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passa-a-bola-ó-ronaldo - O fenómeno da identificação ou a assunção da mediocridade

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    Sociedade passa-a-bola-ó-ronaldo - O fenómeno da identificação ou a assunção da mediocridade

    O fenómeno da identificação ou a assunção da mediocridade




    Tous les drapeaux ont été tellement souillés de sang et de merde
    qu’il est temps de n’en plus avoir, du tout
    Gustave Flaubert
    .
    O patriotismo é, de todas as faces da estupidez, a mais enigmática e inquietante. A mais em forma de assim. Trata-se de uma forma de estupidez particularmente virulenta porque achaca em simultâneo quantidades apreciáveis de pessoas. Um fenómeno de massas, portanto.
    Como já referi algures neste blogue, trata-se de um fenómeno que, através da propaganda, transforma pessoas sem qualquer brio individual ou qualidades cívicas notórias numa turba cheia de auto estima, convictamente consciente dos supostos valores da sua hereditariedade. E quanto mais grunhos, impreparados e civicamente amorfos forem os indivíduos, mais ululante se torna o fervor colectivo. Em geral isto é perpetrado por motivos esconsos mais ou menos óbvios, mas sempre inconfessados.
    .
    Isto é facilmente observável, por demais evidente, na Europa das nações e no seu campeonato de futebol. Todos os povos projectam na sua selecção nacional aquilo que presumem ser a súmula dos seus valores nacionais e exigem que ela reflictacom orgulho o que os identifica. Assim, os russos são obstinados, os alemães metódicos, os franceses ousados, os italianos são pragmáticos, os croatas fantasistas, os romenos temperamentais, os suíços são neutros, os ingleses fleumáticos, os espanhóis tiquitaca, os irlandeses são doidos, os suecos nórdicos, os turcos explosivos e os islandeses um caso à parte (os galeses não são tão fleumáticos como os ingleses nem tão doidos como os irlandeses).
    .
    Ou seja, as equipas acabam sempre por corresponder à ideia que os povos fazem de si mesmos. Salvo os portugueses, que não sei bem o que são; ou o que julgam que são. A julgar pelo desempenho da sua selecção (a equipa não joga puto, não vence um jogo em cinco) deduzo que não sejam grande coisa. Mas eles não se importam com isso, pelo contrário - estão plenamente identificados com ela. O orgulho nacional português, a cagança, está ao rubro (e ao verde, claro). E redobra de intensidade a cada um dos seus vitoriosos empates.
    .
    Ora o futebol é um jogo e, como tal, um divertimento. A vitória é consequência natural do melhor desempenho - isto é, sorri sempre ao que melhor joga que é, em simultâneo, quem mais se diverte; e quanto mais categórica e indiscutível for a vitória, além da glória obtém também, invariavelmente, o respeito dos vencidos. Isto é elementar de tão simples. Mas não para os portugueses.
    .
    Para os portugueses o futebol não é um jogo simples, nem um divertimento. É uma ciência oculta. Um esquema mental obscuro, entre a lógica e a irracionalidade, que se socorre de uma estranha matemática (com mais incógnitas que soluções) na fase de grupos e da mais bizarra religiosidade nos jogos do matamata - o qu’eles rezam, putaquepariu, bichanando como as velhas, na lotaria dos pénaltes.
    Em Portugal ninguém vai à bola para se divertir, nem espera isso dos jogadores. O estádio é, para eles, um campo santo, o dos “mártires da Pátria”. Espera-se (exige-se) dos jogadores “espírito de sacrifício” , “saber sofrer”, “marchar contra os canhões” e outras *****s do mesmo jaez.
    - O futebol é, para os portugueses, na praia ou no sofá, uma filosófica dilaceração, uma espécie de teologia do sofrimento.
    - O técnico da selecção é um demiurgo veterano, um sábio, um cérebro que parece que está sempre com dor de barriga cuja táctica é passa-a-bola-ó-ronaldo e a estratégia é levar isto próspenaltes, *******.
    - A equipa, crestiano & as dez ronaldetes, é a risota de toda a Europa. Entra em campo a benzer-se ao pé coxinho com tanta vontade de não perder que se esquece do mais elementar: jogar à bola. Por isso, vão tentando freneticamente passar-a-bolóronaldo, enquanto esperam pla hora das penalidades.
    .
    Apesar disso, nos media, nas redes sociais, nas ruas, o espectáculo é delirante: quanto mais pífio o jogo da equipa e mais nulo o resultado mais cresce o fervor patriótico dos portugueses. O patriotismo estremece as avenidas, rechina plas vielas, escorre, viscoso, dos televisores. Estarrece. Quase tanto como o entusiasmo da juventude alemã pel’aviação sem motor. Mas igualmente revelador: este incrível e patusco processo de identificação dos portugueses com a sua selecção é também, receio, a assunção sem complexos da qualidade que melhor os define, a sua verdadeira identidade.
    .
    Assim, o jogo de hoje com o país de Gales pode ser um alívio para mim; ou o meu pior pesadelo: a muita séria possibilidade do triunfo - para todo o mundo ver, na final - da mais mesquinha mediocridade.
    Os corações dos portugueses já estão ao alto. O meu é que não sei se aguenta.


