Tal como no assunto da natalidade ...
Maternidade e como ela é vista pelo país que temos...
Há algo que TODOS, se esquecem, e friso TODOS, porque invariávelmente se vivemos e existimos, a Velhice é uma verdade incontornável para o ser humano.
E facto curioso, se a maternidade pode ainda ser uma opção e ser evitada, o envelhecimento não se evita, EXISTE e sobre isso muitos poucos falam ou têm coragem de abordar o que está mal.
Fica um texto para reflectir.
Maternidade e como ela é vista pelo país que temos...
Há algo que TODOS, se esquecem, e friso TODOS, porque invariávelmente se vivemos e existimos, a Velhice é uma verdade incontornável para o ser humano.
E facto curioso, se a maternidade pode ainda ser uma opção e ser evitada, o envelhecimento não se evita, EXISTE e sobre isso muitos poucos falam ou têm coragem de abordar o que está mal.
Fica um texto para reflectir.
Envelhecer
Apesar de todos caminharmos para lá, o tempo em que vivemos tem mostrado não estar preparado para lidar com as pessoas mais velhas. Corre cada vez mais depressa e tem mais coisas a fazer!
Vive-se hoje mais tempo, mas talvez com menor satisfação e qualidade de vida que antes, quando chegar a certa idade não trazia a solidão, o afastamento da família e dos vizinhos e a necessidade dos lares.
A sociedade e o seu modo de vida têm mudado vertiginosamente nos últimos anos, exigindo grande capacidade de adaptação, nomeadamente em aspectos como a mobilidade laboral, a concentração de emprego nos grandes centros urbanos, a diversidade de horários e a empregabilidade das mulheres.
Estes aspectos alteraram profundamente a forma de viver a última fase da vida, pois os contextos em que os filhos construíam a casa à volta da dos pais, permitindo-lhes um envelhecimento inserido no meio de sempre e rodeado de familiares, têm vindo quase a desaparecer.
Hoje, as alternativas para os mais idosos não são muitas nem boas.
Ou acompanham os filhos na migração para onde há emprego ou melhores oportunidades e passam o dia sozinhos em casa, enquanto a saúde lhes permite, ou se mantêm nas suas casas sem o acompanhamento familiar.
Ou vão para lares, que mesmo quando são bons, são quase sempre um mal menor.
Pior só o abandono total.
Também em termos económicos esta fase da vida é difícil para muitos. A medicina permite viver mais anos e cria mecanismos para que o sofrimento físico não seja tão grande na altura da doença, mas traz também despesas adicionais que grande parte da população mais idosa não tem condições para suportar sem cortar noutros bens essenciais.
Estamos assim perante mais um dos paradoxos criados pelo crescimento económico e pelo Homem na sua interacção com o progresso quotidiano. Conseguiu-se prolongar a esperança média de vida para idades impensáveis há algumas décadas, mas não se sabe bem o que fazer com os anos que se vivem a mais.
João Nazário
Apesar de todos caminharmos para lá, o tempo em que vivemos tem mostrado não estar preparado para lidar com as pessoas mais velhas. Corre cada vez mais depressa e tem mais coisas a fazer!
Vive-se hoje mais tempo, mas talvez com menor satisfação e qualidade de vida que antes, quando chegar a certa idade não trazia a solidão, o afastamento da família e dos vizinhos e a necessidade dos lares.
A sociedade e o seu modo de vida têm mudado vertiginosamente nos últimos anos, exigindo grande capacidade de adaptação, nomeadamente em aspectos como a mobilidade laboral, a concentração de emprego nos grandes centros urbanos, a diversidade de horários e a empregabilidade das mulheres.
Estes aspectos alteraram profundamente a forma de viver a última fase da vida, pois os contextos em que os filhos construíam a casa à volta da dos pais, permitindo-lhes um envelhecimento inserido no meio de sempre e rodeado de familiares, têm vindo quase a desaparecer.
Hoje, as alternativas para os mais idosos não são muitas nem boas.
Ou acompanham os filhos na migração para onde há emprego ou melhores oportunidades e passam o dia sozinhos em casa, enquanto a saúde lhes permite, ou se mantêm nas suas casas sem o acompanhamento familiar.
Ou vão para lares, que mesmo quando são bons, são quase sempre um mal menor.
Pior só o abandono total.
Também em termos económicos esta fase da vida é difícil para muitos. A medicina permite viver mais anos e cria mecanismos para que o sofrimento físico não seja tão grande na altura da doença, mas traz também despesas adicionais que grande parte da população mais idosa não tem condições para suportar sem cortar noutros bens essenciais.
Estamos assim perante mais um dos paradoxos criados pelo crescimento económico e pelo Homem na sua interacção com o progresso quotidiano. Conseguiu-se prolongar a esperança média de vida para idades impensáveis há algumas décadas, mas não se sabe bem o que fazer com os anos que se vivem a mais.
João Nazário
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