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Russia Reclama vasta Area do Ártico !!

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    Russia Reclama vasta Area do Ártico !!

    Mas não estava deliberado que estas regiões polares eram de investigação cientifica e pertenciam à humanidade ?

    Ou é só no Antártico ?

    Fica a noticia
    Pólo Norte: João Soares considera «razoável» pretensão russa
    O deputado socialista João Soares afirmou hoje à Lusa que a pretensão russa sobre parte do Árctico, que Moscovo considera integrar a sua plataforma continental, é uma «reivindicação razoável», até pela grande tradição que aquele país tem na região polar. Lamentando que Portugal nunca se tenha interessado por expedições no círculo polar Árctico, João Soares, que já efectuou uma viagem ao Pólo Norte, considera que os russos têm «o que de melhor há em termos de investigação» científica polar, tanto no Árctico como na Antártida.
    O deputado português, membro da Assembleia Parlamentar europeia e observador da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), considera que existe um paralelo entre as reivindicações russas e as portuguesas sobre o leito do oceano na Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa, uma das maiores do mundo.
    «São coisas da mesma natureza, mas no caso do Ártico o assunto pressupõe um diálogo internacional aprofundado» no actual contexto internacional de paz«, disse.
    O Ártico, bloqueado pelas camadas de gelo que cobrem grandes extensões do mar polar, sofre uma transformação devida ao aquecimento climático que deixa antever uma utilização económica com a exploração dos recursos naturais ou a abertura da Passagem do nordeste à navegação.
    O Oceano Ártico, que se estende por mais de 14 milhões de quilómetros quadrados, faz fronteira com a Europa, Ásia e América. Comunica a sul com o Oceano Atlântico pelo mar de Barents e o estreito de Fram, e a oeste com o Oceano Pacífico através do estreito de Bering.
    O Ártico está particularmente ameaçado pelo aquecimento climático. Segundo o grupo intergovernamental de especialistas sobre a evolução do clima (Giec), a temperatura média aumentou duas vezes nos últimos 100 anos em relação à subioda média do resto do planeta.
    A exploração mineira que será possível graças ao desaparecimento de uma grande parte do banco de gelo atiça a cobiça de muitos países vizinhos do Ártico: os serviços Geológicos dos Estados Unidos, a Agência governamental científica norte-americana especializada em hidrocarbunetos, calcula que 25 por cento das reservas mundiais de petróleo se encontram a Norte do círculo Polar.
    Este apetite exarcebou-se com a aprovação da Convenção das Nações Unidas sobre o direito do Mar de Montego Bay na zona económica exclusiva no mar (ZEE).
    Esta convenção permite aos países costeiros de um oceano estenderem os seus direitos para a exploração de recursos naturais, minerais, energéticos, biológicos, das actuais 200 milhas para 350 milhas, se esta zona constituir »o prolongamento natural do plateau continental«.
    Os pedidos devem ser depositados perante a Comissão dos limites do plateau continental (CLPC) antes de Maio de 2009.
    A expedição russa »Árctico 2007« visa recordar as intenções de Moscovo sobre o seu controlo desses territórios. O vice-presidente da Duma (câmara baixa do Parlamento russo) Artour Tchilingarov, que dirige a operação, disse que a mesma ajudaria a Rússia a avançar na reivindicação dessas regiões. »O Ártico é nosso e nós devemos mostrar a nossa presença«, declarou.
    Os cientistas esperam poder estabelecer que uma parte do fundo submarino que passa pelo pólo Norte, conhecido pelo nome de »Dorsal Lomonossov«, é na realidade uma extensão geológica da Rússia.
    O batíscafo russo Mir-1 com três ocupantes pousou na quarta-feira, 02 de Agosto, no fundo do Oceano Árctico sob o Polo Norte, a 4.261 metros de profundidade, informou a agência oficial russa Itar-Tass.
    Comandado pelo piloto Anatoli Sagalevich, o mini-submarino tocou o fundo marítimo às 12:08, hora de Moscovo, (09:08 em Lisboa), após quase três horas de imersão na zona das coordenadas a 90 graus de latitude norte.
    No batíscafo (aparelho que permite a deslocação de observadores a grandes profundidades no mar) viajavam, além daquele cientista russo, o vice-presidente da Duma (Câmara baixa do Parlamento russo) e especialista em expedições árcticas e antárcticas, Artur Chilingarov, e o deputado Vladimir Gruzdev.
    »Pousámos suavemente. O solo é de cor amarelada e não se veêm habitantes das profundezas marítimas«, disse Chilingarov, citado pela Itar-Tass.
    O Mir-1 devia aguardar a chegada do Mir-2, pilotado pelo russo Ievgueni Cherniayev, que está acompanhado do cientista australiano Michael Mcdowell e do milionário sueco Friedrick Pausen, que pagou três milhões de dólares (2,1 milhões de euros) para participar na aventura.
    Além de investigações científicas, a expedição procurará provas geológicas de que o leito marinho de uma vasta zona do Polo Norte pertence à Rússia.
    Os cientistas pretendem demonstrar que a cordilheira submarina Lomonósov, que se eleva a 3.700 metros desde o fundo do oceano e vai além do Polo Norte, é a continuação da plataforma continental da Sibéria.
    A zona sobre a qual a Rússia reclama direitos tem uma superfície de 1,2 milhões de quilómetros quadrados e crê-se que terá uma quarta parte das reservas mundiais de hidrocarbonetos. Todos os combustíveis que utilizamos (gás natural, butano, propano, gasolina e gasóleo) são constituídos essencialmente por hidrocarbonetos (composto de carbono e hidrogénio).
    Em 2001, Moscovo depositou um pedido nesse sentido perante uma comissão da ONU.
    Vários outros países nórdicos tentam estender os seus direitos aos recursos marinhos situados para lá da sua ZEE e a imprensa russa recorda que uma expedição norte-americana está a caminho para uma outra zona do Ártico, a dorsal de Gakkel.
    Um outro diferendo económico surgiu recentemente no Ártico devido à fonte dos gelos: a circulção na Passagem do Nordeste, via de navegação que liga o Atlântico ao Pacífico via Ártico, que permite reduzir em um terço o trajecto entre a Europa e a Ásia.
    Esta rota marítima deveria ser aberta em meados do ano 2035. Ora Washington considera que esta passagem, que sinua entre as ilhas canadianas e as águas internacionais, livres à navegação internacional, quando Otava defende a sua »soberania« nessas »suas« águas territoriais.
    Diário Digital / Lusa
    04-08-2007 9:30:00
    Editado pela última vez por Excalibur; 06 August 2007, 12:44.

