Anúncio

Collapse
No announcement yet.

A Coragem !!

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    A Coragem !!

    A Coragem que falta a alguns.

    A Coragem de quem estando de bem com a vida, tem a audácia e hombridade, de fazer algo por si e pelos outros.

    A Coragem de quem na hora certa e momento certo disse basta.


    Um exemplo da História.


    Erwin Rommel




    Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais conspiradores, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em 14 de Outubro de 1944.

    Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também sua família a ser confinada em um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.

    Quinze minutos depois estaria morto.

    Seu funeral foi celebrado em 18 de Outubro de 1944 com as mais altas honrarias militares do III Reich e, oficialmente sua "causa mortis" foi anunciada como efeito dos ferimentos que recebera meses antes.

    Seus restos mortais, depois de cremados foram sepultados em Herrlingen, Alemanha, no cemitério próximo de sua casa. Sua família não foi perseguida após sua morte. Um dos seus filhos chegou ao cargo de presidente da câmara (Bürgermeister) da cidade de Estugarda (Stuttgart).
    Erwin von Witzleben

    Em 1944, Witzleben foi a figura chave da tentativa de assassinar Hitler no atentado de 20 de julho, na Toca do Lobo, planejado por Claus von Stauffenberg.

    Como Marechal, ele assumiria o Comando Supremo de todas as forças militares. Com o fracasso do golpe, Witzleben foi preso em Berlim em 20 de julho de 1944, quando se preparava para assumir o comando das tropas dos conspiradores.

    Foi, então, expulso do Exército por uma Corte Marcial estabelecida para julgar os militares envolvidos no golpe.

    Em 7 de agosto de 1944, Witzleben foi condenado pelo juiz nazista Roland Freisler à pena de morte. No dia seguinte, na prisão de Plötzensee, em Berlim, foi enforcado com uma corda de piano, sendo a execução filmada para posterior projeção para Hitler.


    Claus von Stauffenberg


    Foi um dos principais articuladores do mal sucedido atentado a bomba contra Hitler em 20 de Julho de 1944, que tentou remover o líder nazista do poder.

    A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" ("Wolfsschanze", em alemão), situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn), junto à aldeia à época chamada Görlitz (e hoje Gierłoż) na Prússia Oriental, atual território da Polônia.

    O mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim, como os Generais Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben, Fromm, Coronel Mertz e o Tenente Häften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.
    Friedrich Olbricht

    Erich Hoepner

    Erich Fromm

    Mertz von Quirnheim

    Wener von Häften


    Continua ...
    Editado pela última vez por Excalibur; 30 September 2007, 20:22.

    #2
    Continuação ...

    Traduzido de
    The Rise and Fall of the Third Reich
    de William L. Shirer

    Stauffenberg era um homem de uma largueza de espírito rara num militar de carreira. Nasceu em 1907 e descendia de uma velha familia aristocrática do sul da Alemanha, profundamente cató1ica e muito culta. Dotado de magnífica saúde fisica e, segundo todos os que o conheceram, de beleza impressionante, Klaus von Stauffenberg adquiriu um espírito brilhante, curioso e admiravelmente equilibrado. Durante algum tempo acariciou a idéia de dedicar-se A música, depois à arquitetura; mas, aos dezenove anos,entrou como cadete no exército e, em 1936, foi admitido na Escola de Guerra de Berlim. Monárquico de coração, como a maioria dos homens da sua classe, não se opôs, naquele tempo, ao regime nacional-socialista. Foram, ao que parece, os pogroms de 1938 que semearam no seu espírito as primeiras dúvidas, as quais aumentaram quando viu o Führer, no verão de 1939, empurrar a Alemanha para uma guerra que poderia ser longa, terrivelmente custosa em vidas humanas, e, finalmente, perdida.

    Não obstante, quando chegou a guerra, atirou-se a ela com a sua caracteristica energia. Mas, na Rússia, Stauffenberg perdeu as últimas ilusões sobre o Terceiro Reich.

    0 inútil desastre de Stalingrado fê-lo cair doente. Imediatamente depois, em fevereiro de 1943, pediu para ser enviado à frente da Tunísia. Mas a 7 de abril o seu automóvel foi pelos ares num campo de minas e Stauffenberg ficou gravemente ferido. Perdeu o olho esquerdo, a mão direita e dois dedos da mão esquerda. Durante sua convalescença teve tempo de refletir, e chegou à conclusão de que, apesar de mutilado, tinha uma missão a cumprir.

    "Creio que devo fazer alguma coisa para salvar a Alemanha" - disse à sua mulher, a Condessa Nina, mãe dos seus quatro filhos, que fora vê-lo no hospital. - "Nós, oficiais do Alto Estado-Maior, temos todos que assumir nossa parcela de responsabilidade."

    Em fins de setembro de 1943 estava de regresso a Berlim, no Comando-Geral do exército. Comegou a exercitar-se imediatamente, servindo-se de pinças, para por em funcionamento uma bomba inglesa da Abwehr com os três dedos da mão que lhe restava. Fez mais ainda. Sua dinâmica personalidade, a clareza da sua inteligência, seu profundo catolicismo e seu notável talento de organizador infundiram aos conspiradores uma nova vida e uma determinação maior.

    Os conspiradores não tinham nas suas fileiras qualquer marechal da ativa. Fez-se uma proposta ao Marechal Von Rundstedt, que comandava as tropas do setor ocidental, mas ele recusou-se a faltar ao juramento de fidelidade ao Führer. 0 brilhante mas oportunista Marechal Von Manstein deu idêntica resposta.

    Tal era a situação em princípios de 1944, quando um marechal, muito ativo e muito popular, prestou ouvidos aos conspiradores, sem que Stauffenberg o soubesse de inicio. Era Rommel e a sua participagdo na conjura contra Hitler surpreendeu imenso os chefes da resistência. Mas, na França, Rommel tinha-se dedicado a freqüentar dois dos seus velhos amigos, o General Von Falkenhausen, governador militar da Bé1gica e do Norte da França, e o General Karl Heinrich von Stülpnagel, governador militar da França. Estes dois generais já faziam parte da conspiração anti-hitlerista e, pouco a pouco, puseram-se ao corrente das suas atividades nesse terreno. Depois de algumas hesitações, Rommel aceitou:

    "Creio - disse-Ihes -, que é meu dever ir em socorro da Alemanha."

