Como é Trabalhar na Primark?

[Oskitz]

Boa Tarde pessoal, será que há por aqui alguém que trabalha ou já trabalhou na Primark ou tem pessoas conhecidas que trabalham la que me possam esclarecer umas duvidas?

A minha namorada começou a trabalhar lá, mas em regime part time de 5 horas diárias e com contrato de 6 meses. Na entrevista, disseram-lhe que após os 6 meses, teria possibilidades de passar para full time e passar para os quadros, mas ela nos poucos dias de trabalho que já teve, e falando com as colegas, apercebeu-se que (percebeu ela) praticamente todas as pessoas estarias a part time e eram realizados posteriormente 4 contratos de 6 meses cada..

Alguem ja la trabalhou ou conhece como funciona o sistema?
Aguardo respostas,

Cumps

[eu]

Na entrevista, disseram-lhe que após os 6 meses, teria possibilidades de passar para full time e passar para os quadros

Conversa da treta típica para manter os funcionários (falsamente) motivados...

É a chamada cenoura virtual...

[Bolide]

Quem é bom e se destaca normalmente fica, agora há os que se esforçam mas não tem jeito para aquele tipo de trabalho e contacto com o público e outros que não querem saber. Não venham dizer que ninguém fica, basta falar com os funcionários mais antigos... claro que ninguém começa por cima ou com contrato sem termo.

[330i]

Ainda um dia vou ver por aqui um tópico aberto apenas com o seguinte titulo: COMO É TRABALHAR?

[PAZ]

Ainda um dia vou ver por aqui um tópico aberto apenas com o seguinte titulo: COMO É TRABALHAR?

Se fosse eu a perguntar, seria:

- "Como é um emprego ?"

...porque de trabalhar estou eu farto...

[Mazzeo]

Quem é bom e se destaca normalmente fica, agora há os que se esforçam mas não tem jeito para aquele tipo de trabalho e contacto com o público e outros que não querem saber. Não venham dizer que ninguém fica, basta falar com os funcionários mais antigos... claro que ninguém começa por cima ou com contrato sem termo.

Isso.
Tenho um amigo que trabalha lá e não se queixa, mas num cargo de topo. Pelo que sei tratam bem os melhores funcionários (que trabalham a sério, não venham com tretas do lambe-cus) e dão oportunidades.

Ainda um dia vou ver por aqui um tópico aberto apenas com o seguinte titulo: COMO É TRABALHAR?

Já faltou mais...

[330i]

Se fosse eu a perguntar, seria:

- "Como é um emprego ?"

...porque de trabalhar estou eu farto...

Acredito que haveria muitos especialistas entendidos na matéria a responder-te.

[apagdo]

Por acaso, essa do "tou farto de trabalhar" custa-me um bocado a perceber e ouço muitas vezes de algumas pessoas.....mas depois explicam que queixam-se é do pouco dinheiro que ganham, não do trabalho em si!
Eu até gosto de trabalhar e acho que se não fizesse nada na vida, dava em maluquinho.

Mas pronto....isto é OT.

[jogador89]

Eu já trabalhei numa loja deles, na reposição (noturna) tinha um dos sectores pela minha "mão" (orientado á minha maneira) era o sector dos make ups, malinhas, acessórios.

Oh pá, para quem gosta, faz-se bem, no meu caso era Nim (havia dias). Quanto a contratos não posso falar muito, pois era contrato externo, mas sei quem assina-se por eles e ainda lá continua.

[Mig29]

E apareceu o AndrePinto

[330i]

Oh AndréPinto, o teu CV, já deve ter mais páginas que o tópico do PL.

[jogador89]

Oh AndréPinto, o teu CV, já deve ter mais páginas que o tópico do PL.

Sabes como se chama. È pau para toda a obra, o que interessa é ganhar dinheiro, não interessa de onde vem.

[MVA]

Tu estás a dar cabo dos "André Pintos" deste país.
Cada vez que um empregador receber um CV de um individuo chamado André Pinto (que nada tenha a ver contigo) e venha pesquisar na Internet por "andré pinto" vai chegar ao FAHO e não vai contratar o rapaz por medo que corresponda ao André Pinto do FAHO.

[jimbo]

Quem é bom e se destaca normalmente fica, agora há os que se esforçam mas não tem jeito para aquele tipo de trabalho e contacto com o público e outros que não querem saber. Não venham dizer que ninguém fica, basta falar com os funcionários mais antigos... claro que ninguém começa por cima ou com contrato sem termo.

