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Estudo conclui que mais trabalhos de casa não significam maior sucesso escolar

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    Estudo conclui que mais trabalhos de casa não significam maior sucesso escolar

    http://observador.pt/2016/07/25/estu...cesso-escolar/

    Mais trabalhos de casa não significa, necessariamente, maior sucesso escolar, segundo um estudo do projeto aQeduto. O estatuto socioeconómico e cultural dos alunos continua a ser determinante.

    Mais trabalhos de casa não significa, necessariamente, maior sucesso escolar, de acordo com um estudo do projeto aQeduto, apoiado pelo Conselho Nacional de Educação, que será apresentado esta segunda-feira.
    O estudo “E os alunos, que responsabilidade”, o oitavo de uma série do projeto aQeduto, tendo por base dados do relatório PISA da OCDE, aponta Portugal como um dos países, entre os analisados, onde os alunos dedicam em média menos tempo aos trabalhos de casa: quatro horas semanais, situando-se acima das três horas semanais na Finlândia (com a média mais baixa) e abaixo das sete horas semanais da Polónia e da Irlanda (com a média mais alta).
    O estudo aponta que, em todos os países analisados, são os alunos com melhores resultados na prova de Matemática dos testes PISA em 2012 — usada como base para a análise –, aqueles que mais tempo passam a fazer trabalhos de casa, sobretudo se forem alunos que conjugam bons resultados com estatuto socioeconómico elevado.
    “Contudo, a nível agregado, não se observa uma relação entre maior número médio de horas dedicadas à realização de trabalhos de casa e ‘score’ [resultado] médio dos países. Por exemplo, os alunos finlandeses dedicam pouco tempo a trabalhos de casa (3 horas) e o ‘score’ PISA é elevado (519), ao passo que, em Espanha, o número de horas (6) é muito mais elevado e o ‘score’ é relativamente baixo (484)”, exemplifica o estudo.
    Notando que o estatuto socioeconómico e cultural dos alunos continua a ser determinante para os seus resultados em países como Portugal, Espanha, França ou Luxemburgo, e que em Portugal se encontra uma grande percentagem de alunos de baixo estatuto social, o estudo do projeto aQeduto aponta que há características como a perseverança e a autoconfiança que podem ter maiores impactes nos resultados, e que estão diretamente relacionados com esse estatuto social.
    São a autoconfiança dos alunos e a sua eficácia na resolução de problemas que parecem ser mais determinantes para o sucesso, sendo essas as características que diferenciam os jovens com melhores resultados.
    “É interessante verificar que os bons alunos de classes mais favorecidas se distinguem mais pela autoconfiança, enquanto os seus colegas de classes menos favorecidas, apesar de menos autoconfiantes, se diferenciam por serem, na prática, realmente eficazes na resolução de problemas”, lê-se no estudo.
    Os autores ressalvam, no entanto, que os bons alunos com estatuto social mais baixo “declaram menos vontade em enfrentar e resolver situações complexas”.

    “Isto é, verifica-se que a eficácia e a autoconfiança dos alunos tem um alto poder determinante na probabilidade de sucesso. A pergunta que fica é: como estimular estas características em quem não as demonstra?”, questionam.
    Os autores apontam ainda que, no caminho para o sucesso, a maioria dos alunos nos países em análise assume a sua responsabilidade em atingir essa meta, apontando o esforço como fundamental para esse objetivo.
    “Na maioria dos países, apenas cerca de 10% dos alunos consideram que ser bem-sucedido depende do professor”, refere o estudo.
    No caso português, 50% assume ser sua inteira responsabilidade chegar ao sucesso, mas entre 10% a 15% dos alunos, consoante o estatuto socioeconómico e os resultados, dizem que o sucesso depende dos professores.
    Sobre a perseverança em Portugal, os autores escrevem que “esta característica é transversal aos alunos com ‘scores’ elevados independentemente do seu estatuto socioeconómico e cultural”, e que “os bons alunos portugueses são os que revelam maior perseverança contrariamente aos alunos franceses, cujo nível de perseverança é muito baixo, mesmo em alunos com resultados elevados”.
    No entanto, se o estatuto socioeconómico não pesa na atitude de nunca desistir, os resultados sim: entre os jovens portugueses mais carenciados com resultados mais fracos, só 45% dizem nunca desistir, enquanto entre aqueles que têm resultados elevados há 74% que afirmam que nunca desistem.
    O projeto aQeduto trabalha sobre os temas de avaliação, qualidade e equidade em educação, e resulta de uma parceria entre o CNE e a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

    #2
    Na França estão proibidos os trabalhos de casa até aos 12 anos, salvo o erro

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      #3
      Já me chamaram a atenção para uma coisa que, não sendo muito frequente, vai acontecendo. Há professores que não dão bem a matéria durante as aulas e têm consciência disso. Mas como sabem que hoje em dia os pais ajudam os miúdos a fazer os trabalhos em casa, quando não os metem em explicadores, então mandam muitos TPC até com matéria por dar porque assim são os país e/ou explicadores a ter o trabalho de a ensinar os miúdos!