    E agora que se aproximava o verão decisivo de 1944, os conspiradores compreendiam a necessidade de atuar com urgência. 0 Exército russo estava quase nas fronteiras da Alemanha, os Aliados preparavam-se para langar uma operação de grande envergadura nas costas francesas do canal; na Itália, a resistbncia alemã caia por terra. Se queriam obter uma paz qualquer, que evitasse A Alemanha esmagamento e ruína totais, precisavam desembaraçar-se o mais depressa possível de Hitler e do regime nazista.

    Em Berlim, Stauffenberg e seus conjurados tinham, enfirn, os planos prontos. Reuniram-nos sob o nome convencional de "Valkiria", termo apropriado, já que as valquírias são, segundo a mitologia nórdica, formosas mas terrívels jovens, que pairam sobre os campos de batalha para elegerem os que devern morrer. No caso presente, era Adolf Hitler quem devia desaparecer. Não deixa de ser irônico que o Almirante Canaris, antes de
    cair em desgraça, desse ao Führer a idéia de um Plano Valkiria, destinado a garantir, pelo exército do interior,
    a seguranga de Berlim e das restantes grandes cidades, no caso de uma insurreição dos milhões de trabalhadores estrangeiros que viviam maltratados nestes centros. Tal insurreição era muito improvável - na realidade era impossível -, pois os trabalhadores não estavam armados nem organizados; mas o Führer, muito desconfiado naquela época, via o perigo espreitar por todos os lados e, como quase todos os soldados válidos estavam ausentes do país, fosse na frente, fosse nos territórios ocupados, aceitou facilmente a idéia de que o exéreito do interior garantisse a seguranga do Reich contra as hordas dos trabalhadores forçados. Deste modo, a Operação Valkiria chegou a ser uma verdadeira cobertura para os conspiradores militares, permitindo-thes elaborar quase à luz do dia planos para que o exército do interior cercasse a capital e algumas cidades como Viena, Munique e Co1ônia, no próprio momento em que Hitler fosse, assassinado.

    Em Berlim, a principal dificuldade residia no fato de que dispunham de muito poucas tropas e as formações SS eram muito mais numerosas. Havia também número considerável de unidades da Luftwaffe no próprio interior da cidade e nos arredores, que serviam as defesas antiaéreas. Estas tropas, a não ser que o exército agisse rapidamente, continuariam fiéis a Goering e lutariam por salvar o regime nazista e colocá-lo sob a autoridade do seu chefe, mesmo se Hitler tivesse morrido.

    Frente A força das SS e das tropas da aviação, Stauffenberg só contava com a rapidez das operações para assegurar o controle da capital. As duas primeiras horas seriam as mais críticas. Neste breve espaço de tempo, as tropas sublevadas deveriam ocupar e defender a central da rádio nacional e as duas emissoras da cidade, as centrais telegráficas e telefônicas, a Chancelaria do Reich, os ministérios e os quartéis-generais da Gestapo. Goebbels, o único alto dignitário nazista que raramente saía de Berlim, deveria ser preso com os oficiais SS. Logo que Hitler tivesse morrido, seu quartel-general de Rastenburg seria isolado da Alemanha, para que nem Goering, nem Himmier, nem qualquer dos generais nazistas, como Keitel e Jodl, pudessem tomar o comando e tentassem incorporar a polícia ou as tropas num regime nazista onde só o chefe tivesse mudado. O General Fellgiebel, chefe das transmissões, cujo gabinete se encontrava no quartel-general, encarregou-se desta missão. Os planos, pois, estavam prontos.

    Em fins de junho, os conspiradores tiveram uma cartada a seu favor. Stauffenberg foi promovido a coronel e nomeado chefe do Estado-Maior do General Fromm, comandante-chefe do exército do interior. Este posto não só lhe fornecia a possibilidade de dar ordens àquele exército em nome de Fromm, como ainda the permitia aproximar-se de Hitler: Este último, com efeito, adquirira o costume de convocar o chefe do exército do interior, ou o ajudante, para seu quartel-general, duas ou três vezes por semana, para lhe pedir novos reforços destinados às divisões dizimadas que lutavam na frente russa. Stauffenberg pensava fazer explodir a bomba numa destas entrevistas.

    Na tarde de 19 de julho, Hitler convocou Stauffenberg para Rastenburg. Devia fazer seu relatório durante a primeira conferência quotidiana, que teria lugar no quartel-general do Führer, no dia seguinte, 20 de julho, A uma da tarde. Os oficiais que ocupavam os postos mais importantes na guarnição de Berlim e arredores foram avisados de que 20 de julho seria "Der Tag", o grande dia.

    Pouco depois das 6h da cálida e ensolarada manhã de 20 de julho de 1944, o Coronel Stauffenberg, acompanhado do seu ajudante, o Tenente Von Haeften, dirigiu-se para Rangsdorf, o aeroporto de Berlim. Na pasta completamente cheia, entre os documentos e envolvida numa camisa, levava uma bomba com detonador retardado. O aparelho levantou voo e, pouco depois das 10h, aterrissaria em Rastenburg. Haetten deu ordem ao piloto para que estivesse preparado para decolar, de regresso, a qualquer momento depots do meio-dia.

    Uma viatura do Estado-Maior conduziu o grupo ao quartel-general de Wolfsschanze (Toca do Lobo), situado num rincão sombrio, (úmido e cheio de bosques, da Prússia Oriental.

    Não se tornava fácil entrar nem sair dali, observou Stauffenberg. O quartel-general era composto de três recintos, protegidos cada um deles por campos de minas, redutos de concreto e arame farpado eletrificado; noite e dia faziam ronda patrulhas de fanáticos SS. Para entrar no seu interior, severamente guardado, onde vivia e trabalhava Hitler, até o general de maior graduação tinha que apresentar um salvo-conduto especial, válido para uma só visita e sofrer uma inspeção individual. Não obstante, franquearam facilmente os três controles.

    Stauffenberg foi imediatamente ver o General Fellgiebel, chefe das transmissões no OKW, um dos eixos principais da conjura, para assegurar-se de que o general estava disposto a transmitir sem demora as notícias, do atentado aos conspiradores de Berlim, com o objetivo de entrarem imediatamente em ação. Nesse momento Fellgiebel isolaria o quartel-general do Führer, cortando todas as comunicações telefônicas, telegráficas e radiofônicas. Ninguém se encontrava mais capacitado para fazê-lo do que o chefe da rede de comunicações do OKW, e os conjurados estavam muito satisfeitos por tê-lo conquistado para sua causa. Era indispensável ao êxito da conspiração.

