A direita em Portugal está perdida!!
Ora vejam lá:
Isto de um lado. Do outro:
Felizmente há sempre algo para animar a malta...
Ora vejam lá:
Pedro Santana Lopes está a pensar seriamente em fundar um novo partido e tem comunicado esta intenção a alguns dos militantes sociais-democratas que lhe são próximos. É um projecto antigo do ex-presidente do PSD que tem vindo a ganhar forma mais recentemente, desde que Marques Mendes assumiu a liderança do partido.
"Existe neste momento um grande descontentamento. O PSD vive à volta de um aparelho cada vez mais fechado. Os militantes vêem-se impedidos de participar na vida interna do partido. Ou se consegue mudar isto por dentro ou o melhor é sairmos para formar um novo partido", disse ao DN um dos mais directos colaboradores de Santana.
Nos últimos dias, o ex-primeiro-ministro tem-se multiplicado em declarações sobre a possível criação de um novo partido, que "fracture" a direita à semelhança do que o BE provocou há cerca de uma década na esquerda (ver caixa). "Nada vai ficar na mesma", vaticinou Santana em declarações ao DN e reiteradas nos Estados Gerais da Direita.
"O PSD deixou de ser um partido livre e plural. Será normal que Marques Mendes não tenha falado com Manuela Ferreira Leite, que é conselheira de Estado e presidente da Mesa do Congresso, antes de ter vindo a público apelar à redução dos impostos?", interroga-se um deputado laranja conotado com Santana.
Os santanistas acusam Mendes de ouvir apenas "o aparelho puro e duro", de "perseguir" a oposição interna e de fomentar um sistema de pagamento de quotas, "com base num código multibanco atribuído a cada militante, que não existe em mais partido nenhum".
As mesmas fontes afirmam que Santana nunca desistirá da política e tem dado sinais de que já terminou a travessia no deserto. O lançamento do seu livro Percepções e Realidade 2004, no qual relata a sua chegada e queda do Governo de coligação com o CDS de Paulo Portas, foi o primeiro passo do novo trajecto.
Santana tem a consciência de que não tem qualquer futuro dentro do PSD, garantem alguns dos seus colaboradores. "Já ocupou todos os cargos no partido e assumiu o poder em nome dele", sublinham. "Mesmo que quisesse voltar a disputar a liderança, tinha uma fila de pessoas à frente dele, casos de Rui Rio, Menezes, Aguiar Branco, António Borges, o próprio Marcelo". Além disso, frisam, "Cavaco Silva em Belém, e um partido rendido aos seus pés, também não ajudariam a qualquer projecto de Santana dentro do PSD".
Santana tem reflectido sobre a possibilidade de criar uma nova força política que, tal como Paulo Portas quer fazer do CDS, seja aglutinadora do centro-direita. E o facto de disputarem ambos o mesmo espaço político não parece atemorizar os santanistas. "Santana Lopes testou a sua popularidade quando concorreu para a Câmara de Lisboa. Paulo Portas também disputou a dele nas últimas legislativas e saiu-se mal..."
DN
"Existe neste momento um grande descontentamento. O PSD vive à volta de um aparelho cada vez mais fechado. Os militantes vêem-se impedidos de participar na vida interna do partido. Ou se consegue mudar isto por dentro ou o melhor é sairmos para formar um novo partido", disse ao DN um dos mais directos colaboradores de Santana.
Nos últimos dias, o ex-primeiro-ministro tem-se multiplicado em declarações sobre a possível criação de um novo partido, que "fracture" a direita à semelhança do que o BE provocou há cerca de uma década na esquerda (ver caixa). "Nada vai ficar na mesma", vaticinou Santana em declarações ao DN e reiteradas nos Estados Gerais da Direita.
"O PSD deixou de ser um partido livre e plural. Será normal que Marques Mendes não tenha falado com Manuela Ferreira Leite, que é conselheira de Estado e presidente da Mesa do Congresso, antes de ter vindo a público apelar à redução dos impostos?", interroga-se um deputado laranja conotado com Santana.
Os santanistas acusam Mendes de ouvir apenas "o aparelho puro e duro", de "perseguir" a oposição interna e de fomentar um sistema de pagamento de quotas, "com base num código multibanco atribuído a cada militante, que não existe em mais partido nenhum".
As mesmas fontes afirmam que Santana nunca desistirá da política e tem dado sinais de que já terminou a travessia no deserto. O lançamento do seu livro Percepções e Realidade 2004, no qual relata a sua chegada e queda do Governo de coligação com o CDS de Paulo Portas, foi o primeiro passo do novo trajecto.
