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Patrões querem poder despedir sem justa causa

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    Patrões querem poder despedir sem justa causa

    Trabalho
    Confederações negam ter proposto o despedimento por razões ideológicas
    As confederações patronais negaram ter proposto o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, mas defendem o fim da reintegração do trabalhador despedido sem justa causa


    Em comunicado, as confederações do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Agricultura Portuguesa (CAP), da Indústria Portuguesa (CIP) e do Turismo Português (CTP) esclarecem que «nunca propuseram ou sequer advogaram o despedimento por motivos políticos ou ideológicos».

    O que estas entidades representativas dos patrões dizem pretender é «a eliminação da reintegração» do trabalhador, uma medida imposta pelos tribunais, quando consideram que o despedimento ocorreu sem uma justa causa.

    As confederações entendem que «a eliminação da reintegração na lei não contende com a proibição constitucional dos despedimentos sem justa causa».

    No entanto, acrescentam que, «na medida em que alguns defendem que tal proibição impõe necessariamente a reintegração, as confederações patronais pretendem a reformulação do preceito constitucional de molde a que fique clara a inexistência dessa ligação».

    Na quinta-feira, as quatro confederações divulgaram um documento connjunto onde defendem a necessidade de revisão das normas de Direito do Trabalho constantes da Constituição da República, nomeadamente a que garante a segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa.

    «O conceito de justa causa carece de ser redefinido em termos que reflictam uma adequada ponderação e tutela dos interesses de um todo, que é a empresa, com os seus elementos integrantes, em termos de racionalidade e operacionalidad», diz um documento.

    As confederações reivindicam também a revisão do preceito constitucional que confere o direito de exercício da contratação colectiva às associações sindicais.

    A garantia do direito à greve é outra das matérias constitucionais que pretendem ver revistas, de forma a que a possibilidade de paralisação seja circunscrita «à finalidade de defesa dos interesses colectivos profissionais dos trabalhadores directamente implicados» e que só possa ser usada «depois de esgotado o recurso às formas pacíficas de solução de conflitos».

    Os patrões portugueses consideram que a revisão do Código do Trabalho é «uma assinalável oportunidade para introduzir maior flexibilidade no quadro regulador das relações laborais» e contribuir para reduzir os «obstáculos que, desde há muito tempo, se colocam à competitividade das empresas portuguesas».

    Por isso, têm vindo a trabalhar em conjunto para chegarem a uma posição comum sobre a revisão da legislação laboral, que consideram que «imperiosamente tem de ir no sentido da flexibilização».

    Em reacção a esta posição dos patrões, a CGTP considerou hoje uma «arruaça» que vai contra as normas internacionais a sugestão da possibilidade de despedimento por perda de confiança.

    «É uma arruaça do patronato que se tivesse possibilidade de vingar colocaria Portugal a seguir o caminho para o atraso e nos colocaria numa posição idêntica aos países de terceiro mundo», declarou o dirigente da CGTP Joaquim Dionísio.

    Para a CGTP, as propostas do patronato vão «contra a ordem constitucional portuguesa, contra as normas internacionais e contra as próprias normas comunitárias».

    «O princípio da proibição de despedimento sem justa causa existe em toda a Europa, tal como o direito à greve», exemplificou Joaquim Dionísio para justificar o facto de considerar que as porpostas das confederaçõs patronais vão contra normas comunitárias.

    «Depois do 25 de Abril, os patrões vêm mostrar que continuam iguais a si próprios: tentam sacar subsídios ao Estado e explorar até ao limite os trabalhadores», comentou.
    Lusa / SOL

    http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Soc...ntent_id=46315







    .......




    Editado pela última vez por Nthor; 21 July 2007, 14:49.