    #2
    Eles querem é manter outros países afastados para continueram os seus intercambios com aliens em segredo...

    Comentário


      #3
      Os novos Descobrimentos

      São zonas muito "apetecíveis" em termos de recursos energéticos, se calhar é de lá que vai começar o princípio do fim da espécie e do planeta, vulgo 3ªGrande e última guerra do Homo Sapiens

      Comentário


        #4
        Só uma pequena correcção, no titulo do tópico não será reclama, em vez de relama?
        Editado pela última vez por Sniper; 06 August 2007, 12:38.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por jcc Ver Post
          São zonas muito "apetecíveis" em termos de recursos energéticos, se calhar é de lá que vai começar o princípio do fim da espécie e do planeta, vulgo 3ªGrande e última guerra do Homo Sapiens
          Isso jámais irá acontecer.

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            #6
            Originalmente Colocado por andred Ver Post
            Isso jámais irá acontecer.
            Acorda, já estivemos mais longe...

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por andred Ver Post
              Isso jámais irá acontecer.
              Qual o vosso problema com a extinção da especie humana? Já desapareceram tantas por nossa causa, a nossa propria era só mais uma...

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por jcc Ver Post
                Acorda, já estivemos mais longe...
                Estou mais acordado do que tu pensas, mas as nossas ideias acerca deste assunto divergem muito. Eu tenho a certeza absoluta que isso não vai acontecer, mas respeito a tua opinião.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por ^_Sniper_^ Ver Post
                  Só uma pequena correcção, no titulo do tópico não será reclama, em vez de relama?

                  Sim, é isso mesmo, já está corrigido.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Nightwisher Ver Post
                    Qual o vosso problema com a extinção da especie humana? Já desapareceram tantas por nossa causa, a nossa propria era só mais uma...
                    Eu não tenho problema nenhum.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por andred Ver Post
                      Estou mais acordado do que tu pensas, mas as nossas ideias acerca deste assunto divergem muito. Eu tenho a certeza absoluta que isso não vai acontecer, mas respeito a tua opinião.

                      Talvez já nem cá estejamos para ver, lembro-te apenas da célebre crise dos mísseis de Cuba e do que esteve perto de acontecer, quanto ao resto a "imbecilidade" do homem de tudo é capaz. Depois a falsa aparência de amizade entre Russos e Americanos já era, Gorbachev foi no séc. passado.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por jcc Ver Post
                        Talvez já nem cá estejamos para ver, lembro-te apenas da célebre crise dos mísseis de Cuba e do que esteve perto de acontecer, quanto ao resto a "imbecilidade" do homem de tudo é capaz. Depois a falsa aparência de amizade entre Russos e Americanos já era, Gorbachev foi no séc. passado.
                        Eu concordo com o que escreveste agora, e temos a noção de que o planeta está em cima de um barril de polvora. Porque se juntassemos todo o poder bélico que existe, daria para destruir o planeta pelo menos 5x. Mas mesmo assim, a certeza que eu tenho de o planeta e raça humana não irão ser extintos, é extremamente absoluta. Parece contraditório aquilo que eu disse, mas existe uma solução para este problema, ao qual eu tenho confiança absoluta.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por andred Ver Post
                          Parece contraditório aquilo que eu disse, mas existe uma solução para este problema, ao qual eu tenho confiança absoluta.
                          Partilha-a, eu também sou de sonhos apesar de muitas vezes ser Arauto das Desgraças e porque acima de tudo a vontade política dos homens ser apenas para servir uma única causa, subjugar o próximo.

                          Comentário


                            #14
                            A Russia pretende reclamar estas regiões ao abrigo da Convenção da Nações Unidas da Lei do Mar.

                            Para tal estão a desenvolver esforços para provar que a Lomonosov Ridge é uma extensão geológida da Russia.

                            Este era o principal objectivo da Arktika 2007 expedição Russa a bordo do Quebra Gelo Akademik Fedorov que contava com mais de 100 cientistas.


                            Noticia completa:

                            MOSCOW — An expedition aimed at strengthening Russia's claim to much of the Arctic Ocean region reached the North Pole on Wednesday afternoon and immediately began preparations for unloading two mini-submarines that will mark the sea floor with a capsule carrying a Russian flag.
                            The Rossiya atomic icebreaker had plowed a path to the pole through a sheet of multiyear ice, clearing the way for the Akademik Fedorov research ship to follow, said Sergei Balyasnikov a spokesman for the Arctic and Antarctic research institute that prepared the expedition.
                            The voyage, led by polar explorer and Russian legislator Artur Chilingarov, has some scientific goals, including the study of Arctic plants and animals. But its chief aim appears to be to advance Russia's political and economic influence by strengthening its legal claims to the gas and oil deposits thought to lie beneath the Arctic sea floor.
                            "I think that one of the tasks, at least for public consumption, is to put a claim and enlarge our territory by achieving the recognition of the Arctic shelf as a continuation of Russia's Eurasian part," Sergei Pryamikov, director of the international department of the St. Petersburg-based institute, told Russia's RTR Television.

