O ditado popular parece adequar-se de forma perfeita a este estudo.
Portugueses gastam tudo o que ganham diz estudo da OCDE
Relatório revela também que, em 88% das vezes, os cidadãos nacionais acabam por gastar o ordenado todo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) confirmou ontem o que quase todos os portugueses sentem na pele: é difícil chegar ao fim do mês com algum dinheiro do ordenado na carteira.
No relatório deste ano sobre as Perspectivas de Emprego, a OCDE revela que a propensão para gastar o salário todo atinge os 88% em Portugal. Percentagem que nos coloca acima da média da organização (79%), apenas ultrapassados pelos Estados Unidos (96%) e pelo Japão (89%), dois dos países mais ricos do Mundo.
Curiosamente, a vizinha Espanha é o estado mais poupado (65%), logo seguida da Coreia do Sul (67%).
Salário real aumenta 0,3%
Quanto à evolução do trabalho em Portugal, a OCDE prevê uma subida do emprego para este ano de 0,7%, com o desemprego a fixar-se nos 7,6%. Em 2008, a percentagem de desempregados deverá baixar para 7,1%, devido, em parte, a um maior crescimento do emprego: 1%.
No que respeita à remuneração, depois de em 2006 o salário real ter descido 0,7%, este ano os ordenados deverão aumentar 0,3%.
Globalização afecta trabalho
Para a OCDE, «existem algumas evidências» de que, nas últimas décadas, a globalização tem aumentado «tanto as desigualdades dos rendimentos, como a insegurança dos trabalhadores». Realidade que varia consoante a qualificação dos empregados.
Como muitas empresas estão a deslocar para o estrangeiro as fases de produção mais rotineiras, a procura de trabalhadores pouco especializados acaba por baixar.
Por isso mesmo, a OCDE aconselha os governos a aplicarem «pacotes de políticas que abranjam questões reguladoras e de protecção social», apostando no «desenvolvimento de aptidões dos trabalhadores», de modo a prepará-los para «mercados cada vez mais dinâmicos».
Provedor defende pais
O provedor de Justiça emitiu ontem um comunicado, onde defende que «os funcionários públicos que optem por trabalhar a meio tempo para acompanhamento de descendentes menores de 12 anos deverão ver esse tempo de trabalho contado por inteiro para efeitos de aposentação».
Mediante o pagamento dos descontos, Nascimento Rodrigues considera ainda que os pais não devem ser prejudicados na contagem para a antiguidade, progressão e promoção nas carreiras.
O Governo já admitiu que esta discriminação face ao sector privado poderá ser alterada na actual revisão do Código de Trabalho.
João Moniz
Fonte: Destak
Relatório revela também que, em 88% das vezes, os cidadãos nacionais acabam por gastar o ordenado todo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) confirmou ontem o que quase todos os portugueses sentem na pele: é difícil chegar ao fim do mês com algum dinheiro do ordenado na carteira.
No relatório deste ano sobre as Perspectivas de Emprego, a OCDE revela que a propensão para gastar o salário todo atinge os 88% em Portugal. Percentagem que nos coloca acima da média da organização (79%), apenas ultrapassados pelos Estados Unidos (96%) e pelo Japão (89%), dois dos países mais ricos do Mundo.
Curiosamente, a vizinha Espanha é o estado mais poupado (65%), logo seguida da Coreia do Sul (67%).
Salário real aumenta 0,3%
Quanto à evolução do trabalho em Portugal, a OCDE prevê uma subida do emprego para este ano de 0,7%, com o desemprego a fixar-se nos 7,6%. Em 2008, a percentagem de desempregados deverá baixar para 7,1%, devido, em parte, a um maior crescimento do emprego: 1%.
No que respeita à remuneração, depois de em 2006 o salário real ter descido 0,7%, este ano os ordenados deverão aumentar 0,3%.
Globalização afecta trabalho
Para a OCDE, «existem algumas evidências» de que, nas últimas décadas, a globalização tem aumentado «tanto as desigualdades dos rendimentos, como a insegurança dos trabalhadores». Realidade que varia consoante a qualificação dos empregados.
Como muitas empresas estão a deslocar para o estrangeiro as fases de produção mais rotineiras, a procura de trabalhadores pouco especializados acaba por baixar.
Por isso mesmo, a OCDE aconselha os governos a aplicarem «pacotes de políticas que abranjam questões reguladoras e de protecção social», apostando no «desenvolvimento de aptidões dos trabalhadores», de modo a prepará-los para «mercados cada vez mais dinâmicos».
Provedor defende pais
O provedor de Justiça emitiu ontem um comunicado, onde defende que «os funcionários públicos que optem por trabalhar a meio tempo para acompanhamento de descendentes menores de 12 anos deverão ver esse tempo de trabalho contado por inteiro para efeitos de aposentação».
Mediante o pagamento dos descontos, Nascimento Rodrigues considera ainda que os pais não devem ser prejudicados na contagem para a antiguidade, progressão e promoção nas carreiras.
O Governo já admitiu que esta discriminação face ao sector privado poderá ser alterada na actual revisão do Código de Trabalho.
João Moniz
Fonte: Destak
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