    #2
    Patrões querem poder despedir sem justa causa
    Primeiro-ministro rejeita qualquer alteração da Constituição



    As confederações do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Agricultura Portuguesa (CAP), da Indústria Portuguesa (CIP) e do Turismo Português (CTP) divulgaram um documento conjunto onde defendem a necessidade de revisão das normas de Direito do Trabalho constantes da Constituição, nomeadamente a que garante a segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa. O assunto foi levado ao debate sobre o Estado da Nação por Francisco Louçã, que questionou o primeiro-ministro José Sócrates sobre as intenções dos patrões.
    "A elite económica entende que, para se ter emprego, é preciso o cartão do PS ou do PSD", apontou, aludindo depois a uma nota de culpa emitida pela administração do Metropolitano de Lisboa a cerca de 80 trabalhadores que estiveram em greve para tirar a seguinte conclusão: "O Governo onde manda, manda o pior autoritarismo".
    José Sócrates caracterizou a intervenção do dirigente do BE como estando "dentro do pior estilo radical e demagógico" e disse desconhecer ainda o documento das associações patronais para facilitar os despedimentos sem justa causa.
    "Mas digo já que não. O Governo não está disponível para rever a Constituição e muito menos para admitir despedimentos por razões políticas e ideológicas", afirmou, acrescentando que, a existir essa posição do patronato, "será uma posição muito reprovável".


    Patrões esclarecem
    Esta sexta-feira, as confederações patronais já negaram ter proposto o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, mas defendem o fim da obrigatoriedade de reintegração do trabalhador despedido sem justa causa e a alteração da regra constitucional para clarificar a situação.
    Em comunicado, a CCP, a CAP, a CIP e a CTP esclarecem que "nunca propuseram ou sequer advogaram o despedimento por motivos políticos ou ideológicos" e explicam que o que pretendem é "a eliminação da reintegração" do trabalhador, uma medida imposta pelos tribunais, quando consideram que o despedimento ocorreu sem uma justa causa.
    As confederações entendem que "a eliminação da reintegração na lei não contende com a proibição constitucional dos despedimentos sem justa causa".
    No entanto, acrescentam que, "na medida em que alguns defendem que tal proibição impõe necessariamente a reintegração, as confederações patronais pretendem a reformulação do preceito constitucional de molde a que fique clara a inexistência dessa ligação".

    http://jn.sapo.pt/2007/07/20/ultimas...espedir_s.html


    Arrastaram o país cada vez mais para o fundo, mas parece que ainda não chega, é preciso garantir que não se volta a erguer .














    Comentário


      #3
      É um fartar vilanagem...

      Mas,... gostava de ver os comentários dos liberais, sobre esta matéria!

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post


        Arrastaram o país cada vez mais para o fundo, mas parece que ainda não chega, é preciso garantir que não se volta a erguer .


        nao foram so eles que arrastaram o pais pro fundo.

        a "nossa" mania de comer e calar, a "nossa" mania de "deixa andar que somos bons e no desenrasca", a "nossa" mania do "estou bem enquanto puder por as culpas noutro", entre muitas outras, deu-lhes luz verde e uma AE bem alcatroada para o fundo.

        pior que haver politicos e "importantes" a querer mandar o pais ainda mais pro fundo, e o povinho EXIGIR ir mais pro fundo!
        basta ver a abstencao em quaisquer eleicoes. os poucos que votam, votam orgulhosamente em criminosos (Felgueiras, Isaltino, Valentim, Portas...), etc etc

        obvio que nao concordo com a ideia da noticia, se bem que concordo que deveria ser mais facil arranjar "justa causa", juntamente com o controlo mais apertado a todos aqueles patroes que acham que vivem no tempo da escravidao.
        no entanto, se isto for pra frente, e sabido que os protestos nao vao passar de uma greve geral...em que a maioria vai pra praia ou pro shopping :S

        Comentário


          #5
          Enquanto as pessoas nao perceberem que a flexibilidade (ou agilidade) nos despedimentos é positiva para a economia, que gera mais emprego e que diminui a precaridade dos empregos, nada feito !

          Comentário


            #6
            Entende-se então que uma economia floresce quando os patrões ditam as regras sem qualquer controlo.

            Depois em consequência disto temos revoluções e movimentos políticos que despedem os patrões sem justa causa mas aí já esta tudo mal porque não é bom para a economia.