                            In the coming hours, Russian scientists at the pole hope to dive in two mini-submarines to a depth of more than 13,200 feet, and drop a metal capsule carrying the Russian flag onto the sea bed. Balyasnikov said the dive was expected to start Thursday morning and last several hours. Each submarine will carry three people.
                            "For the first time in history, people will go down to the sea bed under the North Pole," Balyasnikov told The Associated Press. "It's like putting a flag on the moon."
                            The symbolic gesture, along with geologic data being gathered by expedition scientists, is intended to prop up Moscow's claims to more than 460,000 square miles of the Arctic shelf — which, by some estimates, may contain 10 billion tons of oil and gas deposits.
                            The expedition reflects an intense rivalry between Russia, the United States, Canada and other nations whose shores face the polar ocean for the Arctic's icebound riches.
                            The U.S. State Department noted that Russia has not yet made public the research allegedly backing its position and said the best available scientific evidence suggests the ridges in question are oceanic by nature "and thus not part of any country's continental shelf."
                            "While the United States remains skeptical, we have not had the opportunity to examine any of the recently obtained data," said Leslie Phillips, a department spokeswoman. "We wish the Russian scientists a safe expedition."
                            Moscow has claimed the polar region since at least the days of the Bolsheviks. It argued in 2002, in an application to the United Nations committee that administers the Law of the Sea, that geological data backed up this claim.
                            The U.N. rejected Moscow's application, citing lack of evidence, but Russia is set to resubmit it in 2009.
                            The U.S. Senate has not yet ratified U.S. accession to the Law of the Sea, which would give Washington a seat on the panel that will consider and eventually rule on the Russian claim.
                            Phillips said the Bush administration would continue to press hard for ratification in order to give the United States a voice on the commission.
                            "The Russians were asking to claim 45 percent of the area of the Arctic Ocean," George Newton, former head of U.S. Arctic Research Commission, said on WAMU 88.5, the leading public radio station for NPR news and information in the greater Washington, D.C., area. "That's significant. With this ability now to mount a more aggressive research program Russia has made efforts to confirm or get additional data that will enable them to resubmit the claim."
                            About 100 scientists aboard the Akademik Fedorov are specifically looking for evidence that the Lomonosov Ridge — a 1,240-mile underwater mountain range that crosses the polar region — is a geologic extension of Russia, and therefore can be claimed by it under the U.N. Convention on the Law of the Sea.
                            The subs will collect specimens of Arctic plants and animals and videotape the dives.
                            The biggest challenge, scientists say, will be for the mini-sub crews to return to their original point of departure to avoid being trapped under a thick crust of ice. "They have all the necessary navigation equipment to ensure safety," Balyasnikov said.
                            Newton, who served 25 years in the U.S. Navy as a submarine officer, said the Russian mini-subs will face dangers, such as a possible change in weather.
                            "The character of the ocean surface, the ice that is on the ocean surface can change dramatically, a storm can arise," Newton told WAMU. "It's not a trivial effort."
                            Denmark hopes to prove that the Lomonosov Ridge is an extension of the Danish territory of Greenland, not Russia. Canada, meanwhile, plans to spend US$7 billion (euro5.11 billion) to build and operate up to eight Arctic patrol ships in a bid to help protect its sovereignty.
                            The U.S. Congress is considering an US$8.7 billion (euro6.35 billion) budget reauthorization bill for the U.S. Coast Guard that includes US$100 million (euro72.96 million) to operate and maintain the nation's three existing polar icebreakers. The bill also authorizes the Coast Guard to construct two new vessels.
                            A senior Russian lawmaker said Wednesday that Moscow also needs to bolster its military forces in the region.
                            Russia "will have to actively defend its interests in the Arctic," Andrei Kokoshin said, according to the Interfax news agency. "There is something to think about on the military side, as well. We need to reinforce our Northern Fleet and our border guards and build airfields so that we can ensure full control over the situation."



                            FOX News



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                              #15
                              Originalmente Colocado por jcc Ver Post
                              Partilha-a, eu também sou de sonhos apesar de muitas vezes ser Arauto das Desgraças e porque acima de tudo a vontade política dos homens ser apenas para servir uma única causa, subjugar o próximo.
                              Respondi por pm.

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                                #16
                                In. Cientifica Portuguesa, que no futuro nos poderá render muito em termos económicos

                                Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                A Russia pretende reclamar estas regiões ao abrigo da Convenção da Nações Unidas da Lei do Mar.

                                Para tal estão a desenvolver esforços para provar que a Lomonosov Ridge é uma extensão geológida da Russia.

                                Este era o principal objectivo da Arktika 2007 expedição Russa a bordo do Quebra Gelo Akademik Fedorov que contava com mais de 100 cientistas.


                                Noticia completa:
                                Repost (mas de boa qualidade!) Excalibur

                                Assunto já abordado no sempre actualizado Tópico dos Combustíveis.

                                http://forum.autohoje.com/showthread.php?t=3195&page=22


                                Mas já que se fala em reclamar extensas áreas marinhas veja-se o excelente exemplo português!


                                "Portugal é o primeiro país do mundo a ter jurisdição sobre uma área superior a 200 milhas náuticas


                                Portugal voltou a desbravar o mar. Tornou-se o primeiro país a ter jurisdição sobre uma área para lá das 200 milhas náuticas, onde o mar é de todos. No novo pedacinho de Portugal, para os lados dos Açores, existem fontes de água quente, a 2300 metros de profundidade, onde a luz do sol nunca chega.

                                Para que quer um país um mundo destes? Porque, entre outras coisas, as fontes hidrotermais são oásis de vida marinha, alguma bem esquisita. Ela adaptou-se a condições extremas, como temperaturas elevadas e um ambiente tóxico, com enxofre, metais pesados, dióxido de carbono ou metano em excesso. Não depende da luz solar e da fotossíntese, mas da síntese que diversas espécies de bactérias fazem de elementos químicos oriundos das fontes hidrotermais, para obterem os nutrientes de que precisam. É nessas invulgares bactérias que assenta a cadeia alimentar: servem de refeição a outros seres vivos, que servem de refeição a outros...

                                Ao adaptarem-se às condições das fontes, bactérias e outros organismos podem ter desenvolvido moléculas úteis à medicina ou à indústria. Na biotecnologia, as fontes hidrotermais do mar profundo são vistas como um mundo admirável, de onde podem sair produtos industriais ou farmacêuticos surpreendentes.

                                Metade da cidade do Porto

                                "Rainbow" é o nome do novo pedaço de Portugal. Situa-se a 40 milhas do limite da zona económica exclusiva (ZEE) dos Açores. A ideia de proteger a riqueza biológica deste campo hidrotermal foi o início de uma história de conquista, em versão pacífica.

                                Portugal começou por propor, em Outubro de 2006, que o Rainbow fosse uma área protegida sob jurisdição portuguesa, no âmbito da Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho no Atlântico Nordeste (OSPAR).

                                Para esta candidatura, entrou em cena a equipa da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), incumbida pelo Governo de provar pela ciência, até 2009, que a parte continental do território português se prolonga mar adentro para lá das 200 milhas da costa (370 quilómetros). Se o provar, Portugal pode esticar-se — mas só pelo leito e subsolo do mar, como estabelece a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), em vigor desde 1994.

