes, e isto era dito pelos utentes que agradeciam imenso a quantidade de comida que lhes era dada no fim de semana, só recebia elogios.
                                                      Portanto se a comida sobra, porque não dar a outros?
                                                      Tens noção que havia também gente ingrata que deitava fora a comida que lhes era dada e por alguma razão, não lhes agradava??... Ah pois é....

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por psantos Ver Post
                                                        eu acho que não se deve opinar conhecendo apenas uma parte da história, contada pela comunicação social desta forma, em que a IPSS são uns coitadinhos e a SS o bicho papão.

                                                        Não existe nenhum problema em uma IPSS apoiar mais utentes do que o número de utentes com os quais tem acordo com a SS. Uma IPSS pode ter acordo para 30 utentes e dar apoio a 36. Faço parte da direcção de uma IPSS, como tal falo com conhecimento de causa.

                                                        O que não se pode ter, é instalações e pessoal para dar resposta a 30 utentes e depois apoiar 36.

                                                        A comparação que alguém fez com uma creche é uma bom comparação, se uma creche foi planeada para 30 crianças, se tem educadores para tomar conta de 30 crianças e depois tem 36 crianças, certamente que alguma coisa vai correr menos mal.
                                                        Estamos a falar de COMIDA, não de apoio domiciliário ou de outro carácter...

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                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                          Estamos a falar de COMIDA, não de apoio domiciliário ou de outro carácter...
                                                          Que eu saiba a comida não nasce nas árvores, nem vai sozinha de transportes públicos para casa das pessoas. Nem se multiplica na bancada da cozinha.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                            É uma argumentação absolutamente ridícula, e falo com conhecimento de causa.

                                                            Durante o ano passado eu colaborei com a Cruz Vermelha na distribuição de alimentos aos mais necessitados ao abrigo da famosa campanha "Missão Sorriso". Nós tínhamos refeições para cerca de 35 pessoas ao sábado e outras 35 pessoas ao domingo, apenas almoço, e posso assegurar-te, porque era eu quem servia as refeições, que a comida em 90% das vezes, chegava para mais umas 5 ou mais pessoas, e não era preciso tirar a ninguém para dar a outros, eu para distribuir toda a comida que vinha, punha nas tupperwares que os necessitados traziam, 2 doses por pessoa que davam garantidamente para o almoço e para o jantar, a sopa chegava a dar para aquele dia e mais 1 ou 2 dias seguintes, e isto era dito pelos utentes que agradeciam imenso a quantidade de comida que lhes era dada no fim de semana, só recebia elogios.
                                                            Portanto se a comida sobra, porque não dar a outros?
                                                            Tens noção que havia também gente ingrata que deitava fora a comida que lhes era dada e por alguma razão, não lhes agradava??... Ah pois é....
                                                            Isso é outro assunto, que dava outro tópico.
                                                            Quanto à comida a mais, quem a estava a fazer estava a desperdiçar recursos, esses é que estavam a errar.

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