            Conclusão, já rebatida noutros tópicos, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio e de justiça para não prejudicar nem os empregadores nem os empregados. Dito.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
              Enquanto as pessoas nao perceberem que a flexibilidade (ou agilidade) nos despedimentos é positiva para a economia, que gera mais emprego e que diminui a precaridade dos empregos, nada feito !
              Bom mesmo eram as 35horas de trabalho, dava para fazer isso tudo sem penalizar quem trabalha e ainda reduzia o desemprego.

              Mas claro que depois as razões de estarmos como estamos, ficavam mais destacadas e isso, bem, digamos que há um pequeno grupo privilegiado que ficaria debaixo de fogo.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                Bom mesmo eram as 35horas de trabalho, dava para fazer isso tudo sem penalizar quem trabalha e ainda reduzia o desemprego.

                Mas claro que depois as razões de estarmos como estamos, ficavam mais destacadas e isso, bem, digamos que há um pequeno grupo privilegiado que ficaria debaixo de fogo.
                O ideal seria ligarem as pessoas a uma algália e a uma sonda podendo descansar apenas 5 ou 6 horas e receberem o ordenado mínimo nacional sem horas extras.

                Comentário


                  #9
                  As economias mais competitivas a nivel mundial têm todas uma coisa em comum: Um código de trabalho flexível... curiosamente o poder de compra das pessoas nesses mesmos países é elevado, o PIB per capita é elevado, as taxas de desemprego são baixas e as taxas de desemprego de longa duração são desprezíveis...


                  Já a outra dizia, não há coincidências...

                  Comentário


                    #10
                    Nos dois documentos o que esta em causa é a obrigatoriedade de reintegração.

                    Convenhamos que depois de uma batalha juridica entre o patrão e o fincionario, não existem mais condiçoes de confiança necessaria para a reintegração.
                    nesse caso deveria existir apenas direito á indeminização se se provar que não existiu justa causa.
                    a reintegração é uma aberração que não serve ninguem

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                      Nos dois documentos o que esta em causa é a obrigatoriedade de reintegração.

                      (...)
                      Por acaso não, o que está em causa é, o fim da segurança do trabalho, a redefinição do conceito de "justa causa" e o fim de justa causa como razão para despedir, o fim do direito à greve ou a sua aplicação em moldes que retirem força a esta forma de reclamar por justiça, uma das poucas formas de demonstrar descontentamento e exigir justiça social.

                      Onde se pode ler:

                      "As confederações do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Agricultura Portuguesa (CAP), da Indústria Portuguesa (CIP) e do Turismo Português (CTP) divulgaram um documento conjunto onde defendem a necessidade de revisão das normas de Direito do Trabalho constantes da Constituição, nomeadamente a que garante a segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa."

                      Fonte citada acima



                      E onde até chegou a ser a ser falado o despedimentos por razões políticas e ideológicas com a desculpa de que "se os trabalhadores se podem despedir porque não concordam com as opiniões políticas do patrão, então o patrão deve ter a possibilidade de os despedir por causa das suas opções políticas e ideológicas" (Cito de cor um dos representantes das confederações em entrevista as televisões).

                      A reintegração até pode ser absurda, mas na situação actual de desemprego de longa duração e com os valores tão baixos dos vencimentos ou das indemnizações dadas em caso de despedimento, não resta outra alternativa a quem trabalha, e isto é que é verdadeiramente absurdo.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                        As economias mais competitivas a nivel mundial têm todas uma coisa em comum: Um código de trabalho flexível... curiosamente o poder de compra das pessoas nesses mesmos países é elevado, o PIB per capita é elevado, as taxas de desemprego são baixas e as taxas de desemprego de longa duração são desprezíveis...


                        Já a outra dizia, não há coincidências...
                        O problema é que a competência dos gestores estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                        Comentário


                          #13
                          Isto da inflexibilidade é uma ilusão.
                          As leis protegem tanto os trabalhadores que por isso anda meio mundo a recibos verdes, que vão para a rua a qualquer instante.

                          Comentário


                            #14
                            Escolha a sua cassete:

                            Cassete Nº 1 - O problema é que a competência dos gestores estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                            Cassete Nº 2 - O problema é que a competência dos operários estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                            Cassete Nº 3
                            - O problema é que a competência dos políticos estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                            La la li, la la la...