                                Mas a EMEPC quis apressar as coisas. Defendeu que o Rainbow fosse já reconhecido, formalmente, como parte da plataforma continental portuguesa, com base na informação científica disponível. "Portugal podia, e devia, exercer sobre ele os direitos previstos na CNUDM — ou seja, direitos de soberania sobre a plataforma continental para exploração e aproveitamento dos recursos naturais", refere uma nota de imprensa.

                                O sim veio no final de Junho, numa reunião dos Estados-membros da OSPAR na Bélgica. Consideraram o Rainbow como área marinha protegida ao abrigo daquela convenção regional e referiram "claramente" que está na "plataforma continental portuguesa alargada, ou seja, dentro da jurisdição nacional", diz a nota.

                                O novo bocado de chão português tem 2215 hectares: uns 4000 campos de futebol ou cerca de metade da cidade do Porto. Simbólico, mas talvez prenúncio de um país que vai crescer muito mais. Assim o espera Manuel Pinto de Abreu, o engenheiro hidrógrafo e oceanógrafo físico que chefia a EMEPC. Desde meados de 2005 que a sua equipa trabalha para alargar o fundo do mar português.

                                Até à ZEE, os países têm direito de explorar o que se encontrar na coluna de água e no fundo do mar. Transpor essa "fronteira", embora já só para o fundo do mar, dá trabalho.

                                Os cientistas têm de reunir uma imensidão de dados (geológicos, geofísicos, hidrográficos...) que provem que a plataforma continental dos seus territórios se prolonga, realmente, para lá das 200 milhas. Portanto, têm de saber onde os fundos marinhos deixam de ter características continentais e já têm características oceânicas. Para encontrar essa transição, usam-se como pistas a morfologia do fundo (um declive acentuado) e a geologia (o fim da continuidade dos materiais geológicos entre a parte emersa e a submersa). O problema, nalguns casos, é que esse limite não é óbvio.

                                O continente vezes 15?

                                Portugal, ilhas incluídas, tem 92.083 quilómetros quadrados e uma ZEE de 1,6 milhões de quilómetros quadrados. Até agora, os dados científicos indicam que Portugal poderá alargar-se em cerca de 240 mil quilómetros quadrados, em redor da ZEE do continente e da Madeira, diz Pinto de Abreu. Tirando os 4000 campos de futebol do Rainbow, os Açores ainda não entram nas contas, porque os levantamentos oceanográficos começaram agora. Está lá o navio Almirante Gago Coutinho e, em Setembro, seguirá o D. Carlos I.

                                No cenário optimista, o fundo do mar português poderá alargar-se em 1,3 milhões de quilómetros quadrados — o que é 14,9 vezes a área de Portugal continental. O cenário menos favorável é o dos 240 mil quilómetros quadrados já prospectados (2,6 vezes a área continental).

                                Agora, os cientistas correm contra o tempo, um esforço que custará, incluindo missões de navios, 15 milhões de euros. Até 13 de Maio de 2009, o processo de extensão da plataforma tem de estar concluído e toda a documentação tem de ser entregue na Comissão de Limites da Plataforma Continental. Se as suas recomendações forem favoráveis, Portugal poderá então exercer o acto de soberania que é fixar os limites do país. Que surpresas reservarão essas novas parcelas às gerações actuais e futuras? Petróleo? Gás? Metais? Recursos genéticos, de fontes hidrotermais ou não?

                                "Há quem diga que a plataforma continental é o novo Tratado de Tordesilhas para Portugal, tal a vastidão da área que pode ficar sob jurisdição nacional. Na União Europeia, Portugal já tem a maior ZEE. Com o alargamento da plataforma, passará a ser dos países com maior jurisdição marítima do mundo", diz o jurista Tiago Pitta e Cunha, que coordenou a estratégia portuguesa para os oceanos.

                                Quando se pergunta qual o significado do Rainbow, Pinto de Abreu sublinha: "É o reconhecimento da jurisdição nacional nessa área, sem sequer termos concluído o processo de extensão da plataforma."

                                O passo seguinte no Rainbow é gerir e regular a investigação e exploração dos recursos. Se os cientistas de outros países quiserem lá ir, têm de comunicar a Portugal. "É normal que partilhem parte do material recolhido", diz Pinto de Abreu. "Quando há um limite traçado, há uma barreira que geralmente é respeitada."

                                A incógnita, agora, é saber onde haverá mais bandeiras com as cores portuguesas no chão do Atlântico."

                                Em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1301438&idCanal=13

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                                  #17
                                  A zona sobre a qual a Rússia reclama direitos tem uma superfície de 1,2 milhões de quilómetros quadrados e crê-se que terá uma quarta parte das reservas mundiais de hidrocarbonetos. Todos os combustíveis que utilizamos (gás natural, butano, propano, gasolina e gasóleo) são constituídos essencialmente por hidrocarbonetos (composto de carbono e hidrogénio).
                                  Eis o prémio final da corrida ao Ártico.

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                                    #18
                                    Glutões

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                                      Eis o prémio final da corrida ao Ártico.

                                      O problema é que a Lomonosov Ridge, faz mais parte da Gronelândia do que da Russia.

                                      O que que significa que ao tentar abrir a caixa de Pandora para as suas pretensões, os Russos vão acabar por atribuir enormes direitos à Gronelândia e ao Canadá, que até ao momento têm estado muito "silenciosos", mas que já deixaram saber que se as pretensões Russas forem consideradas eles irão reclamar os seus direitos.

                                      Ou seja antevê-se disputa de territórios

                                      Mapa e localização da Lomonosov Ridge



                                      http://img515.imageshack.us/my.php?i...ovridgefk2.swf


                                      Esta 2ª Imgem mostra que a ligação da Lomosov Ridge é maior com Groenelandia do que com a Russia.
                                      Editado pela última vez por Excalibur; 07 August 2007, 08:40.

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                                        #20
                                        Cá está o que eu pensava existir, e que se confirma.

                                        Ninguém pode reclamar direitos sobres os Árticos, e o Polo Norte não é excepção.

                                        Under international law, no country owns the North Pole. Instead, the five surrounding Arctic states, Russia, the US, Canada, Norway and Denmark (via Greenland), are limited to a 200-mile economic zone around their coasts.

