Certo dia, no ano 800, o torvelinho abateu--se sobre a cidade maia de Cancuén. O rei Kan Maax teria previsto que se avizinhavam problemas, pois tentara improvisar fortificações amuralhadas em redor do seu palácio de 200 quartos. Não as concluiu a tempo, porém.
Num ápice, os atacantes entraram no coração ritual de Cancuén. A velocidade do ataque ainda hoje é evidente: projectos de construção ficaram inacabados, jazendo em pilhas derrubadas; monumentos de pedra, com esculturas por terminar, juncavam os caminhos; vasos e tigelas foram dispersos pela cozinha do palácio.
(...)
Enquanto Cancuén se desmoronava, os governantes da grande cidade-estado de Tikal construíam estruturas cerimoniais. Passados 30 anos, porém, a população de Tikal começou também a diminuir de forma acentuada. As inscrições do último monumento datado da cidade são de 869. Por volta do ano 1000, o período clássico chegara ao fim. Desde que os exploradores do século XIX começaram a descobrir “cidades perdidas” em Petén, uma pergunta tem fascinado os especialistas: como foi possível esta dissolução de uma das mais brilhantes civilizações do mundo antigo? A princípio, as conjecturas centraram-se na hipótese da catástrofe súbita – como uma erupção vulcânica, um sismo ou um terrível furacão. A causa poderia igualmente ter sido uma doença misteriosa, a exemplo da peste negra da Europa medieval ou da varíola que dizimou as populações nativas americanas no início da época colonial. Hoje, contudo, os investigadores abandonaram estas teorias que atribuem a causa a um único acontecimento – uma vez que a queda se prolongou durante pelo menos 200 anos. “Não existe um factor singular em relação ao qual todos concordem”, diz Prudence M. Rice, da Universidade de Illinois do Sul.
http://www.nationalgeographic.pt/art...jsp?id=1367054
Num ápice, os atacantes entraram no coração ritual de Cancuén. A velocidade do ataque ainda hoje é evidente: projectos de construção ficaram inacabados, jazendo em pilhas derrubadas; monumentos de pedra, com esculturas por terminar, juncavam os caminhos; vasos e tigelas foram dispersos pela cozinha do palácio.
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Enquanto Cancuén se desmoronava, os governantes da grande cidade-estado de Tikal construíam estruturas cerimoniais. Passados 30 anos, porém, a população de Tikal começou também a diminuir de forma acentuada. As inscrições do último monumento datado da cidade são de 869. Por volta do ano 1000, o período clássico chegara ao fim. Desde que os exploradores do século XIX começaram a descobrir “cidades perdidas” em Petén, uma pergunta tem fascinado os especialistas: como foi possível esta dissolução de uma das mais brilhantes civilizações do mundo antigo? A princípio, as conjecturas centraram-se na hipótese da catástrofe súbita – como uma erupção vulcânica, um sismo ou um terrível furacão. A causa poderia igualmente ter sido uma doença misteriosa, a exemplo da peste negra da Europa medieval ou da varíola que dizimou as populações nativas americanas no início da época colonial. Hoje, contudo, os investigadores abandonaram estas teorias que atribuem a causa a um único acontecimento – uma vez que a queda se prolongou durante pelo menos 200 anos. “Não existe um factor singular em relação ao qual todos concordem”, diz Prudence M. Rice, da Universidade de Illinois do Sul.
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Fonte da imagem
A região central do continente americano foi varrido por convulsões sociais, os reis foram executados junto com as famílias, o tecido social desmorona-se, linhas de comercio são interrompidas.
Alguns exploradores encontram paralelismos com a convulsão causada no mundo ocidental depois da revolução francesa, mas a única certeza é que a estrutura social foi virada do avesso.
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