A produtividade na banca portuguesa é das mais elevadas na Europa, é a conclusão de um estudo de uma equipa liderada pelo professor Carlos Pereira da Silva sobre a produtividade do trabalho no sector bancário entre os anos de 2000 e 2004.
Entrevistado pelo site do SBSI, Carlos Pereira da Silva, falou de alguns pontos do seu estudo.
Quando questionado sobre o que entendia por produtividade do trabalho na banca, respondeu que «é o produto que cada trabalhador acrescenta na empresa bancária, tendo em conta o capital instalado, a organização do trabalho, a formação do trabalhador e as inovações tecnológicas que permitem que com o mesmo número de horas as pessoas façam mais tarefas e, portanto, criem mais valor. Ou seja, mantendo-se constantes outras variáveis, refere-se ao que o trabalhador acrescenta por unidade de tempo (que pode ser horas, dias, anos)».
«A produtividade do sector bancário em Portugal está ao nível das mais avançadas da Europa, e, em certas situações, melhor. Relativamente a Espanha, por exemplo, a produtividade do trabalho é muito superior, e mesmo comparativamente a outros sectores é muito elevada. Até porque com uma grande redução do número de trabalhadores e da despesa com pessoal, o valor acrescentado da banca é cada vez maior, bem como os lucros distribuídos aos accionistas», referiu acerca das principais conclusões do seu estudo.
Quanto ao aumento de produtividade, Carlos Pereira da Silva explica que «apesar de uma diminuição ligeira do produto bancário, quando se divide este pelo número de trabalhadores aumenta a produtividade, porque diminuiu muito mais o número de trabalhadores para produzir o mesmo. Ou seja, fez-se praticamente o mesmo, mas com menos trabalhadores».
O professor considera também que é claro que o aumento da produtividade é positivo e um objectivo de governos, empregadores e trabalhadores, mas que «o que está em causa é a repartição dos ganhos de produtividade. Quando os sindicatos vão discutir as condições remuneratórias na banca fixam uma taxa de aumento, de que um dos argumentos é a produtividade alcançada pelo sector num determinado período. A produtividade é um conceito positivo porque permite embaratecer produtos. Muitas pessoas têm hoje acesso a frigoríficos ou computadores graças à melhoria da produtividade do trabalho, que embarateceu os produtos. Ou seja, o conceito em si é positivo, agora a repartição que depois de faz desses ganhos é que depende, também, da relação de forças sociais e dos governos. Na maior parte das vezes os ganhos são mais im****dos aos investimentos, ao capital físico, do que ao capital humano».
No Luxemburgo 25% da população activa é portuguesa e é o país do mundo onde a produtividade é mais elevada
Quando confrontado com o facto dos governos apontarem a baixa produtividade portuguesa como um dos problemas do país, Carlos Pereira da Silva contestou, «mas no Luxemburgo 25% da população activa é portuguesa e é o país do mundo onde a produtividade é mais elevada. Há aqui qualquer coisa que me leva a pensar que isto também tem a ver com a forma como tratam as pessoas, com a organização social, com a atitude dos gestores e, até, com a estrutura empresarial. Não nos esqueçamos que a estrutura empresarial portuguesa é de pequenas e médias empresas, nem toda é do tipo bancária».
Para o autor do estudo, o que pode por postos de trabalho em causa é a concorrência estrangeira. «Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e a liberalização, no dia em que for possível ir a Espanha ou França fazer certo tipo de operações que sejam aí muito mais baratas, porque hão-de ser feitas em Portugal? O sector bancário, os cidadãos e os dirigentes devem pensar em como é possível, continuando a melhorar a produtividade do trabalho da banca portuguesa, os clientes portugueses sentirem-se satisfeitos, de forma a não terem de ir fazer operações lá fora.»
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...11&div_id=1729
No âmbito de um protocolo entre os Sindicatos verticais dos Bancários (SBSI, SBC e SBN) e o Centro de Investigação em Economia Financeira do ISEG, uma equipa liderada pelo professor Carlos Pereira da Silva estudou a produtividade do trabalho no sector bancário entre os anos de 2000 e 2004 (...).
http://www.sbsi.pt/sbsi/sbsi.asp?tem...il.asp&id=2685
É a guerra da contra informação.