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                                          #21
                                          E para que possamos compreender melhor o Solo do Ártico, fica o artigo:


                                          Arctic Ocean Floor
                                          The Arctic Ocean has an average depth of 3,950 feet below the surface of the water. Its deepest known spot--about 17,880 feet -- is just north of the Norwegian islands of Svalbard.
                                          The floor of the Arctic Ocean includes the continental shelf and the central basin. The continental shelf is the gently sloping submerged land at the edge of the continents. Most of the continental shelf in the Arctic Ocean lies less than 500 feet below the surface of the water. North of Greenland and North America, the continental shelf extends about 45 to 120 miles from shore. It stretches as far as 1,000 miles from the Russian coast.





                                          An underwater ocean ridge, the LOMONOSOV RIDGE, divides the Arctic Ocean main basin into two sub-basins: the Eurasian (or Nansen) Basin, averages 13,800 ft deep, and the North American (also called the Canadian or Hyperborean) Basin averages 12,500 ft deep. The Lomonosov Ridge, rises about 10,000 feet from the ocean floor. Its length is about 1,100 miles between a point near Ellesmere Island and an area north of the New Siberian Islands. Two other ridges run parallel to the Lomonosov Ridge. The Alpha Ridge rises on the Canadian side of the Lomonosov. The Nansen Ridge lies on the European side.
                                          The ocean also has a deep trench called the Lena Trough. The trench has a depth of 11,500 feet and runs about midway between Svalbard and Greenland.


                                          Fonte: discovery.com, britannica.com

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                                            #22
                                            Uma descrição pormenorizada de uma "expedição cientifica" que já incluiu perfuração do leito Oceânico do Polo Norte.

                                            Vejam que todas as actividades são monitorizadas por Satélites (estes os oficiais, porque outros haverá)

                                            Cliquem na Imagem para direccionar ao Site da Expedição.

                                            http://img178.imageshack.us/img178/2...ingsiteml1.jpg

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                              O problema é que a Lomonosov Ridge, faz mais parte da Gronelândia do que da Russia.
                                              Isso em termos técnicos é muito discutível Exaclibur pois teremos de certeza uma pequena série de topógrafos, cartógrafos, geógrafos, geólogos de todas as áreas técnico/cientificas a afirmar o contrário com dados...

                                              Ou seja antevê-se disputa de territórios
                                              Completa.

                                              os Russos vão acabar por atribuir enormes direitos à Gronelândia e ao Canadá,
                                              Muitas dúvidas, estes países sem ajuda externa não tem capacidade tecnológica/militar para fazer frente ao vizinho do Norte.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                Cá está o que eu pensava existir, e que se confirma.

                                                Ninguém pode reclamar direitos sobres os Árticos, e o Polo Norte não é excepção.
                                                Com uma explosão demográfica a nível mundial principalmente situada nos designados países em vias de desenvolvimento, uma procura cada vez maior de fontes de energia para manter o actual estilo de vida dito Ocidental, uma agricultura cada vez mais mecanizada e massificada nos produtos, alterações climáticas drásticas, tensões geográficas em determinados pontos do globo, como será daqui a 30/40 anos a situação no planeta em termos energéticos...
                                                Editado pela última vez por TURBO; 07 August 2007, 18:20. Razão: Técnicas

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                  E para que possamos compreender melhor o Solo do Ártico, fica o artigo:


                                                  Arctic Ocean Floor
                                                  The Arctic Ocean has an average depth of 3,950 feet below the surface of the water. Its deepest known spot--about 17,880 feet -- is just north of the Norwegian islands of Svalbard.


                                                  The floor of the Arctic Ocean includes the continental shelf and the central basin. The continental shelf is the gently sloping submerged land at the edge of the continents. Most of the continental shelf in the Arctic Ocean lies less than 500 feet below the surface of the water. North of Greenland and North America, the continental shelf extends about 45 to 120 miles from shore. It stretches as far as 1,000 miles from the Russian coast.






                                                  An underwater ocean ridge, the LOMONOSOV RIDGE, divides the Arctic Ocean main basin into two sub-basins: the Eurasian (or Nansen) Basin, averages 13,800 ft deep, and the North American (also called the Canadian or Hyperborean) Basin averages 12,500 ft deep. The Lomonosov Ridge, rises about 10,000 feet from the ocean floor. Its length is about 1,100 miles between a point near Ellesmere Island and an area north of the New Siberian Islands. Two other ridges run parallel to the Lomonosov Ridge. The Alpha Ridge rises on the Canadian side of the Lomonosov. The Nansen Ridge lies on the European side.

                                                  The ocean also has a deep trench called the Lena Trough.

                                                  The trench has a depth of 11,500 feet and runs about midway between Svalbard and Greenland.


                                                  Fonte: discovery.com, britannica.com
                                                  A importânica actual e futura da Antártida em termos energéticos.






                                                  A Última Fronteira
                                                  “Em meados da década de 1990, tornou-se evidentemente claro que as "áreas de fronteira" tinham secado. (…) A indústria havia então coberto o mundo inteiro com campos petrolíferos onshore e offshore – à excepção de duas regiões, o Árctico e a Antárctica, que eram claro fora de alcance e demasiado impraticáveis para qualquer potencial projecto de exploração (assim pensava eu e os meus colegas nessa altura)”
                                                  A.M.Samsam Bakhtiari* - 25.11.06


                                                  Introdução

                                                  A indústria petrolífera internacional cunhou o termo "área de fronteira" para designar as províncias que entraram mais recentemente na sua competição por
                                                  recursos petrolíferos.

                                                  De facto, nas suas olimpíadas quadrienais conhecidas como Congresso do Petróleo Mundial (CPM), a indústria petrolífera costumava fazer um debate
                                                  principal dedicado a enfatizar e rever os últimos desenvolvimentos em tais áreas de fronteira.