Isso.
Tenho um amigo que trabalha lá e não se queixa, mas num cargo de topo. Pelo que sei tratam bem os melhores funcionários (que trabalham a sério, não venham com tretas do lambe-cus) e dão oportunidades.



Já faltou mais...

ora bem. É isto que certas pessoas nunca hão-de perceber. Que as empresas tratam bastante bem os melhores empregados.

mas há quem adore o discurso dos coitadinhos, da exploração, da luta de classes, mas depois vai-se a ver e a qualidade desses funcionários está longe de ser brilhante, daí as dificuldades que têm na carreira e em subir na empresa...

e em relação às empresas que não valorizam os melhores empregados, a verdade é que eles depois também não ficam por lá muito tempo...

[Ooze27]

Acredito que haveria muitos especialistas entendidos na matéria a responder-te.

Onde trabalho, todas as pessoas que trabalham no duro, ou seja, a puxar pelo físico (acredito que 95% das pessoas aqui a opinar não aguentavam eu incluído) dizem que isso é que é trabalho e que nós (escritório, engenharias etc.) é um emprego. Por isso pergunto-te: O que é trabalhar? E tu? Trabalhas ou tens um emprego?

[ClioII]

Isso.
Tenho um amigo que trabalha lá e não se queixa, mas num cargo de topo. Pelo que sei tratam bem os melhores funcionários (que trabalham a sério, não venham com tretas do lambe-cus) e dão oportunidades.

E o teu amigo entrou como vendedor de balcão?

A ideia que tenho é que cargos intermédios é para ficarem os bons e irem progredindo.

Mas no caso daqueles pouco especializados que estão no fundo da cadeia alimentar (vendedor de balcão, reposição) é para rodarem mais que os frangos numa churrascaria: contratos de curta duração, despedidos antes de efectivarem (menos encargos) e têm sempre caras bonitas e frescas para atender os clientes (nada de monos enrugados).

[eu]

Mas no caso daqueles pouco especializados que estão no fundo da cadeia alimentar (vendedor de balcão, reposição) é para rodarem mais que os frangos numa churrascaria: contratos de curta duração, despedidos antes de efectivarem (menos encargos) e têm sempre caras bonitas e frescas para atender os clientes (nada de monos enrugados).

Ora nem mais...

[Mazzeo]

E o teu amigo entrou como vendedor de balcão?

A ideia que tenho é que cargos intermédios é para ficarem os bons e irem progredindo.

Mas no caso daqueles pouco especializados que estão no fundo da cadeia alimentar (vendedor de balcão, reposição) é para rodarem mais que os frangos numa churrascaria: contratos de curta duração, despedidos antes de efectivarem (menos encargos) e têm sempre caras bonitas e frescas para atender os clientes (nada de monos enrugados).

Por acaso entrou como director de loja, mas teve exactamente esse percurso no emprego anterior, onde começou como repositor, fez o caminho todo até director de loja em ~7 anos e esteve mais 5 anos.

[ClioII]

Por acaso entrou como director de loja, mas teve exactamente esse percurso no emprego anterior, onde começou como repositor, fez o caminho todo até director de loja em ~7 anos e esteve mais 5 anos.

Embora seja um caso raro, acredito.

Deixa-me adivinhar: calculo que tenha entrado como repositor enquanto trabalhador-estudante (para desenrascar dinheiro) enquanto estudava alguma coisa ligada à administração ou gestão. Acertei?

É que os "skills" exigidos a um director de loja são substancialmente mais complexos do que se exige a um repositor, que pode ter o 9º ano. Por isso, continuo como o "eu": a maior parte das vezes estamos a falar de cenouras virtuais que a casa não tem intenção nenhuma de executar, o que não invalida que casos esporádicos como o que relatas aconteçam.

[Gui3]

Ainda um dia vou ver por aqui um tópico aberto apenas com o seguinte titulo: COMO É TRABALHAR?

Ou então: COMO É VENDER 1/3 DA TUA VIDA POR TUTA E MEIA A MEIA DÚZIAS DE OPORTUNISTAS LABREGOS?

Ou: COMO É PRODUZIR ÀS CUSTAS DE UNS QUANTOS DESGRAÇADOS?