Santana tem a consciência de que não tem qualquer futuro dentro do PSD, garantem alguns dos seus colaboradores. "Já ocupou todos os cargos no partido e assumiu o poder em nome dele", sublinham. "Mesmo que quisesse voltar a disputar a liderança, tinha uma fila de pessoas à frente dele, casos de Rui Rio, Menezes, Aguiar Branco, António Borges, o próprio Marcelo". Além disso, frisam, "Cavaco Silva em Belém, e um partido rendido aos seus pés, também não ajudariam a qualquer projecto de Santana dentro do PSD".
Santana tem reflectido sobre a possibilidade de criar uma nova força política que, tal como Paulo Portas quer fazer do CDS, seja aglutinadora do centro-direita. E o facto de disputarem ambos o mesmo espaço político não parece atemorizar os santanistas. "Santana Lopes testou a sua popularidade quando concorreu para a Câmara de Lisboa. Paulo Portas também disputou a dele nas últimas legislativas e saiu-se mal..."
DN
Isto de um lado. Do outro:
O abaixo-assinado que corria no CDS a pedir a convocação de congresso extraordinário conseguiu as 1000 assinaturas exigidas pelos estatutos. E abriu uma nova frente de polémica no CDS - a direcção diz agora que a discussão da liderança em congresso é "inevitável"; os apoiantes de Paulo Portas, que defendem eleições directas, contrapõem que a decisão cabe ao Conselho Nacional (CN) do partido.
Com um encontro que se arrisca a transformar-se numa discussão de estatutos em riste, a presidente do CN, Maria José Nogueira Pinto, pediu a presença na reunião - marcada para amanhã, em Óbidos - do Conselho de Jurisdição dos centristas. Mas até isso poderá não ser pacífico. Do lado de Paulo Portas insiste-se: o órgão de decisão soberana é o próprio Conselho Nacional.
Martim Borges de Freitas, secretário-geral do CDS, defendeu ontem que face à recolha de 1400 assinaturas, o "congresso é inevitável". "Não quer dizer que o Conselho Nacional não possa reunir", mas "não há uma decisão a tomar" naquele órgão, defendeu o dirigente centrista.
Para o deputado João Rebelo a direcção "está com receio do voto dos militantes" - a posição da estrutura directiva é "mais um expediente para Ribeiro e Castro ter uma justificação para não ir a jogo".
"Seguro de vida" de Sócrates
Paulo Portas voltou ontem a organizar um jantar de campanha, desta vez em Lisboa. E, ainda que sem dirigir críticas directas à actual liderança do CDS, o ex-líder centrista não deixou sem reparos a oposição à direita. "Da área do Governo, vieram ataques duros, até pessoais, à minha candidatura. Isso é revelador: o primeiro interesse de Sócrates é que a oposição fique tal qual está", referiu o deputado. A oposição à direita é "seguro de vida" do primeiro-ministro, acrescentou ainda Portas. Antes de defender que a sua pré-candidatura à presidência já trouxe mudanças ao partido - "Há quinze dias, discutia-se se o CDS sobrevivia. Hoje, discute-se se o CDS vai crescer para o centro-direita."
DN
Com um encontro que se arrisca a transformar-se numa discussão de estatutos em riste, a presidente do CN, Maria José Nogueira Pinto, pediu a presença na reunião - marcada para amanhã, em Óbidos - do Conselho de Jurisdição dos centristas. Mas até isso poderá não ser pacífico. Do lado de Paulo Portas insiste-se: o órgão de decisão soberana é o próprio Conselho Nacional.
Martim Borges de Freitas, secretário-geral do CDS, defendeu ontem que face à recolha de 1400 assinaturas, o "congresso é inevitável". "Não quer dizer que o Conselho Nacional não possa reunir", mas "não há uma decisão a tomar" naquele órgão, defendeu o dirigente centrista.
Para o deputado João Rebelo a direcção "está com receio do voto dos militantes" - a posição da estrutura directiva é "mais um expediente para Ribeiro e Castro ter uma justificação para não ir a jogo".
"Seguro de vida" de Sócrates
Paulo Portas voltou ontem a organizar um jantar de campanha, desta vez em Lisboa. E, ainda que sem dirigir críticas directas à actual liderança do CDS, o ex-líder centrista não deixou sem reparos a oposição à direita. "Da área do Governo, vieram ataques duros, até pessoais, à minha candidatura. Isso é revelador: o primeiro interesse de Sócrates é que a oposição fique tal qual está", referiu o deputado. A oposição à direita é "seguro de vida" do primeiro-ministro, acrescentou ainda Portas. Antes de defender que a sua pré-candidatura à presidência já trouxe mudanças ao partido - "Há quinze dias, discutia-se se o CDS sobrevivia. Hoje, discute-se se o CDS vai crescer para o centro-direita."
DN
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