Esta crónica começou a ser preparada há quatro semanas - antes mesmo de iniciar a minha colaboração com o Expresso online. Mas o melhor é começar pelo fim. O meu ponto é este: mesmo tendo um monopólio que desfruta de uma belíssima imprensa e dos olhos fechados de vários governos ocidentais, de que o português é o exemplo de maior sabujice, a Microsoft é hoje uma empresa a caminho da irrelevância.
A história indica-o inequivocamente. Aliás, basta hoje ler algum dossier sobre os caminhos das indústrias associadas à informática e telecomunicações, como o publicado na semana passada pela Economist, para perceber isto: o nome da Microsoft desapareceu do futuro.
Comecemos então pelo princípio. Coloquei uma pergunta aos leitores do meu blog: quem é que conhece a Novell?
Os seis respondentes são os mais nerds dos meus leitores e tirando eles mais ninguém respondeu. Eu pretendia perceber se aquela que foi a marca mundial mais importante na micro-informática e nas redes durante uma dúzia de anos ainda hoje era recordada. A meia dúzia de engenheiros ou estudantes informáticos que respondeu sabe do que se trata porque trabalhou (um deles ainda trabalha) com a Netware, «que me dava muito prazer rebentar nos meus tempos de escola», nas palavras de um dos mais afoitos. Recordam-na sem nostalgia e referem-na em grande medida porque a Novell detém hoje um produto do "clube" deles: o Suse, uma distribuição de Linux muito bem vista entre a lúcida comunidade que prefere o código aberto ao enganador software de aluguer.
A Netware era "a" rede: introduzida em 1983, era efectivamente um bom produto e as empresas que precisavam de montar uma rede (praticamente todas as grandes e médias empresas americanas, europeias e asiáticas…) compravam o melhor. A Netware era uma rede multiplataforma, isto é, funcionava fosse qual fosse o tipo de computadores a ela ligados. Baseava-se num computador (ou vários) central que continha um verdadeiro sistema operativo de rede e servia de servidor de ficheiros, de impressão e de serviços (programas de facturação e gestão de estoques, por exemplo). Um espectáculo, com o qual tive o privilégio de "brincar".
Dirigida pelo clarividente Raymond Noorda, a Novell cresceu durante a década de 80 e metade de 90 (Noorda foi substituído em 94) tornando-se num verdadeiro monopólio. A concorrência era menos que marginal. Nos anos entre 1990 e 1994, mais de 95 por cento das redes eram Novell Netware, numa das suas múltiplas versões. Em 1993 a Internet começava a despontar, ainda tímida, no mercado doméstico e empresarial. Com a Internet vinha o TCP/IP, um protocolo de rede diferente dos IPX/SPX inventados pela Novell. Estes eram tecnicamente evoluídos, enquanto o TCP/IP não parecia capaz de suportar as exigências do mundo das empresas. Repetidamente alertada pela entusiástica Imprensa da altura, a Novell fez ouvidos de mercador e só a muito custo foi dando suporte, instalado e pago à parte, à ligação entre uma Netware e a Internet.
Só que… a versão do Windows 3.11 For Workgroups da Microsoft já tornava transparente a instalação de uma rede local, usando quer o IPX/SPX da Novell, quer o NetBeui da própria Microsoft. Eram meses loucos de inovação e o mesmo produto ainda foi comercializado já com o TCP/IP - que tornava a sua ligação à Internet numa tarefa dificílima, só ao alcance dos carolas da informática, mas possível!
Em 1995 a Microsoft lançou o sistema operativo que devia ter produzido cinco anos antes: o Windows 95, graficamente uma cópia grosseira do Apple Macintosh, mais intuitivo e, até, mais robusto que os antecessores. A principal característica: tinha o TCP/IP, ou seja, a "linguagem" para falar com a Internet, já embutido. A Novell respondeu comprando aplicações para tentar isolar a Microsoft na ilha dos sistemas operativos. Cheia de dinheiro, comprou à ainda AT&T a Unix System Laboratories, basicamente um conjunto de direitos comerciais sobre o sistema operativo Unix que mais tarde viria a esgrimir, com pouco êxito, com vários processos nos tribunais aos "filhos" do Unix); e o WordPerfect e o Quattro Pro, processador de texto e folha de cálculo lançadas pela Borland e que eram magníficos produtos, na altura muito superiores ao Word e Excel da Microsoft.