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Bolide Ver Post
                              Escolha a sua cassete:

                              Cassete Nº 1 - O problema é que a competência dos gestores estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                              Cassete Nº 2 - O problema é que a competência dos operários estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                              Cassete Nº 3 - O problema é que a competência dos políticos estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.

                              La la li, la la la...
                              La ra li la la.

                              Cantas bem, mas não me alegras.....

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por rjtd21 Ver Post
                                Isto da inflexibilidade é uma ilusão.
                                As leis protegem tanto os trabalhadores que por isso anda meio mundo a recibos verdes, que vão para a rua a qualquer instante.

                                Isso é FALSO............................................. .calúnias que inventam....

                                Comentário


                                  #17
                                  A mim o que me faz confusão é os casos em que uma mulher a recibos verdes engravida. Obviamente vai deixar de trabalhar por uns tempos. Quando volta, já não será para o antigo "patrão".

                                  Se calhar por doença passa-se o mesmo.

                                  Isto é grave porque é ainda mais um factor a influenciar negativamente a fraca natalidade...

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                    O problema é que a competência dos gestores estrangeiros é elevada...em Portugal é miserável na sua maioria.
                                    Independentemente (ou quase) disso, o mercado de trabalho flexivel funciona.

                                    Repara:

                                    1- Maior flexibilidade = Menos contratos a termo
                                    2- Maior flexibilidade = O sucesso passa a estar cada vez mais ligado ao desempenho, uma vez que o trabalhador sente que não pode "encostar" - Maior produtividade.
                                    3- Maior flexibilidade = Mais emprego. O empresário tem menos "medo" de arriscar em contratar trabalhadores.
                                    4- Maior flexibilidade = Melhores Salários. Havendo menos risco em contratar, havendo maior rotação de quadros, havendo maior produtividade, a economia ganha maior dinâmica, logo existe crescimento efectivo de salários.
                                    5- Maior flexibilidade = Menos desemprego e muito menos desemprego de longa duração. A maior rotatividade das pessoas entre postos de trabalho leva a que estejam menos tempo desempregadas. Há mais emprego devido à maior propensão para recrutar...

                                    O Nthor falou nas 35 horas... talvez um dia, após se flexibilizar o sistema...

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                      Independentemente (ou quase) disso, o mercado de trabalho flexivel funciona.

                                      Repara:

                                      1- Maior flexibilidade = Menos contratos a termo
                                      2- Maior flexibilidade = O sucesso passa a estar cada vez mais ligado ao desempenho, uma vez que o trabalhador sente que não pode "encostar" - Maior produtividade.
                                      3- Maior flexibilidade = Mais emprego. O empresário tem menos "medo" de arriscar em contratar trabalhadores.
                                      4- Maior flexibilidade = Melhores Salários. Havendo menos risco em contratar, havendo maior rotação de quadros, havendo maior produtividade, a economia ganha maior dinâmica, logo existe crescimento efectivo de salários.
                                      5- Maior flexibilidade = Menos desemprego e muito menos desemprego de longa duração. A maior rotatividade das pessoas entre postos de trabalho leva a que estejam menos tempo desempregadas. Há mais emprego devido à maior propensão para recrutar...

                                      O Nthor falou nas 35 horas... talvez um dia, após se flexibilizar o sistema...
                                      Mas eu não tenho dúvidas que funcionaria!
                                      O problema é que ainda antes de se flexibilizar o mercado de trabalho, tem de se mudar MENTALIDADES tanto do lado dos trabalhadores como do lado dos patrões!!
                                      Na Europa há muito que isso foi feito...em Portugal...continuamos a aguardar...

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                        Independentemente (ou quase) disso, o mercado de trabalho flexivel funciona.