                                                  Estas sessões muito especiais eram fascinantes pois davam (numa era pre-Internet) os primeiros rascunhos técnicos das regiões recém descobertas prestes a ser apropriadas pela indústria do petróleo.
                                                  Por isso, elas eram bem concorridas e eu estava entre as legiões de especialistas do petróleo ávidos de receberem os primeiros relatórios sobre as mais recentes províncias de petróleo e gás. Eu lembro-me de nunca faltar a tão cruciais palestras quando eu assistia ao CMP; e, a partir daí, eu coleccionava os panfletos das "sessões" num dossier especial (juntamente com os panfletos do CMP sobre "Reservas de Petróleo Crude" e "Reservas de Gás Natural" – com estas últimas a acabarem no cesto do lixo depois de finalmente ter-me encontrado com o Dr. Colin Campbell e o Sr. Jean Laherrere). Foi nestas sessões de "Fronteiras" que eu primeiro fui informado do Mar do Norte, Alaska e muitas das futuras histórias de sucesso não-OPEP (Oman, Egipto, Cazaquistão, etc) depois de ser convenientemente educado em "petróleo não-convencional" (as Areias Betuminosas do Canadá e o Petróleo Pesado de Orinoco, na Venezuela) e dos múltiplos offshores – primeiro águas rasas, depois águas profundas e finalmente águas ultra-profundas (ex: Golfo do México, Brasil e África Ocidental).

                                                  As Fronteiras secam

                                                  Em meados da década de 1990, tornou-se evidentemente claro que as "áreas de fronteira" tinham secado; consequentemente, as sessões do CMP desapareceram esfumando-se no ar. A princípio o cancelamento das "fronteiras" surpreendeu; mas isso foi, no entanto, uma consequência lógica do inegável facto de que não havia tais áreas que restassem por
                                                  explorar!! A indústria havia então coberto o mundo inteiro com campos petrolíferos onshore e offshore – à excepção de duas regiões, o Árctico e a Antárctica, que eram claro fora de alcance e demasiado impraticáveis para qualquer potencial projecto de exploração (assim pensava eu e os meus colegas nessa altura).

                                                  Reservas de Petróleo Polar

                                                  De acordo com o Dr. Colin Campbell, o especialista mundial de maior prestigio entre os especialistas de "reservas de petróleo", as chamadas reservas de "Petróleo Polar" estão estimadas em uma totalidade máxima de 52 biliões de barris [1] - menos de dois anos de consumo global à taxa actual.

                                                  Adicionalmente, o Dr. Campbell previu que a produção total de "Petróleo Polar" renderia em média cerca de 1 milhão de barris/dia [mb/d] em 2010 crescendo para 2 mb/d em 2020 e eventualmente atingiria um pico a cerca de 2,5 mb/d à volta de 2030 – seguida de um rápido declínio daí em diante.

                                                  A Região Ártica

                                                  Chegando ao fim do século XX, contudo, começou a emergir a ideia que as expectativas que o petróleo polar seria "fora do alcance" eram indevidamente
                                                  optimistas. Pouco depois, o Árctico surgiu no radar da indústria petrolífera e focou os seus interesses.

                                                  Nos últimos anos, tanto a exploração de petróleo como a produção de petróleo no círculo Árctico tornou-se uma realidade - com toda a gente se habituando a essa situação (não há mais olhares incrédulos). Isto foi mais um sintoma esclarecedor de quão desesperada estava a indústria petrolífera de não deixar "pedra por virar" - mesmo nas águas geladas altamente inóspitas do Oceano Árctico. É claro que os custos teriam sido proibitivos à pouco tempo, mas com o crude a atingir os 70 US dólares por barril, eles agora são rapidamente aceites.

                                                  A reserva natural norte-americana, "Arctic National Wildlife Refuge" [ANWR], e a sua área costeira "1002" estão constantemente nas primeiras páginas da imprensa - a última de tais notícias referia-se à aprovação de uma lei na câmara de representantes norte-americana (por uma votação de 225-201) que abria a planície costeira da ANWR à exploração petrolífera [2]. Também no Alaska, o delta do rio Mackenzie e as áreas do mar Chukchi, bacia Hope e bacia Norton estão no processo de serem desenvolvidas.

                                                  Adiante para este, outras áreas procuradas são a "bacia Orphan" (nordeste do Candá) e Gronelândia (seis poços perfurados na baía de South Baffin e um furo vazio que custou 25 milhões de US dólares à "Statoil"). Não esquecendo o Mar de Barentes com o campo de gás de "Snoevhit" (e a sua fábrica de Gás Natural Liquidificado), o campo petrolífero de "Goliat" (com reservas recuperáveis estimadas em 250 milhões de barris) e o campo de gás super - gigante de "Shtokman" (com reservas de 113 Triliões de Pés Cúbicos). Além disso, a Rússia está a desenvolver as cinco fases do projecto da Ilha Sakhalin com parcerias estrangeiras PSA (ExxonMobil e Shell).

                                                  Adicionalmente, o "Circum-Arctic International Consortium" [Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Noruega, Dinamarca e Gronelândia] adjudicaram ao US Geological Survey [USGS] e ao dinamarquês "GEUS" um programa de investigação "para cartografar estratigraficamente o Árctivo e compilar a sua tectónica original e rochas fontes de petróleo" [3] com resultados esperados Para 2007: o “Ano Internacional Polar[AIP].

                                                  A Última Fronteira

                                                  Com o Árctico a ser actualmente explorado, o nosso pequeno planeta fica apenas com uma área de "última fronteira": a Antárctica. Além do continente do gelo do sul, espalhando-se por 14 milhões de km2, tudo mais foi intensamente explorado na esperança de encontrar petróleo e gás natural. Deve ser esperado que o continente gelado continue muito tempo fora de alcance dos "rigs" de petróleo e gás (equipamento de exploração). O Tratado da Antárctica
                                                  (até agora) assinado por 45 países) apela a um "banimento de actividade
                                                  Mineira até ao ano de 2048”. [4]

                                                  E existem boas razões para antever que a exploração de petróleo e gás se prove perigosa na Antárctica, pois a mãe natureza criou condições tão extremas nesta região, que o próprio pensamento de alguém perfurar poços extractivos na sua vasta superfície nos faz abanar a cabeça em descrença. Não só é o mais seco, o mais ventoso (com uma força que chega a um pico de 288 km/hora) e mais frio de todos os continentes, como também é completamente escurecido 24 horas por dia durante o seu longo inverno. E o seu verão austral (desde o começo de Outubro a fins de Fevereiro) somente possibilita uma janela de 2 meses para efectivo trabalho de construção. Assim, apenas os 20 milhões de pinguins do continente e uma mão cheia de outros animais foram capazes de se adaptar às suas condições anti-humanas.

