Como saldar uma divida com um banco. JUROS e MAIS JUROS

[dkc]

Bom dia,
Tenho um familiar direto que por descuido e não posso deixar de o condenar, deixou arrastar uma divida numa instituição bancaria,
Acontece que a uns 10 anos atrás abriu uma conta, pediu um credito de 5000 euros, , passado 3 anos, abateu 2000 ou 3000 euros e nunca mais teve fez qualquer tipo de movimentação nessa conta, ausentou se do pais, e de boa fé acreditou que os juros seriam reduzidos, e esta semana descobriu que tem quase 8000 euros em divida.
Foi taxas de 26% sobre juros de demora, comissões mensais de 14 ou mais euros, o que fez o bolo subir por exemplo de 12/2017 ate 12/2018 mais de 1000 euros so em juros.
sabendo que ele não tem a mínima condição para pagar este valor, terá alguma instituição onde pode ajudar a mediar essa situação?
Ele tem vontade de pagar, apenas gostaria de poder reduzir um pouco esses juros altíssimos que foram aplicados.
Caso é mesmo urgente, por isso toda a informação é preciosa, contacto onde poderá ligar para pedir ajuda nem que seja orientação.
Agradeço desde já.

[Mach3]

Tentem recorrer à DECO ao gabinete do sobre-endividamento, pode ser que ajude.

Antes disso contactar a instituição e ver se estão disponíveis para negociar.

[206Hdi]

Bom dia,
Tenho um familiar direto que por descuido e não posso deixar de o condenar, deixou arrastar uma divida numa instituição bancaria,
Acontece que a uns 10 anos atrás abriu uma conta, pediu um credito de 5000 euros, , passado 3 anos, abateu 2000 ou 3000 euros e nunca mais teve fez qualquer tipo de movimentação nessa conta, ausentou se do pais, e de boa fé acreditou que os juros seriam reduzidos, e esta semana descobriu que tem quase 8000 euros em divida.
Foi taxas de 26% sobre juros de demora, comissões mensais de 14 ou mais euros, o que fez o bolo subir por exemplo de 12/2017 ate 12/2018 mais de 1000 euros so em juros.
sabendo que ele não tem a mínima condição para pagar este valor, terá alguma instituição onde pode ajudar a mediar essa situação?
Ele tem vontade de pagar, apenas gostaria de poder reduzir um pouco esses juros altíssimos que foram aplicados.
Caso é mesmo urgente, por isso toda a informação é preciosa, contacto onde poderá ligar para pedir ajuda nem que seja orientação.
Agradeço desde já.

Se residir em Portugal pode pedir apoio jurídico na junta de freguesia da área de residência.

[Obtuso]

O melhor que tem a fazer é contactar directamente e negociar a dívida e forma de pagamento. Sempre poderá resolver algum do valor e permitir realizar o pagamento faseado.

Incrível é como a dívida ainda não foi executada coercivamente. Cuidado com isso.

[PPinheiro]

Não percebo nada do assunto, mas aqui fala-se em prescrição da dívida bancária após 5 anos:
https://www.comparaja.pt/blog/prescricao-dividas

"Prescrição de dívidas bancárias

Não existe nenhum artigo no Código Civil que determine quando prescreve uma dívida bancária. No entanto, devido a estas lacunas na legislação, ao longo dos anos foram criados Acórdãos dos Tribunais para colmatar estas questões.
Um crédito a uma instituição financeira é pago em prestações mensais acordadas entre o cliente e a entidade bancária. Para estes casos, o Acórdão referente ao processo nº 1583/14.3TBSTB-A.E1, decretado pelo Tribunal da Relação de Évora, determina que as prestações mensais dos empréstimos prescrevem ao fim de cinco anos. É expectável que funcione da mesma forma na prescrição de dívidas de crédito ao consumo.
Para além disso, este Acórdão refere que, de acordo com o artigo 781º do Código Civil, a validade da dívida começa a partir do momento do primeiro incumprimento com uma prestação mensal. Isto significa que, se um consumidor entrar em incumprimento a 1 de outubro de 2018, o valor em dívida (dessa prestação e das seguintes) prescreve a 1 de outubro de 2023 (cinco anos depois).
Já no que diz respeito à prescrição de dívida de cartão de crédito, o caso é mais complexo. Consoante o determinado pelo Acórdão referente ao processo nº 159085/14.8YIPRT.P1 do Tribunal da Relação do Porto, os créditos concedidos pela instituição financeira a um consumidor com a emissão e utilização do cartão de crédito para a aquisição de bens e serviços prescrevem ao fim de 20 anos.
No caso das dívidas bancárias, sugerimos que procure outras vias para além de aguardar pela prescrição da dívida. Isto porque, por se tratar normalmente de montantes elevados, as instituições financeiras procuram sempre que os clientes liquidem as suas dívidas – é por isso que muitas vezes são pedidas garantias bancárias aos clientes.
Ao invés, poderá integrar no PERSI ou até mesmo falar com o seu banco e pedir para renegociar o crédito. Se tem muitos empréstimos e possui dificuldades em pagar as mensalidades, existe a possibilidade de consolidar as suas dívidas, ficando a pagar uma só mensalidade."