                                        Repara:

                                        1- Maior flexibilidade = Menos contratos a termo
                                        2- Maior flexibilidade = O sucesso passa a estar cada vez mais ligado ao desempenho, uma vez que o trabalhador sente que não pode "encostar" - Maior produtividade.
                                        3- Maior flexibilidade = Mais emprego. O empresário tem menos "medo" de arriscar em contratar trabalhadores.
                                        4- Maior flexibilidade = Melhores Salários. Havendo menos risco em contratar, havendo maior rotação de quadros, havendo maior produtividade, a economia ganha maior dinâmica, logo existe crescimento efectivo de salários.
                                        5- Maior flexibilidade = Menos desemprego e muito menos desemprego de longa duração. A maior rotatividade das pessoas entre postos de trabalho leva a que estejam menos tempo desempregadas. Há mais emprego devido à maior propensão para recrutar...

                                        O Nthor falou nas 35 horas... talvez um dia, após se flexibilizar o sistema...
                                        A lei actual protege muito os que estão empregados, mas esquece-se de quem não tem emprego.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          Independentemente (ou quase) disso, o mercado de trabalho flexivel funciona.
                                          Claro que funciona, mas onde funciona, gera maior fosso social pela maior instabilidade salarial e laboral.

                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          Repara:
                                          Repara (isto que vou escrever não é novidade nenhuma):

                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          1- Maior flexibilidade = Menos contratos a termo
                                          Vais-me perdoar a franqueza, mas não é assim, talvez num mundo mais utópico (daqueles que eu defendo), por cá recorre-se demasiadas vezes aos recibos verdes ou aos contratos a termo, como forma de não passar as pessoas para os quadros das empresas e se já permissiva como é actualmente a lei, permite este tipo de descalabro, pior seria com uma maior flexibilidade.

                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          2- Maior flexibilidade = O sucesso passa a estar cada vez mais ligado ao desempenho, uma vez que o trabalhador sente que não pode "encostar" - Maior produtividade.
                                          Vou ser franco novamente, a maior produtividade não tem só a ver com uma maior estabilidade profissional ou o "encostar" como lhe chamas, mas com um inovar constante por parte das empresas, em melhores meios de trabalho, em novas tecnologias (e isso não significa comprar só pc's para os gabinetes dos gestores), com a formação constante dos colaboradores e na parceria com as faculdades e com o estado.
                                          Essa formula que enuncias tem um pequeno grande erro, quanto maior a precariedade, menor a produtividade e disso é exemplo a situação actual, quando se compara a situação nacional com outros países, a principal diferença é exactamente a maior precariedade nacional e os baixos vencimentos.

                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          3- Maior flexibilidade = Mais emprego. O empresário tem menos "medo" de arriscar em contratar trabalhadores.
                                          Do que se vê a maioria dos nossos empresários, não tem medo de contratar ninguém e até preferem os de menores habilitações e mais novos, precisamente pq não conhecem os seus direitos e trabalham por muito menos, ainda crentes num futuro promissor que nunca vão ter, ou então trabalhadores ilegais, que seja qual for a situação não piam.


                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          4- Maior flexibilidade = Melhores Salários. Havendo menos risco em contratar, havendo maior rotação de quadros, havendo maior produtividade, a economia ganha maior dinâmica, logo existe crescimento efectivo de salários.
                                          Esta, bem esta é contraditória em si mesma e com a nº 2 e a nº 3, pelas razões já apontadas.


                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                          5- Maior flexibilidade = Menos desemprego e muito menos desemprego de longa duração. A maior rotatividade das pessoas entre postos de trabalho leva a que estejam menos tempo desempregadas. Há mais emprego devido à maior propensão para recrutar...

                                          O Nthor falou nas 35 horas... talvez um dia, após se flexibilizar o sistema...
                                          Pois, talvez se o horário de trabalho fosse mais curto se pudesse reduzir o desemprego e o desemprego de longa duração, aumentar a produtividade, aumentar os vencimentos (não imediatamente claro), melhorar as condições de vida e tornar o país mais rico, mas tb precisávamos de mais empresários conscientes do seu papel essencial na sociedade, mais consciência moral e cívica, bem como políticos que cumpram a sua função de governar o país no interesse das pessoas e não no seu.

                                          Mas como isto já é demasiado utópico, para as próximas décadas, bastava para já as 35 horas, já era um bom avanço civilizacional.