Entrevistado pelo site do SBSI, Carlos Pereira da Silva, falou de alguns pontos do seu estudo.
Quando questionado sobre o que entendia por produtividade do trabalho na banca, respondeu que «é o produto que cada trabalhador acrescenta na empresa bancária, tendo em conta o capital instalado, a organização do trabalho, a formação do trabalhador e as inovações tecnológicas que permitem que com o mesmo número de horas as pessoas façam mais tarefas e, portanto, criem mais valor. Ou seja, mantendo-se constantes outras variáveis, refere-se ao que o trabalhador acrescenta por unidade de tempo (que pode ser horas, dias, anos)».
«A produtividade do sector bancário em Portugal está ao nível das mais avançadas da Europa, e, em certas situações, melhor. Relativamente a Espanha, por exemplo, a produtividade do trabalho é muito superior, e mesmo comparativamente a outros sectores é muito elevada. Até porque com uma grande redução do número de trabalhadores e da despesa com pessoal, o valor acrescentado da banca é cada vez maior, bem como os lucros distribuídos aos accionistas», referiu acerca das principais conclusões do seu estudo.
Quanto ao aumento de produtividade, Carlos Pereira da Silva explica que «apesar de uma diminuição ligeira do produto bancário, quando se divide este pelo número de trabalhadores aumenta a produtividade, porque diminuiu muito mais o número de trabalhadores para produzir o mesmo. Ou seja, fez-se praticamente o mesmo, mas com menos trabalhadores».
O professor considera também que é claro que o aumento da produtividade é positivo e um objectivo de governos, empregadores e trabalhadores, mas que «o que está em causa é a repartição dos ganhos de produtividade. Quando os sindicatos vão discutir as condições remuneratórias na banca fixam uma taxa de aumento, de que um dos argumentos é a produtividade alcançada pelo sector num determinado período. A produtividade é um conceito positivo porque permite embaratecer produtos. Muitas pessoas têm hoje acesso a frigoríficos ou computadores graças à melhoria da produtividade do trabalho, que embarateceu os produtos. Ou seja, o conceito em si é positivo, agora a repartição que depois de faz desses ganhos é que depende, também, da relação de forças sociais e dos governos. Na maior parte das vezes os ganhos são mais im****dos aos investimentos, ao capital físico, do que ao capital humano».
No Luxemburgo 25% da população activa é portuguesa e é o país do mundo onde a produtividade é mais elevada
Quando confrontado com o facto dos governos apontarem a baixa produtividade portuguesa como um dos problemas do país, Carlos Pereira da Silva contestou, «mas no Luxemburgo 25% da população activa é portuguesa e é o país do mundo onde a produtividade é mais elevada. Há aqui qualquer coisa que me leva a pensar que isto também tem a ver com a forma como tratam as pessoas, com a organização social, com a atitude dos gestores e, até, com a estrutura empresarial. Não nos esqueçamos que a estrutura empresarial portuguesa é de pequenas e médias empresas, nem toda é do tipo bancária».
Para o autor do estudo, o que pode por postos de trabalho em causa é a concorrência estrangeira. «Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e a liberalização, no dia em que for possível ir a Espanha ou França fazer certo tipo de operações que sejam aí muito mais baratas, porque hão-de ser feitas em Portugal? O sector bancário, os cidadãos e os dirigentes devem pensar em como é possível, continuando a melhorar a produtividade do trabalho da banca portuguesa, os clientes portugueses sentirem-se satisfeitos, de forma a não terem de ir fazer operações lá fora.»
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...11&div_id=1729
No âmbito de um protocolo entre os Sindicatos verticais dos Bancários (SBSI, SBC e SBN) e o Centro de Investigação em Economia Financeira do ISEG, uma equipa liderada pelo professor Carlos Pereira da Silva estudou a produtividade do trabalho no sector bancário entre os anos de 2000 e 2004 (...).
http://www.sbsi.pt/sbsi/sbsi.asp?tem...il.asp&id=2685
É a guerra da contra informação.
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