    Depois, Stauffenberg dirigiu-se para o departamento do Keitel, pendurou o chapéu e o cinturão na antecâmara e entrou no gabinete do chefe do OKW. Soube, por ele, que seria necessário atuar ainda mais rapidamente do que o previsto. Passava já do meio-dia quando Keitel o informou de que Mussolini chegava no trem das 2h 30min da tarde, e que a reunião diária do F0hrer seria antecipada: teria lugar As 12h 30min em vez da l h, como habltualmente.

    Stauffenberg fez a Keitel o resumo daquilo que se propunha dizer a Hitler; e, ao final da sua exposição, notou que o chefe do OKW olhava para o relógio com impaciência. Alguns minutos antes das 12h 30min, Keitel levantou-se dizendo terem que se dirigir imediatamente A conferência, para não chegarem atrasados. Saíram do gabinete; Stauffenberg, porém, com o pretexto do que se esquecera do chapéu e do cinturão na antecâmara, deu rapidamente meia volta, antes de Keitel ter tempo para mandar o ajudante buscá-los.

    Na antecâmara, Stauffenberg abriu com rapidez a pasta, tirou uma pinça com os três dedos de que dispunha e arrancou a cápsula. Se não se verificasse uma nova falha no mecanismo, exatamente dez minutos depois a bomba explodiria.

    Keitel, tão brutal com os subordinados como adulador com os superiores, irritou~se com este atraso e voltou-se, gritando a Stauffenberg que se apressasse.

    No entanto, como Keitel temia, chegaram atrasados. A conferência já começara. No momento em que Keitel e Stauffenberg entravam no barracão, o segundo parou um instante no vestíbulo, para dizer ao sargento encarregado da central telefônica que esperava uma chamada urgente de Berlim, do seu gabinete, do qual tinham que lhe transmitir uma informacão absolutamente necessária para o seu relatório (isto disse ele para que Keitel ouvisse). Portanto, era preciso avisá-lo logo que telefonassem.

    Os dois homens entraram na sala. Haviam já decorrido quatro minutos depois do instante em que Stauffenberg arrancara a cápsula. Restavam seis minutos. O local era relativamente pequeno, de uns 9 metros por 4,50 e tinha dez janelas, inteiramente abertas para renovação do ar. Todas aquelas janelas escancaradas iriam reduzir sem dúvida o efeito da explosão. No meio do compartimento havia uma mesa oval, de 5 metros por 1,50, de carvalho maciço. Esta mesa possuía a particularidade de não estar sustenta sobre pés, mas sim sobre dois socos grandes
    e pesados, colocados nos extremos, quase largos como ela. Este pormenor influiria notavelmente no desenrolar dos acontecimentos.

    Quando Stauffenberg penetrou no compartimento, Hitler estava sentado ao centro, do mais comprido da mesa, de costas para a porta. À sua direita, encontravam-se o General Heusinger, chefe de operações e chefe de
    Estado-Maior adjunto do exército, o General Korten, chefe do Estado-Maior do Ar, e o Coronel Heinz Brandt, chefe do Estado-Maior de Heusinger. Keitel sentou-se à esquerda do Führer; ao seu lado, ficou o General Jodl. Havia, A volta da mesa, mais dezoito oficiais, dos três exércitos da SS.

    Stauffenberg sentou-se entre Korten e Brandt, A direita do Führer. Pôs sua pasta no chão e empurrou-a por baixo da mesa, apoiando-a contra a parede "interna" do pesado suporte de madeira. Encontrava-se deste modo, a cerca de dois metros das pernas do Führer. Eram 12h 37min. Restavam ainda cinco minutos. Heusinger continuou a falar, referindo-se constantemente ao mapa aberto sobre a mesa.

    Quando Stauffenberg saiu do compartimento, parece que ninguém se apercebeu do fato, talvez com exceção do Coronel Brandt. Este oficial, absorto no que dizia Heusinger, inclinou-se para a mesa com a intenção de ver melhor o mapa e sentiu que a volumosa pasta de Stauffenberg ]he dificultava os movimentos; tentou afastá-la com os pés e, por fim, apanhando-a pela alça, levantou-a e encostou-a ao lado "exterior" do pesado suporte da mesa, o qual se interpunha agora entre a bomba e Hitler. Este pormenor insignificante salvou provavelmente a vida do Führer, à custa da do próprio Brandt.

    "Os russos, concluía Heusinger, dirigem-se com forças importantes para o norte, a partir do oeste do Duina. Se o nosso grupo de exércitos que opera em redor do Lago Peipus não se retira imediatamente, uma catástrofe..."

    Não pôde acabar a frase: nesse momento exato, 12h 42min, a bomba explodiu.

    Staufenberg estava a 200 metros dali, na companhia do General Fellgiebel, diante da mesa de trabalho deste, no Bunker 88; enquanto passavam lentamente os segundos, seu olhar girava rapidamente do seu relógio para o barracão onde se realizava a conferência. Viu-o ir pelos ares; chamas e fumaça se eleva ram rugindo - contou
    depois - como se tivesse sido atingido em cheio por um projétil de 155. Sairam corpos projetados pelas janelas e voavam escombros pelos ares. Na imaginação excitada de Stauffenberg, todos os que se encontravarn na sala de conferências deviam estar mortos ou moribundos. Lançou um rápido adeus a Fellgiebel que devia telefonar para os conspiradores de Berlim, anunciando-Ihes que o atentado fora coroado de êxito e, depois, cortar todas as comunicações até que os conspiradores se apoderassern de Berlim, proclamando o novo governo.

    Stauffenberg tinha agora por objetivo imediato sair do quartel-general com vida e o mais depressa possível. Nos postos de vigilância, as sentinelas haviam visto e ouvido a explosão e tinham fechado imediatamente todas as saídas. Na primeira barreira, situada a alguns metros do Bunker de Fellgiebel, fizeram parar o carro de Stauffenberg. Este apeou e pediu para falar com o oficial de serviço do corpo da guarda. Na sua presença, telefonou para alguém (ignora-se para quem), falou rapidamente, desligou o telefone e, voltando-se para o oficial, disse: "Tenente, estou autorizado a sair."

    Era um blefe, mas deu resultado; e, segundo parece, depois de ter anotado cuidadosamente no livro de registro: '12h m4min." 0 Coronel Stauffenberg atravessou o controle e o tenente ordenou aos controles seguintes que o deixassem passar.

