[u]Governo francês cede e retira polémico Contrato de Primeiro Emprego</u>
Sindicatos e estudantes vão reunir para decidir os próximos passos a dar, depois de dez semanas de contestação através de manifestações
Dois dos principais sindicatos de França declararam-se hoje satisfeitos com a retirada do polémico Contrato de primeiro emprego (CPE), mas reservaram para mais tarde uma reacção às medidas de inserção anunciadas para substituir aquele mecanismo.
[u]O Presidente francês, Jacques Chirac, anunciou hoje de manhã que o CPE foi retirado</u> e será substituído por um mecanismo a favor da inserção profissional dos jovens com dificuldades para entrar no mercado laboral.
As organizações sindicais e de estudantes vão reunir-se hoje à tarde para decidir os próximos passos a dar, depois de dez semanas de contestação através de manifestações muito participadas, duas das quais juntaram entre um e três milhões de pessoas em todo o país.
[u]Maryse Dumas, membro da direcção do principal sindicato francês, a CGT, saudou hoje a retirada do CPE como "um êxito" da "acção convergente dos trabalhadores, dos estudantes e da unidade sindical", em declarações à agência France Presse.</u>
François ChérŠque, líder do outro grande sindicato francês, a CFDT, considerou também que "foi atingido o objectivo" das manifestações - a retirada do CPE -, mas escusou-se a comentar as medidas de inserção hoje propostas pelo Governo até que seja "conhecido o conteúdo pormenorizado da nova proposta de lei".
Dirigentes dos movimentos de estudantes, universitários e do ensino secundário, saudaram igualmente a decisão do Governo mas apelaram para que "se mantenha a pressão" até que o Parlamento vote a nova proposta de lei.
[u] "É uma primeira vitória,</u> decisiva para os estudantes", declarou Bruno Julliard, presidente da Unef, uma das associações estudantis na base dos protestos.
[u]"Mas tencionamos manter a pressão até à votação no Parlamento e queremos mesmo pressionar fortemente ao longo desta semana"</u>, disse, acrescentando que se mantém a jornada de acções de protesto prevista para terça-feira.
Numa breve declaração após o anúncio de Chirac, o primeiro- ministro francês, Dominique de Villepin, lamentou não ter sido "compreendido por todos" quando introduziu o Contrato de Primeiro Emprego (CPE).
Explicando que, com a introdução do CPE, quis "actuar depressa" contra a "situação dramática" do desemprego dos jovens, Villepin considerou, no entanto, que "as condições necessárias de confiança e de serenidade não estão reunidas, nem do lado dos jovens nem do lado das empresas, para permitir a aplicação" da legislação.
O primeiro-ministro prosseguiu afirmando que decidiu, por isso, propor a Jacques Chirac a substituição do artigo 8 da lei de igualdade de oportunidades, artigo que cria o CPE, por medidas a favor da inserção dos jovens no mercado laboral, proposta que foi aceite por Jacques Chirac.
Pergunto, como seria se a mesma medida fosse tentada em Portugal?!
Haveria capacidade de movimentação e contestação suficiente para fazer recuar o governo?
Infelizmente não, penso eu.
Somos demasiado pacíficos, aceitamos com facilidade as coisas e estamos sempre à espera que sejam os outros a resolverem por nós...
Aliás, temos um sentimento especial para gostarmos de sofrer...
Qual a vossa opinião?!
Acham que este exemplo de resistência francesa, servirá para aqui em portugal o povo, ter força para lutar?
Eu penso que não...
Sindicatos e estudantes vão reunir para decidir os próximos passos a dar, depois de dez semanas de contestação através de manifestações
Dois dos principais sindicatos de França declararam-se hoje satisfeitos com a retirada do polémico Contrato de primeiro emprego (CPE), mas reservaram para mais tarde uma reacção às medidas de inserção anunciadas para substituir aquele mecanismo.
[u]O Presidente francês, Jacques Chirac, anunciou hoje de manhã que o CPE foi retirado</u> e será substituído por um mecanismo a favor da inserção profissional dos jovens com dificuldades para entrar no mercado laboral.
As organizações sindicais e de estudantes vão reunir-se hoje à tarde para decidir os próximos passos a dar, depois de dez semanas de contestação através de manifestações muito participadas, duas das quais juntaram entre um e três milhões de pessoas em todo o país.
[u]Maryse Dumas, membro da direcção do principal sindicato francês, a CGT, saudou hoje a retirada do CPE como "um êxito" da "acção convergente dos trabalhadores, dos estudantes e da unidade sindical", em declarações à agência France Presse.</u>
François ChérŠque, líder do outro grande sindicato francês, a CFDT, considerou também que "foi atingido o objectivo" das manifestações - a retirada do CPE -, mas escusou-se a comentar as medidas de inserção hoje propostas pelo Governo até que seja "conhecido o conteúdo pormenorizado da nova proposta de lei".
Dirigentes dos movimentos de estudantes, universitários e do ensino secundário, saudaram igualmente a decisão do Governo mas apelaram para que "se mantenha a pressão" até que o Parlamento vote a nova proposta de lei.
[u] "É uma primeira vitória,</u> decisiva para os estudantes", declarou Bruno Julliard, presidente da Unef, uma das associações estudantis na base dos protestos.
[u]"Mas tencionamos manter a pressão até à votação no Parlamento e queremos mesmo pressionar fortemente ao longo desta semana"</u>, disse, acrescentando que se mantém a jornada de acções de protesto prevista para terça-feira.
Numa breve declaração após o anúncio de Chirac, o primeiro- ministro francês, Dominique de Villepin, lamentou não ter sido "compreendido por todos" quando introduziu o Contrato de Primeiro Emprego (CPE).
Explicando que, com a introdução do CPE, quis "actuar depressa" contra a "situação dramática" do desemprego dos jovens, Villepin considerou, no entanto, que "as condições necessárias de confiança e de serenidade não estão reunidas, nem do lado dos jovens nem do lado das empresas, para permitir a aplicação" da legislação.
O primeiro-ministro prosseguiu afirmando que decidiu, por isso, propor a Jacques Chirac a substituição do artigo 8 da lei de igualdade de oportunidades, artigo que cria o CPE, por medidas a favor da inserção dos jovens no mercado laboral, proposta que foi aceite por Jacques Chirac.
Pergunto, como seria se a mesma medida fosse tentada em Portugal?!
Haveria capacidade de movimentação e contestação suficiente para fazer recuar o governo?
Infelizmente não, penso eu.
Somos demasiado pacíficos, aceitamos com facilidade as coisas e estamos sempre à espera que sejam os outros a resolverem por nós...
Aliás, temos um sentimento especial para gostarmos de sofrer...
Qual a vossa opinião?!
Acham que este exemplo de resistência francesa, servirá para aqui em portugal o povo, ter força para lutar?
Eu penso que não...
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