[GansoLFM]

ora bem. É isto que certas pessoas nunca hão-de perceber. Que as empresas tratam bastante bem os melhores empregados.

mas há quem adore o discurso dos coitadinhos, da exploração, da luta de classes, mas depois vai-se a ver e a qualidade desses funcionários está longe de ser brilhante, daí as dificuldades que têm na carreira e em subir na empresa...

e em relação às empresas que não valorizam os melhores empregados, a verdade é que eles depois também não ficam por lá muito tempo...

Resposta ao bold. Não. As empresas tratam bem os funcionários que estão em boas posições hierárquicas. Algumas empresas dão acesso a essas funções. Outras, a maioria, não, especialmente as grandes empresas. Simplesmente funcionam à base de cunhas e o mérito de quem está em baixo fica esmagado - daí a motivação esgotar-se com alguma facilidade.

E quantas vezes os empregados em funções de topo/chefias não são incompetentes ao ponto de quem está abaixo deles saber mais do assunto? Isso é mato em grandes empresas.

[Mig29]

Vou contar aqui um episodio de alguem que me e proximo

45 anos, quadro superior, empresa fecha ... 3 anos sem trabalho por ser ..... velho.

Aceitava de tudo e acabou por ir para numa empresa a fazer biscates semanais de entregas de moveis, electrodomesticos e afins ( trabalho leve portanto )
Aceitando sempre a chamada e sendo alguem que estava sempre pronto a ajudar, em 6 meses passou de alguem semanal ( recebia por fora diariamente quando ia), a entrar a contrato na empresa --> quadro --> e ao fim desses 6 meses esta num cargo de chefia dentro do backoffice.

Sorte ? Empenho? De tudo um pouco, no entanto desde que se demonstre vontade de trabalhar, sacrificio e empenho o resto vem por acréscimo.

[Mazzeo]

Embora seja um caso raro, acredito.

Deixa-me adivinhar: calculo que tenha entrado como repositor enquanto trabalhador-estudante (para desenrascar dinheiro) enquanto estudava alguma coisa ligada à administração ou gestão. Acertei?

É que os "skills" exigidos a um director de loja são substancialmente mais complexos do que se exige a um repositor, que pode ter o 9º ano. Por isso, continuo como o "eu": a maior parte das vezes estamos a falar de cenouras virtuais que a casa não tem intenção nenhuma de executar, o que não invalida que casos esporádicos como o que relatas aconteçam.

Nop, falhaste.
É imigrante, começou com o que conseguiu arranjar quando chegou a Portugal (empresa de trabalho temporário), tinha ~22 anos e o 12º. Chamou a atenção, foi convidado a trabalhar como interno, passou a chefe de secção, director de uma loja pequena, depois uma grande, depois começou a pegar nas que tinham maus resultados e dar-lhes a volta. Fez um curso de gestão para executivos nos últimos anos (8 meses na Católica, pago pela empresa) mas nunca frequentou um curso universitário.

Minha experiência em qualquer empresa grande (passei por algumas) é que é possível criar oportunidades e fazer uma carreira sólida, mas sai do coiro.

Durante a faculdade trabalhei numa loja da Sonae e pouco antes de sair para trabalhar na minha área estava a ser convidado para sub-director de uma loja que estava para abrir e a ser sondado para a direcção comercial. Estou feliz com minhas decisões, mas se tivesse lá ficado também estaria muito bem profissionalmente.

[ClioII]

Nop, falhaste.
É imigrante, começou com o que conseguiu arranjar quando chegou a Portugal (empresa de trabalho temporário), tinha ~22 anos e o 12º. Chamou a atenção, foi convidado a trabalhar como interno, passou a chefe de secção, director de uma loja pequena, depois uma grande, depois começou a pegar nas que tinham maus resultados e dar-lhes a volta. Fez um curso de gestão para executivos nos últimos anos (8 meses na Católica, pago pela empresa) mas nunca frequentou um curso universitário.

Minha experiência em qualquer empresa grande (passei por algumas) é que é possível criar oportunidades e fazer uma carreira sólida, mas sai do coiro.

Durante a faculdade trabalhei numa loja da Sonae e pouco antes de sair para trabalhar na minha área estava a ser convidado para sub-director de uma loja que estava para abrir e a ser sondado para a direcção comercial. Estou feliz com minhas decisões, mas se tivesse lá ficado também estaria muito bem profissionalmente.