    A toda a velocidade, o automóvel dirigiu-se para o aeródromo, cujo comandante ainda não havia recebido o alarme. 0 piloto tinha já posto o motor em marcha quando os dois homens chegaram ao campo de aviação. Um minuto depois, o avido decolava. Passava pouco da 1h da tarde. As três horas seguintes devem ter parecido a Stauffenberg as mais longas da sua vida. Naquele avião nada mais podia fazer do que ter a esperança de que Fellgiebel houvesse transmitido para Berlim o importantissimo aviso e que os seus camaradas de conspiração se
    tivessem apoderado da cidade e enviado as mensagens, previamente redigidas, aos comandantes militares em funções na Alemanha e no Oeste.

    O avião aterrissou em Rangsdorf As 3h 45 min; e Stauffenberg, cheio de confiança, precipitou-se para o telefone mais próximo, tentando entrar em contato com o General Olbricht e saber exatamente o que acontecera no decurso daquelas três horas, das quais tudo dependia. Com grande consternação, soube que nada se fizera. Imediatamente depois da explosão, haviam recebido uma chamada telefônica de Fellgiebel, mas estava-se ouvindo tão mal que os conspiradores não perceberam se Hitler morrera ou não. Em vista disso, nada fora feito.

    Mas Hitler não morrera, ao contrário do que supunha Stauffenberg. Salvara-o, sem o suspeitar, o Coronel Brandt, ao deslocar a pasta de Stauffenberg para o outro lado do soco da mesa. Suas feridas não eram graves, embora se encontrasse fortemente traumatizado. Como uma testemunha diria mais tarde, estava quase irreconhecível quando saiu do edificio destroçado e em chamas, pelo braço de Keitel, com o rosto enegrecido, o cabelo fumegante e o casaco feito em pedaços. Keitel, milagrosamente salvo, ficou ileso. Mas, em sua maior parte, os que se encontravam sentados no extremo da mesa, perto do lugar onde a bomba explodiu, estavam gravemente feridos; só Brandt morrera.

    Na confusão e no alvoroço reinantes, ninguém se lembrou, a princípio, de que Stauffenberg escapulira da sala de conferências pouco antes da explosão. Acreditou-se, nos primeiros momentos, que estava no barracão e devia figurar entre as vítimas mais gravemente feridas, transportadas rapidamente para o hospital. Hitler - que ainda não suspeitava dele - ordenou que se pedissem informações ao hospital.

    Cerca de duas horas depois da explosão, comegaram a ser conhecidos indícios suspeitos. O sargento encarregado do telefone apresentou-se, para declarar que o "coronel zarolho" lhe dissera esperar por uma chamada de Berlim, saíra da sala de confer6ncias e, sem esperar por esta comunicação, abandonara o barracão a toda a pressa.

    Alguns oficiais presentes à conferência lembraram-se de que Stauffenberg deixara a pasta sob a mesa. Nos postos de controle, as sentinelas revelaram que Stauffenberg e seu ajudante haviam saído do campo imediatamente depois da explosão.

    Hitler começou a suspeitar. Uma chamada telefônica para o aeroporto de Rastenburg trouxe uma informação interessante: Stauffenberg tomara o avião precipitadamente pouco depois da 1h da tarde, indicando como destino o aeroporto de Rangsdorf. Até esse momento ninguém suspeitara no quartel-general que em Berliin estavam-se desenrolando graves acontecimentos. Todos pensavam que Stauffenberg agira sozinho. Não seria difícil prendê-lo, a não ser que, como alguns suspeitavam, tivesse aterrissado por trás da frente russa. Hitler, que mostrou muita serenidade durante todo o tempo, tinha outra preocupação imediata, a de receber Mussolini, cuja chegada estava prevista para as 4h da tarde, por ter-se atrasado o trem.


    Continua ...

    Comentário


      #3
      Conclusão...



      Cena estranha e grotesca a desse último encontro entre os dois ditadores, naquela tarde de 20 de julho de 1944, contemplando as ruínas da sala de conferências e procurando persuadir-se que o Eixo que haviam forjado e que dominara o continente não estava também em ruínas. Aquele Duce, anteriormente tão altivo, aquele homem que gostava de pavonear-se, já não era mais do que um simples Gauleiter da Lombardia, evadido da prisão com a ajuda dos sicários nazistas e apoiado por Hitler e pela SS. No entanto, a amizade e a estima que o Führer sentia por
      ele nunca foram desmentidas e recebeu-o com todo o entusiasmo que o seu estado físico lhe permitia.

      Pelas 5h começaram a chegar as primeiras informações de Berlim, indicando que eclodira uma sublevação militar, a qual possivelmente se estenderia à frente do Oeste. Hitler agarrou o telefone e ordenou à SS de Berlim que exterminasse até o menor suspeito.

      Esta rebelião de Berlim, preparada tão meticulosamente e durante tanto tempo, iniciou-se com muita lentidão. Entre 1h 15min e 3h 5min nada se fez. Enquando o General Thiele foi avisar os conspiradores de que as emissoras de rádio iam difundir a notícia de que Hítler escapara a um atentado, não lhes ocorreu ainda que a primeira coisa a fazer - e com toda urgência - era apoderarem-se da emissora acional, impedir os nazistas de se servirem ela e difundir suas próprias proclamações anunciando a formação de um novo governo.

      Em vez de se ocupar imediatamente disto, Stauffenberg telefonou para o quartel-general o Von Stülpnagel, para que os conspiradores entrassem em ação em Paris; depois, tentou convencer o seu superior, o General Fromm
      - a quem Keitel acabava de comunicar que Hitler estava vivo - cuja obstinada negativa em unir-se aos rebeldes
      ameaçava seriamente comproieter o êxito da empresa. Depois de violenta discussão, o General Fromm foi preso no
      gabinete do seu ajudante. Os rebeldes tomaram a precaução de cortar os fios telefônicos desse setor do edifício.

      Pouco depois das 4h da tarde e com os connjurados finalmente em ação, depois do regresso de Stauffenberg, o
      General Von Hase, já comandava a praça de Berlim, telefonou ao comandante do batalhão selecionado da guarda Grossdeutschland, em Doeberitz, para lhe ordenar que tivesse preparada a sua unidade que se apresentasse imediatamente na Kommandantur da Avenida Unter den Linden. 0 comandante do batalhão, recentemente nomeado,
      chamava-se Otto Remer e ia desempenhar um papel primordial naquela jogada, embora não aquela que os conjurados
      esperavam. EStes tinham-no sondado, visto irem confiar ao seu batalhão uma missão muito importante; mas
      contentaram-se com saber que era um militar sem opiniões políticas e portanto executaria sem discutir as ordens
      que lhe dessem os superiores.