Mas quem não tem unhas não toca guitarra. Talvez flauta. Em 1996 a Novell vendeu o WordPerfect e o Quattro Pro à Corel e tratou de concentrar-se no seu core-bussiness: redes. Largou o IPX/SPX e adoptou o TCP/IP como protocolo principal, seguindo o que já se passava em toda a indústria. Tarde demais. O seu momento tinha passado e, entre dois CEO, a Novell perdera-o.
Em termos de valor bolsista, depois de um ano com saltos mensais de gigante em Dezembro de 1991 cada acção da empresa valia 30 dólares. Até ao Verão de 1995 esteve sempre acima dos 20 dólares por acção. Depois, começou a cair. Teve um interregno de um ano, entre 1999 e 2000, em que as acções ainda deram um ar da sua graça: com o pulso firme de Eric Schmidt, o então jovem turco que tomara conta da empresa dois anos antes com a missão de a limpar das gorduras acumuladas ao longo dos anos de ouro, tornando-a eficiente. Schmidt beneficiou, claro está, do período louco da especulação bolsista, que atingiu o seu auge precisamente nesses anos. Em 2001 Schmidt foi contratado pelos tão jovens quanto inexperientes Sergey Brin e Larry Page para dirigir a Google, Inc. O fim da bolha trouxe as acções da Novell para a realista zona abaixo dos dez dólares, onde ainda hoje se mantém. Cada relatório e contas é uma nova decepção. Para sobreviver aos anos maus, a Novell até entrou na lista de mendigos da Microsoft: um acordo de 536 milhões de dólares em 2004 para desistir de uma acção legal interposta na Europa, um expediente que permitiu à Microsoft calar muitos competidores ultimamente.
E quanto ao dinheiro? Em 2005 a facturação foi de 1.197 milhões de dólares, com 432.638 dólares de lucro. Em 2004 os resultados foram um pouco menores, embora já no verde, depois de três anos no vermelho. Dez anos antes o cenário era bem diferente: facturação superior a 2.000 milhões e margem de 17% de lucro, isto em tempo de compras desenfreadas. A margem manteve-se alta ainda durante uns anos, só declinando esta década. A explicação: as licenças vão deixando de ser renovadas…
A curva da Novell é flat. Schmidt evitou a escorregadela fatal, que deixaria a Novell falir. Sem cientistas nem massa cinzenta, posicionou-a no nicho possível: o open source, onde há quem pense por nós. A Novell sobreviveu. Depois de ter tido o mundo na mão, é hoje uma empresa irrelevante, com um negócio desinteressante. Uma empresa de escriturários para dar cêntimos a fundos de pensões.
A moral desta história lembra-nos que ser um monopólio não dá garantias de futuro. A Microsoft está num percurso parecido com o da Novell. O mundo em torno da empresa mudou e a empresa não quis, ou não soube, admitir isso. Dirigida por um mangas de alpaca a quem não se conhecem feitos dignos de nota excepto a) correr aos pulos os palcos das apresentações enquanto repete a mesma palavra centenas de vezes e b) dirigir impropérios contra a Google Inc e chamar nomes aos respectivos dirigentes, a Microsoft tem falhado todos os novos palcos onde se perfilam os combatentes das grandes guerras comerciais, presentes e futuras.
