Para os lados da Harley-Dadvidson, a coisa está preta. As vendas continuam a baixar, no que são acompanhadas por quebras na facturação, lucros e, por consequência, valor das acções. Só em 2017, o número de unidades comercializadas pela marca americana caiu 6,7% em termos globais, comparado com o ano anterior, com o tombo no mercado doméstico a ser superior ao verificado na exportação, respectivamente 8,5% contra 3,9%. E não faltaram as consequências, com o encerramento imediato das fábricas do Missouri e de Kansas City.
Para tentar dar a volta à situação, os responsáveis por este fabricante de motos – que sempre esteve associado a motards com ar durão, vestidos com blusões de cabedal repletos de caveiras, pregos e afins, tradicionalmente acompanhados por mulheres que, na maioria das vezes, trocavam os pesados blusões da Harley por shorts e tops mais ligeiros e sensuais – decidiram virar-se para as motos eléctricas. De uma assentada, parecem abandonar os seus clientes tradicionais e abraçar o tipo de motard que eles menos apreciavam: os “betos”, preocupados com o ambiente.
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