      Remer alertou seu batalhão, de acordo com as instruções recebidas e dirigiu-se apressadamente a Berlim para receber as ordens particulares de Hase. 0 general anunciou-lhe o assassínio de Hitler, a iminência de um putsch SS e deu-lhe instruções para isolar totalmente os ministérios da Wilhelmstrasse e o Departamento Central de Segurança SS situado no mesmo setor, no bairro da Estação de Anhalt. Às Sh 30min, Remer, agindo com grande rapidez, já cumprira sua missão e apresentou-se na Kommandantur para receber novas instruções.

      Mas, no Ministério da Propaganda, Goebbels acabava de receber uma chamada telefônica de Hitler, informando-lhe do atentado de que fora vítima e ordenando-lhe que difundisse o mais cedo possível um comunicado anunciando que esse golpe havia fracassado. Nesse mesmo momento apercebeu-se de que as tropas se colocavam à volta do ministério. Goebbels chamou imediatamente Remer. Assim, enquanto os conspiradores se punham em contato com os generais disseminados por toda a Europa, Goebbels, pelo seu lado, chamava o homem que, apesar da sua modesta posição na hierarquia militar, tinha então uma importância decisiva.

      Remer, entretanto, recebera ordem para prender o ministro da Propaganda.

      Deste modo, o ministro facilitara-lhe a tarefa, ao pedir-lhe que o fosse ver. Remer foi com vinte homens ao Ministério da Propaganda e, em seguida, de revólver em punho, ele e seu ajudante entraram no gabinete do mais
      alto dignitário nazista que se encontrava então em Berlim, para o prender.

      Goebbels sabia enfrentar as situações críticas; lembrou ao jovem comandante o juramento de fidelidade que prestara a Hitler. Remer retorquiu, secamente, que Hitler morrera. GoebbeIs respondeu-lhe que o Führer estava vivo e bem vivo, pois acabava de falar com ele pelo telefone, o que podia demonstrar. Pediu uma chamada telefônica urgente para Rastenburg. O erro cometido pelos conspiradores, de não se terem apoderado da rede telefônica de Berlim, ia conduzi-los ao desastre. Um minuto decorrido, Hitler atendia pessoalmente a chamada. Goebbeis estendeu o aparelho a Remer: "Reconhece minha voz?", perguntou o senhor da guerra. Quem não reconheceria na Alemanha aquela voz rouca, ouvida centenas de vezes pelo rádio? Dizem que o comandante, ao escutá-la, se pôs instantaneamente na posição de sentido. Hitler ordenou-lhe que reprimisse a rebelião e obedecesse unicamente às ordens de Goebbels e Himmier, este último enviado a Berlím para assumir o comando do exército do interior. O Führer promoveu Remer ao posto de coronel.

      Isto foi o suficiente. Remer tinha recebido ordens do seu superior e apressou-se a executá-las com uma energia que os conspiradores não possuíam. Retirou seu batalhão da Wilhelmstrasse, ocupou a Kommandantur da Unter den Linden, enviou patrulhas com a missão de deterem as unidades que podiam estar em marcha sobre a capital e encarregou-se pessoalmente de descobrir o quartel-general dos conjurados, para prender seus chefes.

      Começava o último ato. Pouco depois das 9h da noite, os conspiradores, defraudados nas suas esperanças, ouviram estupefatos pelo rádio que o Führer se dirigiria ao povo alemão nessa mesma noite. Alguns minutos depois, to-
      mavam conhecimento de que o General Von Hase - que comandava o setor de Berlim fora preso; e que o general nazista Reinecke, apoiado pela SS, se pusera à frente de todas as tropas de Berlim para assaltar o posto de comando dos revoltosos, situado na Bendlerstrasse.

      A enérgica ação empreendida imediatamente em Rastenburg, a rápida reação de Goebbels, a mobilização da SS em Berlim, fato devido em grande parte ao sangue-frio de Otto Skorzeny, a confusão e a inação incríveis dos rebeldes da Bendlerstrasse fizeram com que grande número de oficiais, prestes a unirem sua sorte à dos conjurados, mudassem de opinião.

      Cêrca das 8h da noite, depois de quatro horas de reclusão no gabinete do seu ajudante, o General Fromm pediu que o autorizassem a retirar-se para seu próprio gabinete, no andar inferior. Deu sua palavra de honra de que não tentaria fugir nem estabelecer contato com o exterior. O General Hoepner acedeu ao pedido e, além disso, como Fromm se queixasse de sentir fome e sede, fez com que lhe levassem sanduíches e uma garrafa de vinho. Pouco antes, haviam chegado três generais do Estado-Maior que se tinham unido a unir-se à rebelião e solicitaram consentimento para falar com o seu chefe. Inexplicavelmente, foram conduzidos à presença dele, embora continuasse preso. Fromm disse-lhes imediatamente que havia uma pequena porta de saída na parte posterior do edifício e, faltando à palavra dada a Hoepner, ordenou aos generais que partissem em busca de reforços, se apoderassem do edifício e reprimissem a revolta. Os generais assim fizeram.

      Mas já um grupo de oficiais do Estado-Maior de Olbricht começara a farejar que a rebelião caminhava para o fracasso - e compreenderam que, se tal fracasso se desse, todos seriam enforcados sem que tivessem tempo para virar a casaca. As 10h 30min da noite, estes oficiais pediram para falar com o General Olbricht. Queriam saber
      exatamente o que ele e seus amigos pensavam fazer. O general respondeu-lhes e foram-se embora sem discutir. Vinte minutos mais tarde, voltaram a apresentar-se seis ou oito dentre eles, e, com as armas na mão, pediram mais explicações. Quando Stauffenberg acorreu, prenderam-no. Como tentasse escapar, pulando para o corredor, dispararam sobre ele, ferindo-o num braço. Depois, cercaram a parte do edifício que servira de quartel-general aos conspiradores. Beck, Hoepner, Olbricht, Stauffenberg, Haeften e Mertz foram empurrados para o gabinete vazio
      de Fromm, onde este não tardou a aparecer, empunhando um revólver.