O dinheiro compra comunicados de imprensa e até governantes, o que dá jeito para aguentar as coisas mais uns tempos na Europa, onde a Comissão e o Parlamento não serão tão complacentes, nem durante tanto tempo, quanto foram os seus congéneres americanos perante os abusos da empresa. Mas virá o tempo em que a Imprensa descobrirá que foi enganada pelos desorientados "bluffs" de Steve Ballmer. Que as promessas, amplificadas em milhares de notícias sérias por todo o mundo, de um sistema de venda de música online concorrente com o da Apple nunca se concretizaram. Que as promessas de combater o Google nas pesquisas com um MSN remodelado não passam de fogo de vista destinado a manter a empresa nos noticiários. Que o próximo substituto do Windows XP está, como é regra dourada na casa, atrasado e sairá, como também é regra da casa, sem a maior parte das anunciadas features que o diferenciam, que só serão integradas um ano ou dois depois. Que o pacote Office tem os dias contados e o Office "online" é uma tanga pois a empresa não possui "know-how" na matéria. Que o mercado das "set top boxes" para a televisão interactiva lhes escapou. Que o Internet Explorer não consegue acompanhar o Firefox. Que o sistema de blogs tem o mesmo destino que o Hotmail: reunir a maior colecção de lixo digital capaz de ser produzida pela Humanidade, repleta de todo o tipo de "infecções". Que a empresa não sabe sequer soletrar s-o-c-i-a-l n-e-t-w-o-r-k-i-n-g.
Seguindo o caminho da irrelevância traçado, entre outras menos notórias, pela Novell, dentro de poucos anos a pergunta semelhante, quem é que conhece a Microsoft?, terá respostas semelhantes. «Um sistema operativo que me dava gozo rebentar», «uma plataforma caríssima, pesada, insegura e sempre a avariar que era obrigatória usar no escritório», «uma cena que os meus velhos compraram para eu poder correr os jogos e ir à net», «o colector de vírus e outros lixos» e outras que não consigo imaginar. Bill Gates estará reformado a jogar às cartas com o seu amigo Warren Buffet, Steve Ballmer olhará o seu relógio de ouro e a colecção de vídeos com os seus pulos e berros e um CEO recrutado pelos accionistas entre a nata dos escriturários formados nas melhores universidades será principescamente pago para manter as tetas da vaca a pingar uns cêntimos por acção, a razão de ser dos accionistas.
Paulo Querido
http://online.expresso.clix.pt/croni...sp?id=24760281
A história indica-o inequivocamente. Aliás, basta hoje ler algum dossier sobre os caminhos das indústrias associadas à informática e telecomunicações, como o publicado na semana passada pela Economist, para perceber isto: o nome da Microsoft desapareceu do futuro.
Comecemos então pelo princípio. Coloquei uma pergunta aos leitores do meu blog: quem é que conhece a Novell?
Os seis respondentes são os mais nerds dos meus leitores e tirando eles mais ninguém respondeu. Eu pretendia perceber se aquela que foi a marca mundial mais importante na micro-informática e nas redes durante uma dúzia de anos ainda hoje era recordada. A meia dúzia de engenheiros ou estudantes informáticos que respondeu sabe do que se trata porque trabalhou (um deles ainda trabalha) com a Netware, «que me dava muito prazer rebentar nos meus tempos de escola», nas palavras de um dos mais afoitos. Recordam-na sem nostalgia e referem-na em grande medida porque a Novell detém hoje um produto do "clube" deles: o Suse, uma distribuição de Linux muito bem vista entre a lúcida comunidade que prefere o código aberto ao enganador software de aluguer.
A Netware era "a" rede: introduzida em 1983, era efectivamente um bom produto e as empresas que precisavam de montar uma rede (praticamente todas as grandes e médias empresas americanas, europeias e asiáticas…) compravam o melhor. A Netware era uma rede multiplataforma, isto é, funcionava fosse qual fosse o tipo de computadores a ela ligados. Baseava-se num computador (ou vários) central que continha um verdadeiro sistema operativo de rede e servia de servidor de ficheiros, de impressão e de serviços (programas de facturação e gestão de estoques, por exemplo). Um espectáculo, com o qual tive o privilégio de "brincar".