OK, muito bem! É bom também ouvir relatos destes!

[330i]

Ou então: COMO É VENDER 1/3 DA TUA VIDA POR TUTA E MEIA A MEIA DÚZIAS DE OPORTUNISTAS LABREGOS?

Ou: COMO É PRODUZIR ÀS CUSTAS DE UNS QUANTOS DESGRAÇADOS?

Admirar-me-ia muito se tardasse um post como este.

[330i]

Nop, falhaste.
É imigrante, começou com o que conseguiu arranjar quando chegou a Portugal (empresa de trabalho temporário), tinha ~22 anos e o 12º. Chamou a atenção, foi convidado a trabalhar como interno, passou a chefe de secção, director de uma loja pequena, depois uma grande, depois começou a pegar nas que tinham maus resultados e dar-lhes a volta. Fez um curso de gestão para executivos nos últimos anos (8 meses na Católica, pago pela empresa) mas nunca frequentou um curso universitário.

Minha experiência em qualquer empresa grande (passei por algumas) é que é possível criar oportunidades e fazer uma carreira sólida, mas sai do coiro.

Durante a faculdade trabalhei numa loja da Sonae e pouco antes de sair para trabalhar na minha área estava a ser convidado para sub-director de uma loja que estava para abrir e a ser sondado para a direcção comercial. Estou feliz com minhas decisões, mas se tivesse lá ficado também estaria muito bem profissionalmente.

Na grande distribuição, (aquela que se fez no final, da década de 80 a finais de 90) conheço pessoalmente, porque foi esse o meu primeiro percurso profissional, uma boa dezena de quadros superiores, desde Directores Gerais, a Directores de Loja, Chefes de Departamento, Gestores de Produto ou de Categoria como se chamam agora, com um percurso igual ao que citaste.

Em comum têm o facto de não terem (ou não tinham, alguns fizeram-na em simultâneo com a carreira profissional) uma licenciatura, mas serem indivíduos com competencias especificas acima da média, e com um discernimento e foco profissional diferenciador. Todos trabalharam e trabalham em média 10/12 horas por dia.

Ah, pois é, o sucesso não chega por decreto.

[Gui3]

Admirar-me-ia muito se tardasse um post como este.

Já eu admirar-me-ia se o autor da posta de pescada "original", da qual o meu post foi resposta, não se melindrasse prontamente

[330i]

Já eu admirar-me-ia se o autor da posta de pescada "original", da qual o meu post foi resposta, não se melindrasse prontamente

Olha um velho amigo, que eu não conhecia com este nick. Qual é o outro?

[Obtuso]

Onde trabalho, todas as pessoas que trabalham no duro, ou seja, a puxar pelo físico (acredito que 95% das pessoas aqui a opinar não aguentavam eu incluído) dizem que isso é que é trabalho e que nós (escritório, engenharias etc.) é um emprego. Por isso pergunto-te: O que é trabalhar? E tu? Trabalhas ou tens um emprego?

E essas pessoas fizeram casa própria a montar tijolos no duro ou foram ao banco pedir crédito aos tipos do emprego?

[Peste]

Boa Tarde pessoal, será que há por aqui alguém que trabalha ou já trabalhou na Primark ou tem pessoas conhecidas que trabalham la que me possam esclarecer umas duvidas?

A minha namorada começou a trabalhar lá, mas em regime part time de 5 horas diárias e com contrato de 6 meses. Na entrevista, disseram-lhe que após os 6 meses, teria possibilidades de passar para full time e passar para os quadros, mas ela nos poucos dias de trabalho que já teve, e falando com as colegas, apercebeu-se que (percebeu ela) praticamente todas as pessoas estarias a part time e eram realizados posteriormente 4 contratos de 6 meses cada..

Alguem ja la trabalhou ou conhece como funciona o sistema?
Aguardo respostas,

Cumps

Tenho uma amiga que trabalhou lá alguns anos. No fim dos 6 meses despedem e ao fim de um mês ou dois, voltam a chamar, nunca são 5 horas diárias são sempre mais um pouco, mas eles dão mais tempo de almoço e pagam como horário intercalado (ou lá como chamam isso agora), a hora de entrada é quase sempre certa e a hora de saída é quando calha.

Não pagam mal para a função, mas não serve para quem mora mais longe ou tem despesas fixas (casa, agua, luz, pessoas com um filho, etc).