      - Muito bem, senhores - disse. vou tratá-los como me trataram.

      Mas não o fez.

      - Agora,

      - Deponham as armas! - ordenou. - Estão presos.

      O senhor não se atreverá a prender seu antigo chefe - respondeu tranqüilamente Beck, levando a mão ao revólver.
      - Isto é assunto meu.

      Beck apertou o gatilho para se suicidar. Mas a bala só lhe roçou a cabeça. Caiu sobre uma poltrona, sangrando ligeiramente.

      - Ajudem esse velho! - ordenou Fromm a dois jovens oficiais; mas, quando quiseram tirar-lhe o revólver, Beck protestou, pedindo que lhe dessem outra oportunidade. Fromm consentiu.

      Depois, voltando-se para os outros conspiradores, disse-lhes:

      - Senhores, se querem escrever alguma carta, concedo-lhes ainda uns minutos.

      Olbricht e Hoepner sentaram-se para escrever palavras de despedida, dirigidas às suas espôsas. Stauffenberg, Mertz, Haeften e os restantes permaneceram em silêncio. Fromm saiu do compartimento.

      Voltou passados cinco minutos para anunciar que, "em nome do Führer", constituíra um tribunal militar (não mais existe prova de que o tenha feito) e que este condenara à morte o coronel do Alto Estado-Maior, Mertz, o General
      Olbricht "esse coronel de cujo nome não quero lembrar-me" (Stauffenberg) e o Tenente Haeften. Os dois generais, Olbricht e Hoepner, estavam ainda ocupados, escrevendo às suas mulheres. O General Beck jazia na poltrona com o rosto manchado de sangue.

      - Então, senhores! - disse Fromm, dirigindo-se a Olbricht e Hoepner. - Estão prontos?

      Hoepner e Olbricht puseram fim às suas cartas. Beck - que começava a recuperar os sentidos - pediu outro revólver. Levaram dali Stauffenberg e os outros três condenados; Fromm disse a Hoepner que os seguisse.

      No pátio, à luz dos faróis de um veículo militar, os quatro oficiais foram rapidamente fuzilados por um pelotão de execução. Stauffenberg morreu gritando: "Viva nossa sagrada Alemanha!"

      Passava da meia-noite. A única revolução importante verificada contra Hitler, nos onze anos e meio decorridos, desde o advento do Terceiro Reich, fora sufocada em onze horas e meia. Skorzeny chegou à Bendlerstrasse, à frente de um grupo de SS, proibindo imediatamente que se procedesse a novas execuções. (Como bom polícia, queria submeter os conspiradores à tortura, para conhecer as ramificações da revolta.) Algemou os presos, mandando-os para a prisão da Gestapo e ordenou que fossem recolhidos e guardados todos os papéis que os conspiradores não houvessem destruido. Himmler, chegado a Berlim pouco antes, estabelecera temporariamente seu quartel-general no ministério de Goebbeis e telefonou a Hitler anunciando-lhe que a rebelião fora reprimida. Na Prússia Oriental um caminhão-rádio rodava a toda a velocidade pela Estrada de Konigsberg a Rastenburg, para que o Führer pronunciasse ao microfone a mensagem que o Deutschlandsender anunciava incessantemente desde as nove horas:






      "Camaradas alemães!

      Se hoje me dirijo a todos, é para que ouçam a minha voz e saibam que não estou ferido e também para que tomem conhecimento de que acaba de cometer-se um crime sem precedentes na História.

      Uma camarilha de militares ambiciosos, irrefletidos, estúpidos e insensatos, urdiu uma conspiração destinado a eliminar-me e, comigo, o Estado-Maior do Alto Comando do Wehrmacht. A bomba, colocada pelo Coronel Conde Stauffenberg, explodiu a dois metros de mim, ferindo gravemente vários dos meus fiéis e leais colaboradores, e matando um deles. Eu sofri apenas alguns arranhões, contusões e queimaduras superficiais. Este acontecimento para mim a confirmaçdo do missão que me confiou a Providência ...

      Os conspiradores formam apenas um pequeno grupo que não represento a Wehrmacht e muito menos o povo alemão. Trata-se de uma quadrilha de criminosos e todos serão exterminados implacavelmente.

      Conseqüentemente, ordeno às autoridades militares que não obedeçam às ordens desses impostores,

      Tratá-los-emos da mesma forma como, no nacional-socialismo, sempre tratamos os nossos inimigos."
      Editado pela última vez por Excalibur; 30 September 2007, 20:20.

      Comentário


        #4
        só n percebi a parte de "estando de bem com a vida etc etc..." então.....como...estava lixado anyway....

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Flyer Ver Post
          só n percebi a parte de "estando de bem com a vida etc etc..." então.....como...estava lixado anyway....

          Achas que estes personagens tinham mais a perder ou ganhar com este acto ?

          Tinham excelentes carreiras militares, eram reconhecidos, possuíam algumas das mais altas honras nacionais, eram uma referência para uma grande parte da população, no entanto estiveram dispostos a arriscar.

          Por exemplo, há quem só esteja disposto a falar ou a lutar e até a irem buscar ou relembrar casos passados quando lhes toca pela porta, antes disso, desde que o seu UMBIGO esteja salvaguardado, são incapazes de mexer ou pronunciar uma frase de protesto.

          Comentário


            #6
            E eu só não percebo porque é que a "coragem" dos NAZIS serve de exemplo a alguém.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Veloce Ver Post
              E eu só não percebo porque é que a "coragem" dos NAZIS serve de exemplo a alguém.
              Nenhum dos citados eram nazis... Rommel não era Nazi.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Veloce Ver Post
                E eu só não percebo porque é que a "coragem" dos NAZIS serve de exemplo a alguém.

                Ninguém está a exultar a coragem do NAZIS!

                Ou será que que não dá para ver, que estes homens pretenderam acabar precisamente com o NAZISMO !?

                Ou não me digas que falar noutro exemplo de coragem:



                Sophie Scholl

                Sophie Magdalena Scholl

                (9 de Maio de 1921, Forchtenberg – 22 de Fevereiro de 1943, Munique) era membro da Rosa Branca, movimento de resistência antinazi. Foi condenada por traição e executada na guilhotina. É conhecida como uma das poucas alemãs que se opuseram ativamente ao terceiro reich durante a Segunda Guerra Mundial e é também vista como um mártir.