    http://ositiodosdesenhos.blogspot.pt...suncao_15.html

    Nota: O que eu me ri a ler isto...pura verdade.

    #2
    Sem pôr nem tirar...e não o conseguiria dizer melhor.

    Comentário


      #3
      e blá,blá,blá,............don´t chute pardais ao ninho.

      A velha receita de se passar para o lado do contra e escrever umas frases irónicas misturadas com preconceitos sociais e tomai lá um texto.
      É uma forma arcaica e obsoleta de procurar a ribalta por parte do autor.


      E aproveitando as suas próprias palavras:
      "Isto é elementar de tão simples."

      Comentário


        #4
        O que raio acabei de ler?

        Comentário


          #5
          Vivemos num país livre, cada um pode escrever/dizer as tretas que lhe apetecer.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Taveirada Ver Post
            O que raio acabei de ler?
            LOL.
            O mesmo .

            Comentário


              #7
              Só uma nota ao autor. Esta de facto selecção traduz aquilo somos, "deixar tudo para a última".

              Comentário


                #8
                Adoro estas balelas dos portugueses isto e os portugueses aquilo.
                É claramente de quem não conhece outras realidades.

                O fenómeno social do futebol não é exclusivo nosso...

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                  #9
                  "Antigamente" a seleção jogava muito, fazia um jogo bonito e no final, concretização, zero. O pessoal ficava lixado com isso.
                  Agora a seleção não joga nada mas estamos na final. Há pessoal que está lixado com isso.

                  Não se pode agradar a gregos e a troianos.

                  Comentário


                    #10
                    e com isto o blogger consegue mais uma duzia de pageviews e vai ter o dia ganho..... logo à noite vai chegar a casa e dizer todo contente à amulher: Maria sou o maior, 19 clicks no meu blog.

                    Comentário


                      #11
                      É deixá-los falar. Se no início não ligava à Selecção, pois achava que não ia sequer passar da fase de grupos, eles superaram as minhas melhores expectativas e vão de facto à final, como disse o Nando. Isso tem mérito e há que ser respeitado. Já temos toda a Europa contra nós, e ainda mais uns quantos dos nossos também! Assim ainda vai dar mais gosto ganhar

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                        #12
                        Basicamente, li o primeiro parágrafo e nem consegui continuar. Seca de texto.

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                          #13
                          Quem gosta gosta e vê, quem não goste, há muito pra ver e fazer

                          Comentário


                            #14
                            Eu li e acho bastante parolo.
                            Faz-me lembrar o tópico dos "Pseudo"...

                            Comentário


                              #15
                              Sim, texto super "pseudo-uma-m£rda-qualquer"... mas lá está, como já foi dito atrás quem gosta lê, quem não gosta arreda para o lado.

                              Isto leva-me a pensar outra coisa que está muito na moda (principalmente em foruns e facebooks...), um gajo junta meia dúzia de chavões, constrói uma frase assim de forma diferente e julga que é intelectual. Às vezes leio esses textos todos "pseudo" e conteudo zeroooo...

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por GPLduradouro Ver Post
                                O fenómeno da identificação ou a assunção da mediocridade