[dkc]

O melhor que tem a fazer é contactar directamente e negociar a dívida e forma de pagamento. Sempre poderá resolver algum do valor e permitir realizar o pagamento faseado.

Incrível é como a dívida ainda não foi executada coercivamente. Cuidado com isso.

Segundo um amigo meu do banco, aquilo foi aberto uma conta com plafound de 5000.
Enquanto houve dinheiro na conta corrente, foi tirando da o juros, depois passou para esse plafound e foi "sugando" tudo que havia para poder ser imputado juros e comissões sobre falta de pagamentos.

[jimbo]

"por descuido".

"por descuido" é entornar um café, não é pedir 5000 euros, deixar de pagar, e por-se a andar do país. Eu sei que a culpa não é tua, mas é irresponsabilidade completa, e não tenho pena nenhuma.

[dkc]

"por descuido".

"por descuido" é entornar um café, não é pedir 5000 euros, deixar de pagar, e por-se a andar do país. Eu sei que a culpa não é tua, mas é irresponsabilidade completa, e não tenho pena nenhuma.

ok, fica registado

[Vocsa]

O melhor que tem a fazer é contactar directamente e negociar a dívida e forma de pagamento. Sempre poderá resolver algum do valor e permitir realizar o pagamento faseado.

Incrível é como a dívida ainda não foi executada coercivamente. Cuidado com isso.

Falta saber o formato do crédito concedido.

Pode ser uma conta-corrente daquelas das empresas com um plafond determinado.

Conheço um caso semelhante em que aquilo mais parecia um poço sem fundo. 10 000 euros transformaram-se num pesadelo pago em décadas. E na verdade a senhora que ia pagando nem sabia ao certo o que aquilo era, tinha sido o ex-marido a criar em nome de uma empresa comum e posteriormente ficara para ela.

Tive acesso ao extracto contabilístico desse caso e fiquei perplexo com o que a senhora já tinha pago. E o banco fazia tudo por tudo para que a senhora não liquidasse o "empréstimo"... era assim que tanto eles com ela lhe chamavam.

[33Stradale]

Bom dia,
Tenho um familiar direto que por descuido e não posso deixar de o condenar, deixou arrastar uma divida numa instituição bancaria,
Acontece que a uns 10 anos atrás abriu uma conta, pediu um credito de 5000 euros, , passado 3 anos, abateu 2000 ou 3000 euros e nunca mais teve fez qualquer tipo de movimentação nessa conta, ausentou se do pais, e de boa fé acreditou que os juros seriam reduzidos, e esta semana descobriu que tem quase 8000 euros em divida.
Foi taxas de 26% sobre juros de demora, comissões mensais de 14 ou mais euros, o que fez o bolo subir por exemplo de 12/2017 ate 12/2018 mais de 1000 euros so em juros.
sabendo que ele não tem a mínima condição para pagar este valor, terá alguma instituição onde pode ajudar a mediar essa situação?
Ele tem vontade de pagar, apenas gostaria de poder reduzir um pouco esses juros altíssimos que foram aplicados.
Caso é mesmo urgente, por isso toda a informação é preciosa, contacto onde poderá ligar para pedir ajuda nem que seja orientação.
Agradeço desde já.

Que tipo de crédito é? Crédito pessoal, credito a ENI, Conta Corrente Caucionada, Descoberto Contratado...
Se fores ao banco e te predispuseres a pagar de imediato todo o capital acrescido dos juros contratados mais uns 4% ao ano de juros de mora, acredito que o Banco esteja na disponibilidade de fazer o write-off do resto dos juros e comissões vencidas.