                A Rosa Branca

                No início do Verão de 1942, Sophie participou da produção e distribuição de panfletos da Rosa Branca. Foi presa em 18 de Fevereiro de 1943 enquanto distribuia o 6º panfleto, na Universidade de Munique. Os planfetos eram redigidos e depois copiados, sendo depois entregues em caixas de correio nas casas de grandes cidades da Baviera (berço do movimento nazista).


                Esses planfetos continham trechos apocalípiticos da Bíblia, para causar mais expressionismo. Sophie e seu irmão Hans School, e mais um universitário, Christoph Probst, foram presos em 22 de fevereiro de 1943, depois que o reitor da universidade de Munique os surpreendeu distribuindo esses panfletos no pátio da universidade.


                A Gestapo prendeu os três, julgaram-os em menos de quatro horas e foram decapitados no mesmo dia.
                Desobedecendo ordens superiores,os carcereiros ainda deixaram os jovens reencontrar seus pais antes de encontrarem o trágico destino dos opositores ao nacional-socialismo, a morte. Os três são tidos hoje como heróis nacionais alemães. É bom lembrar que, entre fevereiro e outubro de 1943, foram mortos ainda mais 50 integrantes do movimento Rosa Branca.

                Link Fonte


                É sinónimo de falar de NAZISMO, e não da coragem de quem tentou acabar ou denunciar o que estava mal na ideologia NAZI !?

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Veloce Ver Post
                  E eu só não percebo porque é que a "coragem" dos NAZIS serve de exemplo a alguém.
                  Originalmente Colocado por Português ao volante Ver Post
                  Nenhum dos citados eram nazis... Rommel não era Nazi.

                  Exacto.

                  Estes Oficiais eram provenientes de Familias aristocratas ou com passado militar, por exemplo da Guarda Prussiana ou do Exercito do Kaiser, não eram formados nas escolas Nazistas e Radicais e eram dos poucos que o tratado de Versailhes permitiu, ou que haviam sobrevivido ao radicalismo ordenado por Hitler.

                  Os generais da Wehrmacht
                  Por-Rubens Amador

                  A esmagadora maioria dos generais de Hitler não era constituída de homens de partido.

                  Até 1933 eles jamais tinham se envolvido em qualquer questão partidária.

                  O militar alemão que assim procedesse não seria considerado um soldado ético.

                  Esse era o consenso entre a alta oficialidade militar alemã.

                  Aliás, até o "Führer", jamais houvera qualquer situação em que os militares tivessem de se afastar do seu mister profissional.

                  Pertenciam quase todos eles à mais tradicional escola prussiana e na mesma proporção muitos provinham também da alta aristocracia germânica, ostentavam o título nobre de Von. Eram militares de escola. Havia uma forte tradição castrense familiar.

                  Porém Hitler, com sua invulgar capacidade de intrigar, seduzir, explorar a alma humana, era capaz de forjar até incêndios; engendrou junto com Himmler a "Noite dos Punhais", onde se livrou de inconvenientes companheiros.

                  Chegou a manobrar o próprio marechal Hindenburg, no fim de sua vida, já velho e doente. O ditador tinha uma personalidade forte e notável capacidade de argumentação e convencimento - era notável orador - pois com esta personalidade e mais alguns dotes, conseguiu instigar o partidarismo, já em 1934, entre alguns dos mais graduados oficiais alemães, aos quais chamava, posteriormente, para junto de si no famoso bunker, para discussões tácticas, estabelecendo com a maioria, entre eles o general Keitel, relações de amizade.

                  Porém, a maioria dos generais mantinha uma cordial distância de Hitler. Até aqueles dias, os generais alemães foram sempre e apenas militares, tão-somente militares; desprezavam a política e não se deixavam envolver por ela, como já vimos.

                  Foram poucos os generais de Hitler, partidários do Nacional Socialismo com actividades consideradas criminosas a serem condenados no Tribunal de Nüremberg, após a Segunda Guerra: Jodl e Keitel, que foram enforcados.

                  Hermann Göring, comandante da Luftwafe, era a mais alta autoridade militar germânica, que escapou da forca pelo suicídio com cianeto; o almirante Karl Döenitz foi o único militar de alta patente que não morreu na forca; cumpriu dez anos de prisão em Spandau. Nomeado por Hitler, Heinrich Himmler tornou-se comandante da SS e também livrou-se da forca via suicídio, tal como Goebels, que se suicidou, e à família toda, inclusive filhos pequenos. Esses dois eram "militares" tipo os da nossa Guarda Nacional. A grande maioria dos oficiais generais alemães, mesmo com a derrota da Alemanha, vencidos e feitos prisioneiros, desfrutaram do respeito dos aliados, dentro dos princípios de Genebra.

                  Se por um lado havia generais que assistiam com complacência e até aprovação à disseminação do nazismo dentro do Exército, como Von Brauchitsch, Von Reichenau e Dollmann, a maioria opunha-se a essa doutrinação como uma regra ética do Exército.
                  Esses, foram apenas militares que lutaram por seu país - obedecendo ordens - e fazendo o que acreditavam: defendiam sua pátria!

                  A Raposa do Deserto, Rommel, na batalha de El Alamein, desobedeceu ordem expressa de Hitler, "de lutar até o último homem", o que era, do ponto de vista militar, uma insensatez.

                  E Rommel, por sua conta, promoveu uma retirada que até hoje é comentada e estudada nos manuais militares da guerra convencional.

                  Mais tarde Erwin Rommel conpirou contra Hitler (pagando com a vida), no exacto momento em que vários generais do Alto Comando perceberam que no seu desvario o führer estava levando a Alemanha à destruição e à derrocada.
                  Tal como Rommel também von Paulus nomeado Marechal de Campo já depois de estar cercado em Estalinegrado se recusou cumprir a ordem de " até ao ultimo homem" e Hitler foi habil nesta nomeação, porque nunca no exército Alemão um Marechal de Campo Fora Capturado, ou seja tentou jogar com a tradição e orgulho do militar para levar aque todos morressem por sua vontade.

                  On 30 January 1943, Hitler promoted Paulus to the rank of field marshal, after the Sixth Army's fate was sealed. Since no German field marshal in history had ever surrendered, the implication was clear. If Paulus surrendered, he would shame Germany's military history.
                  Editado pela última vez por Excalibur; 01 October 2007, 15:56.

                  Comentário


                    #10
                    Exemplos de coragem e humanidade.