                                          .

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                            As economias mais competitivas a nivel mundial têm todas uma coisa em comum: Um código de trabalho flexível... curiosamente o poder de compra das pessoas nesses mesmos países é elevado, o PIB per capita é elevado, as taxas de desemprego são baixas e as taxas de desemprego de longa duração são desprezíveis...


                                            Já a outra dizia, não há coincidências...
                                            Então comecemos pelo aumento dos vencimentos.
                                            Depois falamos na flexibilidade!

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                              La ra li la la.

                                              Cantas bem, mas não me alegras.....
                                              Em parte tem razão , um dos nosso maiores problemas é a falta de confiança

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por baratowsky Ver Post
                                                Em parte tem razão , um dos nosso maiores problemas é a falta de confiança
                                                Eu sei que ele tem razão.....o problema é que não podemos constantemente andar também a dizer que somos tão bons ou mais que os outros e na prática não demonstrarmos...
                                                O que faz a mais um gestor português para ganhar quase o dobro de um seu congénere alemão? Será o português mais eficiente? Não. Mais honesto? Não. Mais competente? Não.
                                                Então o que justifica tamanha disparidade?

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                                  ...
                                                  O que faz a mais um gestor português para ganhar quase o dobro de um seu congénere alemão? Será o português mais eficiente? Não. Mais honesto? Não. Mais competente? Não.
                                                  Então o que justifica tamanha disparidade?
                                                  Deve-se ao factor risco.

                                                  Trabalhar em Portugal é muito mais arriscado do que na Alemanha. Olha-me só ter que lidar com os Portugueses...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                                    Deve-se ao factor risco.

                                                    Trabalhar em Portugal é muito mais arriscado do que na Alemanha. Olha-me só ter que lidar com os Portugueses...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Nthor Ver Post

                                                      Mas como isto já é demasiado utópico, para as próximas décadas, bastava para já as 35 horas, já era um bom avanço civilizacional.




                                                      .
                                                      Um bom avanço civilizacional era acabar com essas "coisas" todas e o numero de horas, bem como o salario , e tudo o mais ser definido caso a caso, entre o patrão e o funcionario.

                                                      eu se me conheço bem, se para ganhar o que gano bastassem 7 horas por dia, provabvelmnte ia procurar outro sitio para trabalhar outras 7 e ganhar o dobro, por isso....

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                        Um bom avanço civilizacional era acabar com essas "coisas" todas e o numero de horas, bem como o salario , e tudo o mais ser definido caso a caso, entre o patrão e o funcionario.

                                                        eu se me conheço bem, se para ganhar o que gano bastassem 7 horas por dia, provabvelmnte ia procurar outro sitio para trabalhar outras 7 e ganhar o dobro, por isso....
                                                        Isso não faz sentido nenhum, deixa que te diga!

                                                        Então numa mesma função achas correcto que, entre dois funcionários/trabalhadores/colaboradores (ou lá o que lhes quiseres chamar) que sejam equivalentes em prestação, a respectiva remuneração seja negociada entre eles e o patrão? Está-se mesmo a ver (por exemplo...) quem ganharia mais entre a "dotada" menina decotada e de agradável mini saia e o outro funcionário, ainda que ambos produzissem equivalentemente...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                          Um bom avanço civilizacional era acabar com essas "coisas" todas e o numero de horas, bem como o salario , e tudo o mais ser definido caso a caso, entre o patrão e o funcionario.

                                                          eu se me conheço bem, se para ganhar o que gano bastassem 7 horas por dia, provabvelmnte ia procurar outro sitio para trabalhar outras 7 e ganhar o dobro, por isso....
                                                          Ou seja, o patrão iria beneficiar os amigos/afilhados, certo?

                                                          É filho do patrão vai para secretário da administração e ganha 2500€.
                                                          Se não é filho do patrão fica a ganhar 1000€..........

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            «Depois do 25 de Abril, os patrões vêm mostrar que continuam iguais a si próprios: tentam sacar subsídios ao Estado e explorar até ao limite os trabalhadores»


                                                            Está tudo dito!

                                                            Comentário

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