No último ano, diminuiu a entrada de imigrantes do Leste, com excepção dos romenos. Ucranianos e outras nacionalidades, tipicamente com melhores qualificações técnicas, estão a sair de Portugal.
E nós também...
http://www.portugaldiario.iol.pt/not...564&div_id=291
Autocarros cheios de trabalhadores portugueses saem semanalmente das regiões Norte e Centro do país rumo à Europa, uma vaga de emigração idêntica à dos anos 60, apenas com a diferença de os trabalhadores levarem na bagagem um telemóvel que lhes permite contactar com a família.
Nos anos 60, os portugueses iam «a salto» para a França. Agora vão de autocarro, ou mesmo de avião, para o Reino Unido, Espanha, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Irlanda e Andorra.
«Todas as semanas há pessoas que estão a sair de Portugal para irem trabalhar para a Europa», disse o presidente do Conselho das Comunidades Portugueses, Carlos Pereira, adiantando que estes novos emigrantes vão «completamente à aventura, como aconteceu nos anos 60».
A diferença é a existência de um telemóvel, que permite manter contacto com a família, adiantou.
Carlos Trindade, responsável pelo departamento das migrações da central sindical CGTP, explicou que os portugueses vão sobretudo trabalhar para sectores com «mão-de-obra intensa e pouco exigente em habilitações e qualificações».
Construção civil, limpezas, agricultura, indústria transformadora, hote laria e restauração são as actividades dos novos emigrantes, tal como aconteceu no passado.
No entanto, jovens recém-licenciados sem trabalho estão também a sair de Portugal à procura de uma vida melhor, mas o trabalho que muitas vezes encontram não está relacionado com o curso.
Licenciados a trabalhar nas limpezas
«No Luxemburgo é normal ver nos últimos tempos jovens com cursos superiores a trabalharem na restauração e limpezas», disse o presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo, Coimbra de Matos.
Dados oficiais sobre a saída de portugueses para o estrangeiro não existem. Os últimos são de 2003 e indicavam que nesse ano tinham emigrado cerca de 27 mil portugueses, sobretudo para a Europa.
O responsável pelos dados portugueses no relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Jorge Malheiros, referiu que estes números «não reflectem a realidade e são apenas indicativos».
Jorge Malheiros estima que anualmente saem de Portugal entre 50 a 60 mil portugueses, mas a ausência de dados reais sobre as saídas explica-se, segundo o investigador, pelo facto de a maioria emigrar temporariamente e pela livre circulação de pessoas na União Europeia.
Os destinos mais procurados
O destino mais procurado é o Reino Unido, onde na última década o númer o de portugueses passou dos 30 mil para os 250 mil, salientou Carlos Trindade.
Para a Suíça vão anualmente cerca de 20 mil portugueses com contratos de quatro a 12 meses que lhes permite trabalhar na hotelaria e construção civil, referiu à Lusa o português Manuel Beja, dirigente do sindicato suíço UNIA.
Manuel Beja adiantou que milhares de emigrantes trabalham ainda naquele país na agricultura com contratos de três meses, não estando estes casos contabilizados.
O ano passado chegaram ao Luxemburgo cerca de 7.000 mil portugueses e este ano os números são aproximados.
Coimbra de Matos salientou que os carros com matrículas portugueses têm aumentado no Luxemburgo, país que para muitos portugueses é visto «como um el dourado devido aos bons salários, mas que depois é uma desilusão».
E nós também...
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Autocarros cheios de trabalhadores portugueses saem semanalmente das regiões Norte e Centro do país rumo à Europa, uma vaga de emigração idêntica à dos anos 60, apenas com a diferença de os trabalhadores levarem na bagagem um telemóvel que lhes permite contactar com a família.
Nos anos 60, os portugueses iam «a salto» para a França. Agora vão de autocarro, ou mesmo de avião, para o Reino Unido, Espanha, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Irlanda e Andorra.
«Todas as semanas há pessoas que estão a sair de Portugal para irem trabalhar para a Europa», disse o presidente do Conselho das Comunidades Portugueses, Carlos Pereira, adiantando que estes novos emigrantes vão «completamente à aventura, como aconteceu nos anos 60».
A diferença é a existência de um telemóvel, que permite manter contacto com a família, adiantou.
Carlos Trindade, responsável pelo departamento das migrações da central sindical CGTP, explicou que os portugueses vão sobretudo trabalhar para sectores com «mão-de-obra intensa e pouco exigente em habilitações e qualificações».
Construção civil, limpezas, agricultura, indústria transformadora, hote laria e restauração são as actividades dos novos emigrantes, tal como aconteceu no passado.
No entanto, jovens recém-licenciados sem trabalho estão também a sair de Portugal à procura de uma vida melhor, mas o trabalho que muitas vezes encontram não está relacionado com o curso.
Licenciados a trabalhar nas limpezas
«No Luxemburgo é normal ver nos últimos tempos jovens com cursos superiores a trabalharem na restauração e limpezas», disse o presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo, Coimbra de Matos.
Dados oficiais sobre a saída de portugueses para o estrangeiro não existem. Os últimos são de 2003 e indicavam que nesse ano tinham emigrado cerca de 27 mil portugueses, sobretudo para a Europa.
O responsável pelos dados portugueses no relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Jorge Malheiros, referiu que estes números «não reflectem a realidade e são apenas indicativos».
Jorge Malheiros estima que anualmente saem de Portugal entre 50 a 60 mil portugueses, mas a ausência de dados reais sobre as saídas explica-se, segundo o investigador, pelo facto de a maioria emigrar temporariamente e pela livre circulação de pessoas na União Europeia.
Os destinos mais procurados
O destino mais procurado é o Reino Unido, onde na última década o númer o de portugueses passou dos 30 mil para os 250 mil, salientou Carlos Trindade.
Para a Suíça vão anualmente cerca de 20 mil portugueses com contratos de quatro a 12 meses que lhes permite trabalhar na hotelaria e construção civil, referiu à Lusa o português Manuel Beja, dirigente do sindicato suíço UNIA.
Manuel Beja adiantou que milhares de emigrantes trabalham ainda naquele país na agricultura com contratos de três meses, não estando estes casos contabilizados.
O ano passado chegaram ao Luxemburgo cerca de 7.000 mil portugueses e este ano os números são aproximados.
Coimbra de Matos salientou que os carros com matrículas portugueses têm aumentado no Luxemburgo, país que para muitos portugueses é visto «como um el dourado devido aos bons salários, mas que depois é uma desilusão».
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