                                                  Deve se estar, também, consciente que perfurar no gelo é um caso muito desajeitado e problemático; com as coisas não ficando mais fáceis nas águas geladas da Antárctica. E nem falemos da extracção, com os seus contínuos imperativos de produção e a longa logística dos pipelines, tanques de armazenamento e transporte por navios-tanque quebra-gelo.

                                                  Mas num mundo sedento por petróleo nada parece impossível – especialmente quando os preços do petróleo explodirem para uma altura estratosférica que é difícil de visualizar hoje mas nos vai deixar exasperando por qualquer preço benigno de 2 digitos.

                                                  Entrando no Pico do Petróleo

                                                  Quer gostemos, quer não, todas as sociedades desenvolvidas estão adictas ao petróleo crude e à miríade de suas derivações. Muitos legisladores estão a tentar colocar o "Pico do Petróleo" no canto mais obscuro das suas mentes (rezando para que ele desapareça) e continuam em estado de negação perante o facto de que o petróleo é insubstituível, excepto possivelmente por energia solar (se se conseguir transforma-la em energia "barata" – agora disponível por uns muito dispendiosos 7.000 ou 10.000 dólares por MegaWatt de produção). Nem o gás natural, nem o carvão podem facilmente se impor como substitutos; quanto às chamadas "energias renováveis", elas apenas podem prover parcelas do bolo energético sem poderem substituir a corrente massiva dominante do consumo de petróleo (ainda provendo cerca de 40% das
                                                  Necessidades energéticas globais).

                                                  Mas, à medida que a produção mundial de crude entra no seu inevitável declínio, nós não podemos excluir a hipótese de que algum executivo da indústria petrolífera tente a sua sorte (contra todo o bom senso) na Antárctica!

                                                  Não vai ser a regulação internacional existente que vai travar quem quer que seja de tentar. E apesar de que apenas os 7 grandes estados participantes no Tratado da Antárctica têm disputas territoriais, ninguém parece estar de acordo enquanto "todas as disputas estão, agora, congeladas... e poucos dos 45 estados signatários as reconhecem e muitos países estão a construir estações próprias à revelia” [5] com cerca de 40 bases nacionais já em operação e outras 19 sendo planeadas (mesmo uma pela pequeníssima Estónia).

                                                  Com um total de população de 4000 pessoas no verão, a Antárctica desce para cerca de 1000 pessoas durante o seu longo e escuro inverno. Também é digno de menção que o número de turistas está a aumentar continuamente e um recorde histórico de 38.000 pessoas é esperado este ano.

                                                  Estradas da Megalomania

                                                  Além do turismo polar, algumas novas estradas começaram recentemente a ser pavimentadas na Antárctica. Primeiramente, a "Auto-estrada do Gelo" de 20 milhões de dólares ligando as estações estado-unidenses de "McMurdo" e "Amundsen-Scott" (no Pólo Sul) está sendo traçada através de 1.632 kms de gelo pelos estado-unidenses (alegadamente para estimular a investigação científica e facilitar o transporte entre estações científicas). Durante os últimos 3 verões, já foram completados uns 680 kms de estrada e estão a ser feitos planos para construir um cabo de fibra óptica ao longo da "Auto-estrada" para transferir informação entre as duas bases. Em segundo lugar, os australianos estão nos últimos acabamentos da sua novíssima "Pista do gelo" de Wilkins, de 46 milhões de dólares, que se estende por 4 kms para permitir voos internacionais lá para 2007. Em terceiro lugar, estão a ser desenhadas e construídas novas estações polares, sofisticadas, com tecnologia "state-of-the-art" (expressão anglófona que significa a melhor tecnologia possível actual) para se tornarem habitantes permanentes na paisagem da Antárctica. A base britânica "Halley VI" está a ser montada em quatro "compartimentos de 60 toneladas" que funcionam como esquis para a base inteira que está completamente equipada "com quartos, laboratórios e armazéns, assim como ginásios, um sauna, sala de jogos, uma parede de escalada e uma sala em se pode cultivar frutos frescos e vegetais com água enriquecida de nutrientes," [6] que podem ser deslocados no gelo ao contrário das cinco bases antecessoras que eram fixas logo destinadas a ser por fim sacrificadas (devido aos movimentos maciços da placa de gelo) e deixadas a apodrecer na superfície gelada. Em quarto lugar, a Austrália decidiu recentemente reivindicar os 5,6 milhões kms quadrados da crosta continental da massa territorial da Antárctica (cerca de 40% do território, claramente a fatia de leão) tendo em vista possíveis futuros desenvolvimentos. Esta cartada estratégica poderá vir a ser vista no futuro como uma decisão sábia e atempada de facto.

                                                  Encontro Consultivo

                                                  Entre 12 e 23 de junho de 2006, uns 300 delegados de 45 países reuniram-se em Edimburgo para participar no 29º Encontro Consultivo do Tratado da Antárctica [ECTA]. Entre outras coisas no encontro, foi aprovado o "Regulamento para Visitantes de Lugares na Antárctica" (depois de sete anos de negociações) e um delegado sabiamente disse que: "os assuntos que afectam a Antártica reflectem-se no resto do mundo”. [7]

                                                  Em outro evento paralelo, o senador australiano Barnaby Joyce, chegado da sua visita de 4 semanas à Antárctica, causou furor ao declarar: "a Austrália devia começar a explorar os recursos minerais que reivindica para si antes que outros países cheguem primeiro" [8] justificando que: "o desejo de todos pode ser de deixar a Antárctica como uma reserva de vida selvagem, mas a realidade é que não vai ser deixada intacta e inexplorada.

                                                  Ali há recursos, eles vão ser explorados.

                                                  É mesmo assim que funciona o mundo…

                                                  As pessoas vão estar sempre à espreita para apanhá-los...