                                Tous les drapeaux ont été tellement souillés de sang et de merde
                                qu’il est temps de n’en plus avoir, du tout
                                Gustave Flaubert
                                .
                                O patriotismo é, de todas as faces da estupidez, a mais enigmática e inquietante. A mais em forma de assim. Trata-se de uma forma de estupidez particularmente virulenta porque achaca em simultâneo quantidades apreciáveis de pessoas. Um fenómeno de massas, portanto.
                                Como já referi algures neste blogue, trata-se de um fenómeno que, através da propaganda, transforma pessoas sem qualquer brio individual ou qualidades cívicas notórias numa turba cheia de auto estima, convictamente consciente dos supostos valores da sua hereditariedade. E quanto mais grunhos, impreparados e civicamente amorfos forem os indivíduos, mais ululante se torna o fervor colectivo. Em geral isto é perpetrado por motivos esconsos mais ou menos óbvios, mas sempre inconfessados.
                                .
                                Isto é facilmente observável, por demais evidente, na Europa das nações e no seu campeonato de futebol. Todos os povos projectam na sua selecção nacional aquilo que presumem ser a súmula dos seus valores nacionais e exigem que ela reflictacom orgulho o que os identifica. Assim, os russos são obstinados, os alemães metódicos, os franceses ousados, os italianos são pragmáticos, os croatas fantasistas, os romenos temperamentais, os suíços são neutros, os ingleses fleumáticos, os espanhóis tiquitaca, os irlandeses são doidos, os suecos nórdicos, os turcos explosivos e os islandeses um caso à parte (os galeses não são tão fleumáticos como os ingleses nem tão doidos como os irlandeses).
                                .
                                Ou seja, as equipas acabam sempre por corresponder à ideia que os povos fazem de si mesmos. Salvo os portugueses, que não sei bem o que são; ou o que julgam que são. A julgar pelo desempenho da sua selecção (a equipa não joga puto, não vence um jogo em cinco) deduzo que não sejam grande coisa. Mas eles não se importam com isso, pelo contrário - estão plenamente identificados com ela. O orgulho nacional português, a cagança, está ao rubro (e ao verde, claro). E redobra de intensidade a cada um dos seus vitoriosos empates.
                                .
                                Ora o futebol é um jogo e, como tal, um divertimento. A vitória é consequência natural do melhor desempenho - isto é, sorri sempre ao que melhor joga que é, em simultâneo, quem mais se diverte; e quanto mais categórica e indiscutível for a vitória, além da glória obtém também, invariavelmente, o respeito dos vencidos. Isto é elementar de tão simples. Mas não para os portugueses.
                                .
                                Para os portugueses o futebol não é um jogo simples, nem um divertimento. É uma ciência oculta. Um esquema mental obscuro, entre a lógica e a irracionalidade, que se socorre de uma estranha matemática (com mais incógnitas que soluções) na fase de grupos e da mais bizarra religiosidade nos jogos do matamata - o qu’eles rezam, putaquepariu, bichanando como as velhas, na lotaria dos pénaltes.
                                Em Portugal ninguém vai à bola para se divertir, nem espera isso dos jogadores. O estádio é, para eles, um campo santo, o dos “mártires da Pátria”. Espera-se (exige-se) dos jogadores “espírito de sacrifício” , “saber sofrer”, “marchar contra os canhões” e outras *****s do mesmo jaez.
                                - O futebol é, para os portugueses, na praia ou no sofá, uma filosófica dilaceração, uma espécie de teologia do sofrimento.
                                - O técnico da selecção é um demiurgo veterano, um sábio, um cérebro que parece que está sempre com dor de barriga cuja táctica é passa-a-bola-ó-ronaldo e a estratégia é levar isto próspenaltes, *******.
                                - A equipa, crestiano & as dez ronaldetes, é a risota de toda a Europa. Entra em campo a benzer-se ao pé coxinho com tanta vontade de não perder que se esquece do mais elementar: jogar à bola. Por isso, vão tentando freneticamente passar-a-bolóronaldo, enquanto esperam pla hora das penalidades.
                                .
                                Apesar disso, nos media, nas redes sociais, nas ruas, o espectáculo é delirante: quanto mais pífio o jogo da equipa e mais nulo o resultado mais cresce o fervor patriótico dos portugueses. O patriotismo estremece as avenidas, rechina plas vielas, escorre, viscoso, dos televisores. Estarrece. Quase tanto como o entusiasmo da juventude alemã pel’aviação sem motor. Mas igualmente revelador: este incrível e patusco processo de identificação dos portugueses com a sua selecção é também, receio, a assunção sem complexos da qualidade que melhor os define, a sua verdadeira identidade.
                                .
                                Assim, o jogo de hoje com o país de Gales pode ser um alívio para mim; ou o meu pior pesadelo: a muita séria possibilidade do triunfo - para todo o mundo ver, na final - da mais mesquinha mediocridade.
                                Os corações dos portugueses já estão ao alto. O meu é que não sei se aguenta.


                                http://ositiodosdesenhos.blogspot.pt...suncao_15.html

                                Nota: O que eu me ri a ler isto...pura verdade.
                                Nem li mais, tal o ridículo da introdução.

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