Dirigida pelo clarividente Raymond Noorda, a Novell cresceu durante a década de 80 e metade de 90 (Noorda foi substituído em 94) tornando-se num verdadeiro monopólio. A concorrência era menos que marginal. Nos anos entre 1990 e 1994, mais de 95 por cento das redes eram Novell Netware, numa das suas múltiplas versões. Em 1993 a Internet começava a despontar, ainda tímida, no mercado doméstico e empresarial. Com a Internet vinha o TCP/IP, um protocolo de rede diferente dos IPX/SPX inventados pela Novell. Estes eram tecnicamente evoluídos, enquanto o TCP/IP não parecia capaz de suportar as exigências do mundo das empresas. Repetidamente alertada pela entusiástica Imprensa da altura, a Novell fez ouvidos de mercador e só a muito custo foi dando suporte, instalado e pago à parte, à ligação entre uma Netware e a Internet.
Só que… a versão do Windows 3.11 For Workgroups da Microsoft já tornava transparente a instalação de uma rede local, usando quer o IPX/SPX da Novell, quer o NetBeui da própria Microsoft. Eram meses loucos de inovação e o mesmo produto ainda foi comercializado já com o TCP/IP - que tornava a sua ligação à Internet numa tarefa dificílima, só ao alcance dos carolas da informática, mas possível!
Em 1995 a Microsoft lançou o sistema operativo que devia ter produzido cinco anos antes: o Windows 95, graficamente uma cópia grosseira do Apple Macintosh, mais intuitivo e, até, mais robusto que os antecessores. A principal característica: tinha o TCP/IP, ou seja, a "linguagem" para falar com a Internet, já embutido. A Novell respondeu comprando aplicações para tentar isolar a Microsoft na ilha dos sistemas operativos. Cheia de dinheiro, comprou à ainda AT&T a Unix System Laboratories, basicamente um conjunto de direitos comerciais sobre o sistema operativo Unix que mais tarde viria a esgrimir, com pouco êxito, com vários processos nos tribunais aos "filhos" do Unix); e o WordPerfect e o Quattro Pro, processador de texto e folha de cálculo lançadas pela Borland e que eram magníficos produtos, na altura muito superiores ao Word e Excel da Microsoft.
Mas quem não tem unhas não toca guitarra. Talvez flauta. Em 1996 a Novell vendeu o WordPerfect e o Quattro Pro à Corel e tratou de concentrar-se no seu core-bussiness: redes. Largou o IPX/SPX e adoptou o TCP/IP como protocolo principal, seguindo o que já se passava em toda a indústria. Tarde demais. O seu momento tinha passado e, entre dois CEO, a Novell perdera-o.
Em termos de valor bolsista, depois de um ano com saltos mensais de gigante em Dezembro de 1991 cada acção da empresa valia 30 dólares. Até ao Verão de 1995 esteve sempre acima dos 20 dólares por acção. Depois, começou a cair. Teve um interregno de um ano, entre 1999 e 2000, em que as acções ainda deram um ar da sua graça: com o pulso firme de Eric Schmidt, o então jovem turco que tomara conta da empresa dois anos antes com a missão de a limpar das gorduras acumuladas ao longo dos anos de ouro, tornando-a eficiente. Schmidt beneficiou, claro está, do período louco da especulação bolsista, que atingiu o seu auge precisamente nesses anos. Em 2001 Schmidt foi contratado pelos tão jovens quanto inexperientes Sergey Brin e Larry Page para dirigir a Google, Inc. O fim da bolha trouxe as acções da Novell para a realista zona abaixo dos dez dólares, onde ainda hoje se mantém. Cada relatório e contas é uma nova decepção. Para sobreviver aos anos maus, a Novell até entrou na lista de mendigos da Microsoft: um acordo de 536 milhões de dólares em 2004 para desistir de uma acção legal interposta na Europa, um expediente que permitiu à Microsoft calar muitos competidores ultimamente.