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        #4
        Originalmente Colocado por lll Ver Post
        Na França estão proibidos os trabalhos de casa até aos 12 anos, salvo o erro
        Pelo menos fez parte da campanha do Hollande, não verifiquei se o chegou a por em prática. Espero que sim.

        Tenho uma péssima opinião dos TPC's. Ainda dou o desconto em pausas prolongadas das aulas, mas no dia-a-dia acho um verdadeiro abuso.

        Não me faz sentido algum, não vislumbro como possam ajudar na aprendizagem e acho até algo desorganizado: não saber separar as águas e os tempos. E esse é um problema de tantos trabalhadores. Não falar do Benfica nas horas de trabalho e não falar de trabalho nas horas vagas...

        Depois faz-me lembrar aquelas pessoas que se dizem "muito ocupadas" e que "trabalham imenso" como se isso desse um status qualquer.

        Temos um sério problema de objectividade: menos paleio e mais resultados. Não é a quantidade, é a qualidade que importa, os objectivos alcançados, não avulsos. As teses não têm de ter kgs de páginas, têm de ter conteúdo... etc, etc.

        Menos é mais, tantas vezes....

        Sim sim, isto está tudo ligado, é todo o mesmo problema... e começa logo da educação em pequenino...

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          #5
          Como tudo na vida, acho necessário o equilíbrio.

          O TPC, em dose moderada, também serve para o aluno, SOZINHO, tentar abordar os problemas e questões e ver se lhe consegue dar a volta.

          Se na prática o aluno leva o TPC directamente aos pais ou ao explicador que lhe FAZEM a papinha (em vez de o GUIAR) então o TPC é uma perda de tempo.

          TPCs longos que pressupõem que o aluno vive exclusivamente para aquela disciplina são imbecis.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
            Como tudo na vida, acho necessário o equilíbrio.

            O TPC, em dose moderada, também serve para o aluno, SOZINHO, tentar abordar os problemas e questões e ver se lhe consegue dar a volta.

            Se na prática o aluno leva o TPC directamente aos pais ou ao explicador que lhe FAZEM a papinha (em vez de o GUIAR) então o TPC é uma perda de tempo.

            TPCs longos que pressupõem que o aluno vive exclusivamente para aquela disciplina são imbecis.
            Concordo contigo. O meu passou agora para o 2º ano. Os TPC davam para nós irmos acompanhando o desenvolvimento dele, e como dizes e bem, irmos guiando (e não fazer por ele) esse mesmo desenvolvimento. Normalmente fazia aquilo em cerca de 30, 45min. E chega! Conheço alguns que têem trabalhos para 2 a 3 horas! E isto na primária! É um exagero, sinceramente.

            Comentário


              #7
              A quantidade de TPC que é dada hoje em dia é completamente ridícula.

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                #8
                Há de tudo e alguns professores marcam TPC com o objectivo de por os miúdos a estudar. De outro modo nem pegavam num livro.

                Comentário


                  #9
                  Cada um destaca o que quer num estudo e faz a sua manchete...
                  eu tenho alguma dificuldade em concordar com o título, porque para mim a citação mais importante é:

                  "Notando que o estatuto socioeconómico e cultural dos alunos continua a ser determinante para os seus resultados em países como Portugal, Espanha, França ou Luxemburgo, e que em Portugal se encontra uma grande percentagem de alunos de baixo estatuto social, o estudo do projeto aQeduto aponta que há características como a perseverança e a autoconfiança que podem ter maiores impactes nos resultados, e que estão diretamente relacionados com esse estatuto social."


                  Agora é analisar qual o impacto dos TPC considerando os diferentes estatutos socioeconómicos em Portugal...
                  Mais, é óbvio que não são os TPC's a chave para a resolução dos problemas estudados no PISA.

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                    #10
                    Vejo os TPC como um mal necessário (para alguns alunos é o unico modo de estudar fora da escola) mas a quantidade de TPC que mandam penso ser exagerada, o aluno deveria estudar em casa, certo, mas também deveria ter o seu tempo de lazer e pessoal e não ficar agarrados aos livros. E sim posso concordar que mais TPC não significa sucesso, tenho exemplo na familia, primo meu mãe professora, e nestes 2 anos que fica apeado com cadeiras a fazer, isto na Católica.

                    Comentário


                      #11
                      Aqui a escola acaba às 15h e TPC é coisa rara e, mais relacionados com trabalhos de pesquisa. Inclusive, os alunos deixam os livros na escola.

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                        #12
                        Vejo isto de duas maneiras: a do professor que acha que se a disciplina X tem direito a mandar Y trabalhos de casa, então eu também tenho; a dos pais que acham que o miúdo deve frequentar todas as actividades extra escola e mais algumas (futebol, natação, musica, etc.., etc.., etc...).

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                          #13
                          acho que é a segunda vez que sai este artigo,
                          uma vez do tempo do José Socrates,
                          outra vez pela mão do Miguel Relvas ....

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                            #14
                            É o que dá ter professores incompetentes.

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