[dkc]

Que tipo de crédito é? Crédito pessoal, credito a ENI, Conta Corrente Caucionada, Descoberto Contratado...
Se fores ao banco e te predispuseres a pagar de imediato todo o capital acrescido dos juros contratados mais uns 4% ao ano de juros de mora, acredito que o Banco esteja na disponibilidade de fazer o write-off do resto dos juros e comissões vencidas.

Penso que foi criada para empresa.

[33Stradale]

Penso que foi criada para empresa.

Isto não vai lá com suposições. O que tens a fazer é negociar com o Banco, sendo certo que aquilo que o Banco cobrou é de certeza lícito, estando com certeza escrito no contrato assinado entre as partes.

[33Stradale]

Penso que foi criada para empresa.

Isto não vai lá com suposições. O que tens a fazer é negociar com o Banco, sendo certo que aquilo que o Banco cobrou é de certeza lícito, estando com certeza escrito no contrato assinado entre as partes.

[dkc]

Foi mesmo uma conta para empresa.
Questão aqui é sabendo que ele não tem como pagar a divida sem ser faseada em partes muito pequenas, o que poderia ser retirado dessa grande parte dos juros.
Pessoa em questão tem 67 anos, está há dois anos sem trabalhar, espera insistentemente pela reforma que demora em sair.
Para os que julgam que a vida só se trata de uma questão de justiça, foi alguém que nos últimos 10 anos da sua vida profissional, ficaram lhe a dever mais de 200 mil euros, e quando recorreu a justiça nada recebeu...
Não é uma questão de ter pena ou deixar de ter, sabe bem que falhou ao "deixar andar" e agora apenas quer tentar parar com que o Bolo dos juros pare de escalar diariamente.
Por isso procuro algum tipo de contacto para quem ele possa ligar e se aconselhar da melhor maneira.

[Charger144]

Não percebo nada do assunto, mas aqui fala-se em prescrição da dívida bancária após 5 anos:
https://www.comparaja.pt/blog/prescricao-dividas

"Prescrição de dívidas bancárias

Não existe nenhum artigo no Código Civil que determine quando prescreve uma dívida bancária. No entanto, devido a estas lacunas na legislação, ao longo dos anos foram criados Acórdãos dos Tribunais para colmatar estas questões.
Um crédito a uma instituição financeira é pago em prestações mensais acordadas entre o cliente e a entidade bancária. Para estes casos, o Acórdão referente ao processo nº 1583/14.3TBSTB-A.E1, decretado pelo Tribunal da Relação de Évora, determina que as prestações mensais dos empréstimos prescrevem ao fim de cinco anos. É expectável que funcione da mesma forma na prescrição de dívidas de crédito ao consumo.
Para além disso, este Acórdão refere que, de acordo com o artigo 781º do Código Civil, a validade da dívida começa a partir do momento do primeiro incumprimento com uma prestação mensal. Isto significa que, se um consumidor entrar em incumprimento a 1 de outubro de 2018, o valor em dívida (dessa prestação e das seguintes) prescreve a 1 de outubro de 2023 (cinco anos depois).
Já no que diz respeito à prescrição de dívida de cartão de crédito, o caso é mais complexo. Consoante o determinado pelo Acórdão referente ao processo nº 159085/14.8YIPRT.P1 do Tribunal da Relação do Porto, os créditos concedidos pela instituição financeira a um consumidor com a emissão e utilização do cartão de crédito para a aquisição de bens e serviços prescrevem ao fim de 20 anos.
No caso das dívidas bancárias, sugerimos que procure outras vias para além de aguardar pela prescrição da dívida. Isto porque, por se tratar normalmente de montantes elevados, as instituições financeiras procuram sempre que os clientes liquidem as suas dívidas – é por isso que muitas vezes são pedidas garantias bancárias aos clientes.
Ao invés, poderá integrar no PERSI ou até mesmo falar com o seu banco e pedir para renegociar o crédito. Se tem muitos empréstimos e possui dificuldades em pagar as mensalidades, existe a possibilidade de consolidar as suas dívidas, ficando a pagar uma só mensalidade."