E quanto ao dinheiro? Em 2005 a facturação foi de 1.197 milhões de dólares, com 432.638 dólares de lucro. Em 2004 os resultados foram um pouco menores, embora já no verde, depois de três anos no vermelho. Dez anos antes o cenário era bem diferente: facturação superior a 2.000 milhões e margem de 17% de lucro, isto em tempo de compras desenfreadas. A margem manteve-se alta ainda durante uns anos, só declinando esta década. A explicação: as licenças vão deixando de ser renovadas…
A curva da Novell é flat. Schmidt evitou a escorregadela fatal, que deixaria a Novell falir. Sem cientistas nem massa cinzenta, posicionou-a no nicho possível: o open source, onde há quem pense por nós. A Novell sobreviveu. Depois de ter tido o mundo na mão, é hoje uma empresa irrelevante, com um negócio desinteressante. Uma empresa de escriturários para dar cêntimos a fundos de pensões.
A moral desta história lembra-nos que ser um monopólio não dá garantias de futuro. A Microsoft está num percurso parecido com o da Novell. O mundo em torno da empresa mudou e a empresa não quis, ou não soube, admitir isso. Dirigida por um mangas de alpaca a quem não se conhecem feitos dignos de nota excepto a) correr aos pulos os palcos das apresentações enquanto repete a mesma palavra centenas de vezes e b) dirigir impropérios contra a Google Inc e chamar nomes aos respectivos dirigentes, a Microsoft tem falhado todos os novos palcos onde se perfilam os combatentes das grandes guerras comerciais, presentes e futuras.
O dinheiro compra comunicados de imprensa e até governantes, o que dá jeito para aguentar as coisas mais uns tempos na Europa, onde a Comissão e o Parlamento não serão tão complacentes, nem durante tanto tempo, quanto foram os seus congéneres americanos perante os abusos da empresa. Mas virá o tempo em que a Imprensa descobrirá que foi enganada pelos desorientados "bluffs" de Steve Ballmer. Que as promessas, amplificadas em milhares de notícias sérias por todo o mundo, de um sistema de venda de música online concorrente com o da Apple nunca se concretizaram. Que as promessas de combater o Google nas pesquisas com um MSN remodelado não passam de fogo de vista destinado a manter a empresa nos noticiários. Que o próximo substituto do Windows XP está, como é regra dourada na casa, atrasado e sairá, como também é regra da casa, sem a maior parte das anunciadas features que o diferenciam, que só serão integradas um ano ou dois depois. Que o pacote Office tem os dias contados e o Office "online" é uma tanga pois a empresa não possui "know-how" na matéria. Que o mercado das "set top boxes" para a televisão interactiva lhes escapou. Que o Internet Explorer não consegue acompanhar o Firefox. Que o sistema de blogs tem o mesmo destino que o Hotmail: reunir a maior colecção de lixo digital capaz de ser produzida pela Humanidade, repleta de todo o tipo de "infecções". Que a empresa não sabe sequer soletrar s-o-c-i-a-l n-e-t-w-o-r-k-i-n-g.
Seguindo o caminho da irrelevância traçado, entre outras menos notórias, pela Novell, dentro de poucos anos a pergunta semelhante, quem é que conhece a Microsoft?, terá respostas semelhantes. «Um sistema operativo que me dava gozo rebentar», «uma plataforma caríssima, pesada, insegura e sempre a avariar que era obrigatória usar no escritório», «uma cena que os meus velhos compraram para eu poder correr os jogos e ir à net», «o colector de vírus e outros lixos» e outras que não consigo imaginar. Bill Gates estará reformado a jogar às cartas com o seu amigo Warren Buffet, Steve Ballmer olhará o seu relógio de ouro e a colecção de vídeos com os seus pulos e berros e um CEO recrutado pelos accionistas entre a nata dos escriturários formados nas melhores universidades será principescamente pago para manter as tetas da vaca a pingar uns cêntimos por acção, a razão de ser dos accionistas.
Paulo Querido
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