                                                  Uma vez que se torne economicamente suportável para as pessoas o fazerem na Antárctica, elas vão simplesmente fazê-lo, quer haja ou não um acordo implementado”. [9]

                                                  Isso tudo pode parecer bastante pessimista, mas no entanto é muito realista também! Felizmente a questão da suportabilidade financeira vai ajudar a atrasar os primeiros passos de desenvolvimentos para adiante no futuro. Mas um dia a corrida pelo "ouro" da Antárctica pode mesmo acontecer. Aí, a responsabilidade geral da Austrália na gestão e regulamentação das coisas naquela região pode ser de importância crucial para o continente gelado – possivelmente mais alta que a sua alta fatia do bolo de recursos…

                                                  Em apenas 5 anos, o mundo vai celebrar o Centenário da conquista do Polo Sul pelo herói norueguês, o pioneiro Roald Amundsen (1872-1928) e recordar mais uma vez a tragédia que sofreu o Capitão Robert Scott (1868-1912) e os seus corajosos companheiros no regresso da expedição ao "Último Lugar na Terra”. [10]

                                                  Ao longo do último século, o "Último Lugar" do planeta tem vindo a transformar-se gradualmente na "Última Fronteira" da humanidade - um facto que nem Amundsen nem Scott poderiam imaginar enquanto combatiam os elementos (naturais) na sua última caminhada rumo ao objectivo polar.

                                                  Em 1987 a consciência do mundo levantou-se para o desafio da "Depleção do Ozono" ao longo da Antárctica e estabeleceu devidamente o Protocolo de Montreal [11] conseguiu impor uma abolição bem sucedida dos CFCs.

                                                  Agora, duas décadas depois de Montreal, nós ficamos a pensar se a humanidade não ficaria melhor deixando a "Última Fronteira" para os seus milhões de pinguins, colocando aquela região deliberadamente "fora dos limites" logo tentando agradar ao Todo Poderoso Deus - que não precisa das nossas graças, mas que se agrada com um toque de humildade. A questão final continua a ser se o Homo Sapiens chegou finalmente a um estado de sabedoria que o vai permitir tomar uma decisão tão crucial?

                                                  Decisões nas quais a sobrevivência humana no planeta pode no final das contas depender!

                                                  Quanto à sobrevivência do planeta, James Lovelock (o pai da "Teoria Gaia") sentenciou: "Salvar o planeta? Nós não podemos salvar o planeta. Nós nunca pudemos."

                                                  Notas:
                                                  [1] Veja a "ASPO Newsletter 66" (May 2006) para as últimas estimativas emitidas pelo Dr Campbell sobre “petróleo polar”.
                                                  [2] A Câmara de deputados passou esta lei pela "décima vez" [!] de acordo com o sítio web da “ANWR” http:// www.anwr.org/.
                                                  [3] Em “AAPG Explorer” (emitido em Novembro de 2004) p. 6.
                                                  [4] Barbie Dutter, "Antarctic Cold Rush raises fears for last great wilderness", The Daily Telegraph (4 de Junho de 2006)
                                                  [5] Andrew Darby, "March of the building workers threatens Antarctica", Syddney Morning Herald (18 de Abril de 2006)
                                                  [6] Catriona Davis, "New job, Day one", "The Daily Telegraph" (15 de Maio de 2006).
                                                  [7] Veja o sítio web do “ETCA” em http://www.atcm2006.gov.uk/
                                                  [8] Barbie Dutter, ref. [4] acima
                                                  [9] Ibidem.
                                                  [10] Tomado do título do bestseller de de 1999 Roland Huntford.
                                                  [11] O "Secretariado do Ozono" do programa ambiental das Nações Unidas [UNEP] pode ser encontrado em http://ozone.unep.org/

                                                  *quadro superior (recentemente reformado)da Iranian National Oil Company, actualmente consultor da indústria petrolífera

                                                  Tradução de Luís Rocha
                                                  Em http://odiario.info/articulo.php?p=105&more=1&c=1

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    "As reivindicações argentina, britânica e chilena sobrepõem-se. A Austrália tem a maior reivindicação de território na Antártica. Os Estados Unidos da América e a Rússia não reconhecem nenhuma reivindicação territorial na Antártica, e reservaram-se o direito de fazer suas próprias reivindicações.

                                                    A Alemanha também manteve uma reivindicação chamada Nova Suábia, entre 1939 e 1945. Ela estava situada entre 20°E e 10°W, sobrepondo a reivindicação da Noruega."

                                                    Em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtica

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Kerem é dar cabo do resto do Planeta!!!

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por andred Ver Post
                                                        Respondi por pm.
                                                        Podes responder para mim também?

                                                        Estou curioso, e faço fé que tenhas razão.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Baiones Ver Post
                                                          Podes responder para mim também?

                                                          Estou curioso, e faço fé que tenhas razão.
                                                          Respondido.


                                                          Jcc, mais tarde vou responder ao teu comentário, porque agora não tenho muito tempo. Não me esqueço.

                                                          Um abraço aos 2.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Pólo Norte
                                                            10-08-2007 19:47
                                                            Canadá cria base militar para reforçar soberania


                                                            O Canadá anunciou hoje a criação de uma base militar no Árctico para reforçar a reivindicação da soberania canadiana naquela região do Pólo Norte.

                                                            O anúncio foi feito pelo Primeiro-ministro federal, Stephen Harper, em Resolute, território árctico canadiano do Nunavut, durante a visita que está a realizar àquela zona geográfica e cuja intenção é afirmar a soberania do país nestas águas.

                                                            A futura base militar das forças armadas canadianas será um porto de águas profundas, que ficará localizado em Nanisivik, junto à Passagem do Noroeste, zona que é disputada pela Rússia, Estados Unidos, Japão e a União Europeia.

                                                            Ainda no campo militar, Harper deu a conhecer que será construído um centro de treino militar na Baía de Resolute, em Nunavut.

                                                            No entender do Primeiro-ministro canadiano, a edificação destes dois postos militares no Árctico ajudarão a reforçar as pretensões canadianas dos direitos sobre a Passagem do Noroeste.

                                                            A deslocação de Harper ao Árctico segue-se à expedição realizada há uma semana por cientistas russos, durante a qual foi colocada uma bandeira russa a 4.261 metros de profundidade nas águas deste oceano, simbolizando o seu direito a uma zona rica de petróleo e gás.

                                                            A Dinamarca deu entretanto a conhecer que no fim-de-semana enviará igualmente uma expedição ao Árctico, com a finalidade de provar que a cordilheira Lomonósov é uma extensão da Gronelândia, o que a coloca na corrida para reclamar a mesma região do Pólo Norte

                                                            Em http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=54&Cont entId=215817

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