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    Parece aquela série.."in justice"

    Inocente esteve preso 25 anos
    Larry Fuller passou um quarto de século na cadeia por um crime que não cometeu. Foi finalmente ilibado graças ao trabalho de uma organização legal não lucrativa que usa apenas a Ciência para fazer justiça em casos em que a própria Justiça acabou por falhar.



    Estava escuro. Faltava uma hora para o Sol nascer e o quarto estava mergulhado na penumbra, iluminado apenas pelo brilho de um relógio digital na mesa-de-cabeceira. Mesmo assim, a vítima não teve dúvidas em identificar Larry Fuller, então com 32 anos, como o homem que a violou e agrediu naquela madrugada de 1981. Apesar de jurar a sua inocência, Fuller foi julgado e condenado a 50 anos de prisão apenas com base no testemunho da vítima.

    Passou 25 anos na cadeia até que, em Outubro passado, a sua inocência foi finalmente reconhecida por um Tribunal de Dallas (EUA), graças a um teste de ADN que provou, sem margem para dúvidas, que não fora ele o violador.

    O caso de Fuller é o mais recente de uma longa lista de condenações anuladas nos EUA com base em testes de ADN.

    Desde 2001, ano em que os tribunais do Texas começaram a aceitar como prova análises de ADN referentes a casos já julgados, pelo menos dez presos injustamente condenados foram libertados – e isto apenas no condado de Dallas. A nível nacional, a realidade pode ser bem mais assustadora, num país onde mais de metade dos Estados aplica a pena de morte.

    O Projecto Inocência luta para expor esta situação e ilibar o maior número possível de pessoas injustamente condenadas. Esta organização legal não lucrativa, fundada pelos advogados Barry C. Scheck e Peter J. Neufeld, trabalha para trazer a Justiça àqueles a quem a mesma foi negada. A única arma são as análises de ADN, uma ferramenta hoje em dia usada pelas Polícias de todo o Mundo, mas que há duas décadas estava ainda a dar os primeiros passos. Na altura, tal como Fuller, muitos suspeitos de crimes foram condenados apenas com base em testemunhos oculares, muitas vezes das próprias vítimas.

    A introdução das análises de ADN veio provar que em vários casos as testemunhas estavam erradas. “Os testes de ADN foram um factor crucial na mudança do sistema judicial. Vieram provar cientificamente que o sistema condenou pessoas inocentes”, afirmam os mentores do Projecto Inocência.

    Os números falam por si: desde a fundação em 1992, o Projecto Inocência conseguiu obter a libertação de 185 pessoas injustamente condenadas – 14 delas à morte. A lista de casos pendentes é gigantesca. O Projecto Inocência só aceita casos em que o ADN possa ser usado como prova irrefutável, mas para isso é preciso uma longa investigação. O trabalho é gratuito, feito por advogados em início de carreira, e depara, muitas vezes, com obstáculos impossíveis de transpor. Como, na maior parte dos casos, se trata de processo julgados na década de 80 ou anteriores, é muito difícil encontrar material genético para analisar. Mesmo nos casos em que existiam tecidos, amostras de sangue ou de sémen, muito desse material perdeu-se ou foi destruído ao longo dos anos.

    O Projecto Inocência lida essencialmente com casos de violação e homicídio, aqueles em que é mais provável que exista material genético para analisar. São também estes os casos com as penas mais pesadas. A Universidade de Chicago calcula que pelo menos 38 inocentes ou pessoas cuja condenação deixou sérias dúvidas foram executados desde que a pena de morte foi restabelecida nos EUA, em 1976.

    PRIMEIRA INVESTIGAÇÃO FOI HÁ 20 ANOS



    Os exames de ADN foram pela primeira vez usados numa investigação policial há 20 anos, no Reino Unido. Curiosamente, o primeiro suspeito testado foi também a primeira pessoa a ser ilibada graças aos novo método científico que, hoje em dia, faz as delícias dos fãs de ‘CSI’.

    Em 1986, a adolescente Dawn Ashworth foi brutalmente violada e assassinada na aldeia de Enderby, Leicestershire. O crime apresentava inquietantes semelhanças com outro ocorrido três anos antes numa aldeia vizinha, em que a vítima havia sido igualmente uma rapariga adolescente, Linda Mann. Um jovem local, Richard Buckland, confessou a morte de Dawn, mas negou ter estado envolvido na morte de Linda.

    Intrigada, a Polícia pediu a ajuda de Alec Jeffreys, um cientista britânico que no ano anterior tinha surpreendido o mundo científico ao provar que todas as pessoas possuem um código genético único – o ADN.

    As autoridades pretendiam, com a ajuda de Jeffreys e dos seus exames de ADN, provar que Richard tinha violado e assassinado as duas jovens.

    SUSPEITO ILIBADO

    Os testes comprovaram, realmente, que ambas foram violadas e mortas pelo mesmo homem – mas esse homem não era Richard. O primeiro suspeito testado com a nova técnica tornara-se, assim, a primeira pessoa a ser ilibada pela mesma.

    A Polícia ordenou então a recolha de amostras de ADN de todos os homens da zona. Mais de cinco mil homens foram chamados a dar amostras de sangue e saliva, mas um tentou esquivar-se. Era o assassino.

    Colin Pitchfork, um jovem padeiro, pagou a um amigo para fazer os testes por ele, mas foi denunciado e condenado pelo assassinato das duas jovens, tornando-se o primeiro criminoso a ser ‘vítima’ dos testes de ADN. “Se alguém me tivesse dito na altura que, daí por 20 anos, os exames de ADN seriam a principal ferramenta policial em todo o Mundo, eu diria que isso era ficção científica”, afirmou recentemente ‘sir’ Alec Jeffreys.

    #2
    bem que ia á procura da gaja e havia de a comer de todas as formas e feitios...
    já que ficava com a fama ia á procura do proveito.

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