                    Comentário


                      #11
                      [chupa-mos mode]
                      não li =|
                      [/chupa-mos mode]

                      Comentário


                        #12
                        A Coragem de Aristides Sousa Mendes

                        Também este ilustre filho da pátria Lusitana, não se acomodou ao seu bem estar, ousou desafiar a desumanidade e a falta de bom senso imperava nos homens.

                        Morreu na Miséria, proscrito pelos poderes instituidos pelo totalitarismo ideológico.

                        Aristides de Sousa Mendes

                        foi homenageado em Bordeus...
                        ... mas foi em Bordéus que a história prendeu Sousa Mendes nas suas garras. O seu destino passou a estar inelutavelmente ligado ao destino colectivo de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas. Assumiu-se como homem certo no lugar e momento certos. Aquilo que muitos poderiam considerar como defeitos de personalidade num diplomata - a natureza demasiado emotiva e o seu carácter impulsivo - tornaram-se força motora de um heroísmo.
                        Sacrificou tudo quanto amava e presava - uma família, uma carreira - por estranhos de quem se apiedou associando ao seu honroso desempenho a espiritualidade e dignidade humana então raras, mas que, afinal, caracterizam o povo português. Numa altura em que pairava a rebeldia pelo mundo, Sousa Mendes não só era um digno diplomata como também se desenhava como o modelo do português crítico, o representante ideal da nação que todos gostaríamos que Portugal sempre fosse.
                        As suas atitudes tinham o cheiro do perfume cuja marca a lei portuguesa só viria a reconhecer tardiamente. Ainda assim, aos olhos dos poucos que um dia ouviram falar de Sousa Mendes, a mais viva recordação que resta deste "salvador de vidas" português é a punição desumana que lhe foi atribuida:
                        Salazar e seus discípulos condenaram-no à "pena de um ano de inactividade" com direito apenas a "metade do vencimento da categoria", tendo sido colocado "na disponibilidade aguardando aposentação", situação da qual só viria a se livrar com a morte, mais de 13 anos depois.
                        Ainda que nada dissipe o sofrimento de um conjunto de acusações e processos fundados numa ideologia retrógrada e desumana, e a humilhação de uma sentença cheia de vícios, feita a rogo das leis de uma ditadura nacional, nada explica que obra de tão grande valor e prestígio seja comprada a tão barato preço.

                        1940: Eau forte signée de Ch.Philippe,datée de 1942- Sud.Ouest 16 juin 1990
                        Quando os Nazis invadiram a França em 1940, Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus, contrariando as ordens de Salazar, assinou vistas para fugitivos. Assim conseguiu salvar milhares de vidas, antes de ser afastado do cargo pelo ditador.
                        Em 1940, dado o avanço das tropas alemãs de Norte para Sul e de Leste para Oeste, só Portugal era porta de saída segura para um algures a salvo dos desígnios de Hitler. Eis porque, solicitando um visto, acorriam ao consulado português de Bordéus inúmeros refugiados, sobretudo judeus. Mas a 13 de Novembro de 1939 já Salazar proibira, por circular, todo o corpo diplomático português de conceder vistos a várias categorias de pessoas, inclusive a "judeus expulsos dos seus países de origem ou daqueles donde provêm".
                        Aristides começou por ignorar a circular para, depois de instado a fazê-lo, a desrespeitar totalmente. Passava vistos a quantos lho solicitassem. Quando a 8 de Julho de 1940, já sem mais hipóteses de transgressão, regressou a Portugal. Tinha salvo milhares de vidas, assinando vistos de dia e de noite, até à exaustão física.
                        Nada na biografia de Aristides, até então, fazia prever este acto. Com 55 anos à data dos acontecimentos, casado e pai de 14 filhos, servia o "salazarismo (fascismo) tal como antes servira a I República. Era de tradiçao monárquica e católico. Foi simplesmente comovido pela aflição de "toda aquela gente" que não "podia deixar de me impressionar vivamente", como ele disse no seu processo de defesa em Agosto de 1940, que agiu.
                        Regressando a Portugal, Aristides foi dado como culpado no inquérito disciplinar e despromovido. Salazar reformá-lo-ia compulsivamente com uma pensão mínima. Os recursos de Aristides para os tribunais seriam em vão. Sem dinheiro, Aristides era socorrido pelo irmão e pela comunidade judia portuguesa.
                        Do recheado solar da família, em Cabanas de Viriato (Viseu), tudo ia sendo vendido. Os filhos de Aristides iam-se dispersando, a mulher Angelina, morreu em 1948 , e ele casou novamente mais tarde.
                        No dia 3 de Abril de 1954, Aristides morre de uma trombose cerebral e de uma pneumonia no Hospital da Ordem Terceira em Lisboa. Embora o epitáfio na sua lápide reconheça os méritos de Aristides com as palavras "Quem salva uma vida, salva o mundo", a sua morte não veria qualquer comentário ou informação na imprensa portuguesa.
                        Seria assim ignorado pelo país.Ter-se-ia de esperar 34 anos para que Aristides fosse justamente reintegrado e louvado oficialmente em Portugal: Em 1988 na Assembleia da República, o Dr. Jaime Gama do Partido Socialista, pediu a reabilitação e reintegração póstuma de Aristides no corpo diplomático, o que foi concedido por unanimidade pelos partidos com assento na altura.
                        Mas desde 1967, Aristides é o único português que faz parte dos "Righteous Among the Nations" (Justo entre as Naçoes), no Yad Vashem Memorial em Israel.

                        Comentário


                          #13
                          Relacionado com o tema.

                          Von Paulus, rendeu-se há 66 anos.

                          Comentário


                            #14
                            Se um invasor é um corajoso podemos falar de Bush e dos seus generais por terem invadido o Iraque e Afganistão...

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                              Relacionado com o tema.

                              Von Paulus, rendeu-se há 66 anos.
                              Se é relacionado, para quê abrir este tópico?

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por citroen_c5_2 Ver Post
                                Se é relacionado, para quê abrir este tópico?


                                Não o OUTRO tópico é que foi aberto hoje.

                                E o tema é relacionado mas não o mesmo.

                                Serve de unguento !?

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por GJP Ver Post
                                  [chupa-mos mode]
                                  não li =|
                                  [/chupa-mos mode]


                                  [chupa-mos mode]
                                  alguém faz um resumo?
                                  [/chupa-mos mode]

                                  Comentário

                                  AD fim dos posts Desktop

                                  Collapse

                                  Ad Fim dos Posts Mobile

                                  Collapse
                                  Working...
                                  X