O caso mencionado parece ser uma conta corrente de crédito e não um crédito pago às prestações. Nesse caso assemelharia-se mais a um cartão de crédito, e como tal a prescrição seriam os tais 20 anos que refere o teu texto.

[206Hdi]

Foi mesmo uma conta para empresa.
Questão aqui é sabendo que ele não tem como pagar a divida sem ser faseada em partes muito pequenas, o que poderia ser retirado dessa grande parte dos juros.
Pessoa em questão tem 67 anos, está há dois anos sem trabalhar, espera insistentemente pela reforma que demora em sair.
Para os que julgam que a vida só se trata de uma questão de justiça, foi alguém que nos últimos 10 anos da sua vida profissional, ficaram lhe a dever mais de 200 mil euros, e quando recorreu a justiça nada recebeu...
Não é uma questão de ter pena ou deixar de ter, sabe bem que falhou ao "deixar andar" e agora apenas quer tentar parar com que o Bolo dos juros pare de escalar diariamente.
Por isso procuro algum tipo de contacto para quem ele possa ligar e se aconselhar da melhor maneira.

https://portal.oa.pt/comunicacao/not...-de-freguesia/

CLÁUSULA TERCEIRA(Beneficiários)

1 - Os Gabinetes prestarão os serviços descritos exclusivamente a pessoas singulares de reconhecida insuficiência económica, aferida nos termos e pelos meios adequados.
2 - Considera-se, designadamente, que se encontram em situação de insuficiência económica os cidadãos que aufiram um rendimento mensal líquido igual ou inferior à remuneração mensal mínima garantida.

[eu]

Se ele não tem bens nem rendimentos, está na posição ideal para negociar com o banco.

Entre perdoar parte dos juros ou não receber nada, certamente que eles optarão pela primeira opção.

[top]

Descuido e uma palavra cómica para o que descreves.
Recorre a DECO eles vão aconselhar-te da melhor maneira.

[206Hdi]

Descuido e uma palavra cómica para o que descreves.
Recorre a D€CO eles vão aconselhar-te da melhor maneira.

Corrigido

[MVA]

Incrível é como a dívida ainda não foi executada coercivamente. Cuidado com isso.

Os bancos esperam até faltar 2 ou 3 meses para a divida prescrever e só aí é que executam coercivamente. O objectivo do banco neste caso é acumular o máximo de juros antes de ocorrer prescrição. Como ainda falta 1 ou 2 ou 3 anos para prescrever a divida, o banco deixa a coisa arrastar-se de proposito.

Quanto ao OP, nada como ir directamente à fonte negociar o pagamento. Diria que deves conseguir um hair-cut de 50% dos juros, tranquilamente, na condição de pagares a divida a pronto-pagamento.

[dkc]

Os bancos esperam até faltar 2 ou 3 meses para a divida prescrever e só aí é que executam coercivamente. O objectivo do banco neste caso é acumular o máximo de juros antes de ocorrer prescrição. Como ainda falta 1 ou 2 ou 3 anos para prescrever a divida, o banco deixa a coisa arrastar-se de proposito.

Quanto ao OP, nada como ir directamente à fonte negociar o pagamento. Diria que deves conseguir um hair-cut de 50% dos juros, tranquilamente, na condição de pagares a divida a pronto-pagamento.

Não sendo claramente a minha área, e muito menos a do meu familiar, o facto de ir directamente a agência bancaria sozinho não poderá sair "mais prejudicado" isto é, se for acompanhado com alguém que saiba ate onde pode ir a negociação não poderia minimizar esses juros?
Muito obrigado desde já pelo conselho.

[Ruibadboy]

Aconteceu uma situação "semelhante" ao meu falecido avô, mas por culpa de 3ºs, com a compra de 2 carros novos e de um andar-moradia, tudo sobe o controlo do genro (moravam na mesma casa), mas tudo em nome do meu avô, um dos carros foi "vendido" e outro entregue à financeira por falta de pagamento hã mais de 1 ano, a casa igualmente, quando o meu avô soube da dívida, estava a polícia a bater-lhe à porta para deixar a casa.

Aconselhamos a meter insolvência, mas o homem nunca se quis "chatear", faleceu ainda a pagar os 3 créditos (já estava a pagá-lo hã 10 anos).

Esta foi uma situação do deixar andar, que eu confio.